CINEMA MEXICANO NO BRASIL – PELMEX II

março 21, 2016

Em 1931, o antigo Estúdio Chapultepec (inaugurado em 1922) foi comprado por uma companhia presidida por Gustavo Sàenz de Sicília, engenheiro, jornalista, produtor, diretor e roteirista, conhecido sob o pseudonimo de “Ingeniero Gallo”. O nome da companhia era Nacional Productora e seu objetivo, produzir filmes sonoros. O primeiro filme feito com sistema de som ótico, intitulado Santa (uma das versões do romance de Federico Gamboa), foi produzido pelo ator de Hollywood Antonio Moreno e estrelado por Lupita Tovar. Em 1936, além da competição com outros estúdios (México Films, Clasa, inaugurados respectivamente em 1933 e 1935), problemas trabalhistas, e depois um incêndio, forçaram o fechamento das instalações da companhia, que reabriria em 1937 como Estúdios de la Universidad Cinematográfica.

Gustavo Sàenz de Sicilia

Gustavo Sàenz de Sicilia

pelmex santa poster A.moreno

O estúdio México Films foi construído em 1932 pelo pioneiro (empresário, fotógrafo e técnico de laboratório) Jorge Stahl, cuja família era de origem alemã, e o primeiro filme rodado alí foi o drama histórico Juarez y Maximiliano de Miguel Contreras Torres.

pelmex juarezymaximiliano

O estúdio Clasa, da companhia produtora Cinematográfica Latinoamericana S.A. foi construído em 1934. Este empreendimento recebeu assistência e apoio financeiro do Estado (governo de Lázaro Cardenas) e iniciou suas atividades em janeiro de 1935 com o filme Vámonos con Pancho Villa, a primeira superprodução do cinema mexicano, dirigida por Fernando de Fuentes. Quando começou a operar, o estúdio Clasa suplantou seus congêneres México Films e Nacional Productora. Em 1937, ano no qual a produção cinematográfica mexicana elevou-se a 38 filmes, quinze deles – geralmente os mais ambiciosos e bem feitos – foram rodados no estúdio Clasa, embora o aluguel de suas instalações fosse o mais caro. A produtora Clasa era vista como o equivalente mexicano da Metro-Goldwyn-Mayer.

Equipe técnica de Vamonos con Pancho Villa

Equipe técnica de Vámonos con Pancho Villa

Ainda nos anos trinta, surgiram dois estúdios pequenos, Industrial Cinematográfica S.A. (1933) e Empire (1934), porém ambos tiveram curta duração.

Em 1937, outro pioneiro do cinema mexicano, Gabriel Garcia Moreno, abriu um novo estúdio, depois conhecido como estúdio Azteca, que começou a funcionar com a filmagem de La Mancha de Sangre de Alfredo Best Maugard.

pelmex rancho grande guizar

Já 1938 pode ser considerado o primeiro ano no qual o cinema mexicano funcionou como indústria, graças ao sucesso de Rancho Grande / Allá en el Rancho Grande / 1936 de Fernando de Fuentes, que criou o primeiro gênero especificamente mexicano, a comédia ranchera, e assim conseguiu atravessar fronteiras. Este foi o primeiro ano no qual mais de 50 filmes foram realizados (57 filmes mais precisamente). O estúdio Azteca produziu três deles e, apesar de sua deficiência em equipamento e instalações, a Nacional Productora, recentemente reaberta como Universidad Cinematográfica, fez 24 filmes. Os outros filmes de 1938 foram divididos quase que igualmente entre Clasa e México Films.

Estúdio Clasa

Estúdio Clasa

Em 1939, o número de filmes produzidos caiu para 37 e, em 1940, diminuiu ainda mais para 29 filmes, devido aos efeitos da Segunda Guerra Mundial. Entretanto, em 1941, o México declarou guerra ao Eixo e ganhou a assistência econômica e técnica dos Estados Unidos. O cinema mexicano era o único cinema em língua espanhola confiável, uma vez que a Espanha havia há pouco passado por uma guerra civil e seu regime vitorioso fôra ajudado pela Alemanha e Itália, o inimigo, enquanto que a Argentina, embora tivesse se declarado neutra, era suspeita de simpatias nazi-fascistas.

O auxílio norte-americano ajudou o México a alargar seus mercados. Em 1941, o número de filmes produzidos subiu para 37, em 1942 foram feitos 47 filmes, e em 1943 e 1944, o aumento foi espetacular: 70 e 75 filmes respectivamente. Os estúdios Clasa e Azteca controlavam a maior parte da produção. A Universidad Cinematográfica, ex-Nacional Productora, fechou sua portas definitivamente e a México Films continuou no negócio cinematográfico, realizando apenas três ou quatro filmes por ano. Entretanto, as instalações dos estúdios eram insuficientes para sustentar tais níveis de produção ou qualquer expansão geral da indústria.

Captura de Tela 2016-03-21 às 18.38.30

Em 1944, um grupo de capitalistas parecia preparado para remediar essa situação. Emilio Azcárraga, próspero produtor de rádio e futuro fundador do monopólio da televisão mexicana e a RKO Pictures, que estava muito interessada em investir no México, construíram o Estúdio Churubusco, considerado o mais completo e equipado estúdio cinematográfico latino-americano. Para construir o estúdio, Azcárraga, a PAMSA (Productores Associados S.A.) e a RKO Pictures formaram uma nova companhia, sendo Azcárraga nomeado seu presidente.

pelmex song of mexico poster melhor

O primeiro filme rodado em Churubusco foi Canção do México / Song of Mexico, um filme norte-americano produzido e dirigido por James A. Fitzpatrick para a Republic Pictures com Adele Mara, Edgar Barrier e George J. Lewis nos papéis principais. A filmagem ocorreu no estúdio Clasa e depois, por duas semanas, em Churubusco, no único palco de som que já estava mais ou menos concluído. As atividades do novo estúdio se iniciariam de fato alguns mêses depois.

Estúdio Churubusco

Estúdio Churubusco

pelmex churubusco melhor

O ano seguinte, 1945, foi caracterizado pelo conflito trabalhista que provocou uma greve nos estúdios Azteca, Clasa e México Films e levou à criação de dois sindicatos: o STIC (Sindicato de Trabalhadores da Indústria Cinematigráfica) e o STPC (Sindicato de Trabalhadores da Produção Cinematográfica), que incluía atores, roteiristas, diretores, músicos e técnicos. O STPC era encabeçado por Gabriel Figueroa, Mario Moreno “Cantinflas” e o popular ator Jorge Negrete.

O conflito trabalhista adiou a inauguração do estúdio de Churubusco, cujo primeiro diretor foi Charles B. Wooran, representante da RKO no México. O primeiro filme rodado alí foi La Morena de mi Copa, de Fernando A. Rivero e o mais ambicioso, A Pérola / La Perla, de Emilio Fernandez, co-produzido pela RKO com versões em ingles e espanhol, a um custo extraordinário (no México) de dois e meio milhões de pesos.

pemex La perla poster

A RKO usou o estúdo Churubusco para penetrar no mercado de língua espanhola. Dirigida por José (Joseph) Noriega, conhecido montador de Hollywood, a companhia Ramex, subsidiária da RKO, encarregou-se de fazer versões faladas em espanhol de filmes norte-americanos. Esta estratégia, reminiscente dos Hollywood Spanish-Language Films (1929-1933) foi um completo fracasso. A RKO produziu nesse esquema Domínio de Bárbaros / The Fugitive / 1947 de John Ford, Tarzan e as Sereias / Tarzan and the Mermaids / 1948 de Robert Florey e Mistério no México / Mystery in Mexico / 1948 de Robert Wise, porém logo percebeu que não precisava fazer filmes falados em espanhol para conquistar o mercado latino-americano que, naquela época, era dominado pelos filmes mexicanos. Alguns mêses depois, os filmes de Hollywood, falados em inglês haviam penetrado o mercado diretamente, sem necessidade de serem refilmados em espanhol, e eram os preferidos pela classe mais alta e pela florescente classe média urbana.

Em 1945, Churubusco realizou três filmes e em 1946 foi responsável por 20 dos 72 filmes produzidos neste ano. Os outros 52 foram divididos entre os estúdios restantes: Azteca, Clasa e México Filmes. O novo estúdio Tepeyac fez dois filmes e um estúdio pequeno chamado Cuauhtémoc, fez apenas um.

pelmex soy un profugo poster

O novo estúdio Tepeyac, construído em 1945-46, iniciou suas atividades em julho de 1946 com o filme de Miguel M. Delgado, Bandido a Muque / Soy un Prófugo, estrelado por Cantinflas e tinha o apoio da Columbia. As instalações do estúdio Tepeyac eram do mesmo nível que as do estúdio Churubusco embora não dispusesse de laboratório. Tepeyac ficou famoso por ter abrigado a filmagem de Os Esquecidos / Los Olvidados / 1950 de Luis Buñuel (mas somente exibido no Brasil em 1978). O estúdio Cuauhtémoc havia sido inaugurado em 1945, produzindo somente curtas-metragens em suas instalações modestas.

Em 1947, a produção caiu para 58 filmes. O estúdio México Films fechou as portas, após realizar um dos clássicos do cinema popular mexicano, Nosotros los Pobres, de Ismael Rodríguez com Pedro Infante. Pouco tempo depois, Jorge Stahl, seu proprietário, construiria um novo estúdio.

Cena de Nosotros los Pobres

Cena de Nosotros los Pobres

O ano de 1948 foi um ano perturbado por confrontos entre os sindicatso e os donos dos estúdios Azteca, Clasa, Churubusco e Tepeyac, que formaram uma frente unida. Apesar disso, foram produzidos 81 filmes pelos quatro estúdios. Em 1948, 1949, 1950 e 1951 o número de filmes produzidos foi de 81, 108,1n 25 e 101 respectivamente; mas os rumores sobre o desaparecimento de alguns estúdios (vg. Clasa) e a fusão de outros (vg. Churubusco e Tepeyac), continuaram.

pelmex stahl

Ao mesmo tempo, o veterano Jorge Stahl construiu o estúdio San Angel Inn, que entrou em operação em junho de 1951. Por volta de 1949, o interesse da RKO em Churubusco havia diminuido (Charles B. Wooran deixou a diretoria) e em 1950 a companhia americana liquidou até os seus mínimos interesses na sociedade.

Em 1950, concretizou-se a fusão tão aguardada entre o estúdio Churubusco e o Azteca, daí para diante conhecidos como Estúdios Churubusco-Azteca S.A. O nível de produção entre 1952 e 1956 continuou sendo de aproximadamente 100 filmes, divididos entre os estúdios existentes com uma preferência para Churubusco e, cada vez mais, San Angel Inn.

Esta prosperidade aparente não escondeu o fato de que todas as medidas tomadas pelo Estado para melhorar as condições de produção, distribuição e exibição do cinema mexicano falharam ou de que o monopólio poderoso liderado pelo americano William Jenkins com interesses em todos os setores acima mencionados, dominava e oprimia de modo crescente o negócio cinematográfico.

pelmex william o. Jenkins

Em 30 de junho de 1957 o estúdio Clasa fechou as portas e em setembro do mesmo ano o estúdio Tepeyac fez seu último filme, antes de ser demolido em dezembro. Os únicos estúdios remanescentes eram Churubusco, San Angel Inn e Azteca, este último assumindo o trabalho que era inapropriado para os dois primeiros.

Dois estúdios fecharam, mas um novo foi aberto. O estúdio Cuauhtémoc foi remodelado e ampliado, e se tornou Estúdios América S.A. com Gregorio Wallerstein (o homem de produção de Jenkins) e o ator Victor Parra como responsáveis pela reconstrução. Este estúdio adotava uma forma particular de produção, dividindo filmes de longa-metragem em episódios.

No ano de 1958, produziu-se o maior número de filmes da história do cinema mexicano: 136. Este feito não se repetiu e a produção ficou em cerca de 110 filmes por ano até 1960.

(Informações sobre os estúdios colhidas no magnífico artigo de Tomás Pérez Turrent incluído em Mexican Cinema, ed. British Film Institute,1995, livro editado por Paulo Antonio Paranaguá).

1953

Fevereiro:

NÃO ÉS MEU FILHO / EL GALLO GIRO / 1948. Dir: Alberto Gout. Luis Aguilar, Carmelita González, Joan Page.

Captura de Tela 2016-03-11 às 13.21.40

ENCARCERADAS / CARCÉL DE MUJERES / 1950. Dir: Miguel M. Delgado. Miroslava, Sara Montiel, Katy Jurado.

Captura de Tela 2016-03-11 às 13.22.20

MACLOVIA / MACLOVIA / 1948. Dir: Emilio Fernández. Maria Félix, Pedro Armendáriz, Columba Dominguez.

Captura de Tela 2016-03-11 às 13.23.54

Março:

O DIREITO DE NASCER / EL DERECHO DE NACER / 1952. Dir: Zacarias Gómez Urquiza. Gloria Marin, Jorge Mistral, José Baviera, Lupe Suarez.

Captura de Tela 2016-03-11 às 13.37.01

Abril:

MULHER / MUJER /1947. Dir: Chano Urueta. Esther Fernández, Agustin Irusta, Domingo Soler.

Captura de Tela 2016-03-11 às 13.39.41

FLOR DE ILUSÃO / FLOR DE CAÑA / 1948. Dir: Carlos Orellana. Maria Antonieta Pons, Luiz Alcoriza, Victor Manuel Mendoza.

Captura de Tela 2016-03-11 às 13.40.22

Maio:

UMA MULHER DECENTE / UNA MUJER DECENTE / 1950. Dir: Raúl de Anda. Elsa Aguirre, Rafael Baledón, Gloria Rios.

Captura de Tela 2016-03-21 às 16.57.24

AÍ É QUE ESTÁ A COISA / AHI ESTÁ EL DETALLE / 19040. Dir: Juan Bustillo Oro. Cantinflas, Joaquin Pardavé, Sara Garcia.

Captura de Tela 2016-03-11 às 14.31.49

Junho:

PARAISO ROUBADO / PARAÍSO ROBADO / 1951. Dir: Julio Bracho. Arturo de Córdova, Irasema Dilián, Maria Douglas.

Captura de Tela 2016-03-11 às 14.34.03

Julho:

EM CARNE VIVA / EN CARNE VIVA. Dir: Alberto Gout. Rosa Carmina, Crox Alvarado, Rubén Rojo.

Captura de Tela 2016-03-11 às 14.41.14

SE EU FÔSSE DEPUTADO / SI YO FUERA DIPUTADO / 1952. Dir: Miguel M. Delgado. Cantinflas, Gloria Mange, Andrés Soler.

Captura de Tela 2016-03-11 às 14.45.02

AVENTURA NO RIO / AVENTURA EN RIO / 1953. Dir: Alberto Gout. Ninón Sevilla, Victor Junco, Luis Aldás, Glauce Eldde (Glauce Rocha), Jorge Goulart, Rosângela Maldonado, Anjos do Inferno, Carlos Gil.

Captura de Tela 2016-03-11 às 14.46.06

Agosto:

A AUSENTE / LA AUSENTE / 1952. Dir: Julio Bracho. Arturo de Córdova, Rosita Quintana, Andrea Palma.

Captura de Tela 2016-03-11 às 14.50.16

RITMOS DO CARIBE / RITMOS DEL CARIBE. Dir: Juan José Ortega. Amalia Aguilar, Rafael Baledón, Susana Guizar.

Captura de Tela 2016-03-11 às 14.52.09

Setembro:

MUNDO, DEMÔNIO E CARNE / SENSUALIDAD / 1951. Dir: Alberto Gout. Ninón Sevilla, Fernando Soler, Andrea Palma, Anjos do Inferno.

Captura de Tela 2016-03-11 às 14.55.38

MANCHADA PELO DESTINO / PUEBLERINA / 1949. Dir: Emilio Fernández. Columba Dominguez, Roberto Cañedo, Arturo Soto Rangel.

Captura de Tela 2016-03-11 às 14.59.37

Outubro:

NOSSAS VIDAS / NUESTRAS VIDAS / 1950. Dir: Ramón Peón. Maria Antonieta Pons, Carlos Cores, Julio Peña.

Captura de Tela 2016-03-11 às 15.02.04

PECADO / PECADO / 1951. Dir: Luis Cesar Amadori. Zully Moreno, Roberto Cañedo, Rodolfo Acosta.

Captura de Tela 2016-03-11 às 15.03.32

A DAMA DAS CAMÉLIAS / LA DAMA DE LAS CAMELIAS / 1944. Dir: Gabriel Soria. Lina Montes, Emilio Tuero, Miguel Arenas.

Captura de Tela 2016-03-21 às 16.58.32

MORENA SENSUAL / NEGRA CONSENTIDA / 1949. Dir: Julián Soler. Meche (Mercedes) Barba, Ramon Armengod, José Maria Linares-Rivas.

Captura de Tela 2016-03-11 às 15.05.30

UMA CIGANA NO MÉXICO / UNA GITANA EN MEXICO / 1945. Dir: José Diaz Morales. Paquita de Ronda, Ángel Garasa, Manuel Medel.

Captura de Tela 2016-03-11 às 15.06.47

Novembro:

O BRUTO / EL BRUTO / 1953. Dir: Luis Buñuel. Pedro Armendáriz, Katy Jurado, Rosita Arenas.

Captura de Tela 2016-03-11 às 15.08.28

Dezembro:

TRAIÇOEIRA / TRAICIONERA / 1950. Dir: Ernesto Cortázar. Rosa Carmina, Fernando Fernández, Alicia Neira.

Captura de Tela 2016-03-11 às 15.09.53

PREÇO DA ESPERANÇA / TE SIGO ESPERANDO / 1952. Dir: Tito Davison. Libertad Lamarque, Arturo de Córdova, Victor Junco.

Captura de Tela 2016-03-11 às 15.12.09

1954

Janeiro:

A CARNE MANDA / LA CARNE MANDA / 1948. Dir: Chano Urueta. Esther Fernández, Eva Calvo, Rosita Fornés.

Captura de Tela 2016-03-11 às 15.23.32

AMAR FOI SEU PECADO / AMAR FUÉ SU PECADO / 1951. Dir: Rogelio A. González. Elsa Aguirre, Jorge Mistral, Andrés Soler.

Captura de Tela 2016-03-21 às 21.15.07

Fevereiro:

REPRISE DE NEM SANGUE NEM AREIA

DOMINADOS PELO VÍCIO / OPIO / 1949. Dir: Ramón Peón. Rosita Quintana, Tito Junco, Domingo Soler.

Captura de Tela 2016-03-11 às 15.27.05

Março:

IRMÀ ALEGRIA / SOR ALEGRIA / 1951. Dir: Tito Davison. Rosita Quintana, Carmelita González, Andrea Palma.

Captura de Tela 2016-03-11 às 15.28.11

VINGANÇA BRUTAL / LA BESTA MAGNIFICA (LUCHA LIBRE). Dir: Chano Urueta. Miroslava, Crox Alvarado, Wolf Ruvinski.

Captura de Tela 2016-03-11 às 15.30.16

UM CORAÇÃO EM TREVAS / DOÑA PERFECTA / 1950. Dir: Alejandro Galindo. Dolores Del Rio, Esther Fernández, Carlos Navarro.

Captura de Tela 2016-03-11 às 17.09.24

O PECADO DE SER POBRE / PECADO DE SER POBRE / 1950. Dir: Miguel Morayta. Ramón Armengod, Guilhermina Grin, Tito Junco.

Captura de Tela 2016-03-11 às 17.11.29

Abril:

O MÁRTIR DO CALVÁRIO / EL MÁRTIR DEL CALVARIO. Dir: Miguel Morayta. Enrique Rambal, Manolo Fábregas, Consuelo Frankim Alicia Palacios

Captura de Tela 2016-03-11 às 17.12.48

MULHERES SACRIFICADAS / MUJERES SACRIFICADAS / 1952. Dir: Alberto Gout. Ninón Sevilla, Roberto Cañedo, Victor Junco.

Captura de Tela 2016-03-11 às 17.13.54

Maio:

A LOUCA / LA LOCA / 1952. Dir: Miguel Zacarias. Libertad lamarque, Rubén Rojo, José Maria Linares-Rivas.

Captura de Tela 2016-03-21 às 21.10.34

MINHA ESPOSA E A OUTRA / MI ESPOSA Y LA OTRA / 1952. Dir: Alfredo B. Crevenna. Arturo de Córdova, Maga López, Ramón Gay.

Captura de Tela 2016-03-11 às 17.15.52

EU SOU DO AMOR / CALABACITAS TIERNAS . Dir: Gilbert Martinez Solares. Tin Tan, Rosita Quintana, Nelly Montiel.

Captura de Tela 2016-03-11 às 17.16.43

BURLADA / BURLADA / 1951. Dir: Fernando A. Rivero. Jorge Mistral, Guilhermina Grin, Anjos do Inferno, Trio Calaveras.

Captura de Tela 2016-03-11 às 17.17.36

Julho:

SONHO DE AMOR / IOLANDA / 1943. Dir: Dudley Murphy. Irina Baranova, Crox Alvarado, Miguel Arenas.

Captura de Tela 2016-03-11 às 17.18.35

MENINA GRANFINA / LA NIÑA POPOFF / 1952. Dir: Ramón Pereda. Maria Antonieta Pons, Fernando Casanova, José Baviera.

Captura de Tela 2016-03-11 às 17.19.49

Agosto:

ESTÁTUA DE CARNE / LA ESTATUA DE CARNE / 1951. Dir: Chano Urueta. Elsa Aguirre, Miguel Torruco, Carlos López Moctezuma.

Captura de Tela 2016-03-11 às 17.22.12

LEMBRA-TE DE VIVER / ACUERDÁTE DE VIVIR / 1953 . Dir: Roberto Gavaldón. Libertad Lamarque, Carmen Montejo, Miguel Torruco.

Captura de Tela 2016-03-11 às 17.20.42

Setembro:

O CONDE DE MONTE CRISTO / EL CONDE DE MONTE CRISTO / 1954 (Co-produção México-Argentina). Dir: Léon Klimovsky. Jorge Mistral, Elina Colomer, Nelly Meden, Santiago Gómez Cou.

Captura de Tela 2016-03-11 às 17.23.08

Outubro:

O CICLONE DO CARIBE / EL CICLÓN DEL CARIBE / 1950. Dir: Ramón Pereda. Maria Antonieta Pons, José Baviera, Carlos Cores.

Captura de Tela 2016-03-11 às 17.24.31

CAMÉLIA / CAMELIA / 1954 (Co-produção México-Espanha). Dir: Roberto Gavaldón. Maria Félix, Jorge Mistral, Carlos Navarro.

Captura de Tela 2016-03-11 às 17.25.13

Novembro:

O MANTO DE SOLEDADE / EL REBOZO DE SOLEDAD / 1952. Dir: Roberto Gavaldón. Arturo de Córdova, Pedro Armendáriz, Estela Inda.

Captura de Tela 2016-03-11 às 17.25.51

ESPOSA CLANDESTINA / QUATRO NOCHES CONTIGO / 1952. Dir: Raúl de Anda. Elsa Aguirre, Luis Aguilar, Domingo Soler.

Captura de Tela 2016-03-11 às 17.26.38

Dezembro:

LEVA-ME EM TEUS BRAÇOS / LLÉVAME EN TUS BRAZOS / 1954. Dir: Julio Bracho. Ninón Sevilla, Armando Silvestre, Andrea Palma.

Captura de Tela 2016-03-11 às 17.27.33

ALMA DO ASFALTO / CALLEJERA / 1949. Dir: Ernesto Cortázar. Marga López, Fernando Fernández, Manuel Dondé, Toña la Negra.

Captura de Tela 2016-03-11 às 17.28.45

BOMBEIRO ATÓMICO / BOMBERO ATÓMICO / 1952. Dir: Miguel M. Delgado. Cantinflas, Roberto Soto, Elsa Quintanilha.

Captura de Tela 2016-03-11 às 17.29.45

1955

Janeiro:

ANSIDEDADE / ANSIEDAD / 1953. Dir: Miguel Zacarias. Pedro Infante, Libertad Lamarque, Irma Dorantes.

Captura de Tela 2016-03-12 às 12.22.38

ANJOS DO ARRABALDE / ÁNGELES DE ARRABAL / 1949. Dir: Raul de Anda . Sofia Álvarez, David Silva, Carlos Lopez Moctezuma.

Captura de Tela 2016-03-12 às 12.23.32

A MENTIRA / LA MENTIRA / 1952. Dir: Juan José Ortega. Marga López, Jorge Mistral, Andrea Palma.

Captura de Tela 2016-03-12 às 12.24.42

Março:

ACAPULCO / ACAPULCO / 1952. Dir: Emilio Fernández. Elza Aguirre, Armando Calvo, Miguel Torruco.

Captura de Tela 2016-03-12 às 12.25.40

REPRISE DE OS TRÊS MOSQUETEIROS

A SANTA DO BAIRRO / LA SANTA DEL BARRIO. Dir: Chano Urueta. Esther Fernández, Ramón Armengod, Carolina Barrret.

Captura de Tela 2016-03-12 às 12.26.10

MÚSICA A BORDO / MÚSICA, MUJERES Y AMOR / 1952. Dir: Chano Urueta. Ramón Armengo, Miroslava, José Maria Linares-Rivas.

Captura de Tela 2016-03-12 às 12.28.01

Abril:

A MALAGUENHA / LA MALAGUEÑA / 1947. Dir: Agustin P. Delgado. Consuelo Frank, Crox Alvarado, Victor Junco.

Captura de Tela 2016-03-12 às 12.29.03

Maio:

PERFUME DO PECADO / PIÑA MADURA / 1947. Dir: Agustin P. Delgado. Consuelo Frank, Crox Alvarado, Victor Junco, Pedro Galindo.

Captura de Tela 2016-03-12 às 12.32.13

O MENINO E A NÉVOA / EL NIÑO Y LA NIEBLA / 1953. Dir: Roberto Gavaldón. Dolores Del Rio, Pedro Lópes Lagar, Eduardo Noriega.

Captura de Tela 2016-03-12 às 12.33.05

Junho:

ESCRAVOS DO RANCOR / ABISMOS DE PASIÓN / 1953. Dir: Luis Buñuel. Irasema Dilián, Jorge Mistral, Lilia Prado.

Captura de Tela 2016-03-12 às 12.34.22

ROSTOS OLVIDADOS / ROSTROS OLVIDADOS / 1952. Dir: Julio Bracho. Libertad Lamarque, Julián Soler, Alicia Caro.

Captura de Tela 2016-03-12 às 12.35.22

O GRANDE FOTÓGRAFO / EL SENOR FOTÓGRAFO / 1953. Dir: Miguel M. Delgado. Cantinflas, Ángel Garasa, Rosa Arenas.

Captura de Tela 2016-03-12 às 12.36.33

A NOITE É NOSSA / LA NOCHE ES NUESTRA / 1952. Dir: Fernado A. Rivero. Jorge Mistral, Emilia Guiú, Ramón Gay, Pedro Vargas, Toña la Negra.

Captura de Tela 2016-03-12 às 12.37.00

Julho:

ORQUÍDEAS PARA MINHA ESPOSA / ORQUÍDEAS PARA MI ESPOSA / 1954. Dir: Alfredo B. Crevenna, Marga López, Jorge Mistral, Ernesto Alonso.

Captura de Tela 2016-03-12 às 12.38.17

Setembro:

PÉROLAS DE MALDIÇÃO / RAYITO DE LUNA / 1949. Dir: Chano Urueta. David Silva, Brenda Conde, Arturo Martinez.

Captura de Tela 2016-03-12 às 12.39.02

Outubro:

PORTO DE TENTAÇÃO / PUERTO DE TENTACIÓN / 1951. Dir: René Cardona. Emilia Guiú, Ramón Armengod, Nelly Montiel, José maria Linares-Rivas.

Captura de Tela 2016-03-12 às 12.40.21

CASTA E PERIGOSA / FRUTO DE TENTACIÓN / 1953. Dir: René Cardona. Arturo de Córdova, Irasema Dilián, Maria Douglas.

Captura de Tela 2016-03-12 às 12.41.13

AS MULHERES TAMBÉM ROUBAM / LA LADRONA / 1954. Dir: Emilio Gómez Muriel. Rosa Arenas, Carmelita González, Julio Villareal.

Captura de Tela 2016-03-12 às 12.42.14

Novembro:

A CASA DA OUTRA / LA CASA CHICA / 1950. Dir: Roberto Gavaldón. Dolores del Rio, Roberto Cañedo, Domingo Soler, Miroslava, Julio Villareal.

Captura de Tela 2016-03-12 às 12.42.57

A REDE / LA RED / 1953 / 1953. Dir: Emilio Fernández. Rossana Podestà, Crox Alvarado, Armando Silvestre.Captura de Tela 2016-03-12 às 12.50.10

CINEMA MEXICANO NO BRASIL – PELMEX I

março 8, 2016

A época de ouro do Cinema Mexicano coincidiu com as administrações de Lázaro Cardenas (1934-1940), Manuel Ávila Camacho (1940-1946) e Miguel Alemán Valdés (1946-1952) e estava relacionada a um crescimento econômico e prosperidade sem precedentes no país.

Lazaro Cardenas

Lázaro Cardenas

Outro fator que contribuiu para esse período de lucro e produtividade foram os benefícios do alinhamento do México com os Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial em virtude do afundamento de navios petroleiros mexicanos pelos alemães. Os americanos ajudaram a nação vizinha a incentivar a indústria de cinema, fazendo empréstimos ou investimento direto, fornecendo-lhes filme virgem, equipamentos e assessoramento técnico a um bom preço (v. meu artigo de 22 de março de 2010, A Época de Ouro do Cinema Mexicano).

O presidente Roosevelt e Manuel Avila Camacho

O presidente Roosevelt e Manuel Ávila Camacho

Miguel Alemán Valdéz e o presidente Truman

Miguel Alemán Valdéz e o presidente Truman

Graças a essa ajuda americana (que foi negada por motivos politicos às indústrias de cinema da Espanha e da Argentina) a indústria de cinema mexicana tornou-se a maior produtora de filmes de língua espanhola, desafiando significativamente a hegemonia de Hollywood no ramo da exibição pela América Latina, pois a maioria dos filmes americanos realizados entre 1940 e 1945 refletiam um interesse por temas de guerra, alheios ao gosto latino e a escassa produção européia tampouco representava uma concorrência considerável.

azteca II Ciner de oro

Paralelamente, no período do “Cine de Oro”, o governo mexicano se interessou mais pelo cinema, na medida em que era preciso proteger um patrimônio cultural e econômico. Assim, em 1942, foi fundado o Banco Cinematográfico, (instituição privada que contava com o apoio do Estado, filiada ao Banco do México), para facilitar o financiamento da produção de filmes. Em 1947, ele foi nacionalizado no governo de Miguel Aléman, passando a se chamar Banco Nacional Cinematográfico.

A consolidação da indústria de cinema mexicana foi também produto de um star system, cujos atores e atrizes até hoje são reconhecidos internacionalmente como Maria Felix, Mario Moreno “Cantinflas”, Pedro Armendariz, Dolores Del Rio, Arturo de Córdova, Katy Jurado, Ricardo Montalban enquanto que outros se tornaram muito populares no seu próprio país como Pedro Infante, Jorge Negrete, Germán Valdés, “Tin Tan”, Jorge Mistral, Agustin Lara, Elsa Aguirre, Marga López, Andrea Palma, Meche (Mercedes) Barba, Esther Fernández, Irasema Dilián, Mapy Cortés, Rosita Quintana, Miroslava, Emilia Guiú, Columba Dominguez, Silvia Pinal, Maria Elena Marques, Libertad Lamarque, Maria Antonieta Pons, Ninón Sevilla – essas três últimas com grande aceitação no Brasil.

Cinema Azteca

Cinema Azteca

Captura de Tela 2015-11-16 às 13.47.38O Banco Nacional Cinematográfico controlava as distribuidoras PELMEX-Películas Mexicanas (criada em 1945) e Peliculas Nacionales (criada em 1947). A primeira distribuía a produção na América Latina; e a segunda, no México.

Captura de Tela 2015-12-06 às 11.53.50

Captura de Tela 2015-11-15 às 16.20.57No Brasil havia algumas salas de cinema ligadas a essa rede de escoamento da produção mexicana, como, por exemplo, o Cinema Azteca situado na rua do Catete 228, que existiu entre 1951 e 1973. Construido para exibir exclusivamente filmes mexicanos, o projeto de sua fachada recebeu elementos decorativos importados, que simulavam um templo pré-colombiano. O Azteca foi inaugurado em 12 de outubro de 1951 a até o seu fechamento funcionou com capacidade para 1780 espectadores. A partir da data de sua inauguração até 1954 teve como empresa exibidora a Azteca Cinematográfica S.A.; de 1954 a 1960, a Cinemas Unidos S.A.; de 1960 até a data de seu fechamento Lívio Bruni. Encerrou suas atividades em 12 de maio de 1973. Foi demolido e cedeu espaço para um centro comercial.

O Cinema Azteca demolido

O Cinema Azteca demolido

Entre 1945 e 1960 foi espantosa a quantidade de filmes mexicanos, dos mais variados gêneros (comédia ranchera, comédia burlesca, melodrama familiar, dramalhão com mulheres cabareteras ou rumberas, drama religioso, adaptações de clássicos da literatura, drama urbano, paródias etc.), em exibição nos cinemas do Rio de Janeiro.

1945

Janeiro:

SANTA, DESTINO DE UMA PECADORA / SANTA /1943. Dir: Norman Foster, Alfredo Gómez de la Vega. Esther Fernández, José Cibrián, Ricardo Montalban. 27 semanas em cartaz.

Captura de Tela 2016-03-04 às 22.35.50

Cena de Santa, Destino de uma Pecadora

Cena de Santa, Destino de uma Pecadora

Captura de Tela 2016-03-05 às 11.42.11

Dezembro:

O CORSÁRIO NEGRO / EL CORSARIO NEGRO / 1944. Dir: Chano Urueta. Pedro Armendáriz, June Marlowe, Maria Luisa Zea.

Captura de Tela 2016-03-09 às 11.05.53

1946

Março:

RESSURREIÇÃO / RESURRECCIÓN / 1943. Dir: Gilberto Martinez Solares. Emilio Tuero, Lupita Tovar, Sara Garcia.

Captura de Tela 2016-03-08 às 18.18.46

NA CORTE DO FARAÓ / LA CORTE DE FARAÓN / 1944. Dir: Julio Bracho. Mapy Cortés, Roberto Soto, Fernando Cortés.

Captura de Tela 2016-03-08 às 18.21.54

Agosto:

AMOK / AMOK / 1944.Dir: Antonio Momplet. Maria Felix, Julián Soler, Estela Inda.

Captura de Tela 2016-03-05 às 11.56.23

NOITES DE FARRA / NOCHES DE RONDA / 1943. Dir: Ernesto Cortázar. Ramón Armengod, Susana Guizar, Maria Antonieta Pons.

Captura de Tela 2016-03-05 às 11.57.14

Novembro:

CREPÚSCULO / CREPUSCULO / 1945. Dir: Julio Bracho. Arturo de Córdova, Gloria Marin, Julio Villareal.

Captura de Tela 2016-03-09 às 11.27.41

Dezembro:

MARIA CANDELARIA / MARIA CANDELARIA / 1944. Dir: Emilio Fernández. Dolores Del Rio, Perdro Armendáriz, Alberto Galán.

Captura de Tela 2016-03-05 às 11.58.58

1947

Janeiro:

OS TRÊS MOSQUETEIROS / LOS TRES MOSQUETEROS / 1942. Dir: Miguel M. Delgado. Cantinflas, Ángel Garasa, Janet Alcoriza.

Captura de Tela 2016-03-05 às 12.28.43

RAINHA DO TRÓPICO / LA REINA DEL TRÓPICO / 1946. Dir: Raúl de Anda. Maria Antonieta Pons, Luis Aguilar, Carlos Lopes Moctezuma.

Captura de Tela 2016-03-05 às 12.29.36

Fevereiro:

O PENHASCO DAS ALMAS / EL PEÑON DE LAS ÁNIMAS / 1943. Dir: Miguel Zacarias. Maria Félix, Jorge Negrete, René Cardona.

Captura de Tela 2016-03-05 às 12.30.15

Março:

ESTIRPE DE FIDALGOS / LA TREPADORA / 1944. Dir: Gilberto Martinez Solares. Sara García, José Cibrián, Roberto Silva.
Captura de Tela 2016-03-05 às 12.31.36SELVA DE FOGO / LA SELVA DEL FUEGO / 1945. Dir: Fernando de Fuentes. Dolores Del Rio, Arturo de Córdova, Miguel Inclán.

Captura de Tela 2016-03-05 às 12.32.12

SÃO FRANCISCO DE ASSIS / SAN FRANCISCO DE ASIS /1944. Dir: Alberto Goout. José Luis Jiménez, Alicia de Phillips, Antonio Bravo.

Captura de Tela 2016-03-05 às 12.34.57

Abril:

NEM SANGUE, NEM AREIA / NI SANGRE, NI ARENA / 1941. Alejandro Galindo. Cantinflas, Susana Guizar, Pedro Armendáriz.

Captura de Tela 2016-03-05 às 12.37.07

Julho:

DOMINADORA DE HOMENS / DOÑA BARBARA / 1943. Dir: Fernando de Fuentes, Miguel M. Delgado. Maria Félix, Julián Soler, Maria Elena Marques.

Captura de Tela 2016-03-05 às 12.38.03

Agosto:

UMA CARTA DE AMOR / UNA CARTA DE AMOR / 1943.Dir: Miguel Zacarias. Jorge Negrete, Gloria Marin, Andrés Soler.

Captura de Tela 2016-03-05 às 12.38.52

Novembro:

A MULHER DE TODOS / LA MUJER DE TODOS / 1946. Dir: Julio Bracho. Maria Félix, Armando Calvo, Gloria Lynch.

Captura de Tela 2016-03-05 às 12.39.58

AS ABANDONADAS / LAS ABANDONADAS / 1945. Dir: Emilio Fernández. Dolores Del Rio, Pedro Armendáriz, Victor Junco.

Captura de Tela 2016-03-05 às 12.40.15

1948:

Abril:

A CANÇÃO DO MILAGRE / LA CANCIÓN DEL MILAGRO / 1940. Dir: Rolando Aguilar. José Mojica, Lupita Gallardo, Estela Inda.

Captura de Tela 2016-03-09 às 10.59.53

Maio:

MULHER SEM ALMA / LA MUJER SIN ALMA / 1944. Dir: Fernando de Fuentes. Maria Félix, Fernando Soler, Andrés Soler.

Captura de Tela 2016-03-05 às 12.42.20

O CIRCO / EL CIRCO / 1943. Dir: Miguel M. Delgado. Cantinflas, Gloria Lynch, Estanislao Schillinsky.

Captura de Tela 2016-03-05 às 12.43.02

Julho:

A VIDA ÍNTIMA DE MARCO ANTONIO E CLEOPATRA / LA VIDA ÍNTIMA DE MARCO ANTONIO Y CLEOPATRA / 1947. Dir: Roberto Gavaldón. Luis Sandrini, Maria Antonieta Pons, Victor Junco.

Captura de Tela 2016-03-05 às 12.43.48

A PÉROLA / LA PERLA / 1947. Dir: Emilio Fernández. Pedro Armendáriz, Maria Elena Marqués, Fernando Wagner.

Captura de Tela 2016-03-05 às 12.44.56

1949:

Janeiro:

AVENTUREIRA / LA DEVORADORA / 1946. Dir: Fernando de Fuentes. Maria Félix, Luis Aldás, Julio Villareal.

Captura de Tela 2016-03-05 às 12.46.25

A RAINHA DA OPERETA / LA REINA DE LA OPERETA / 1946. Dir: José Benavides hijo. Fernando Soler, Sofia Álvarez, Luis Aldás.

Captura de Tela 2016-03-05 às 12.47.11

Fevereiro:

ROMEU E JULIETA / ROMEO Y JULIETA / 1943. Dir: Miguel M. Delgado. Cantinflas, Maria Elena Marques, Andrés Soler.

Captura de Tela 2016-03-05 às 12.48.05

FLOR SILVESTRE / FLOR SILVESTRE / 1943. Dir: Emilio Fernández. Dolores Del Rio, Pedro Armendáriz, Emilio Fernández.

Captura de Tela 2016-03-05 às 12.48.56

Março:

CANAIMA / CANAIMA / 1945. Dir: Juan Bustillo Oro. Jorge Negrete, Rosario Granados, Carlos Lopez Moctezuma.

Captura de Tela 2016-03-05 às 12.49.43

Maio:

CINCO ROSTOS DE MULHER / CINCO ROSTOS DE MUJER / 1947. Dir: Gilberto Martinez Solares. Arturo de Cordova, Pepita Serrador, Miroslava.

Captura de Tela 2016-03-05 às 12.50.42

Junho:

PECADORA / PECADORA / 1947. Dir: José Diaz Morales. Ramón Armengod, Emilia Guiú, Ninón Sevilla, Os Anjos do Inferno, Agustin Lara.

Captura de Tela 2016-03-05 às 12.53.15

NOTURNO DE AMOR / NOCTURNO DE AMOR / 1948. Dir: Emilio Gómez Muriel. Miroslava, Victor Junco, Hilda Sour, Tongolele.

Captura de Tela 2016-03-05 às 12.52.19

Julho:

NANÁ / NANÁ / 1944. Dir: Roberto Gavaldon, Celestino Gorostiza. Lupe Velez, Miguel Ángel Ferriz, Chela Castro.

Captura de Tela 2016-03-09 às 13.11.24

Agosto:

VAMOS VOAR, MOÇO! / A VOLAR JOVEN! Dir: Miguel M. Delgado. Cantinflas, Ángel Garaza, Andrés Soler.

Captura de Tela 2016-03-08 às 17.13.10

Outubro:

O GRANDE INDUSTRIAL / EL HERRERO / 1947. Dir: Ramón Peón. Ramón Pereda, Adriana Lamar, Juan Pulido.

Captura de Tela 2016-03-09 às 10.55.31

HOTEL DO BARULHO / GRAN HOTEL. Dir: Miguel M. Delgado. Cantinflas, Jacqueline Dalya, Josefina Martinez.

Captura de Tela 2016-03-05 às 12.57.47

DESVENTURADA / SIN VENTURA / 1948. Dir: Tito Davison. Maria Antonieta Pons, Tito Junco, Rafael Baledón.

Captura de Tela 2016-03-05 às 12.58.22

PECADORA ARREPENDIDA / LA BIEN PAGADA / 1948. Dir: Alberto Gout. Maria Antonieta Pons, Victor Junco, Blanca Estela Pavón.

Captura de Tela 2016-03-08 às 23.50.43

Novembro:

PELO AMOR DE UMA MULHER / HERMOSO IDEAL / 1948. Dir: Alejandro Galindo. Conchita Martinez, Rodolfo Landa, Alejandro Ciangherotti.

Captura de Tela 2016-03-05 às 12.59.43

Dezembro:

A DEUSA AJOELHADA / LA DIOSA ARRODILLADA / 1947. Dir: Robert Gaváldon. Maria Félix, Arturo de Córdova, Rosario Granados.

Captura de Tela 2016-03-05 às 13.00.39

1950

Janeiro:

LÁGRIMAS DE MULHER / HUMO EN LOS OJOS /1946. Dir: Alberto Gout. Mecha (Mercedes) Barba, David Silva, Maria Luisa Zea.

Captura de Tela 2016-03-08 às 22.59.03

DESTINO DE DUAS VIDAS / EL MILAGRO DE CRISTO / 1941. Dir: Francisco Elias. Arturo de Córdova, Maria Luisa Zea, Linda Gorráez.

Captura de Tela 2016-03-08 às 23.02.38

HERÓI POR ACASO / EL GENDARME DESCONOCIDO / 1941. Dir: Miguel M. Delgado, Cantinflas, Mapy Cortés, Daniel “Chino” Herrera.

Captura de Tela 2016-03-04 às 18.46.09

QUANDO QUER UM MEXICANO / QUANDO QUIERE UN MEXICANO / 1944. Dir: Juan Bustillo Oro. Jorge Negrete, Amanda Ladesma, Enrique Herrera.

Captura de Tela 2016-03-08 às 23.56.43

A MULHER DO CAÍS / LA MUJER DEL PUERTO. Dir: Emilio Gómez Muriel. Maria Antonieta Pons, Victor Junco, Arturo Soto Rangel.

Captura de Tela 2016-03-04 às 18.47.32

Fevereiro:

HISTÓRIA DE UM GRANDE AMOR / HISTORIA DE UN GRAN AMOR / 1942. Dir: Julio Bracho. Jorge Negrete, Gloria Marin, Domingo Soler.

Captura de Tela 2016-03-04 às 18.49.02

Abril:

PAPA LEBONARD / PAPA LEBONARD / 1946. Dir: Ramón Peón. Ramón Pereda, Adriana Lamar, Carlos Martinez Baena.

Captura de Tela 2016-03-09 às 11.11.08

CORAÇÃO TORTURADO / BUGAMBILIA / 1945. Dir: Emilio Fernández. Dolores Del Rio, Pedro Armendáriz, Julio Villareal.

Captura de Tela 2016-03-04 às 18.52.56

Maio:

CORTESÀ / CORTESANA / 1948. Dir: Alberto Gout.   Mecha (Mercedes) Barba, Crox Alvarado, Pepe Delgado.

Captura de Tela 2016-03-04 às 18.54.43

SENHORA TENTAÇÃO / SEÑORA TENTACIÓN / 1948. Dir: José Diaz Morales. David Silva, Suzana Guizar, Ninón Sevilla, Os Anjos do Inferno, Agustin Lara.

Captura de Tela 2016-03-04 às 18.55.43

Junho:

ENAMORADA / ENAMORADA / 1946. Dir: Emilio Fernández. Maria Félix, Pedro Armendáriz, Fernando Fernández.

Captura de Tela 2016-03-04 às 18.58.58

ANJO OU DEMÔNIO? / ÁNGEL O DEMONIO / 1947. Dir: Victor Urruchúa. Armando Calvo, Maria Antonieta Pons, Daniel “Chino” Herrera.

Captura de Tela 2016-03-04 às 19.00.07

Julho:

DÚVIDA QUE TORTURA / SOLEDAD / 1947. Dir: Miguel Zacarias. Libertad Lamarque, René Cardona, Marga López.

Captura de Tela 2016-03-04 às 19.01.09

Agosto:

SUA ÚLTIMA AVENTURA / SU ULTIMA AVENTURA / 1946. Dir: Gilberto Martinez Solares. Arturo de Córdova, Esther Fernández, Arturo Soto Rangel.

Captura de Tela 2016-03-09 às 10.41.06

Setembro

A VÊNUS DE FOGO / LA VENUS DEL FUEGO / 1949. Dir: Jaime Salvador. Mecha (Mercedes) Barba, Fernando Fernandez, Vitor Manoel Mendoza.

Captura de Tela 2016-03-04 às 19.02.40

Outubro:

CRUEL DESTINO / CRUEL DESTINO / 1944. Dir: Juan Orol. Maria Antonieta Pons, Kiko Mendive, Jorge Arriaga.

Captura de Tela 2016-03-09 às 12.46.45

ZORAYA, A FEITICEIRA / EN TIEMPOS DE LA INQUSICIÓN / 1946. Dir: Juan Bustillo Oro. Jorge Negrete, Gloria Marin, Francisco Jambrina.

Captura de Tela 2016-03-04 às 19.04.37

Dezembro:

ROSENDA / ROSENDA / 1948. Dir: Julio Bracho. Fernando Soler, Rita Macedo, Nicolás Rodriguez

Captura de Tela 2016-03-08 às 20.57.59

1951

Janeiro:

ALGO FLUTUA SOBRE A ÁGUA / ALGO FLOTA SOBRE EL AGUA / 1948. Dir: Alfredo B. Crevenna. Arturo de Córdova, Elsa Aguirre, Amparo Morillo.

Captura de Tela 2016-03-04 às 19.17.20

OLHOS DA JUVENTUDE / OJOS DE JUVENTUD / 1948. Dir: Emilio Gómez Muriel. Elsa Aguirre, Tito Junco, Joaquin Pardavé.

Captura de Tela 2016-03-04 às 19.18.24

Março:

SANTA ENTRE DEMÔNIOS / SALON MEXICO / 1949. Dir: Emilio Fernández. Marga López, Miguel Inclán, Rodolfo Acosta.

Captura de Tela 2016-03-04 às 19.20.01

Abril:

O MAGO / EL MAGO / 1949. Dir: Miguel M. Delgado. Cantinflas, Leonora Amar, José Baviera.

Captura de Tela 2016-03-04 às 19.21.00

HIPÓCRITA / HIPÓCRITA / 1949. Dir: Miguel Morayta. Antonio Badú, Carmen Molina, Leticia Palma.

Captura de Tela 2016-03-04 às 19.22.12

UM GRITO NA NOITE / UN GRITO EN LA NOCHE / 1950. Dir: Miguel Morayta. Sofia Álvarez, Gustavo Rojo, Esther Luquin.Captura de Tela 2016-03-09 às 00.05.27

Maio:

CURVAS PERIGOSAS / CURVAS PELIGROSAS / 1950. Dir: Tito Davison. Leonora Amar, Carlos Cores, Fanny Schiller.

Captura de Tela 2016-03-04 às 19.24.23

Julho:

MEIA NOITE / MEDIANOCHE / 1949. Dir: Tito Davison. Arturo de Córdova, Elsa Aguirre, Marga López

Captura de Tela 2016-03-04 às 22.00.50

Setembro:

OS TRÊS GARCIA / LOS TRES GARCIA / 1947. Dir: Ismael Rodriguez. Pedro Infante, Abel Salazar, Victor Manuel Mendoza, Marga López, Sara Garcia.

Captura de Tela 2016-03-04 às 22.02.27

A NOIVA DO MAR / LA NOVIA DEL MAR / 1948. Dir: Gilberto Martinez Solano. Maria Elena Marques, Rafael Baledón, Jorge Reyes.

Captura de Tela 2016-03-04 às 22.03.35

Outubro:

PAIXÕES TORMENTOSAS / PASIONES TORMENTOSAS / 1946. Dir: Juan Orol. Maria Antonieta Pons, Crox Alvarado, Yadira Jiménez.

Captura de Tela 2016-03-04 às 22.04.40

O PORTEIRO / EL PORTERO / 1950. Dir: Miguel M. Delgado. Cantinflas, Silvia Pinal, Carlos Martinez Baena.

Captura de Tela 2016-03-04 às 22.05.44

DONA DIABLA / DOÑA DIABLA / 1950. Dir: Tito Davison. Maria Félix, Victor Junco, Crox Alvarado.

Captura de Tela 2016-03-04 às 22.12.04

UM CORPO DE MULHER / UN CUERPO DE MUJER / 1949. Dir: Tito Davison. Maria Antonieta Pons, Eduardo Noriega, Rubén Rojo, Ramon Pereda.

Captura de Tela 2016-03-04 às 22.06.57

Novembro:

OUTRA PRIMAVERA / OTRA PRIMAVERA / 1950. Dir: Alfredo B. Crevenna. Libertad Lamarque, Ernesto Alonso, Patricia Morán.

Captura de Tela 2016-03-04 às 22.09.33

A MALQUERIDA / LA MALQUERIDA / 1949. Dir: Emilio Fernández. Dolores Del Rio, Pedro Armendáriz, Columba Dominguez.

Captura de Tela 2016-03-04 às 22.09.06

Dezembro:

UM DIA COM O DIABO / UN DIA CON EL DIABLO / 1945. Dir: Miguel M. Delgado. Cantinflas, Andrés Soler, Miguel Arenas.

Captura de Tela 2016-03-04 às 22.16.46

IRMÃS MALDITAS / LA OTRA / 1946. Dir: Roberto Gavaldón. Dolores Del Rio, Victor Junco, Agustin Irusta.

Captura de Tela 2016-03-04 às 22.17.22

RIO ESCONDIDO / RIO ESCONDIDO / 1948. Dir: Emilio Fernández. Maria Félix, Carlo Lopez Moctezuma, Fernando Fernández.

Captura de Tela 2016-03-04 às 22.18.31

ANJINHOS PRETOS / ANGELITOS NEGROS / 1948. Dir: Joselito Rodriguez. Pedro Infante, Emilia Guiú, Rita Montaner.

Captura de Tela 2016-03-04 às 22.20.12

1952

Janeiro:

PERDIDA / PERDIDA. Dir: Fernando A. Rivero. Ninón Sevilla, Agustin Lara, Domingo Soler, Pedro Vargas, Anjos do Inferno.

Captura de Tela 2016-03-08 às 16.52.01

Março:

FOGO NA CARNE / CUANDO EL ALBA LLEGUE / 19509. Dir: Juan José Ortega. Mecha (Mercedes) Barba, Rafael Baledón, Nelly Montiel.

Captura de Tela 2016-03-08 às 16.53.02

Abril:

A RAINHA DAS RAINHAS / LA REINA DE LAS REINAS, LA VIRGEN MARIA / 1948. Dir: Miguel Contreras Torres. Luana de Alcañiz, Luis Alcoriza, Tito Junco, Luis Musso.

Captura de Tela 2016-03-08 às 16.57.48

DESFORRA / REVANCHA / 1948. Dir: Alberto Gout. Ninón Sevilla, David Silva, Agustin Lara, Pedro Vargas.

Captura de Tela 2016-03-08 às 13.49.59

A RAINHA DO MAMBO / LA REINA DEL MAMBO / 1951. Dir: Ramón Pereda. Maria Antonieta Pons, Sara Garcia, Eduardo Noriega.

Captura de Tela 2016-03-08 às 13.52.09

Maio:
FACEIRA / COQUETA /1947. Dir: Fernando A. Rivero. Ninón Sevilla, Agustin Lara, Victor Junco.

Captura de Tela 2016-03-08 às 13.53.17

SUZANA, MULHER DIABÓLICA / SUSANA / 1951. Dir: Luis Buñuel.                                                                                  Fernando Soler, Rosita Quintana, Victor Manuel Mendoza.

Captura de Tela 2016-03-08 às 13.54.43

Junho:

QUE DEUS ME PERDOE / QUE DIOS ME PERDONE / 1948. Dir: Tito Davison. Maria Félix, Fernando Soler, Tito Junco.

Captura de Tela 2016-03-09 às 12.54.27

Julho:

AMOR PERDIDO / AMOR PERDIDO / 1951. Dir: Miguel Morayta. Amalia Aguilar, Victor Junco, Yadira Jiménez, Tito Navarro, Perez Prado, Maria Luiza Landin.

Captura de Tela 2016-03-08 às 13.59.50

VENDE CARO TEU AMOR / AVENTURERA / 1950. Dir: Alberto Gout. Ninón Sevilla, Tito Junco, Andrea Palma.

Captura de Tela 2016-03-08 às 14.01.13

Agosto:

MULHERES EM MINHA VIDA / MUJERES EN MI VIDA / 1950. Dir: Fernando A. Rivero. Agustin Lara, Emilia Guiú, Guilermina Grin, Pedro Vargas, Toña la Negra, Los Panchos.

Captura de Tela 2016-03-08 às 17.17.41

VAGABUNDA / VAGABUNDA / 1950. Dir: Miguel Morayta. Leticia Palma, Antonio Badú, Luis Beristán.

Captura de Tela 2016-03-08 às 14.03.37

ANJO CAÍDO / EN ÁNGEL CAÍDO / 1949. Dir: Juan José Ortega. Rosita Quintana, Rafael Baledón, Roberto Cobo.

Captura de Tela 2016-03-09 às 12.55.34

MARIA CRISTINA / MARIA CRISTINA / 1951. Dir: Ramón Pereda. Maria Antonieta Pons, Carlos Cores, Ricardo Adalid.

Captura de Tela 2016-03-08 às 14.05.37

POBRE CORAÇÃO / POBRE CORAZÓN / 1950. Dir: José Diaz Morales. Jorge Mistral, Guilhermina Grin, Tito Junco, Pedro Vargas, Ana aria Gonzalez, Anjos do Inferno.

Captura de Tela 2016-03-08 às 14.06.21

Setembro:

A VENENOSA / LA VENENOSA / 1949. Dir: Miguel Morayta. Armando Calvo, Gloria Marin, Arturo Soto Rangel.

Captura de Tela 2016-03-08 às 14.08.44

AO SOM DO MAMBO / AL SON DEL MAMBO. Dir: Chano Urueta. Amalia Aguilar, Rita Montaner, Joan Page, Resortes, Roberto Romaña. Perez Prado, Dolly Sisters, Chucho Martinez.

Captura de Tela 2016-03-08 às 14.09.41

Outubro:

O MATA-SETE / EL SIETE MACHOS / 1951. Dir: Miguel M. Delgado. Cantinflas, Alma Rosa Aguirre, Miguel Ángel Ferriz.

Captura de Tela 2016-03-08 às 14.10.57

Novembro:

A MULHER QUE EU AMEI / LA MUJER QUE YO AMÉ / 1950.

Dir: Tito Davison. Elsa Aguirre, Agustin Lara, Andrés Soler, Pedro Vargas, Toña la Negra, Fanny Chiller, Lydia Kuorin, José Elia Moreno.

Captura de Tela 2016-03-08 às 17.32.09

LEVIANDADE FATAL / RAYANDO EL SOL / 1946. Dir: Roberto Gavaldón. Pedro Armendáriz, Perla Aguillar, David Silva.

Captura de Tela 2016-03-08 às 17.33.00

A VIRGEM NUA / LA VIRGEN DESNUDA / 1950. Dir: Miguel Morayta. Susana Guizar, Gustavo Rojo, José Maria Linares-Rivas.

Captura de Tela 2016-03-08 às 17.33.16

 

PRECONCEITO / NEGRO ES MI COLOR / 1951. Dir: Tito Davison. Marga López, Rita Montaner, Roberto Cañedo, Miguel Torruco, Los Panchos.

Captura de Tela 2016-03-08 às 17.34.14

Dezembro:

MARIA MONTECRISTO / MARIA MONTECRISTO / 1951. Dir: Luis Cesar Amadori. Zully Moreno, Arturo de Córdova, Carlos Lopes Moctezuma, Andrés Soler, Jorge Reyes.

Captura de Tela 2016-03-08 às 14.24.56

VÍTIMAS DO PECADO / VICTIMAS DEL PECADO / 1951. Dir: Emilio Fernández. Ninón Sevilla, Tito Junco, Rodolfo Acosta, Rita Montaner, Pedro Vargas, Poncianito.

Captura de Tela 2016-03-08 às 14.24.05

PINTANDO COM A LUZ: JOHN ALTON

fevereiro 23, 2016

Ele falou: “Preto e branco são cores”, e nenhum outro fotógrafo na História do Cinema explorou mais profundamente o valor dessas cores, ou a natureza do contraste violento entre elas. Alton disse ainda: “Eu podia ver mais no escuro do que em cores. Eu podia ver no escuro”. Seu talento extraordinário consistia na maneira pela qual ele capacitava os espectadores a fazer o mesmo (Todd MacCarthy no seu excelente ensaio Through a Lens Darkly: The Life and Films of John Alton).

John Alton

John Alton

John Alton nasceu em 5 de outubro de 1901 em Sopron, aldeia húngara na fronteira com a Austria. O nome de família na ocasião era Altman, embora o sobrenome de seu pai antes de chegar a Viena, vindo da Rússia, certamente fosse outro. O pai de John, Sam Altman, e seu irmão Emile, emigraram para os Estados Unidos em 1880, onde mudaram seus nomes para Alton, e adquiriram cidadania americana, estabelecendo uma conexão americana para John Alton, muito antes do seu nascimento.

Emile ficou na América, mas Sam retornou a Viena, onde retomou o nome Altman, e se tornou fabricante e exportador de conhaque, vinho e champagne. Durante algum tempo, ele trabalhou para a abastada famíla Szecheny e foi no castelo Szecheny, onde os Altman ocupavam quartos, que John (ou Jacob em alemão, ou Janos em húngaro) nasceu.

Desde cedo, John demonstrou inclinação para a arte, aprendendo a revelar suas fotos, e desenhando constantemente. Suficientemente jovem para escapar do serviço militar na Primeira Guerra Mundial, Alton estudou em uma escola de curso superior durante dois anos mas, como não viu nenhum futuro na Hungria, decidiu tentar a chance em Nova York, e alí chegou em um navio cargueiro em 1919. Recebido por seu tio Emile, que a essa altura já era um comerciante próspero, Alton ingressou em uma instituição de ensino, para estudar foto-química, entre outras coisas.

Foi durante esse período que John Alton teve seu primeiro contato com a indústria profissional de cinema. Alton estava em um ônibus quando este passava pelo Cosmopolitan Studios de William Randolph Hearst e decidiu conhecer o local. Quando saltou do ônibus e se encaminhou para o estúdio, o homem que estava no portão disse, “Você é justamente o cara de que estamos precisando”, e ele foi imediatamente contratado como extra. Dentro de poucos dias, foram filmar em locação. Alton tinha que montar em um cavalo e nunca tinha feito isto antes – a não ser em um cavalo de parque de diversões. A filmagem durou 41 dias e o rapaz se apaixonou pelo cinema.

Sua sorte não durou muito, pois seu tio, homem de negócios intransigente, não se impressionava com o interesse intelectual de seu sobrinho pelas belas artes e se recusava a ajudá-lo financeiramente. Finalmente, eles se desentenderam, e Alton saiu de casa.\

Programa da estréia de O Ladrão de Bagdad

Obrigado a sobreviver por conta própria, o jovem arranjou emprego no laboratório dos estúdios Paramount em Long Island City. Depois que ganhou algum dinheiro, Alton comprou um carro e, no inverno de 1923-1924, fez uma viagem de férias pelo país com cinco amigos. Quando chegaram em Los Angeles, Alton assistiu a estréia de O Ladrão de Bagdad / The Thief of Bagdad / 1924 de Douglas Fairbanks no Egyptian Theatre em Hollywood. Havia uma cartomante a disposição de quem comprasse um ingresso. Ela disse para os outros amigos de Alton que voltassem para o lugar de onde tinham vindo. Porém, quando chegou a vez de Alton, a quiromante olhou para a palma da sua mão, e disse: “Você vai fazer sucesso no cinema”. Os amigos voltaram, e ele ficou.

Cartaz de A Viúva Alegre (Stroheim)

Cartaz de A Viúva Alegre (Stroheim)

Alton conseguiu um lugar no laboratório da MGM, mas trabalhou também em vários departamentos do estúdio, adquirindo experiência em outras áreas. Transferido para o departamento de câmera, tornou-se um loader (encarregado de colocar o filme no chassi) e depois, primeiro assistente. Na MGM, teve oportunidade de observar Erich von Stroheim durante a produção de A Viúva Alegre / The Merry Widow / 1925 e de trabalhar com W. S. Van Dyke, atuando como assistente do fotógrado Clyde de Vinna em numerosos westerns de Tim McCoy em 1926-1927. Van Dyke ensinou-o a filmar com rapidez e econômicamente, o que seria o seu ganha-pão quinze anos depois.

john alton studente prince

Sentindo que estava pronto para se tornar primeiro operador de câmera, Alton pediu uma promoção. Mas o rapaz de 26 anos só obteve a incumbência de acompanhar Ernst Lubitsch e outro cameraman, Al Lane, à Europa a fim de filmar cenas de segundo plano para O Príncipe Estudante / The Student Prince / 1927. Segundo o próprio Alton relatou, ele voltou à Europa em 1928, para fazer alguns instantâneos dos Jogos Olímpicos de Inverno na Suiça, tomadas que seriam usadas em um filme programado para Greta Garbo; porém fica difícil confirmar tal fato, porque em nenhum filme de Garbo apareceu esse cenário.

Contou também que descobriu em Paris um jovem chamado Maurice Chevalier, cantor já conhecido na França, mas não nos Estados Unidos. Alton convenceu Irving Thalberg, que estava em Paris em lua-de-mel com Norma Shearer, a deixá-lo fazer um teste com o tal cantor. Obtido o consentimento, fez o teste, tudo saiu bem, ele o enviou para Thalberg, que disse: “Este sujeito não tem nada que se aproveite”. Alton tinha alguns amigos na Paramount, eles viram o teste, contrataram Chevalier, e ganharam uma fortuna. Nos próximos dois anos, Alton chefiou o departamento de câmera da Paramount no seu estúdio em Joinville.

alton lumiton marca

alton lostresberretines posterEm 1932, Alton recebeu um convite para trabalhar na S. A. Radio-Cinematografica Lumiton na Argentina. Ele ajudou a instalar o estúdio sonoro da companhia em San Ysidro e iluminou Los Tres Berretines / 1933, primeiro filme do ator Luis Sandrini. Com Sandrini ele co-produziu, de forma independente, El Hijo de Papá / 1933, do qual foi também diretor.

alton argentina sono film marca

Já casado com uma jornalista local, Rozalia Kiss, Alton transferiu-se depois para a Argentina Sono Film, onde funcionou como diretor de fotografia de vários filmes: Escala en la Ciudad / 1935; Crimen a las Tres / 1935; Compañeros / 1936: Loco Lindo / 1936; Amalia / 1936; Tararira / 1936; Goal / 1936; Um Infeliz Rapaz / El Pobre Pérez / 1937; Cadetes de San Martin / 1937; El Último Encuentro / 1938; Madressilva / Madresselva / 1938; Porta Fechada / La Puerta Cerrada / 1939; Doze Mulheres / Doce Mujeres / 1939; El Matrero / 1939; Romance no Rio / Caminito de Gloria /1939. Entre 1937 e 1938, Alton foi a Hollywood para comprar equipamento para a Argentina Sono Film e teve dez dias para cuidar da fotografia de A Vida Boêmia / La Vida Boehmia com Gilbert Roland e Rosita Diaz, filme americano da Columbia falado em espanhol, dirigido por Joseph Berne.

alton madresselva poster

Libertad Lamarque

Libertad Lamarque

alton puerta cerrada posterEm 1939, Alton e sua esposa mudaram-se para Hollywood. Ele pensou em voltar para a MGM, mas tinha feito alguns inimigos lá nos anos vinte e um deles, John Arnold (o fotógrado de O Grande Desfile / The Big Parade / 1925 de King Vidor), estava agora chefiando o departamento de câmera do estúdio. Em vista disso, Alton preferiu ingressar na RKO, a pedido do diretor Bernard Vorhaus, que ficara impressionado com o seu trabalho realizado na America do Sul. O primeiro filme que fizeram juntos foi Corajoso Dr. Christian / The Courageous Dr. Christian, o segundo de uma série B, protagonizada por Jean Hershol. Alton acabou participando de mais três dos seis filmes da série (Médico contra Charlatão / Dr. Christian Meets The Women / 1940; Remédio para a Riqueza / Remedy for Riches / 1940 e Melodia Para Três / Melody for Three / 1941) e esteve junto novamente com Vorhaus em um filme da Republic: Fugitivos do Terror / Three Faces West / 1940. Vorhaus apontou duas razões principais pelas quais gostava de trabalhar com Alton: sua rapidez e inventividade. “Nunca conhecí ninguém como ele. Ele era muito bom para obter efeitos expressivos e iluminação dramática”.

Cena de Fugitivos do Terror

Cena de Fugitivos do Terror

Antes de fazer outros filmes na Republic, Alton prestou serviço por algum tempo para os produtores William Pine e William C. Thomas em Piloto de Provas / Power Dive / 1941 e Aterrissagem Forçada / Forced Landing / 1941. Os filmes Pine-Thomas eram geralmente feitos em 10 dias por menos de cem mil dólares – mas Alton conseguiu aguentar este tipo de pressão.

Cena de Obsessão Trágica

Cena de Obsessão Trágica

john alton bury me deadEsperando o momento propício para se firmar como um grande diretor de fotografia, Alton trabalhou em filmes B (a maioria na Republic) que atraíam pouco interesse na época e não têm nenhuma reputação hoje: O Traidor Traído / The Devil Pays Off / 1941; Testemunho do Cadáver / Mr. District Attorney in the Carter Case / 1941; Prisioneiro de Conveniência / Pardon My Stripes / 1942; Aventuras de Jimmy Valentine / The Affairs of Jimmy Valentine / 1942; Condenados ao Casamento / Quer Ser Mulher / Johnny Doughboy / 1942; A Filha do Sultão / The Sultan’s Daughter / 1942 (Monogram); A Dama e o Monstro / The Lady and the Monster / 1944; Atlantic City / Atlantic City / 1944; Tormenta Sobre Lisboa / Storm Over Lisbon / 1944; Enemy of Women / 1944 (Monogram); Ilha dos Sonhos / Lake Placid Serenade / 1944; Passaporte Para o Céu / I Was a Criminal/ 1945; Caprichos de Roberta / Love, Honor and Goodbye / 1945; As Presidiárias / Girls of the Big House / 1945; Canção do México / Song of Mexico / 1945; Mandato Supremo / A Guy Could Change / 1946; Obsessão Trágica / The Madonna’s Secret / 1946; Romance no Inverno / Winter Wonderland / 1946; One Exciting Week / 1946; The Magnificent Rogue / 1946; Cupido é do Barulho / Affairs of Geraldine / 1946; Por Conta do Fantasma / The Ghost Goes Wild / 1947; Romance, Sorriso e Música / Hit Parade of 1947 / 1947; Falsificadores / The Trespasser / 1947; Uma Nova Aurora Surgirá / Wyoming / 1947; Turbilhão da Vida / Driftwood / 1947; Bury Me Dead / 1947 (PRC)

Cena de Moeda Falsa

Cena de Moeda Falsa

Cena de Entre Dois Fogos

Cena de Entre Dois Fogos

Cena de Mercado Humano

Cena de Mercado Humano

Cena de Demônio da Noite

Cena de Demônio da Noite

Cena de A Sombra da Guilhotina

Cena de A Sombra da Guilhotina

Durante esses anos, Alton começou a ser reconhecido no meio profissional como um diretor de fotografia que trabalhava rápido, usando poucas luzes e tinha a capacidade de fazer com que um filme “B” parecesse um filme “A”. Esta qualidade foi notada mais ainda nos quatro excelentes filmes noir que fêz em seguida com Anthony Mann: Moeda Falsa / T-Men / 1947; Entre Dois Fogos / Raw Deal / 1948, Mercado Humano / Border Incident / 1949, Demônio da Noite / He Walked By Night / 1949 (dirigido na sua maior parte por Mann) e no drama histórico A Sombra da Guilhotina / Reign of Terror / 1949, no qual Mann, Alton e William Cameron Menzies suplantaram os recursos extremamente limitados da produção, fazendo sets apertados parecerem deslumbrantes e trinta figurantes parecerem trezentos.

Cena de O Caminho do Diabo

Cena de O Caminho do Diabo

Alton fez também um western com Anthony Mann, O Caminho do Diabo / Devil’s Doorway / 1950, optando pelo estilo visual noir com composições – o funeral do velho chefe em uma gruta iluminada pelo clarãos tochas, os enquadramentos na cena da provocação contra os índios no saloon – cuidadosamente preparadas em uma fotografia contrastada. “Encontrei em Anthony Mann, um director que pensava como eu”. Alton explicou: “Ele não somente aceitava o que eu fazia, ele pedia isso”.

Cena de Prisioneiro do Medo

Cena de Prisioneiro do Medo

Outros filmes noires de Alton foram: Prisioneiro do Medo / The Pretender / 1947; A Cicatriz / Hollow Triumph / 1948; Afrontando a Morte / The Crooked Way / 1949; A Noite de 23 de Maio / Mystery Street / 1950; A Um Passo do Fim / People Against O’Hara / 1951; Eu, o Júri / I, The Jury / 1953; O Império do Crime / The Big Combo / 1954; O Poder do Ódio / Slightly Scarlet / 1956, destacando-se O Império do Crime com sua fotografia noire, como sempre extraordinária, fortalecendo o tom dark: sombras pesadas, figuras em silhueta contra o nevoeiro, mãos e rostos dificilmente visíveis na escuridão, raios de luz espetando os personagens – como aquele farol que Susan (Jean Wallace) aponta na direção de Brown (Richard Conte), para facilitar seu aprisionamento.

Cena de O Império do Crime

Cena de O Império do Crime

Um Raio de Liberdade / Canon City / 1948 de Crane Wilbur e O Místico / The Spiritualist / 1948 de Bernard Vorhaus (renomeado The Amazing Dr. X), foram outras duas produções modestas, nas quais Alton mostrou como se pode fazer muito com pouco. No primeiro, para filmar as cenas em locação na penitenciária, Alton não levou eletricistas com ele, e usou apenas o circuito elétrico já existente, reforçado com lâmpadas mais potentes. No segundo, nas sessões de clarividência, a luz emana diretamente da bola de cristal do vidente impostor (Turhan Bey).

Cena de O Místico

Cena de O Místico

Em 1949, Alton voltou a trabalhar para a MGM e, apesar de muitas desavenças com seu velho inimigo John Arnold (que não gostava dos filmes B da MGM nem do estilo dark de Alton), conseguiu sobreviver na empresa e se tornar o fotógrafo preferido de dois diretores do primeiro time da Marca do Leão: Vincente Minnelli e Richard Brooks.

Com Minnelli, ele fez O Papai da Noiva / Father of the Bride / 1950; O Netinho do Papai / Father’s Little Dividend / 1951; Chá e Simpatia / Tea and Sympathy / 1956; Teu Nome é Mulher / Designing Woman / 1957 e a sequência do longo balé final de Sinfonia de Paris / An American in Paris / 1951, que lhe proporcionou o Oscar de Melhor Fotografia em cores. Foi a primeira experiência de Alton com o Technicolor, mas, mesmo assim, ele tinha idéias muito precisas de como obter certos efeitos. “O segredo da fotografia do balé”, disse Alton, “foi a tonalidade fumata (esfumaçada), que dava às cores um tom pastel”. Das cerca de sessenta luzes existentes no estúdio, Alton usou três ou quatro, o que poupou muita despesa e trabalho.

John Alton e Leslie Caron em um intervalo da filmagem de Sinfonia de Paris

John Alton e Leslie Caron em um intervalo da filmagem de Sinfonia de Paris

Cena de Sinfonia de Paris

Cena de Sinfonia de Paris

Cena de Sinfonia de Paris

Cena de Sinfonia de Paris

Devido ao sucesso de Sinfonia de Paris, Alton foi encarregado de fotografar Cantando na Chuva / Singin’in the Rain / 1952, mas não se entendeu bem com Gene Kelly – Stanley Donen, e após duas semanas foi afastado. Deram-lhe em seguida a tarefa de fotografar um filme B, Estranho Inimigo / Talk About a Stranger /1952, e ele providenciou um clima taciturno para esse pequeno thriller interessante sobre um menino, cuja visão distorcida da realidade chega à histeria.

Quanto a Richard Brooks, Alton colaborou com ele em Campo de Batalha / Battle Circus / 1953; Dá-Me Tua Mão / Take the High Ground / 1953; A Festa de Casamento / The Catered Affair / 1956; Os Irmãos Karamazov / The Brothers Karamazov / 1958 e Entre Deus e o Pecado / Elmer Gantry / 1960. O penúltimo filme é o mais rico visualmente, porém Alton recebeu algumas críticas por ter iluminado várias cenas, particularmente os interiores, de modo totalmente irreal e usado cores estranhas, notadamente a púrpura, o verde e amarelo refletidas nos tetos ou envolvendo os personagens em contraluz. A afeição e o respeito entre diretor e fotógrafo era mútua. “Eu gostava de trabalhar com Richard Brooks”, recordou Alton. “Ele era muito bom”.

Cena de Os Irmãos Karamazov

Cena de Os Irmãos Karamazov

Cena de Entre Deus e o Pecado

Cena de Entre Deus e o Pecado

Alton havia trabalhado com Allan Dwan em Turbilhão da Vida (1947), mas nos meados dos anos cinquenta, eles se reencontraram sete vêzes na RKO. Sobre Dwan, Alton disse: “Ele era grande nos primórdios da indústria cinematográfica, mas não mudou, não trouxe nada de novo para ela, então foi por isso que entrou em declínio. Mas era um bom diretor”. Os seis primeiros de seus filmes dos anos cinquenta – Homens Indomáveis / Silver Lode; Sob a Lei da Chibata / Passion; Montana, Terra do Ódio / Cattle Queen of Montana; Selvas Indomáveis / Escape to Burma; A Sereia dos Mares do Sul / Pearl of the South Pacific e A Audaçia é Minha Lei / Tennessesse’s Partner – são surpreendentemente sem qualidade visual, tendo em vista que foram fotografados por Alton. O sétimo, O Poder do Ódio / Slightly Scarlet / 1956, filme noir rodado em cor e tela larga (no processo Superscope da RKO), foi uma exceção. Alton transferiu perfeitamente as características da fotografia em preto e branco para a cor. Apesar do Technicolor, ele continuou utilizando extensas sombras e grandes áreas pretas, usando o amarelo como se fosse a luz, acentuando ao mesmo tempo arranjos berrantes com as cores rosa, verde e laranja. Assim, o extraordinário cinegrafista conseguiu alguns efeitos que servem bem não somente às cenas tensas como ao subtema da rivalidade sexual, ciúme e possessividade entre duas irmãs (Dorothy / Arlene Dahl) e June / Rhonda Fleming).

Cena de O Poder do Ódio

Cena de O Poder do Ódio

Allan Dwan, Arlene Dahl e John Alton na filmagem de O Poder do Ódio

Allan Dwan, Arlene Dahl e John Alton na filmagem de O Poder do Ódio

Entre os filmes restantes que Alton fotografou – O Intrépido / Red Stalllion in the Rockies / 1949 (em Cinecolor); Capitão China / Captain China / 1950; Amor Vai, Amor Vem / Grounds for Marriage /1951; No Palco da Vida / It’s a Big Country / 1951; A Indiscreta / Washington Story / 1952; Brado de Perigo / Apache War Smoke / 1952; Medo que Condena / Count the Hours / 1953; Ódio Entre Grades / Duffy of San Quentin / 1954; Testemunha do Crime / Witness to Murder / 1954; Labirinto de Aço / The Steel Cage / 1954; A Casa de Chá do Luar de Agosto / The Tea House of the August Moon / 1956; Por um Pouco de Amor / Lonely Hearts / 1958 e A Invasão da Lua / 12 to the Moon / 1960, e somente em Testemunha do Crime se vislumbra com nitidez o trabalho de câmera altoniano, imprimindo uma atmosfera tenebrosa ao cenário de Los Angeles, onde tem lugar a ação.

Alton e Barbara Stanwyck na filmagem de Testemunha do Crime

Alton e Barbara Stanwyck na filmagem de Testemunha do Crime

Em 7 de novembro de 1960, Alton começou a fotografar O Homem de Alcatraz / The Birdman of Alcatraz / 1962 para o diretor britânico Charles Crichton. Após uma semana de filmagem, Burt Lancaster e o produtor Harold Hecht susbtituiram Crichton por John Frankenheimer, mas retiveram Alton. Entretanto, Frankenheimer percebeu logo no primeiro momento que ele e Alton eram incompatíveis. “Durou apenas um dia ou um-dia-e-meio no máximo, recordou Frankenheimer. Houve um conflito de personalidades desde o primeiro dia. Simplesmente não era o meu tipo de filmagem. Ele estava acostumado a trabalhar com diretores que provavelmente não eram tão específicos como eu, sobre como filmar uma cena, que deixavam ele fazer o que quisesse… Foi uma pena, porque tinha muito respeito por ele e lamento não ter dado certo”.

Com isso, John Alton havia trabalhado como diretor de fotografia no cinema pela última vez, e nada do que ele e Crichton filmaram ficou no filme.

PAUL FEJOS: CINEASTA E CIENTISTA

janeiro 28, 2016

Fejös Pál (1897-1963) nasceu em Budapeste na Hungria, estudou medicina, serviu como médico na Primeira Guerra Mundial, e depois ganhou a vida como pintor de cenários de teatro, antes de iniciar uma carreira cinematográfica peripatética que, por mais de quinze anos, conduziu-o da Hungria para Hollywood, França, Austria e Dinamarca.

Paul Fejos

Paul Fejos

Entretanto, nos meados dos anos trinta, suas frustrações com os constrangimentos comerciais da sétima arte, levou-o a realizar uma série de documentários etnográficos em Madagascar, Indonesia, Nova Guiné e Tailândia, instalando-se finalmente em Nova York para uma bem sucedida trajetória como antropologista e diretor do Viking Fund, fundação dedicada à pesquisa antropológica, posteriormente denominada Wenner-Gren Foundation.

fejos wenner-gren

Antes de partir para a América, entre 1919 e 1923, Fejos realizou na Hungria filmes experimentais e alguns longa-metragens entre eles Arsène Lupin utolsó kalandja e Egri csillagok, mas nenhum ambos se perderam. Seus primeiros dias no novo país foram difíceis, passados na mais profunda pobreza, sem conhecer ninguém, até que arrumou emprego como bacteriologista em um laboratório do Rockefeller Institute, e então se envolveu com alguns grupos de teatro. Porém ele ficou obcecado com a idéia de trabalhar em Hollywood, e rumou para a Califórnia em 1926.

Sua chance de ingressar na indústria de cinema ocorreu quando conheceu um jovem chamado Edward M. Spitz, que tinha cinco mil dólares, queria investir em um filme, e estava procurando um diretor e um script. Fejos, que era um homem dotado de um charme pessoal considerável, imediatamente se ofereceu para a tarefa e conseguiu convencer Georgia Hale (a atriz de Em Busca do Ouro / The Gold Rush / 1925 de Charles Chaplin) a trabalhar de graça, porém somente nos dias em que ela não tinha outros compromissos.

Georgia Hale

Georgia Hale

Ele então alugou espaço em um estúdio de hora em hora em vez de uma base diária, encarregando-se de usar os cenários que estivessem no palco na ocasião para outros filmes. Fejos comprou filme virgem e uma câmera a crédito e arranjou um fotógrafo, Leon Shamroy (vencedor de quatro Oscar por sua cinematografia no futuro), que estava querendo uma oportunidade para amostrar sua capacidade em um filme de longa-metragem. Fejos então escreveu um roteiro que lhe permitisse jogar com os vários recursos disponíveis – usando uma dublê como stand-in para Georgia Hale em todos os planos que não fossem close-ups – e, dentro de três mêses, The Last Moment foi finalizado.

Cena de The Last Moment

Cena de The Last Moment

Eis o resumo da história: nos últimos momentos de sua vida, uma pessoa visualiza os instantes marcantes de sua existência. A primeira cena do filme mostra um homem (Otto Matieson) debatendo-se na água. Sua mão se ergue, indicando que ele está se afogando. Segue-se uma série de planos rápidos: duplas e triplas superposições da cabeça de um Pierrot, rostos de mulheres, faróis de automóveis piscando, rodas girando, um punhado de estrelas, uma explosão, um livro de criança. O rítmo do filme desacelera para resumir a vida do homem: tempos de colégio, mãe amorosa, pai severo, uma cerimônia de crisma; uma festa de aniversário, o circo, um romance adolescente com uma atriz do circo, discussão com seu pai, a partida do lar, passageiro clandestino em um navio, perambulando em uma taberna no porto, declamando para os beberrões, sendo atropelado por um carro, uma operação e a convalescença em um hospital, tornando-se um ator, casando-se com a enfermeira que cuidou dele, uma briga, divórcio, a morte de sua mãe, o enterro, um caso amoroso com uma mulher casada, um duelo com o marido dela, a guerra e seu amigo morrendo em seus braços. Ele retorna à vida civil, retoma sua profissão de ator, apaixona-se pela sua parceira, eles se casam, ela morre. Vestido como Pierrot, ele caminha para casa,   chega ao lago, olha para seu reflexo, e entra na água até que somente sua mão fica visível. A mão desaparece, e o filme termina com umas bolhas subindo à superfície.

Leon Shamroy

Leon Shamroy

Infelizmente, estamos falando de um filme perdido até o presente momento, e a originalidade de estilo e estrutura, que tanto intrigou os críticos contemporâneos, só pode ser julgada pelos relatos sobre o filme fornecidos pelas resenhas da época.

A National Board of Revue Magazine de fevereiro de 1928 fez uma síntese detalhada (reproduzida por George C. Pratt em Spellbound in Darkness – A History of the Silent Film, 1973) dos aspectos mais importantes do filme, e concluiu que, “trata-se de cinema autônomo, como a pintura, a poesia, a música … um filme libertado de seu modelo estabelecido e esforçando-se por uma forma mais pura”. O Variety classificou The Last Moment como “filme de arte interessante, excêntrico e ligeiramente mórbido”, mas com possibilidades comerciais”. Welford Beaton, do Film Spectator, colocou como título de sua matéria: “Introduzindo para vocês Mr. Paul Fejos, Gênio” e Tamar Lane, redator do Film Mercury, proclamou-o “um dos filmes mais extraordinários jamais apresentados na tela”. Charles Chaplin assistiu o filme na sua casa em Beverly Hills, concordou com Beaton, e a United Artists decidiu distribuí-lo.

A maioria dos chefões dos principais estúdios de Hollywood ficou tão impressionada com o filme, que Fejos recebeu inúmeras propostas para trabalhar para eles. Entretanto, sua insistência em reter o contrôle do roteiro, escolha dos atores e montagem de qualquer projeto futuro era um impedimento, e somente Carl Laemmle, Jr. da Universal mostrou-se disposto a aceitá-lo nesses termos.

Fejos rejeitou polidamente a sugestão de Laemmle de fazer um filme “sexy limpo” com Billy Dove e passou algum tempo examinando os scripts que estavam à disposição no estúdio, considerando-os totalmente desinteressantes. Finalmente, ele encontrou uma sinopse de três páginas de uma história que lhe agradou, escolheu para atores principais uma desconhecida, Barbara Kent e o então muito popular Glenn Tryon, e realizou Solidão / Lonesome.

fejos lonesome poster

O enredo é simples: viver na cidade de Nova York é uma coisa monótona para Mary, uma telefonista e para John, um operador de máquina de furar, duas pessoas solitárias que não sabem que moram na mesma pensão. Acompanhando uma multidão festiva a Coney Island, ele se encontram por acaso na praia, e experimentam o amor à primeira vista. Em uma montanha russa, eles são separados por um outro casal que senta nos lugares errados, irrompe um incêndio, e Mary desmaia. Em um esforço para chegar até Mary, cujo nome ele desconhece, John é interrompido por um policial, e levado para a delegacia. Quando é sôlto, Mary desapareceu. Cada qual volta para casa desesperado. Eles descobrem alegremente que são vizinhos.

Cena de Solidão

Cena de Solidão

O filme começa à maneira das sinfonias da cidade européias dos anos vinte, como Berlim: Sinfonia da Metrópole / Berlim: Die Sinfonie der Grosstadt / 1927 de Walter Ruttmann e Homem com uma Câmera / Chelovek s kinoapparatum / 1929 de Dziga Vertov, na verdade antecipando-as, com uma montagem da grande cidade despertando. Como observou Philip Lopate no folheto que vem junto com o dvd da Criterion Collection, Fejos via o cinema primordialmente como um meio de imagens em movimento, de poesia visual, tendo a ver com luz e sombra, efeitos atordoantes para o deleite dos olhos – em suma, mais associado com a pintura do que com a literatura. Seu estilo combinava o trabalho de câmera fluente de F.W. Murnau e da escola expressionista germânica com a montagem rápida dos russos. Para um filme que foi algumas vêzes apontado como precursor do neo-realismo, percebe-se uma boa dose de estilização a todo momento com influências do Art Deco, superposições múltiplas e movimentos de câmera vertiginosos, e as sequências em Coney Island aproximam-se do surrealismo. Fejos quase põe tudo a perder pelo abuso de virtuosismo técnico, que se torna repetitivo, e acaba causando certa monotonia – mas é sempre atraente.

Barbara Kent em Solidão

Barbara Kent em Solidão

Barbara Kent e Glenn Tryon em Solidão

Barbara Kent e Glenn Tryon em Solidão

Cena colorida de Solidão

Cena colorida de Solidão

Glenn Tron e Barbara Kent em Solidão

Glenn Tron e Barbara Kent em Solidão

Barbara Kent e Glenn Tryon em Solidão

Barbara Kent e Glenn Tryon em Solidão

A vontade vanguardista de experimentar do diretor conjuga-se com a sua sensibilidade social. A percepção do “homem comum” esmagado pelo anonimato da cidade grande lembra a de King Vidor no seu clássico também realizado em 1928: A Turba / The Crowd. No filme de Fejos, um intertítulo enfatiza o problema específico da solidão: “No redemoinho da vida moderna – a coisa mais difícil é viver sozinho”. Inicialmente, Solidão era todo silencioso com cenas coloridas à mão e por estêncil e tingidas, mas após o sucesso de O Cantor de Jazz / The Jazz Singer / 1927, foram acrescentadas cenas “faladas” e efeitos sonoros (Movietone). Todavia, a organização estática das breves cenas de diálogo contrasta desfavoravelmente com o estilo visual fluido do resto do filme.

Fejos na filmagem de Cena Final (ele é o último à direita).

Fejos na filmagem de Cena Final (ele é o último à direita).

O filme seguinte de Fejos na Universal, Cena Final / The Last Performance / 1929, deu-lhe a oportunidade de trabalhar com o ator Conrad Veidt, que faz o papel de Erik, um mágico e hipnotizador, apaixonado pela sua jovem assistente, Julie (Mary Philbin). Além de Julie, ele tem outro comparsa, Buffo (Leslie Fenton). Certa noite, um rapaz faminto, Mark Royce (Fred Mackaye), é apanhado roubando comida no apartamento de Erik. Por sugestão de Julie, Erik coloca o rapaz como auxiliar de Buffo. Antes de iniciar sua nova temporada em Nova York, o mágico dá uma festa de aniversário para Julie, planejando anunciar o noivado deles. No decorrer da reunião, o ciumento Buffo mostra a Erik, Julie e Mark abraçando-se em um jardim. Erik finge que aceita a união do casal. Durante o espetáculo, em um número no qual Buffo entra em um baú, e é espetado por Mark com espadas, aquele é morto. Mark é acusado do crime porém, no seu julgamento, Erik pede ao juiz para mostrar como foi feito o número com o baú, esperando que seja Mark a ocupar o lugar de Buffo. Entretanto, é Julie que entra no baú, e então Erik, desesperado, confessa o crime, e se mata com uma das espadas.

Cena de Cena Final

Cena de Cena Final

Conrad Veidt em Cena Final

Conrad Veidt em Cena Final

Cena de Cena Final

Cena de Cena Final

Conrad Veidt e Mary Philbin em Cena Final

Conrad Veidt e Mary Philbin em Cena Final

Filmagem de Cena Final

Filmagem de Cena Final

Este terceiro filme de Fejos na América, não posso comentar devidamente, porque a cópia oferecida pela Criterion, cotejada com o resumo da história feito pela revista A Scena Muda, é incompleta. Pude apenas observar que o diretor insistiu nos efeitos técnicos (sombras, superposições, enquadramentos esquisitos etc., notando-se ainda o emprego prematuro da lente zoom), porém imprimiu um rítmo mais calmo à trama melodramática, diferentemente dos seus dois filmes anteriores. O título de abertura “Esta é uma história estranha de hipnotismo, fetiçaria e um baú e doze espadas afiadas”, promete muito, porém o espetáculo não chega a arrebatar. A interpretação de Conrad Veidt é exagerada, a do par romântico, inexpressiva, e o final não é convincente. Fejos revelaria mais tarde que só aceitou fazer esse filme, porque lhe daria a oportunidade de trabalhar com o Veidt.

fejos broadway poster

Ainda sob o patrocínio de Carl Laemmle, Jr., Fejos foi em seguida designado para dirigir uma superprodução (Universal Super Jewel) Broadway / Broadway /1929, uma mistura de musical de bastidores e melodrama de gangster (filmado em uma versão silenciosa e outra com som no sistema Movietone e sequências em Technicolor), estrelado por Glenn Tryon, Evelyn Brent e Merna Kennedy.

Boa parte do orçamento financiou a construção de um cenário de boate Art Deco gigantesco (desenhado por Charles Hall) e de uma grua enorme, inventada por Fejos e pelo fotógrafo Hal Mohr, que deslizava velozmente em todas as direções. Vendo os trechos do filme contidos no dvd da Criterion, suspeito de que essa era única atração do espetáculo (embora esse virtuosismo fôsse meio a êsmo), porque achei a trama pouco interessante e os números musicais mal apresentados.

Cena de Broadway

Cena de Broadway

Todavia, em uma época em que a nascente tecnologia de gravação do som estava inibindo o movimento expansivo da câmera, que marcara os últimos melhores filmes mudos, Fejos merece tanto crédito quanto Ernst Lubitsch ou Rouben Mamoulian, por ter ajudado a libertar a câmera.

O filme fez um sucesso razoável, mas Fejos não ficou satisfeito com as restrições que lhe foram impostas e este descontentamento se prolongou no seu próximo compromisso, A Marselhesa / Captain of the Guard / 1930, durante a filmagem do qual, logo no início, ele se feriu (possivelmente de propósito), e teve que ser substítuido (por John S. Robertson).

CaptofGuarfejos captain of the guard

Barbara Ken†, Paul Whiteman e Paul Fejos ensaiando para KIng of Jazz - Foto Cortesia de Sergio Leemann

Barbara Ken†, Paul Whiteman e Paul Fejos ensaiando para KIng of Jazz – Foto Cortesia de Sergio Leemann

Fejos tinha grandes esperanças de dirigir Sem Novidade no Front / All Quiet on the Western Front / 1930, mas este projeto foi entregue aos cuidados de Lewis Milestone e, para ele, foi entregue a direção de O Rei do Jazz / King of Jazz / 1930, um tributo a Paul Whiteman. Embora tudo indique que Fejos trabalhou no filme, este foi oficialmente creditado a John Murray Anderson.

Créditos da versão francêsa de O Presídio

Créditos da versão francêsa de O Presídio

Finalmente, Fejos rompeu seu contrato com a Universal e ficou na “lista negra” durante algum tempo até que a MGM o convocou para dirigir as versões francêsa e alemã de O Presídio / The Big House / 1930, que alguns críticos acharam melhor do que o filme original, dirigido por George Hill. Porém Fejos estava farto de Hollywood, e decidiu abruptamente retornar à Europa em 1931.

fejos fantomas poster

Ele foi primeiro para a França, onde, contratado por Pierre Braunberger e Roger Richebé, supervisionou a comédia L’Amour à l’Américaine / 1931 (dir: Claude Heyman) e dirigiu Fantômas / 1932 (com Jean Galland no papel-título). Depois voltou para a Hungria, levando consigo a linda e popular atriz francêsa, Annabella, com quem fez Tavaszi Zápor / 1932 (cuja versão francêsa intitulou-se Marie, Légende Hongroise e foi exibida no Brasil como Lenda de Amor ) e Ítel a Batalon / 1932, com elenco húngaro. Fejos partiu em seguida para a Austria, onde realizou dois filmes: Sonnenstrahl / 1933 (novamente com Annabella, cuja versão francêsa chamou-se Gardez le Sourire) e Frühlingsstimmen / 1933, interpretado por atores locais.

fejos marie legende poster

Lenda de Amor é um conto pungente e poético sobre uma moça seduzida e abandonada. Marie (Annabella), é empregada em uma grande mansão. O pretendente da filha de sua patroa a engravida. A patrôa a despede. Ela dá a luz uma menina, sai de sua aldeia e vai trabalhar em um cabaré suspeito da cidade. Um dia durante o servço e as prostitutas cuidam da criança. Um dia, em uma cerimônia religosa, Marie, vestida com um traje folclórico, vai apresentar seu bebê à Virgem, mas um comitê de assistência pública arranca-a de seus braços. Louca de dor, Marie se embriaga em uma taberna, penetra em uma igreja para maldizer a Virgem, e morre diante do altar. Lá do céu ela vê sua filha com um namorado debaixo da mesma árvore que ela outrora estivera com seu sedutor, e despeja um aguaceiro sobre eles. A jovem volta precipitadamente para casa, e Marie solta uma gargalhada.

Annabella

Annabella

Cena de Lenda de Amor

Cena de Lenda de Amor

Cena de Lenda de Amor

Cena de Lenda de Amor

Maria é uma vítima do egoismo de um sedutor, da burocracia que vai lhe separar de sua filha, de uma sociedade empedernida e injusta para compreender a miséria dos fracos. Fejos, como Frank Borzage em Hollywood, afeiçoa-se aos desamparados. No final melodramático, surge a lenda: Marie, no futuro, protegerá as jovens virgens. Esta “jóia solitária do cinema húngaro” (István Nemeskürty) foi considerada como um dos melhores filmes do início do cinema falado”(Jacques Lourcelles), no qual a graciosa e frágil Annabella, favorecida pela extrema economia dos diálogos, encontra em Marie um dos papéis mais comoventes de sua carreira.

fejos gardez le sourire poster

Gardez le Sourire também tem algo a ver com Borzage (O Paraíso de um Homem / A Man’s Castle / 1933), ao mostrar as alegrias e as aflições de um jovem casal , Jean (Gustav Frölich) et Marie (Annabella), confrontado com os problemas do desemprego, seus sonhos e decepções. Sozinho no mundo, sem emprego, cansado de lutar, Jean decide se afogar. Ele encontra na margem do rio com uma jovem deseperada como ele, Marie, e lhe diz palavras que a confortam. Para se sustentarem, eles exercem mil e umas profissões, casam-se, e vivem enfim felizes com o taxi que Jean conseguiu comprar. Fejos chama atenção para a imagem e diversos planos podem facilmente rivalizar com as mais belas pesquisas visuais dos grandes mestres do cinema mudo.

Cartaz da versão alemã de Gardez le Sourire

Cartaz da versão alemã de Gardez le Sourire

Gustav Fröhlich e Annabella em Gardez le Sourire

Gustav Fröhlich e Annabella em Gardez le Sourire

Convidado pela Nordisk Film, que queria aumentar o prestígio dos filmes dinamarquêses no exterior e imaginando que um diretor com experiência em Hollywood pudesse ajudar tal objetivo, Fejos fez três filmes para essa companhia: Flugten fra millionerne / 1934, Det gyldne smil / 1935 e Fange nr.1 / 1935, mas nenhum deles obteve o sucesso esperado e, a essa altura, o diretor estava cansado de tentar agradar a produtores que raramente entendiam ou aceitavam sua visão.

Entretanto, os donos da Nordisk recusaram-se a interromper seu contrato e então Fejos anunciou que faria um novo filme para eles, somente se pudesse rodá-lo em Madagascar. Para espanto seu, o estúdio concordou, e ele produziu ali o primeiro de seus inúmeros documentários etno-antropológicos que o ocuparam exclusivamente até 1941.

fejos jungle of chang poster

Eles foram rodados variadamente na Ásia, África e América do Sul, e neles o cineasta demonstrou o maior respeito e simpatia pelos povos nativos, que estava fotografando. A única exceção a esse processo de simplesmente registrar aspectos de sua vida cotidiana e rituais foi Man och kvinna /1940 (exibido no Brasil como Maldição das Selvas, distribuido pela RKO com o título americano de The Jungle of Chang), filmado na Tailandia, que combinava documentário e elementos narrativos.

Em 1941, Fejos foi convidado para ser diretor de pesquisa no récem-criado Viking Fund em Nova York – depois denominado Wenner-Gren Foundation, em homenagem ao seu grande benemérito, o industrial sueco Axel Wenne-Gren. Fejos depois tornou-se presidente da instituição e chefiou várias expedições através do mundo, entre elas a que levou à descoberta de duas cidades incas nos Andes, segundo uma reportagem publicada no Correio da Manhã de 5 de março de 1941.

Paul Fejos morreu em 1963, deixando uma herança pequena, mas rica de filmes importantes, que finalmente estão ganhando o reconhecimento que merecem.

O FILME PARA A FAMÍLIA NO CINEMA AMERICANO 1930-1960

janeiro 11, 2016

No período silencioso do cinema americano, alguns filmes poderiam ser considerados filmes para toda a família, tal como o entendemos hoje, co por exemplo, os filmes de Mary Pickford, as comédias de Charles Chaplin ou Harold Lloyd, os westerns de Tom Mix, os curta-metragens da série Os Peraltas / Our Gang de Hal Roach (1922-1944), os seriados – mas eles não foram realizados com esse fim específico.

Mary Pickford

Mary Pickford

Foi somente nos anos 30, após o enrijecimento do Código Hays, levado a efeito pela MPPDA para pôr fim aos excessos cometidos nos filmes no início do cinema falado, foi que a indústria cinematográfica americana “inventou” estrategicamente um tipo especializado de filme de longa-metragem destinado para “as famílias”; um filme que podia ser desfrutado por toda a família conjuntamente e que continha pouco ou nenhum conteúdo violento ou sexual.

Os Peraltas

Os Peraltas

A sobrevivência de Hollywood nessa época de uma auto censura fortalecida dependia muito do êxito de suas tentativas de provar que havia amadurecido como uma respeitável e socialmente consciente instituição “familiar”. No decurso de várias décadas, Hollywood engendrou o termo, tornando-o uma marca altamente lucrativa porque, além do fator moral, havia também um interesse comercial: garantir uma base consumidora mais ampla.

Cena de As Aventuras deTom Sawyer

Cena de As Aventuras deTom Sawyer

familia skippy posterNo início do cinema sonoro os filmes com temas adultos predominavam no esquema de produção das principais companhias. Nessa ocasião, houve uma tentativa de atrair as platéias infanto-juvenís com os chamados kiddie films. O chefe de produção da Paramount, B.P. Schulberg saiu ao encalço dos espectadores adolescentes lançando As Aventuras de Tom Sawyer / Tom Sawyer / 1930, Skippy / Skippy / 1931, Mocidade Feliz / Huckleberry Finn / 1931, Sooky / Sooky / 1931.

A Universal também fez uma tentativa de arrastar as crianças e seus pais para os cinemas com A Volta de Tom / Destry Rides Again / 1932, o primeiro filme falado com Tom Mix, o astro-cowboy da era silenciosa enquanto Mary Pickford manifestou seu desejo de estrelar uma versão animada de Walt Disney de Alice in Wonderland ou Peter Pan.

familia tom mix melohor

Entretanto, nenhuma das outras majors demonstrou a intenção de abandonar a produção de filmes adultos muito menos a Warner Bros. com seus filmes de gângster tais como Alma do Lôdo / Little Caesar / 1931 e Inimigo Público / Public Enemy / 1931. Em 1932, os filmes que possuiam um atrativo familiar especial tornaram-se mais raros do que nunca.

Joseph I. Breen

Joseph I. Breen

Embora o Código Hays sob o comando ferrenho de Joseph I. Breen tivesse sido o fator principal para que Hollywood se dispuzesse a produzir filmes especialmente orientados para a família, ele foi apenas um dos catalizadores. Como explica Noel Brown (The Hollywood Family Film, I. B. Tauris, 2012), também importante foi a disseminação de uma pseudo cultura, advinda do acesso à literatura e outras formas de “alta” cultura, oferecida para um vasto público de leitores pelos clubes de leitura, que abasteciam os assinantes com obras recentemente publicadas escolhidas por especialistas.

Houve ainda, segundo Brown, pressões internas sobre os produtores, principalmente pela MPPDA, mas também por figuras influentes como o pesquisador de mercado George Gallup (cujo Audience Research Institute foi empregado pela RKO e Disney durante os anos 30 e 40), que chamou a atenção para o fato de que adaptações de obras literárias tinham uma audiência garantida por causa da popularidade do material adotado.

Cena de Quatro Irmãs

Cena de Quatro Irmãs

Cena de A Ilha do Tesouro

Cena de A Ilha do Tesouro com Jackie Cooper e Wallace Beery à esquerda

Freddie Bartholomew e W. C. Fields em David Copperfield

Freddie Bartholomew e W. C. Fields em David Copperfield

C. Aubrey Smith, Freddie Bartholomew e Dolores Costello em Um garoto de Qualidade

C. Aubrey Smith, Freddie Bartholomew e Dolores Costello em Um Garoto de Qualidade

Os produtores então se convenceram de que os clássicos da literatura eram um exemplo típico do contéudo “para a família” e, entre 1933 e 1940, foram levados à tela: Quatro Irmãs / Little Women / 1933; A Ilha do Tesouro / Treasure Island / 1934; Grandes Esperanças / Great Expectations / 1934; David Copperfield / David Copperfield / 1935; Sonho de Uma Noite de Verão / A Midsummer’s Night Dream /1935; Um Garoto de Qualidade / Little Lord Fountleroy / 1936; Romeu e Julieta / Romeo and Juliet / 1936; Pobre Menina Rica / Poor Little Rich Girl / 1936; Marujo Intrépido / Captains Courageous / 1937; O Prisioneiro de Zenda / The Prisoner of Zenda / 1937; As Aventuras de Tom Sawyer / The Adventures of Tom Sawyer / 1938; A Princezinha / The Little Princess / 1939; O Mágico de Oz / The Wizard of Oz; O Pássaro Azul / The Blue Bird / 1940.

Cena de O Mágico de Oz

Cena de O Mágico de Oz

Outra causa importante da adoção estratégica dos “family movies”, teve a ver com uma série de reformas educacionais, introduzindo a “apreciação crítica dos filmes” nos currículos das escolas secundárias. Logo que a iniciativa começou a ser implantada em 1928 em Newark, New Jersey, educadores abordaram executivos de Hollywood, a fim de solicitar a produção especializada em filmes educativos próprios para adolescentes; porém os produtores mostraram-se indiferentes, insistindo que o rótulo “educativo” significava “fracasso” nas bilheterias.

A situação mudou bastante em 1933 quando, após um período de experimentação, professores representantes de 17 Estados votaram a favor do estudo educativo dos filmes, que foi consequentemente introduzido em aproximadamente 2.500 escolas do país. Cada semana os alunos assistiriam a um filme de longa-metragem de Hollywood e escreveriam uma redação de 600 palavras sobre o mesmo.

Os guias, chamados comumente de “Photoplay Studies” ou “Group Discussion Guides” continham 16 páginas, tratando da história do filme, seu fundo histórico ou literário, o tratamento fílmico do tema, diversas perguntas para discussão e sugestões de livros para leitura. Inicialmente, os estúdios patrocinavam esses manuais. Depois, a indústria manteve seu apoio, fornecendo para as escolas pôsters e fotografias de cena dos filmes, dossiês de imprensa e ingressos gratuitos para “crianças desprivilegiadas”.familia king kong

Porém surgiu um obstáculo prático aos filmes para a família: um grande número de crianças e adolescentes tinha pouco interesse em Quatro Irmãs ou David Copperfied, preferindo filmes como King Kong / King Kong / 1933 ou os do ciclo de horror da Universal apesar de sua suposta inadequabilidade em razão de seu conteúdo assustador. De modo que os alvos principais desse empenho “familiar” nas telas foram os líderes religiosos, os women’s groups (grupos de mulheres que se encontram regularmente com o objetivo de organizar campanhas) e os educadores; e não as crianças e adolescentes. O que o movimento realmente conseguiu foi embutir firmemente a idéia do “filme para a família” na consciência nacional, protegendo Hollywood da ameaça de uma lei de censura federal (que a MPPDA procurara evitar criando a autocensura) e estabelecendo uma tendência pública de boa vontade para com a indústria.

Diferentemente do movimento de adaptações literárias o ciclo dos child-stars originou-se não de um cuidadoso planejamento e cooperação, mas de uma resposta rápida a questões sociais – neste caso, a Grande Depressão. Prefaciada pelo colapso de Wall Street em 1929, a Depressão causou prejuízos consideráveis à indústria cinematográfica no curto prazo, mas também reanimou o público norte-americano e mais adiante consolidou os filmes para a família no íntimo da consciência popular.

Shirley Temple e Jane Withers em Olhos Encantadores

Shirley Temple e Jane Withers em Olhos Encantadores

Embora Mary Pickford e Jackie Coogan tivessem desfrutado de um status de celebridade durante a era silenciosa, a popularidade de Shirley Temple não teve precedente. Após ela chegar à proeminência em Olhos Encantadores / Bright Eyes / 1934 com a idade de seis anos, e ter capturado a imaginação do público, muitos grandes estúdios tentaram explorar sua popularidade, contratando artistas infantís promissores e colocando-os em filmes, nos quais poderiam exibir seus talentos.

Judy Garland e Mickey Rooney em um filme da série Andy Hardy

Judy Garland e Mickey Rooney em um filme da série Andy Hardy

Entre a metade e o final dos anos 30, a MGM tinha Jackie Cooper, Judy Garland, Mickey Rooney e Freddie Bartholomew sob contrato; a Twentieth Century Fox contratou Shirley Temple e Jane Withers; a Warner Bros. contratou os gêmeos Billy e Bobby Mauch, Sybil Jason e Bonita Granville; a Columbia contratou Edith Fellows e a Universal contratou Deanna Durbin. Embora vários atores infantís estivessem sob contrato com a Paramount e a RKO durante os anos 30 (tais como Jackie Searl e Virginia Weidler) nenhum desses estúdios adotou o instrumento do child star film.

Billy e Bobby Mauch

Billy e Bobby Mauch

Shirley temple e Sybil Jason

Shirley Temple e Sybil Jason

Edith Fellows

Edith Fellows

Deanna Durbin

Deanna Durbin

Mesmo sem a adesão desses dois estúdios os anos 30 foram a época de ouro dos filmes com astros infantís e a persona de Shirley Temple, com seu forte otimismo, mais do que a de todos os outros, era talhada para as platéias da Depressão. Uma medida de sua imensa popularidade é que ela foi a maior atração de bilheteria entre 1935 e 1938.

Cena de Feira de Amostras

Cena de Feira de Amostras

Mickey Rooney e Wallace beery em Fúrias do Coração

Mickey Rooney e Wallace beery em Fúrias do Coração

Jed Prouty e Spring Buyington em um filme da série família Jones

Jed Prouty e Spring Buyington em um filme da série família Jones

Cena de Quatro Filhas da série da família Lemp

Cena de Quatro Filhas da série da família Lemp com Claude Rains, as irmãs Lane e Gale Page

Jimmy Lydon em um filme da série Henry Aldrich

Jimmy Lydon em um filme da série Henry Aldrich

Outro ciclo de filmes especializados para a família foi o do filme de família de pequena cidade do interior (small town family film). Além de longas-metragens classe A (v. g. Feira de Amostras / State Fair / 1933; O Juiz Priest (TV) / Judge Priest / 1934; Fúrias do Coração / Ah, Wilderness! / 1935) surgiram alguns filmes B: a série da família Jones da Fox (1936-1940) com Jed Prouty e Spring Byington; a série da famíla Hardy da MGM com Mickey Rooney (1937-1946); a série de três filmes da família Lemp da Warner Bros. (1938-1941) com Claude Rains, Gale Page e as irmãs Lane (Priscilla, Rosemary e Lola); a série Henry Aldrich da Paramount (1939-1944) com Jackie Cooper nos dois primeiros filmes e Jimmy Lydon nos demais. E houve duas tentativas frustradas: a da Universal de desenvolver a série da família Pierce a partir do filme The Family Next Door / 1937 (com Hugh Herbert como George Pierce) e a do produtor independente Harry M. Popkin de reproduzir o sucesso da família Hardy com uma família negra – os Browns: apenas um filme, One Dark Night / 1939 (com Mantan Moreland como Samson Brown) chegou a ser produzido.

Cena de Três Pequenas do Barulho com Deanna Durbin no centro

Cena de Três Pequenas do Barulho com Deanna Durbin no centro

Muitos dos mais memoráveis filmes para a família dos anos 30 foram lançados na época de Natal, considerado um período ideal para o comparecimento da família às salas de projeção (v. g. Era Uma Vez Dois Valentes / Babes in Toyland / 1934; Três Pequenas do Barulho / Three Smart Girls / 1936; Noite de Natal / A Christmas Carol / 1938). De Ilusão Também se Vive / Miracle on 34th Street da Twentieth Century Fox fez um tremendo sucesso no Natal de 1947 e foi visto pelo estúdio como um “filme anual” com potencial para ser reprisado nas festas natalinas subsequentes. O mesmo aconteceu com o clássico  A Felicidade Não se Compra / It’s a Wonderful Life / 1946 de Frank Capra, nas suas exibições pela televisão.

Cena de Noite de Natal

Cena de Noite de Natal

Cena de De Ilusão Também Se Vive com Edmund Gwenn, Natalie Wood e Maureen O'Hara

Cena de De Ilusão Também Se Vive com Edmund Gwenn, Natalie Wood e Maureen O’Hara

A série de Tarzan estrelada por Johnny Weissmuller – que começou na MGM em 1932 com perfil adulto e padrão classe A sob os auspícios de Irving Thalberg e acabou como filme B produzido pela RKO e orientado principalmente para as crianças – foi um bom exemplo de como o Código de Produção robustecido de 1934 impôs mudanças nos hábitos de Hollywood. A introducão do personagem Boy (Johnny Sheffield) já se constituira em uma tentativa clara de maior comprometimento com os espectadores jovens. Quando a franquia foi absorvida pela RKO em 1943, a série adotou um estilo de história em quadrinhos ainda mais afinado com o público juvenil.

Johnny Weissmuller e Johnny Sheffield em O Filho de Tarzan

Johnny Weissmuller e Johnny Sheffield em O Filho de Tarzan

Embora tivessem atingido o auge na era silenciosa, os seriados ainda estavam sendo produzidos nos anos 30, 40 e 50, porque eram um divertimento escapista ideal para as crianças. Adaptações em seriados de Buck Rogers, Flash Gordon, Superman, Captain America, Batman etc, foram produzidas pelas companhias especializadas nos serials, Republic, Universal e Columbia.

Larry Williams, Bonita granville e Frankie Thomas em um filme da série Nancy Drew

Larry Williams, Bonita granville e Frankie Thomas em um filme da série Nancy Drew

Uma das séries orientadas para as crianças mais populares foi Nancy Drew, baseada nos livros de aventura de “Carolyn Kane” (pseudônimo de vários autores) e produzida pela First National. Quatro exemplares (Nancy Drew, a Detetive / Nancy Drew: Detective, Nancy Drew, a Repórter / Nancy Drew … Reporter, Nancy Desvenda um Crime / Nancy DrewTrouble Shooter, Nancy Drew e a Escada Secreta / Nancy Drew and the Hidden Staircase) foram produzidos entre 1938 e 1939, cada qual girando em torno das façanhas de uma adolescente intrépida, interpetada por uma Bonita Granville de quinze anos de idade.

Frankie Darro e Mantan Moreland

Frankie Darro e Mantan Moreland

Já a série da Monogram, protagonizada por Frankie Darro, pode ser vista como uma precursora dos teen pic ou youth films dos anos 50 (que não se confundem com os filmes para a família). Nela apareceram astros infantís já em declínio (Jackie Moran e Marcia Mae Jones), que estavam então no final da adolescência.

Cena de Agora Seremos Felizes vendo-se em primeiro plano Leon Ames e Mary Astor

Cena de Agora Seremos Felizes vendo-se em primeiro plano Leon Ames e Mary Astor

Cena de Nossa Vida Com Papai

Cena de Nossa Vida Com Papai

Clifton Webb em Papai Batuta

Clifton Webb em Papai Batuta

Nos anos 40 e início dos anos 50, o filme para toda a família foi representado pelas celebrações nostálgicas de famílias do passado recente (v. g. Agora Seremos Felizes/ Meet Me in St. Louis / 1944; Noites de Verão / Centennial Summer/ 1946; Nossa Vida com Papai / Life with Father / 1947; Idílio para Todos / Summer Holiday /1948; Papai Batuta / Cheaper by the Dozen / 1950; Meus Braços Te Esperam / On Moonlight Bay / 1951; Lua Prateada / By The Light of the Silvery Moon / 1953)

Roddy McDowall e Flicka

Roddy McDowall e Flicka

Elizabeth Taylor e Lassie

Elizabeth Taylor e Lassie

Elizabeth Taylor em A Mocidade é Assim mesmo

Elizabeth Taylor em A Mocidade é Assim mesmo

Claude Jarman, Jr. em Virtude Selvagem

Claude Jarman, Jr. em Virtude Selvagem

e por filmes sobre animais endereçados para as crianças (v.g. Cachorro Vira-Lata / The Biscuit Eater / 1940; Minha Amiga Flicka / My Friend Flicka / 1943; A Força do Coração / Lassie Come Home / 1943; Amor Juvenil / Home in Indiana / 1944; A Mocidade é Asssim Mesmo / National Velvet / 1944; O Filho de Lassie / Son of Lassie / 1945; Fúria Selvagem / Thunderhead – Son of Flicka / 1945; A Coragem de Lassie / Courage of Lassie / 1946; Beleza Indomável / Black Beauty / 1946; Virtude Selvagem / The Yearling / 1947; Os Prados Verdes / Green Grass of Wyoming / 1948; Desafio de Lassie / Challenge to Lassie /1949) que, tal como as comédias-dramáticas da cidade pequena, ofereciam essencialmente um instantâneo nostálgico da vida rural, porém provocando uma identificação juvenil mais evidente, com o seu foco habitual no relacionamento entre uma criança e um animal.

Percy Kilbridge e Marjorie Main em um filme da série Ma and Pa Kettle

Percy Kilbridge e Marjorie Main em um filme da série Ma and Pa Kettle

Donald O' Çonnor e Francis

Donald O’ Çonnor e Francis

Elizabeth Taylor e Spencer Tracy em O Papai da Noiva

Elizabeth Taylor e Spencer Tracy em O Papai da Noiva

Surgiram ainda: a série Ma and Pa Kettle (1949-1957), iniciada com Nem Tudo Que Reluz é Ouro / Ma and Pa Kettle; a série Francis (1950-1956), iniciada com E … O Mulo Falou / Francis, The Mule; O Papai da Noiva / Father of the Bride / 1950 e Os Noivos de Mamãe / Louisa / 1950 – cuja popularidade levou o Variety a observar otimisticamente, que o “family film” era a espinha dorsal da bilheteria.

Bobby Driscoll e Robert Newton em A Ilha do Tesouro

Bobby Driscoll e Robert Newton em A Ilha do Tesouro

Cena de A Cidadela dos Robinsons

Cena de A Cidadela dos Robinsons

O advento da televisão mudou a natureza dos frequentadores de cinema e embora Walt Disney tivesse mantido a animação concomitantemente com filmes de ação ao vivo (A Ilha do Tesouro / Treasure Island / 1950; Robin Hood, O Justiceiro / The Story of Robin Hood / 1952; Entre a Espada e a Rosa / The Sword and the Rose / 1953; O Grande Rebelde / Rob Roy: The Highland Rogue / 1953; Felpudo, O Cão Feiticeiro / The Shaggy Dog / 1959; Pollyana / Pollyana / 1960 e A Cidadela dos Robinson / Swiss Family Robinson / 1960, ambos com a primeira child star genuina de Disney, Hayley Mills), monopolizando o mercado do filme familiar, iniciou-se uma busca de um novo filme para a família, que pudesse atrair um público cuja maioria estivesse entre as idades de 16 a 29 anos, mas que seduzisse também espectadores mais velhos.

familia 7th voyage of sinbad

Russ Tamblyn em O Pequeno Polegar

Russ Tamblyn em O Pequeno Polegar

Depois de uma fase na qual predominaram os filmes de produtores independentes como Ray Harryhausen (Sinbad e a Princesa / The 7th Voyage of Sinbad / 1958); George Pal (v.g. O Pequeno Polegar / Tom Thumb / 1958); Robert B. Radnitz (Doce Aurora da Vida / A Dog of Flanders / 1959) e do sucesso de Mary Poppins / Mary Poppins / 1964, os estúdios eventualmente diversificaram as formas genéricas do filme para a família, criaram departamentos para a sua produção (“family film” divisions) e intensificaram as franquias “kidult”, filmes de fantasia capazes de agradar a todas as gerações (E. T. – O Extraterrestre / E.T. – The Extraterrestrial, as séries Star Wars, Indiana Jones, Back to the Future, Jurassic Park, Toy Story, Harry Potter, Pirates of the Caribbean etc.) e os aparentemente infinitos filmes derivados dos heróis dos quadrinhos, comprovando que o filme para a família foi e sempre será uma das mais comercialmente exitosas e amplamente consumidas formas de entretenimento cinematográfico do mundo.

O BOXE NO CINEMA AMERICANO 1930-1960

dezembro 29, 2015

Entre todos os esportes que passaram pela telas dos cinemas, o boxe foi provavelmente o mais assíduo. Enquanto na vida real a sua prática é condenada por alguns setores da sociedade por sua brutalidade, nas telas as lutas entusiasmam igualmente a todos os espectadores, talvez porque eles saibam que, em um filme, os pugilistas são atores conhecidos e não estão se enfrentando de verdade.

Desde as primeiras experiências de Thomas Alva Edison, o boxe tem sido tema de dramas, comédias, musicais etc., colocado em primeiro plano na trama ou apenas como um elemento de segunda ordem, servindo apenas para adornar a história principal.

Otway, Woodville e Grey Latham

Inicialmente, Edison vendeu cinetoscópios e filmes para uma variedade de freguêses cobrando 250 dólares por máquina. Um desses freguêses, era a Kinestoscope Exhibition Company, formada por Otway Latham, que administrava a Tilden Company, firma farmacêutica com escritório em Nova York. Em 16 de maio de 1894 ele gastou mil dólares para comprar dez cinetoscópios da companhia de Edison. Tanto ele como seus sócios, seu irmão Grey, seu pai Woodville, e seu velho colega de colegío Enoch J. Rector, queriam exibir lutas de boxe – uma idéia que Edison havia mencionado para a imprensa, mas que não havia sido concretizada por causa da capacidade limitada do cinetoscópio para tal fim.

James Corbett, o Gentleman Jim

James Corbett, o Gentleman Jim

Latham utilizou máquinas maiores, com a capacidade aumentada para 150 pés (= 45,72m) e diminuiu a velocidade das exposições para 30 imagens por segundo. Desta forma se incrementava em pouco mais de um minuto a duração do tempo de exibição, o que permitia à máquina apresentar um assalto de boxe algo reduzido. Assim, a firma dos Latham, em colaboração com a Edison Manufacturing Company, começou a filmar a primeira luta de boxe da História do Cinema.

Para o evento, foi contratado, por 150 dólares, um pugilista popular chamado Michael Leonard e, por 50 dólares, um pugilista menos conhecido, Jack Cushing, que aceitou atuar como rival daquele no ringue. Depois de aguardarem uma semana por um tempo claro, os boxeadores foram transportados para o estúdio Black Maria em 15 de junho de 1894 para disputar um combate de seis assaltos, filmado pelos assistentes de Edison, William Kennedy Laurie Dickson e William Heise. Foram disputados seis assaltos , cada qual durando um minuto e meio e, entre cada round, os boxeadores descansavam por sete minutos, enquanto os dois assistentes carregavam de novo a câmera.

James Corbett e Peter Courtney

James Corbett e Peter Courtney

Com a ajuda financeira que receberam por parte de seu empregador, Samuel Tilden, Jr., herdeiro de uma grande fortuna deixada por seu pai, um ex-governador de Nova York, Latham e Rector produziram um projeto mais ambicioso de interesse internacional. Eles acertaram uma luta entre o campeão mundial de peso pesado bonitão e elegante James Corbett, apelidado de Gentleman Jim, e um pugilista de New Jersey, Peter Courtney.

Boxe coco

O campeão teve a garantia de que ganharia 5 mil dólares se nocauteasse Courtney no sexto assalto, além de uma participação nos lucros do empreendimento. A luta teve lugar no dia 7 de setembro. Corbett nocateou Courtney no sexto round e a imprensa relatou o fato minuciosamente. Entretanto, as lutas de boxe estavam proibidas em New Jersey, onde ficava o estúdio de Edison. Talvez porque esta luta mostrada no quinetoscópio envolvesse o campeão mundial de peso pesado, um nocaute, e ampla publicidade, o Juiz David A. Depue de Newark iniciou uma investigação. Edison foi intimado para comparecer em juízo e negou qualquer envolvimento ou conhecimento do evento – embora sua presença tivesse sido noticiada pela imprensa. A questão foi eventualmente encerrada e Corbett e Courtney Before The Kinetograph (mais conhecido como The Corbett-Courtney Fight) alcançou vasta popularidade. (cf. The Emergence of Cinema – the American Screen to 1907, Charles Musser, University of California, 1900).

boxe the leather pushers poster

Nas décadas de dez e vinte começaram a surgir os filmes de ficção relacionados ao boxe. Durante este período destacou-se a série de dois rolos produzida pela Universal, Os Valentões da Arena / The Leather Pushers / 1922-1924 (intitulada após o sétimo segmento, Os Novos Valentões da Arena, Modernos Valentões da Arena ou Últimos Valentões da Arena / The New Leather Pushers), que narravam as aventuras do estudante Kid Robertson (Reginald Denny, depois substituído por Billy Sullivan, sobrinho do campeão de peso pesado John L. Sullivan), tentando fazer o seu nome no mundo do pugilismo.c

Joe Palooka

Joe Palooka (Joe Kirkwood, Jr.)

Nos anos trinta, quarenta e cinquenta Hollywood reforçou a presença do boxe nas telas. Neste artigo seleciono (dez para cada década) os principais filmes de boxe em longa-metragem produzidos no cinema americano clássico entre 1930 e 1960, excluídas séries como Os Valentões da Arena / The Leather Pushers / 1930-31 (refilmagem da série muda, com Kane Richmond), The Glove Slingers / 1939 (série de curtas-metragens, iniciada com Noah Beery, Jr.) e Joe Sopapo / Joe Palooka / 1946 (com Joe Kirkwood, Jr.).

 1930-1939

Joe E. Brown em

Joe E. Brown em Com Unhas e Dentes

boxe Hold Everything poster

Com Unhas e Dentes / Hold Everything / 1930. Roy Del Ruth. Joe E. Brown, Georges Carpentier, Winnie Lightner, Sally O’Neil, Edmund Breese.

Wallace Beery em O Campeão

Wallace Beery em O Campeão

Wallace Beery e Jackie Cooper em O Campeão

Wallace Beery e Jackie Cooper em O Campeão

bvoxe the champ posterO Campeão / The Champ / 1931. MGM. King Vidor. Wallace Beery, Jackie Cooper, Roscoe Ate, Irene Rich, Edward Brophy.

Lew Ayres em Por Uma Mulher

Lew Ayres em Por Uma Mulher

boxe iron man 1931poster caio

Por Uma Mulher / Iron Man / 1931. Tod Browning. Lew Ayres, Robert Armstrong, Jean Harlow, John Miljan, Eddie Dillon.

boxe winner take all poster

James Cagney em Tudo ou Nada

James Cagney em Tudo ou Nada

Tudo ou Nada / Winner Take All / 1932. Roy Del Ruth. James Cagney, Marian Nixon, Guy Kibbee, Clarence Muse, Virginia Bruce.
boxe the prizefighterand the Lady poster

O Pugilista e a Favorita / The Prizefighter and the Lady / 1933. W.S. Van Dyke. Max Baer, Myrna Loy, Primo Carnera, Otto Kruger, Vince Barnett.

boxe two-Fisted Gentleman poster Um Direto no Coração / Two-Fisted Gentleman / 1936. Gordon Wiles. James Dunn, June Clayworth, George McKay, Thurston Hall, Gene Morgan.

Wayne Morris em Talhado para Campeão

Wayne Morris e Edward G.Robinson em Talhado para Campeão

boxe kid galahad poster

Michael Curtiz dirige Talhado para Campeão

Michael Curtiz dirige Talhado para Campeão

Talhado para Campeão / Kid Galahad / 1937. Michael Curtiz. Edward G. Robinson, Bette Davis, Humphrey Bogart, Wayne Morris, Jane Bryan.

boxe spirit of youth poster

Cena de The Spirit of Youth

Cena de The Spirit of Youth

Spirit of Youth / 1937. Harry Fraser. Joe Louis, Clarence Muse, Mantan Moreland, Edna Mae Harris, Cleo Desmond.

boxe the crowd roars Poster

Robert Taylor em Fibra de Campeão

Robert Taylor em Fibra de Campeão

Fibra de Campeão / The Crowd Roars / 1938. MGM. Richard Thorpe. Robert Taylor, Lionel Stander, Maureen O’Sullivan, Frank Morgan, Edward Arnold.

William Holden em Conflito de Duas Almas

William Holden em Conflito de Duas Almas

boxe golden boy poster ema

William Holden, Adolphe Menjou e Barbara Stanwyck em Conflito de Duas Almas

William Holden, Adolphe Menjou e Barbara Stanwyck em Conflito de Duas Almas

Conflito de Duas Almas / Golden Boy / 1939. Rouben Mamoulian. William Holden, Barbara Stanwyck, Adolph Menjou, Lee J. Cobb, Sam Levene.

 1940 -194

James Cagney em Dois Contra Uma Cidade Inteira

James Cagney em Dois Contra Uma Cidade Inteira

boxe city for conquest poster

Cena de Dois Contra Uma Cidade Inteira

Cena de Dois Contra Uma Cidade Inteira

Cena de Dois Contra Uma Cidade Inteira

Cena de Dois Contra Uma Cidade Inteira

Dois Contra Uma Cidade Inteira / City for Conquest / 1940. Anatole Litvak. James Cagney, Ann Sheridan, Anthony Quinn, Arthur Kennedy, Frank Craven.
boxe golden gloves poster

Luvas de Ouro / Golden Gloves/ 1940. Edward Dmytryk. Richard Denning, Jean Cagney, J. Carrol Naish, Robert Paige, William Frawley.

Richard Arlen e Andy Devine em No Mundo do Sôco

Richard Arlen e Andy Devine em No Mundo do Sôco

No Mundo do Sôco / The Leatherpushers / 1940. John Rawlings. Richard Arlen, Andy Devine, Astrid Allwyn, Douglas Fowley, Charles D. Brown.

Errol Flynn em Ídolo do Público

Errol Flynn em Ídolo do Público

Errol Flynn e Alexis Smith em Ídolo do Público

Errol Flynn e Alexis Smith em Ídolo do Público

Errol Flynn em Ídolo do Público

Errol Flynn em Ídolo do Público

Errol Flynn em Ídolo do Público

Errol Flynn em Ídolo do Público

Ídolo do Público / Gentleman Jim / 1942. Raoul Walsh. Errol Flynn, Alexis Smith, Jack Carson, Alan Hale, John Loder.

boxe fgreat John LPOster MelhorQuando Homens São Homens / The Great John L. / 1945. Frank Tuttle. Greg McCLure, Linda Darnell, Barbara Britton, Otto Kruger, Wallace Ford .

John Garfield em Corpo e Alma

John Garfield em Corpo e Alma

boxe body and soul poster

James Wong Howe (de patins)filmando a luta de Corpo e Alma

James Wong Howe (de patins)filmando a luta de Corpo e Alma

John Garfield em Corpo e Alma

John Garfield em Corpo e Alma

Corpo e Alma / Body and Soul / 1947. Robert Rossen. John Garfield, Lili Palmer, Hazel Brooks, Anne Revere, William Conrad.

Cena de Punhos de Ouro

Cena de Punhos de Ouro

boxe killer MCoy poster

Brian Donlevy, Mickey Rooney e Ann Blyth em Punhos de Ouro

Brian Donlevy, Mickey Rooney e Ann Blyth em Punhos de Ouro

Punhos de Ouro / Killer McCoy / 1947. Roy Rowland. Mickey Rooney, Brian Donlevy, Ann Blyth, Tom Tully, Sam Levene.

Kirk Douglas em O Invencível

Kirk Douglas em O Invencível

Ruth Roman e Kirk Douglas em O Invencícel

Ruth Roman e Kirk Douglas em O Invencível

Arthur Kennedy e Kirk Douglas em O Invencícel

Arthur Kennedy e Kirk Douglas em O Invencícel

Marilyn Maxwell e Kirk Douglas em O Invencícel

Marilyn Maxwell e Kirk Douglas em O Invencícel

O Invencível / Champion / 1949. Mark Robson. Kirk Douglas, Marilyn Maxwell, Arthur Kennedy, Paul Stewart, Ruth Roman.

Audrey Totter e Robert Ryan em Punhos de campeão

Audrey Totter e Robert Ryan em Punhos de campeão

Cena de Punhos de Campeão

Cena de Punhos de Campeão

Robert Ryan em Punhos de campeão

Robert Ryan em Punhos de campeão

Cena de Punhos de Campeão

Cena de Punhos de Campeão

boxe the set up poster III Best

Cena de Punhos de Campeão

Cena de Punhos de Campeão

Robert Ryan em Punhos de Campeão

Robert Ryan em Punhos de Campeão

Cena de Punhos de Campeão

Cena de Punhos de Campeão

Punhos de Campeão / The Set-Up / 1949. Robert Wise. Robert Ryan, Audrey Totter, George Tobias, Alan Baxter, Wallace Ford.

boxe ringside poster

Ringside / 1949. Frank McDonald. Don “Red” Barry, Sheila Ryan, Margia Dean, Joseph Crehan, John Cason.

 1950-1959

Ricardo Motalban em Por um Amor

Ricardo Motalban em Por um Amor

Dick Powell, June Allyson e Montalban em Por um Amor

Dick Powell, June Allyson e Montalban em Por um Amor

boxe right cross poster

Por um Amor / Right Cross / 1950. John Sturges. June Allyson, Dick Powell, Ricardo Montalban, Lionel Barrymore, Tom Powers.

Jeff Chandler em O Demolidor

Jeff Chandler em O Demolidor

boxe the iron man jeffchandlerposter

O Demolidor / The Iron Man / 1951. Joseph Pevney. Jeff Chandler, Evelyn Keyes, Stephen McNally, Joyce Holden, Rock Hudson.

Tony Curtis e Marilyn Maxwell em Tormento da Carne

Tony Curtis e Jane Sterling  em Tormento da Carne

 

boxe flesh and fury posrter melhorTormento da Carne / Flesh and Fury / 1952. Joseph Pevney. Tony Curtis, Jan Sterling, Mona Freeman, Wallace Ford, Connie Gilchrist.

Joe Louis

Joe Louis

boxe joe louis story poster

A História de Joe Louis / The Joe Louis Story / 1953. Robert Gordon. Coley Wallace, Paul Stewart, James Edward, Hilda Simms, John Marley.

Dewey Martin e Charles Buchinsky (Bronson) em Amigo e Algoz

Dewey Martin e Charles Buchinsky (Bronson) em Amigo e Algoz

boxe tennessee champ poster

Dewey Martin em Amigo e Algoz

Dewey Martin em Amigo e Algoz

Amigo e Algoz / Tennessee Champ / 1954. Fred M. Wilcox. Dewey Martin, Keenan Wynn, Shelley Winters, Earl Holliman, Charles Buchinsky (Bronson).

Tony Curtis

Tony Curtis

boxe squarejungle posrter marco

Cena de Brutos em Fúria

Cena de Brutos em Fúria

Brutos em Fúria / The Square Jungle / 1955. Jerry Hopper. Tony Curtis, Pat Crowley, Ernest Borgnine, Paul Kelly, Jim Backus.

Cena de A Trágica Farsa

Cena de A Trágica Farsa

boxe the harder they fall poster

Mike Lane, Humphrey Bogart e Jan Sterling em uma pose no estúdio

Mike Lane, Humphrey Bogart e Jan Sterling em uma pose no estúdio

A Trágica Farsa / The Harder They Fall / 1956. Mark Robson. Humphrey Bogart, Rod Steiger, Jan Sterling, Mike Lane, Edward Andrews, Harold J. Stone.

John Derek e Jody Lawrence em O Segredo doPadre

John Derek e Jody Lawrence em O Segredo doPadre

boxe leather saint poster

O Segredo do Padre / The Leather Saint / 1956. Alvin Ganzer. John Derek, Paul Douglas, Jody Lawrence, Cesar Romero, Ernest Truex.

baba poster somebody

Paul Newman em Marcado pela Sarjeta

Paul Newman em Marcado pela Sarjeta

Pier Angeli e Paul Newman em Marcado pela Sarjeta

Pier Angeli e Paul Newman em Marcado pela Sarjeta

Marcado pela Sarjeta / Somebody Up There Likes Me / 1956. Robert Wise. Paul Newman, Pier Angeli, Everett Sloane, Eileen Heckart, Sal Mineo.

Audie Murphy em Um Mundo Entre Cordas

Audie Murphy em Um Mundo Entre Cordas

boxe world in my corner poster

The seventeenth movie of Audie Murphy; Starring Audie Murphy, Barbara Rush, Jeff Morrow, John McIntire, Tommy Hall, Howard St. John, Chico Vejar, Art Aragon, and Cisco Andrade. Summary: Audie portrays a scrappy young boxer from Jersey City named Tommy Shea. A young man from the wrong side of the tracks, he ends up getting noticed by a wealthy industrialist named Robert Mallinson. Mallinson invites Shea to train at his estate. When Shea does, he falls for Mallinson's pretty daughter Dorothy who is played by Barbara Rush. Shea is worried that he doesn't have enough money to support Dorothy in the lifestyle she is accustomed to. To raise money, Shea decides to work for a crooked fight-promoter which means he has to fire his honest manager. As the big fight approaches, Shea begins to have second thoughts about throwing the fight. Shea ends up proving to the world that he is a champion, despite the fact that he is given a terrible beating, while held down, by the crooked fight promoter. In the final scene, Shea's opponent is with the professional boxer Chico Vejar.

Audie Murphy em O Mundo Entre Cordas

Um Mundo Entre Cordas / World in My Corner / 1956. Jesse Hibbs. Audie Murphy, Barbara Rush, Jeff Morrow, John McIntire, Tommy Rall.

PAUL MUNI

dezembro 15, 2015

Ele foi um dos mais importantes e prestigiosos atores do cinema americano durante os anos 30. Mais tarde, especializou-se em interpretar figuras históricas tais como Émile Zola, Juarez e Louis Pasteur, alternando sua carreira entre a Broadway e Hollywood. Muni se dedicava intensamente a cada papel, mudando sua voz, seu corpo e até seu rosto, e por sua predileção para se esconder sob a maquilagem, foi chamado de “O Novo Lon Chaney”. Embora tivesse atuado em apenas 23 filmes, recebeu cinco indicações para o Oscar da Academia, ganhando uma vez como Melhor Ator em A História de Louis Pasteur / The Story of Louis Pasteur / 1936.

Paul Muni

Paul Muni

Mehilem Meyer Weisenfreund nasceu no dia 22 de setembro de 1895 em Lemberg, Galicia, província do Império Austro-Húngaro, hoje denominada Lviv na Ucrânia. Seus pais, Salche e Nachum Favel Weisenfreund, eram atores itinerantes, formando uma dupla (ambos interpretando papéis masculinos, pois mulheres no palco ainda eram mal vistas) em um vaudeville ídiche, que incluia esquetes, canções e danças. O casal teve três filhos antes de Mehilem. Um morreu ao nascer. Joseph nasceu em junho de 1891. Elias, em agosto de 1892, ambos em Budapest. Traduzido para o inglês, Mehilem seria Michael. Mas seus progenitores preferiram usar o apelido austríaco de Muni.

De Budapest, os Weisefreunds foram para a Inglaterra, onde conseguiram, com o auxílio de um lojista admirador do tipo de espetáculo que faziam, abrir um teatrinho em Whitechapel. Este, no entanto, foi muito prejudicado pela luta de guangues rivais em frente ao prédio, causando inclusive a morte de uma pessoa, e a família então decidiu ir para a América. O pai foi o primeiro a partir e, assim que conseguiu dinheiro com a ajuda de um parente em Nova York, mandou as passagens para o resto da família, instalando-se todos no Lower East Side em 1901. Três anos depois, a família se mudou para Cleveland.

Nesta cidade, Muni apareceu pela primeira vez em um palco, no Perry Theatre, um nickelodeon que oferecia sessões contínuas durante todo o dia, de onze horas da manhã até as onze horas da noite. Enquanto os pais se apresentavam entre as exibições de filmes mudos de um rolo, Muni e seus irmãos, no poço da orquestra, providenciavam o acompanhamento musical e/ou a sonoplastia, Joseph tocando piano e os outros dois, seus violinos. Posteriormente, os pais se integraram no Teatro Ídiche e, em 1908, Muni, ainda adolescente, juntou-se a eles, interpretando personagens muito mais velhos, disfarçando sua pouca idade por meio da maquilagem.

Certo dia, o pai resolveu que a família iria para Chicago em busca de melhores oportunidades. Ele alugou um teatro na Twelfth Street (depois Roosevelt Road) e deu o nome de Weisenfreund’s Pavilion Theatre. Eles passaram a apresentar peças inteiras e contrataram um outro ator chamado Adolph Gertner, que atuava alternativamente como ponto, carpinteiro, ator e porteiro. Aliás, todos os membros da família Weisenfreund desempenhavam tarefas múltiplas.

Nessa época, Muni sofreu um grande drama: seu pai descobriu que sua mãe tinha um amante, ficou doente, e faleceu pouco depois. Após o funeral, a mãe de Muni foi para Toronto na companhia do novo companheiro, e seus irmãos passaram a trabalhar como músicos, tocando em casamentos e Bar Mitzvahs. Adolph Gertner comprou o teatro e mudou o nome para Gertner’s Pavilion Theatre. Ele ofereceu emprego para Muni, mas este recusou. Preferiu aceitar o convite dos Grossman, donos do Teatro Casino, que rivalizava com o Wiesefreund’s, para integrar sua trupe itinerante. O jovem ator não se esqueceu de levar consigo o seu estojo de maquilagem, a fim de interpretar os mais variados papéis de idosos barbudos e, ocasionalmente, velhas com bigodes.

paul muni iddish theater

Em 1919, o talento de Muni foi reconhecido por Maurice Schwartz, que o levou para o seu Yddish Art Theatre em Nova York, e ele se tornou uma grande atração durante os anos vinte. Porém foi somente em 1926, quando estava com 31 anos de idade e havia trabalhado no teatro ídiche durante dezoito anos em mais de trezentos papéis diferentes, que Muni estreou na Broadway em uma peça de língua inglêsa, “We Americans”, fazendo o papel de um imigrante judeu de meia idade, Morris Levine. Pouco tempo depois a peça foi comprada pela Universal Pictures, mas foi George Sidney o escolhido para o papel de Levine no filme A Alma de uma Nação / We Americans / 1928. O diretor Edward Sloman explicou que Muni não foi selecionado, porque sua maquilagem de homem de meia idade poderia não ser convincente na tela. Poucos anos depois, Muni se tornaria um grande astro na Warner, célebre por suas maquilagens.

Quando os talkies revolucionaram a indústria cinematográfica, os estúdios começaram a contratar atores-capazes-de-falar. Um velho amigo de Muni, Albert Lewis, executivo da Fox Films em Nova York, providenciou um teste com o ator, que havia impressionado o vice-presidente da companhia, Wilfrid Sheehan, por sua atuação na peça “Four Walls”, grande sucesso no meio teatral.

paul muni the valiant poster

Muni foi contratado pela Fox, teve o nome artístico mudado para Paul Muni, e seu primeiro filme, The Valiant / 1929 (Dir: William K. Howard), proporcionou-lhe a primeira de suas indicações para o Oscar da Academia; porém não teve bom resultado na bilheteria. O mesmo ocorreu com seu segundo filme, O Amigo de Napoleão / Seven Faces / 1929 (Dir: Berthold Viertel), no qual Muni usava sua habilidade com a maquilagem para interpretar seis personagens diferentes: Papa Chibou, Diablero, Willlie Smith, Franz Schubert, Don Juan, Joe Gans (um boxeador negro) e Napoleão. Desiludido por causa do fracasso financeiro desses espetáculos e insatisfeito com os papéis que o estúdio estava lhe oferecendo, Muni retornou à Broadway

Cartaz de O Amigo de Napoleão

Cartaz de O Amigo de Napoleão

Após ter trabalhado em três peças que não lhe satisfizeram, foi chamado por Howard Hawks para fazer um teste em Nova York; aceitou, não para convencer o produtor Howard Hughes, mas a si próprio, de que era o ator certo, para o papel que lhe caberia em Scarface: a Vergonha de uma Nação / Scarface / 1932. Como Muni achava que não tinha um tipo físico suficientemente forte para interpretar um gangster, Hawks mandou fazer um terno com ombreiras e sapatos com saltos mais altos para ele, a fim de lhe dar uma aparência mais corpulenta. Um quarteto notável de roteiristas – Ben Hecht, W. R. Burnett, John Lee Mahin, Seton I. Miller – adaptou o romance de Armitage Trail baseado na vida de Al Capone, aqui rebatizado de Tony Camonte, e interpretado magníficamente por Paul Muni. Hecht declarou que pretendia mostrar Camonte e a irmã Cesca (Ann Dvorak) como equivalentes na Era da Proibição a César e Lucrécia Borgia, embora no filme esta analogia nunca se tornou explícita. A fotografia de Lee Garmes, o elenco afinadíssimo que incluia ainda George Raft, Osgood Perkins (pai de Anthony Perkins), Boris Karloff e a vivacidade cinematográfica de Hawks, eram outros trunfos do espetáculo. Scarface se tornou um clássico do filme de gangster, súmula de tudo o que já havia sido feito e modelo do que ainda se faria no gênero.

Paul muni em Scarface

Vince Barnett,  Paul Muni e   Karen Morley em Scarface

paul muni scarface poster

George Raft e Paul Muni em Scarface

George Raft e Paul Muni em Scarface

Paul Muni e Ann Dvorak em Scarface

Paul Muni e Ann Dvorak em Scarface

Cena de Scarface

Cena de Scarface

Cena de Scarface

Osgood Perkins, Paul Muni e   Karen Morley em Scarface

Paul Muni em Scarface

Paul Muni em Scarface

O grande problema com o filme ocorreu com o Código Hays. Eles exigiram a mudança do título, sugerindo Vergonha de uma Nação, dezenas de cortes, a inclusão de uma cena na qual o gansterismo é denunciado solenemente, e uma montagem inteiramente nova, mostrando o vilão sendo julgado e enforcado, em vez de ser abatido a tiros na sarjeta. Hughes cedeu, vários cortes foram feitos, o título foi eufemizado, e muitas cenas (não dirigidas por Hawks) foram adicionadas. Mesmo assim, o filme foi proibido pela New York State Board. Hughes recorreu à justiça, ganhou a causa, lançou o filme com o título original, e restaurou os cortes, deixando apenas uma cena censurada pelo Código Hays intacta. Scarface estreou no Strand Theatre em Nova York, quase um ano depois da filmagem ter sido completada.

Durante o ano em que o filme ficou banido, Muni aumentou seu prestígio artístico na peça “Counsellor at Law”, interpretando o papel de George Simon, advogado judeu de Nova York, que começa a questionar sua ascenção profissional, quando descobre a infidelidade da esposa, chegando quase ao suicídio. O personagem seria encarnado no cinema de modo igualmente primoroso por John Barrymore em O Conselheiro / The Counsellor / 1933.

Paul Muni em O Fugitivo

Paul Muni em O Fugitivo

Cena de O Fugitivo

Cena de O Fugitivo

Paul Muni em O fugitivo

Paul Muni em O Fugitivo

Cena de O Fugitivo

Cena de O Fugitivo

Cena de O Fugitivo

Cena de O Fugitivo

Paul Muni e Glenda Farrell em O Fugitivo

Paul Muni e Glenda Farrell em O Fugitivo

Helen Vinson e Paul Muni em O Fugitivo

Helen Vinson e Paul Muni em O Fugitivo

Na primavera de 1932, Muni estava com dois sucessos, Scarface na tela e “Counsellor at Law” no palco, quando a Warner o chamou para fazer O Fugitivo / I Am a Fugitive from a Chain Gang / 1932, drama social dirigido por Mervyn LeRoy e baseado em uma história real. O personagem de Muni, James Allen, um veterano da Primeira Guerra Mundial, desempregado, é envolvido inocentemente em um roubo. Preso, ele é submetido às crueldades desumanas de uma prisão do Sul dos Estados Unidos, consegue fugir, e, adotando um novo nome, torna-se um construtor respeitável em Chicago. Marie (Glenda Farrell), sua locadora, descobre a verdade sobre ele e o chantageia, obrigando-o a se casar com ela. O casamento é um desastre. Uma noite, James conhece Helen (Helen Vinson) e os dois se apaixonam. Ele pede o divórcio de Maria, mas ela recusa e, por vingança, o denuncia. A prisão do Sul lhe oferece o perdão em noventa dias, caso ele se entregue. Desejando limpar seu nome antes de se casar com Helen, James concorda; porém quando chega ao Sul, descobre que eles o enganaram. Depois que seu pedido de perdão é recusado duas vêzes, ele escapa de novo da cadeia e passa a viver como um fugitivo desesperado. Por meio de uma narrativa fluente e um vigor dramático acompanhamos a trajetória do protagonista até um dos finais mais belos e amargos do Cinema, quando ele consegue se encontrar com Helen à noite, em um local deserto, e ela lhe pergunta: “De que você está vivendo?” Ele responde: “Eu roubo”, e desaparece nas trevas. Muni teve sua segunda indicação para o Oscar de Melhor Ator .

O contrato de Muni e a Warner Bros. lhe dava o direito de aprovação dos scripts e ele se tornou extremamente seletivo na aceitação dos mesmos. Muni era um perfeccionista obsessivo e podia passar mêses pesquisando sobre seu personagem e preparando sua atuação. No set, ele dependia quase que totalmente do conselho e opiniões de sua esposa Belle, também atriz de teatro, com quem se casara em 1921. Se por acaso Belle não aprovasse determinada tomada, esta teria que ser refilmada.

paul muni the woeld changes posterpaul muni hi nellie poster

A Warner anunciou Muni como “O Maior Ator do Mundo” e em seguida o colocou em uma série de filmes para provar isso: A Humanidade Marcha / The World Changes / 1933 (Orin Nordholm Jr., fazendeiro ambicioso torna-se um pioneiro no transporte de carne em caminhões frigoríficos, alcançando sucesso financeiro, mas fracassando na sua vida particular no decorrer de muitas décadas); Olá, Nellie! / Hi, Nellie / 1934 (Samuel Bradshaw, editor combativo é rebaixado para a seção de consultório sentimental de um jornal, porque não quís abrir mão de seus princípios, e acaba desvendando um caso de corrupção); A Barreira / Bordertown / 1935 (Johnny Ramirez, causídico mexicano expulso da Ordem dos Advogados, torna-se sócio de uma buate, e vem a ser acusado de um crime cometido pela mulher do seu sócio); Inferno Negro / Black Fury / 1935 (Joe Radek imigrante, operário de uma mina de carvão, iludido por uma nebulosa organizacão, prejudica os companheiros de sindicato, e depois se redime), e Dr. Sócrates / Dr. Socrates / 1935 (Dr. Lee Caldwell, médico de uma cidade pequena vê-se involuntariamente envolvido com gangsters, e acaba entregando-os à policia).

paul muni bordertown poster melhor

Paul Muni e Bette Davis em A Barreira

Paul Muni e Bette Davis em A Barreira

paul muni black fury poster

Paul Muni e em Dr. Sócrates

Paul Muni e Karen Morley em Inferno Negro

paul muni drsocratesposter emma

Ann Dvorak e Paul Muni em Dr. Sócrates

Ann Dvorak e Paul Muni em Dr. Sócrates

Por sua atuação em Inferno Negro, Muni chegou em segundo lugar na disputa pelo Oscar de Melhor Ator de 1935 (ganho por Victor MacLaglen), levando-se em conta os write-in votes, que eram permitidos na época, ou seja, os eleitores da Academia podiam escrever na cédula de votação o nome de atores que não tivessem sido indicados. Os write-in votes só perduraram por dois anos, 1935 e 1936. Em Dr. Sócrates Muni ficou conhecendo seu diretor William Dieterle, sob o comando do qual criaria três clássicos da cinebiografia: A História de Louis Pasteur/ The Story of Louis Pasteur / 1936, Émile Zola / The Life of Emile Zola / 1937 e Juarez / Juarez / 1939.

Somente por insistência de Muni, que tinha o direito de dar a palavra final sobre o argumento de seus filmes, Jack Warner autorizou a produção de A História de Louis Pasteur. Dieterle narrou a trajetória do célebre químico francês de maneira direta e acessível, respeitando os fatos históricos e Muni personificou soberbamente o biografado, conquistando o Oscar. O filme foi indicado para o troféu da Academia, agradou aos críticos e ao público, convencendo Jack Warner de que novas cinebriografias com o ator seriam do agrado popular.

paul muni pasteur poster

Paul Muni em A História de Louis Pasteur

Paul Muni em A História de Louis Pasteur

Paul Muni na cerimônia do Oscar ao lado de Luise Rainer e Frank Capra

Paul Muni na cerimônia do Oscar ao lado de Luise Rainer e Frank Capra

Émile Zola ganhou o Oscar de Melhor Filme e deu a Muni mais uma indicação para o troféu de Melhor Ator. A cena mais contundente é a do julgamento de Alfred Dreyfuss, na qual Muni brilha intensamente, discursando em favor do oficial judeu injustamente acusado. Graças ao extraordinário talento do ator, bastou um único take para que Dieterle se desse por satisfeito. Muni leu tudo o que encontrou a respeito de Zola, cada palavra das transcrições do julgamento de Dreyfus e muitos romances do escritor em traduções. Na sua pesquisa, descobriu alguns gestos famosos e idiosincrasias de Zola: seu andar com os ombros caídos, uma risada excêntrica, o modo pelo qual ele enfiava seu guardanapo sob seu colarinho, como colocava suas mãos para a frente e dava uma batidinha no seu estômago pensativamente. Um dia Muni irrompeu no departamento de pesquisa do estúdio. “Quero saber mais”, ele disse. “Mas Mr. Muni, nós lhe demos tudo que pudemos encontrar sobre Zola”. “Acho que conheço Zola agora”, Muni respondeu, impacientemente. ”Quase. Quase. Agora desejo conhecer algo sobre seus antepassados” (cf. Jerome Lawrence em Actor – The Life and Times of Paul Muni, W.H. Allen, 1975).

Paul Muni em Émile Zola

Paul Muni em Émile Zola

Paul Muni em Émile Zola

Paul Muni em Émile Zola

No terceiro papel cinebiográfico, Muni assumiu as feições de Benito Juarez, chamado de o Lincoln mexicano por causa de sua luta para libertar seu país dos interesses imperiais europeus. No script original havia uma preocupação em dar igual importância às figuras do líder revolucionário e do Imperador Maximiliano e sua esposa Carlota, que Napoleão III colocou no trono do México. A certa altura da produção, o script foi reformulado para encurtar os papéis de Brian Aherne (Maximiliano) e Bette Davis (Carlota) e dar mais força ao de Muni. Mesmo assim, Aherne quase conseguiu ofuscar Muni, personificando com muita propriedade o trágico príncipe austríaco. Aherne foi indicado para o Oscar. Quando a Warner realizou Juarez, o mexicano Miguel Contreras Torres acionou a companhia, alegando que o filme era um plágio da sua produção, Juarez y Maximiliano / 1934. A Warner perdeu a ação e ainda se viu obrigada a distribuir o filme mexicano. Para isso, elaborou uma versão em inglês, exibida no Brasil como A Imperatriz Louca / The Mad Empress, sob a marca Vitagraph, tendo no elenco Conrad Nagel, Evelyn Brent, Lionel Atwill e a atriz austríaca Medea de Novara.

Paul Muni em Juarez

Paul Muni em Juarez

paul muni juarez poster

No intervalo entre essas cinebiografias, Muni foi emprestado para a MGM para interpretar o papel de um chinês em Terra dos Deuses / The Good Earth / 1937, baseado no romance de Pearl S. Buck. Os efeitos especiais a cargo de James Basevi eram especialmente notáveis na famosa sequência da praga de gafanhotos. Os técnicos começaram usando cenas de cinejornal de uma praga de gafanhotos ocorrida na África, porém o diretor Sidney Franklin não ficou satisfeito com estas tomadas de arquivo. Por sorte, ocorreu outra praga, desta vez em Utah, exatamente na ocasião da filmagem. Os cinegrafistas do estúdio foram para lá e trouxeram não somente tomadas de milhões de gafanhotos, mas também vários barris com os insetos vivos, para jogá-los sobre os atores. Paul Muni e Luise Rainer tiveram grandes desempenhos como o pobre camponês Wang e sua devotada mulher O-Lan, mas somente Luise foi indicada para o Oscar. Muni provavelmente também seria indicado mas, pelas regras então em vigor na Academia, só podia haver uma indicação por ano para cada categoria, e ele já havia sido indicado por Émile Zola.

Paul Muni e Luise Rainer em Terra dos Deuses

Paul Muni e Luise Rainer em Terra dos Deuses

Luise Rainer e Paul Muni em Terra dos Deuses

Luise Rainer e Paul Muni em Terra dos Deuses

Muni foi também emprestado para a RKO, onde fêz Inferno entre Nuvens / The Woman I Love / 1937, cujo roteiro foi extraído do romance de Joseph Kessel, que havia servido de base para Tripulantes do Céu / L’équipage / 1935, estrelado por Annabella, Charles Vanel e Jean-Pierre Aumont. A RKO contratou o mesmo diretor do filme francês, Anatole Litvak, e colocou Muni no papel de Charles Vanel, Miriam Hopkins no papel de Annabella e Louis Hayward no papel de Jean-Pierre Aumont, o triângulo amoroso formado entre dois aviadores da Primeira Guerra Mundial e a esposa de um deles.

paul muni the woman I Love

Após Juarez, Muni interpretou seu papel favorito em Não Estamos Sós / We Are Not Alone / 1939: o do médico do interior, Dr. David Newcome, que, na Inglaterra durante a Primeira Guerra Mundial, é acusado de matar a mulher e ter um caso amoroso com uma governante austríaca. Ele, Jane Bryan (como a amante) e Flora Hobson (como a esposa) tiveram atuações impecáveis e Goulding reproduziu satisfatoriamente o ambiente britânico do romance de James Hilton.

paul muni we are not alone poster

Jane Bryan e Paul Muni em Não Estamos Sós

Jane Bryan e Paul Muni em Não Estamos Sós

Entretanto, nem Juarez nem Não Estamos Sós tiveram bom êxito comercial e Muni voltou mais uma vez à Broadway, na peça de Maxwell Anderson, “Key Largo”, grande sucesso no palco, depois filmada por John Huston. Ao retornar a Hollywood, rompeu seu contrato com a Warner, quando o estúdio, em vez de produzir a cinebiografia de Beethoven (que ele tanto insistira para ser filmada), lhe ofereceu o papel de um fugitivo da justiça, que se escondia nas montanhas da Califórnia. Humphrey Bogart aceitou o papel que Muni recusou; O Último Refúgio / High Sierra / 1941 elevou Bogart ao estrelato.

Paul Muni em O Renegado

Paul Muni em O Renegado

paul muni hudson's bayposter

Pouco depois, Muni assinou contrato com a Twentieth Century-Fox, para fazer, sob as ordens de Irving Pichel, O Renegado / Hudson’s Bay / 1941, no qual ele era Pierre Radisson, caçador de peles franco-canadense imiscuido na aventura semihistórica da criação da Hudson’s Bay Company. O ator, como sempre, construiu seu personagem com muito esmêro, inclusive aprendendo a falar o dialeto franco-canadense. Porém de nada adiantou seu esfôrço, porque apesar dos altos valores de produção, a narrativa era estática e enfadonha.

paul muni commandos poster II cor

Cornel Wilde, Merle Oberon e Paul Muni em A Noite Sonhamos

Cornel Wilde, Merle Oberon e Paul Muni em A Noite Sonhamos

paul muni counteraartack posterNa década de quarenta, Muni trabalhou no teatro e no rádio e participou de mais cinco filmes: Os Comandos Atacam de Madrugada / Commandos Strike at Dawn / 1942, de John Farrow, como Eric Torensen, um patriota norueguês, neste filme de resistência aos nazistas com um assunto interessante e boas cenas de ação; Noivas de Tio Sam / Stage Door Canteen / 1942 de Frank Borzage, como ele mesmo em uma breve aparição no meio de um elenco astros e estrelas do teatro e do cinema, neste musical patriótico para o esforço de guerra; A Noite Sonhamos / A Song to Remember / 1945 de Charles Vidor compondo com exagero a figura de Józef Elsner, professor de Frédérick Chopin (Cornel Wilde), nesta cinebiografia bem sucedida financeiramente, embora histórica e artisticamente duvidosa; Alma Russa / Counter-Attack / 1945, de Zoltan Korda, como Alexei Kulkov um paraquedista soviético que mantém em cheque sete prisioneiros nazistas em um porão subterrâneo, neste drama de guerra clautrofóbico cheio de suspense; Eu e o Sr. Satã / Angel on my Shoulder / 1946, de Archie Mayo, como o gangster Eddie Kagle, que depois de morto Satã (Claude Rains) faz retornar à terra no corpo do juiz Frederick Parker, nesta comédia-dramática fantástica enriquecida pelos contrastes divertidos e pela interpretação dos dois excelentes atores.

paul muni angel cacacacaca

Após ter desistido da idéia de estrelar uma cinebiografia de Alfred Nobel, por dificuldade de encontrar um produtor e pelos rumores de que o inventor da dinamite seria homossexual (tal assunto seria impossível de ser filmado na época), Muni atuou no seu primeiro drama televisivo, repetindo o papel de George Simon em “Counsellor at Law” no programa Philco Playhouse (1948) e, dirigido por Elia Kazan, apresentou-se em Londres como Willy Loman na peça “Death of a Salesman” de Arthur Miller (1949).

Paul Muni, o diretor Joseph Losey e o fot'grafo Henri Alekan na filmagem de O Homem Que O Mundo Esqueceu

Paul Muni, o diretor Joseph Losey e o fotógrafo Henri Alekan na filmagem de O Homem Que O Mundo Esqueceu

Em 1952, Muni atuou em uma produção ítalo-americana, que pretendia fazer, no molde neorealista, duas versões: uma, para lançamento na América como Embarkation at Midnight e outra, para ser lançada na Itália como Imbarco a Mezzanotte. O filme exibido na América, onde recebeu finalmente o título de O Homem que o Mundo Esqueceu / Stranger on a Prow, foi produzido por Bernard Vorhaus e John Weber, dirigido por Joseph Losey e escrito por Ben Barzman, cineastas que rumaram para a Europa depois da caça às bruxas anti-comunista. De modo que os créditos saíram assim: “Produzido por Noel Calef (i.e. Vorhaus-Weber), dirigido por Andrea Forzano (i.e. Joseph Losey), roteiro de Andrea Forzano (i.e. Ben Barzman)”.

Cena de O Homem Que O Mundo Esqueceu

Cena de O Homem Que O Mundo Esqueceu

Neste filme, que tem traços de O Fugitivo e uma mensagem contra a injustiça, Muni interpreta, com uma humanidade tocante, um homem que perambula pelas ruas, possuindo como seu único bem um revólver. Um menino italiano se encontra perto dele na porta de uma leiteria. O homem havia matado a dona do estabelecimento, para matar sua fome com um queijo; o menino roubara uma garrafa de leite, por ter perdido o dinheiro que sua mãe lhe dera. Os dois culpados, perseguidos pela polícia, fogem, e se escondem. O homem será abatido pelos policiais, após ter salvo o menino em perigo de morte. Muni provou que o cinema ainda precisava dele.

paul muni the last angry manposter

Entretanto, somente sete anos depois, ele retornaria à tela em Rebeldia de um Bravo / The Last Angry Man, convocado para diante das câmeras por Daniel Mann pela última vez, interpretando o papel do Dr. Samuel Abelman, um médico que praticava a medicina em uma comunidade pobre, habitada na sua maioria por negros. Seu desempenho mereceu uma quinta indicação para o Oscar de Melhor Ator.

Antes disso, obteve seu maior triunfo na Broadway como Henry Drummond, o personagem inspirado em Clarence Darrow na peça “Inherit the Wind” (que Spencer Tracy faria na versão cinematográfica de Stanley Kramer), uma interpretação notável que lhe deu o Tony Award. Durante essa temporada, ele teve que deixar temporariamente o espetáculo, para ter um olho removido por causa de um tumor.

Paul Muni, no teatro em Inherit the Wind

Paul Muni, no teatro em Inherit the Wind

Após Rebeldia de um Bravo, Muni, com problemas de saúde, retirou-se do teatro e do cinema e só saiu da aposentadoria em 1962, para comparecer, como artista convidado, em um dos episódios da série Saints and Sinners.

Paul Muni faleceu no dia 25 de agosto de 1967 em Santa Bárbara, Califórnia, e atingiu a imortalidade nas mentes daqueles que o viram representar.

CECIL B.DEMILLE NO CINEMA MUDO

novembro 30, 2015

Ele foi o diretor mais popular e bem sucedido comercialmente do cinema americano clássico, e um dos seus eminentes pioneiros. É comumente lembrado como realizador de superespetáculos que, apesar de suas falsidades históricas, vulgaridade e moralismo, demonstravam uma inspiração épico-plástica, e nunca deixaram de agradar à milhões de espectadores. DeMille era um exímio contador de histórias, que levava as multidões aos cinemas, e nunca as decepcionou, oferecendo-lhes exatamente o que elas queriam ver. Sabia se promover muito bem, apresentando seus próprios trailers, narrando seus próprios filmes, comandando o Lux Radio Theatre. Nenhum outro diretor em Hollywood manteve-se com forte prestígio no meio cinematográfico durante um período tão longo de tempo, criando grandes atrações em cada uma das suas cinco décadas.

Cecil B. DeMille

Cecil B. DeMille

Durante o cinema mudo, no início de sua carreira, ele contribuiu com alguma inovação formal para época e abordou temas originais (v. g. Ferreteada! ou A Embusteira / The Cheat / 1915, Vassalagem ou Mumúrios da Consciência / The Whispering Chorus / 1918). Posteriormente à Primeira Guerra Mundial, o cineasta avaliou a nova civilização que emergira após o conflito, e chegou à conclusão de que os espectadores estavam fundamentalmente curiosos apenas por dinheiro e sexo. Para alcançar objetivos comerciais ele iniciou uma série de comédias de costumes ou, como diziam os críticos, “farsas de alcova sofisticadas” (v. g. Macho e Fêmea / Male and Female / 1919 e Por Que Trocar de Esposa? / Why Change Your Wife? / 1920) com heroínas glamourosas, vestidas provocantemente e uma decoração de interiores luxuosa, que exprimiam os costumes e a moral da sua época. DeMille dedicou-se também aos grandes espetáculos religiosos (ele se gabava de “ter feito mais pessoas lerem a Bíblia do que ninguém”) como Os Dez Mandamentos / The Ten Commandments / 1923 e O Rei dos Reis / The King of Kings / 1927, com os quais, além de auferir rendimentos polpudos, apazigou os grupos de pressão moralistas impressionados com os famosos escândalos no meio hollywoodiano (Roscoe Arbuckle, William Desmond Tayor, Wallace Reid), salvando toda a indústria de Hollywood, que iria ficar em breve sob autocensura, controlada rígidamente por Will H. Hays.

Cecil B. DeMille e Jeannie Macpherson

Cecil B. DeMille e e a roteirista Jeannie Macpherson

No período silencioso, o cineasta abordou ainda outros gêneros – o western (v. g. Pela Felicidade Dela / The Virginian / 1915), a comédia romântica (v. g. A Noite de Sábado / Saturday Night / 1922), o drama histórico (v. g.  Barqueiro do Volga / The Volga Boatman / 1926), o drama social (v. g. De Qualquer Forma / Kindling / 1915, o drama criminal (v. g. Tentação! / Temptation / 1916), o drama de guerra (v. g. A Intrépida Americana / The Little American /1917), o drama social (Mulher Sem Deus / v.g. / 1929) etc., demonstrando sempre perfeito domínio da narrativa cinematográfica.

De Mille realizou 70 filmes, sendo 52 mudos e 18 falados. Dos 52 filmes mudos sobreviveram 45, mas nem todos estão atualmente disponíveis. Como não conheço toda a obra silenciosa de DeMille, posso apenas comentar alguns filmes dele anteriores ao cinema falado, que pude ver em boas cópias.

demille carmen poster best

CARMEN / CARMEN / 1915

Quando Don Jose (Wallace Reid), um novo oficial em uma cidade da costa da Espanha recusa o suborno dos traficantes para deixá-los trazer bens ilegais, Carmen (Geraldine Farrar), uma cigana tempestuosa que vive com eles nas montanhas, é enviada para seduzí-lo. Ela consegue emprego em uma fábrica de cigarros e dança à noite na taverna, onde Morales (William Elmer), um outro oficial e Escamillo (Pedro De Cordoba), um toureador, a cortejam. Don Juan fica enfeitiçado por Carmen, e é induzido a abandonar seu posto, a fim de permitir a passagem dos traficantes. No dia seguinte, durante uma briga, Carmen fere Frasquita, uma colega da fábrica, e é presa por Don Jose. Depois que este permite que ela passe pela taverna, Morales, embriagado, insulta Don Jose, eles lutam, e Morales é morto. Carmen e Don Jose fogem para as montanhas. Depois que Carmen, dizendo que não pertence a homem algum, parte com Escamillo para Sevilha, Don Jose os segue. No portão da arena, durante a tourada, Carmen diz a Don Jose que está tudo acabado entre eles. Ele a esfaqueia e ela morre enquanto a multidão aplaude o vitorioso Escamillo.

Wallace Reid e Geraldine Farrar em Carmen

Wallace Reid e Geraldine Farrar em Carmen

DeMille achou que Carmen era um papel ideal para a famosa soprano Geraldine Farrar, mas devido ao alto preço dos direitos autorais do libreto da ópera de Bizet, ele preferiu adaptar o romance de Prosper Merimée, que havia caído no domínio público e que contava basicamente a mesma história.

Geraldine Farrar e Pedro de Cordoba em Camren

Geraldine Farrar e Pedro de Cordoba em Camren

Neste, que foi o segundo – mas o primeiro a ser lançado – dos seus 14 filmes (além de Carmen, ela fêz mais cinco sob as ordens de DeMille: Amor Vingado / Maria Rosa / 1915, Tentação ! / Temptation / 1916, Joana D’Arc, a Donzela de Orleans / Joan the Woman / 1917, A Mulher que Deus Esqueceu / The Woman God Forgot / 1917, A Pedra do Diabo / The Devil Stone / 1917), G. F. esforça-se para transmitir a sensualidade da personagem, mas seus dotes físicos não ajudam.

Cena de Carmen

Cena de Carmen

Os cenários, embora elaborados, são muito teatrais. Entretanto, DeMille conseguiu realizar um filme compacto (59’) – algo inusitado em sua carreira – e sem moralismo -, outra raridade tratando-se do cineasta. Essa concisão faz com que acompanhemos o drama de Mérimée, sem desgrudarmos nossa atenção da narrativa, resultando um espetáculo bastante apreciável para a sua época.

demille the cheat postrer melhor

FERRETEADA! OU A EMBUSTEIRA / THE CHEAT / 1915.

Edith Hardy (Fannie Ward), mulher entediada e gastadora, diverte-se na companhia de seu admirador, Hishuru Tori (Sessue Hayakawa), japonês muito rico enquanto seu marido Dick (Jack Dean), corretor de valores, está tentando concluir um bom negócio. Acreditando nas informações que lhe foram dadas por um negociante rival de seu marido, Edith “toma emprestado” dez mil dólares de um fundo de socorro da Cruz Vermelha, do qual ela era tesoureira, para investir em ações de uma mineradora. Entretanto, o preço das ações da companhia despenca, e Edith é forçada a pedir ajuda a Tori, prometendo-lhe que, em troca do dinheiro, ela irá ao encontro dele na próxima noite. Quando Dick conta para Edith que sua transação comercial foi bem sucedida, ela tenta pagar Tori em dinheiro, porém este insiste para que ela cumpra sua promessa. Edith se recusa e Tori, enraivecido, marca-a com um um ferro em brasa. Edith dispara sua arma contra Tori e foge, mas seu marido descobre o japonês ferido, e é preso pelo crime. No julgamento, Dick é condenado, e está prestes a receber a sentença, quando Edith conta a verdade e mostra a marca no seu ombro. A multidão presente no tribunal quase lincha Tori. Dick é libertado e deixa o recinto com Edith em seus braços.

Sessue Hayakawa e Fannie Ward em Ferreteada!

Sessue Hayakawa e Fannie Ward em Ferreteada!

Neste melodrama sombrio, enfrentando o tabu da atração interracial, a maior parte da ação tem lugar na residência do milionário japonês. O motivo oriental de sua casa permite o uso frequente de sombras em um painel de papel feito de palha de arroz transparente e outras decorações. Várias cenas importantes são apresentadas em silhueta através desses painéis, como ocorre no momento climático, no qual o japonês é alvejado, cai em cima de um painel, e uma mancha de sangue se espalha enquanto o corpo dele tomba no chão.

Cena de Ferreteada!

Cena de Ferreteada!

Cena de Ferreteada!

Cena de Ferreteada!

O estilo visual desenvolvido por DeMille, pelo fotógrafo Alvin Wycoff e pelo diretor de arte Wilfred Buckland, deixa os personagens na escuridão, exceto por uma única fonte de luz (mostrando, por exemplo, apenas metade do rosto de um ator). Essa técnica de iluminação recebeu o nome de “Rembrandt lighting”, porque se assemelhava ao tratamento da luz que o grande pintor usava nos seus quadros, e serviu como modelo para a fotografia no cinema entre 1915 e 1918.

Cena de Ferreteada!

Cena de Ferreteada!

A esposa de Sessue Hayakawa, Tsuru Aoki, era mais conhecida do que ele na época, tendo estrelado diversos filmes para Thomas Ince porém, a partir de Ferreteada!, Hayakawa tornou-se um astro no cinema americano até partir para a Europa em 1923. Hoje, ele é mais conhecido por seu trabalho como o comandante japonês em A Ponte do Rio Kwai / The Bridge on the River Kwai / 1957. No filme original, o personagem de Hayakawa era definido claramente como japonês. Quando Ferreteada! foi exibido em 1915, a comunidade nipo-americana sentiu-se ultrajada e protestou, embora ninguém tivesse ouvido seus gritos. Em 1918, quando o Japão se tornou um aliado na Primeira Grande Guerra, o nome e a nacionalidade do personagem foram mudados: Tori passou a ser Haka Arakau, um bramanês rei do marfim – presumivelmente porque os produtores acharam que não havia um número de bramaneses suficiente no país para promover um novo protesto.

demille joan the woman posrter melhor

JEANNE D’ARC ou JOANA D’ARC, A DONZELA DE ORLEANS / JOAN THE WOMAN / 1917.

Enquanto luta na França durante a Primeira Guerra Mundial, um soldado inglês, (Wallace Reid) encontra na trincheira uma espada medieval e sonha com Joana d’Arc (Geraldine Farrar), que lhe pede para morrer pela França, a fim de expiar os pecados inglêses contra ela. Então, ele a vê tornando-se a líder das forças de Carlos VII (Raymond Hatton) contra os britânicos e capturando Orleans do inimigo, proporcionando assim a Carlos a sua maior vitória. No combate, Joana prende o comandante britânico, Eric Trent (Wallace Reid), que ela conhecera na sua aldeia algum tempo atrás, nascendo uma simpatia mútua. Joana pede a Carlos VII que liberte Trent, e este depois é forçado a capturar Joana em uma emboscada. Na prisão, Trent pede perdão a Joana e jura seu amor por ela; porém Joana lhe responde que seu coração pertence à França. Julgada por heresia pelo Bispo Cauchon (Theodore Roberts), Joana é condenada à morrer queimada na fogueira. Trent invade a prisão e tenta em vão salvá-la, mas é impedido pelos guardas de Cauchon. Joana perece nas chamas. Inspirado por esta visão, o soldado inglês, quando acorda, sacrifica-se em um ataque noturno audacioso contra as trincheiras germânicas.

Cena de Joana D'Arc

Cena de Joana D’Arc

Cena de Joana D 'Arc

Cena de Joana D ‘Arc

Cena de Joana D 'Arc

Cena de Joana D ‘Arc

Joana D’ Arc serviu como modelo para os superespetáculos posteriores de DeMille, destacando-se a longa cena de batalha – com ajuda de 17 câmeras e um grupo de assistentes de direção entre eles William deMille, George Melford e Donad Crisp – e o recurso ao retrospecto histórico (que seria usado em vários de seus filmes) para que o diretor pudesse incutir alguma grandeza épica e explorar o seu interesse – e o da sua colaboradora mais assídua, a roteirista Jeannie Macpherson – pela reencarnação.

Wallace Reid e Geraldine Farrar em Joana D'Arc, A Donzela de Orleans

Wallace Reid e Geraldine Farrar em Joana D’Arc, A Donzela de Orleans

Geraldine Farrar

Geraldine Farrar

Nota-se ainda: o emprego do processo de pintura por meio de estêncil patenteado pelo gravador Max Handschiegl e pelo fotógrafo Alvyn Wycoff, notadamente nas chamas, quando Joana é queimada; a imponência dos cenários de Wilfred Buckland; o uso da “Rembrandt lighting”; o estilo de interpretação formal e estilizado dos atores principais.

Cecil B. DEMIlle e Geraldine Farrar

Cecil B. DEMIlle e Geraldine Farrar

Apesar de ser mais velha do que a verdadeira Joana, Geraldine Farrar expressa corretamente as caraterísticas mais importantes da heroína, evitando parecer muito feminina, para assumir os traços de uma mulher rústica e forte. O “romance” de Joan com Trent obviamente nada tem ver com a História, mas enseja algumas cenas belas como a da separação dos dois na prisão, que termina com Joana ajoelhada diante do altar.

demille chorus emma

VASSALAGEM OU MURMÚRIOS DA CONSCIÊNCIA / THE WHISPERING CHORUS / 1918.

Atolado de dívidas, o contador John Trimble (Raymond Hatton) dá um desfalque na firma em que trabalha. Quando uma investigação nos livros da companhia ameaça expor seu crime, John foge, e se refugia no meio de uma floresta. Ele descobre um cadáver em um reservatório de água próximo e assume a sua identidade, deixando indícios para fazer crer que o cadáver é o dele, John, que teria sido assassinado. A polícia descobre o corpo e cai no laço. Sob o nome usurpado de Edgar Smith, John perambula por Chinatown e se torna vendedor ambulante. Entrementes, Jane, acreditando que ele está morto, casa-se com George Coggeswell (Elliott Dexter), que se torna governador do Estado. Cada vez mais infeliz, John decide visitar sua progenitora (Edythe Chapman). Ela morre logo depois de revê-lo. Com o nome fictício de Edgar Smith, John é preso pelo assassinato … de sí mesmo. Jane a príncipio não o reconhece, mas depois, muito perturbada, vai visitá-lo na prisão. Compreendendo que uma revelação pública da verdade arruinará a felicidade de Jane (e do filho que ela teve com Coggeswell), John ouve a voz da sua consciência (the whispering chorus), e prefere manter o silêncio. Ele vai para a cadeira elétrica com uma rosa na mão, que ganhou daquela que outrora fôra sua esposa.

Cena de Vassalagem

Cena de Vassalagem

Cena de Vassalagem

Cena de Vassalagem

Cena de Vassalagem

Cena de Vassalagem

Raymond Hatton em Vassalagem

Raymond Hatton em Vassalagem

Estudo psicológico mórbido através do qual DeMille aborda um tema recorrente na sua obra: o do mundo dominado por uma providência divina, cujas leis são impenetráveis. Este conteúdo é acompanhado por uma pesquisa formal bem sucedida, notadamente na materialização do pensamento do protagonista por superimpressões de rostos alternadamente ferozes ou serenos. DeMille utiliza também a montagem paralela com eficiência, por exemplo, a cerimônia de casamento entrecruzada com o encontro amoroso de Tremble com uma prostituta chinesa. A sequência na casa da morte é construída com detalhes precisos, até a cena final poética. A mão de Tremble é amarrada na cadeira elétrica. Elas manuseiam as pétalas de uma rosa. A chave para a eletrocução é acionada. As pétalas caem no chão.

demille male and female poster II

MACHO E FÊMEA ou DE FIDALGA A ESCRAVA / 1919

William Crichton (Thomas Meigham) é mordomo de Lord Loam (Theodore Roberts) e de sua família indolente. Ele ama secretamente Lady Mary Lasenby (Gloria Swanson), filha do conde e, por sua vez, é amado por “Tweeny” (Lila Lee), criada da mansão do lorde. Durante um cruzeiro de férias a família e a criadagem naufragam em uma ilha deserta. Eles descobrem que a condição social nada significa na selva. Pela sua liderança e habilidade de sobreviver naquele ambiente primitivo, Crichton torna-se um “rei” na ilha. Quando está prestes a receber Lady Mary em casamento, surge um navio e resgata os náufragos. De volta à Inglaterra, todos reassumem suas antigas posições na sociedade.

Cena de Macho e Fêmea

Cena de Macho e Fêmea

Gloria Swanson, Thomas Meigham e Lila Lee em Macho e Fêmea

Gloria Swanson, Thomas Meigham e Lila Lee em Macho e Fêmea

Terceiro dos seis filmes que DeMille fez com Gloria Swanson (os outros foram: Não Troqueis Vossos Maridos / Don’t Change Your Husband / 1919, A Renúncia / For Better, For Worse / 1919, Por Que Trocar de Esposa? / Why Change Your Wife? / 1920, Alguma Coisa Em Que Pensar / Something To Think About / 1920, As Aventuras de Anatólio / The Affairs of Anatol / 1921), Macho e Fêmea foi baseado em uma peça de J. M. Barrie, “The Amirable Crichton”, que lida comicamente com o tema da consciência de classe. Na ilha, em plena natureza, as hierarquias sociais artificiais desaparecem e o mordomo e a aristocrata se relacionam de acordo com seus desejos e qualidades verdadeiros. Em Londres, cada qual retoma a sua situação anterior na sociedade. Chrichton casa-se com Tweeny e parte com ela para uma existência idílica em uma fazenda americana. Lady Mary confirma seu casamento com Lord Brokelhurst (Robert Cain).

Thomas Meigham e Gloria Swanson em Macho e Fêmea

Thomas Meigham e Gloria Swanson em Macho e Fêmea

Cena de Macho e Fêmea

Cena de Macho e Fêmea

Cena de Macho e Fêmea

Cena de Macho e Fêmea

Em uma sequência onírica, apresentada em flashback. Gloria Swanson é uma prisioneira que resiste à luxúria do rei babilônio (Thomas Meigham), mordendo sua mão. Em consequência, ela é jogada em uma cela à mercê dos “leões sagrados de Ishtar”. Gloria está deitada no chão, um leão de verdade se aproxima e põe as patas nas suas costas. Quando a filmagem terminou, a atriz dirigiu-se ao escritório de DeMille e lhe informou que estava tremendo de medo e provavelmente não poderia vir trabalhar no dia seguinte. DeMille então mostrou-lhe uma caixa cheia de jóias, para que ela escolhesse algo que lhe acalmasse os nervos. “Eu peguei uma bolsa de malha dourada com um fecho de esmeralda e inediatamente me senti bem melhor”, disse ela ao se lembrar deste fato tempos depois.

Cena de Macho e Fêmea

Cena de Macho e Fêmea

Cena de Macho e Fêmea

Cena de Macho e Fêmea

Neste retrospecto histórico, que serviu como pretexto para a exibição de um vestuário (de Mitchel Leisen) e um cenário  (de Wilfred Buckland) extravagantes tão ao gôsto do diretor, aparece Bebe Daniels como a favorita do rei. Durante as cenas passadas na Inglaterra, Gloria Swanson, tal como em todos os seus filmes com DeMille, veste roupas incríveis: robes enfeitados com guarnição de peles, longos colares de pérolas, turbantes enfeitados com penas ou plumas, vestidos de noite com caudas longas adornadas de arminho, dorme em lençóis de cetim, senta-se em cadeiras forradas de brocado e entra em um banheiro luxuriosamente decorado. O público gostava de Gloria, mas apreciava também as roupas, as camas, as cadeiras, e especialmente os banheiros.

demille saturday night poster

A NOITE DE SÁBADO / SATURDAY NIGHT / 1922.

Iris Van Suydam (Leatrice Joy) e Richard Wynbroock Prentiss (Conrad Nagel), um rico casal da alta sociedade, estão noivos. Entretanto, Iris é atraída pelo seu motorista Tom McGuire (Jack Mower), que está apaixonado por ela; e Richard conhece Shamrock O’Day ( Edith Roberts), filha de uma lavadeira, e se rende aos seus encantos. Consequentemente, Iris e Richard cancelam seu noivado e cada qual se casa com o parceiro de sua preferência. Mais tarde, eles descobrem sua incapacidade para se ajustar a outro meio social. Tom sente-se deslocado no mundo de ópera, boates da moda e concêrtos de Iris; enquanto Shamrock não fica à vontade em um banquete formal e se embriaga. Uma noite, após uma festa, Tom e Shamrock dão uma fugidinha até Coney Island, onde ficam presos no alto de uma roda gigante durante várias horas; ao voltar para casa eles encontram Richard e Iris aguardando por eles. Tom declara seu amor por Shamrock e uma luta entre ele e Richard é interrompida por um incêndio. Depois do resgate de Iris por Richard, efetuam-se os divórcios. Tom casa-se com Shamrock e Richard com Iris.

Jack Mower e Leatrice Joy em A Noite de Sábado

Jack Mower e Leatrice Joy em A Noite de Sábado

A maior parte dos efeitos cômicos provém do choque causado pela transferência de uma jovem da classe pobre para um ambiente rico e reciprocamente uma jovem da classe rica para um ambiente pobre. Inicialmente a situação parece mais fácil para a lavadeira do que para a herdeira rica. Ela tem que se acostumar a tomar banho todos os dias e não somente no sábado à noite e evitar beber muito vinho. A herdeira tem que viver em um apartamento minúsculo perto de uma linha de trem na companhia de sua sogra, que a acolhe mandando-a para a cozinha e lhe dizendo alegremente: “Eu comprei um esfregão novo, assim você não precisará lavar o chão muitas vêzes”. Mas eventualmente a lavadeira não consegue suportar a sensação de que seu marido sente vergonha dela. Ela lhe explica porque prefere estar com o marido de Iris, que se tornou seu chofer: Gosto de Tom porque ele gosta de goma-de-mascar, cachorro-quente, e jazz! Assim como você e Iris gostam de óperas e azeitonas – e coisas parecidas”.

Edith Roberts e Conrad Nagel em A Noite de Sábado

Edith Roberts e Conrad Nagel em A Noite de Sábado

O tom geral leve do filme é contrastado com duas cenas de ação espetaculares. Quando a herdeira rica sai para um piquenique com seu chofer, ela decide dirigir o carro, e segue por um atalho pela linha da ferrovia; um trem chega, e eles só têm tempo para saltar para fora do carro, e ficarem dependurados em uma ponte enquanto o trem se choca com o carro, fazendo-o despencar de muitos metros de altura. Durante a cena na casa de Tom, quando Shamrock diz a Richard que não pode mais viver com ele, irrompe um incêndio, o prédio é evacuado enquanto os bombeiros tentam extinguir o fogo, e Richard penetra nas chamas para salvar Iris. Por sua vez, o instinto visual de DeMille pode ser apreciado nas imagens da sequência do baile de Halloween e do parque de diversões em Coney Island, onde ocorre uma situação depois muito copiada: a roda gigante para e Shamrock e Tom ficam seis horas presos lá no alto.

Substituindo Gloria Swanson como atriz preferida de DeMille, Leatrice Joy, estrelaria, sob suas ordens, A Homicida / Manslaughter / 1922 e Triunfo / Triumph / 1924, e faria o papel de Mary Leigh na primeira versão de Os Dez Mandamentos. Mas quem chama mais atenção no filme é Edith Roberts, que demonstra uma vivacidade encantadora.

demille adam's RIb poster

A COSTELA DE ADÃO / ADAM’S RIB / 1923.

Após dezenove anos de casamento, Marian Ramsey (Anna Q. Nilsson), negligenciada pelo seu marido Michael (Milton Sills), negociante de trigo de Chicago, está sendo cortejada por Monsieur Jaromir (Theodore Kosloff), o rei deposto de Morania. A filha deles, Mathilda (Pauline Garon) embora esteja apaixonada pelo reputado (e distraído) antropólogo, Professor Nathan Humboldt Reade (Elliott Dexter), tenta salvar a reputação de sua mãe, conquistando as atenções do rei. Ao descobrir o romance entre sua mulher e Jaromir, Ramsay procura um meio de se livrar do seu rival. Ao saber que Morania está precisando muito de dinheiro, ele oferece aos ministros que estão no poder comprar todo o trigo do reino em troca de milhares de dólares, desde que o rei seja reconduzido ao trono, e se case com uma condessa local. O Professor Reade por sua vez, fica decepcionado com a conduta de Mathilda, e se afasta dela. Entretanto, após alguns incidentes, Marian percebe a impropriedade de sua conduta e aceita o marido como ele é, enquanto Mathilda recobra a confiança do Professor Reade. Jaromir volta para o seu trono e cumpre o prometido.

Elliott Dexter em A Costela de Adão

Elliott Dexter em A Costela de Adão

O filme começa como uma comédia sobre adultério e decepção amorosa e termina como um melodrama convencional. Ele poderia ter sido melhor, se não tivesse abrigado um episódio ridículo e interminável passado na pré-história, que prejudica o andamento da narrativa. O retrospecto – uma mania do diretor – ao tempo das cavernas, além de ser perfeitamente dispensável, recebeu uma moldura cênica de mau gôsto e os atores estão grotescamente maquilados.

Cecil B.DeMille dá instruções para Anna Q. Nilsson

Cecil B.DeMille dá instruções para Anna Q. Nilsson

Curiosamente, o espetáculo encerra ainda uma sequência em um museu com o par de namorados e um esqueleto de dinossauro, que teria uma descendência famosa, pois Howard Hawks nela se inspirou para encenar uma situação análoga em Levada da Breca / Bringing Up Baby / 1938 .

Melhor do que tudo é o título introdutório: “A idade perigosa da mulher é de três a setenta anos”.

demille ten commandmenys poster melhor

OS DEZ MANDAMENTOS / THE TEN COMMANDMENTS / 1923.

Primeira Parte: O povo hebreu, reduzido à escravidão, trabalha arduamente na construção das pirâmides e outros edifícios destinados a eternizar na pedra a glória dos egípcios. Durante o transporte de uma esfinge, um homem é morto. Moisés (Theodore Roberts) pede a Ramsés (Charles De Roche) a libertação de seu povo, mas este recusa. Deus faz morrer primogênitos das famílias egípcias. Moisés reitera seu pedido, que então é aceito. Os hebreus deixam o Egito. Não obtendo de seu Deus a ressurreição de seu filho (Terrence Moore), Ramsés lança seus carros de combate à perseguição do povo de Israel em marcha. Os carros chegam às margens do Rio Vermelho. Uma muralha de fogo se eleva para separar judeus e egípcios, e depois as águas se abrem, deixando passagem para os judeus. Os egípcios seguem o mesmo caminho, e morrem afogados. Moisés chega ao Monte Sinai, onde o texto dos Dez Mandamentos aparece sob uma chuva ofuscante de faíscas e explosões. No acampamento, lá em baixo, Aaron (James Neill), irmão de Moisés manda fabricar um Bezerro de Ouro. Enquanto isso, Moisés grava os mandamentos em tábuas. Orgias se desenrolam em torno do Bezerro de Ouro. A rainha da festa fica leprosa. Moisés joga as tábuas sobre a multidão. Um raio destrói o Bezerro de Ouro. Segunda Parte: Em San Francisco, dois irmãos, Dan (Rod La Rocque) e John (Richard Dix), tomam decisões opostas. John segue os ensinamentos de sua mãe. Mrs. Tavish (Edythe Chapman) baseados nos Dez Mandamentos, e se torna um pobre carpinteiro; Dan, infringe todos eles, e enriquece. John se apaixona por Mary Leigh, uma jovem faminta que lhe roubara a comida, quando ele almoçava em uma lanchonete; porém ela se casa com Dan, que se tornara um construtor corrupto. Dan constrói uma igreja com cimento de má qualidade. Um dia, sua mãe vai visitá-lo na obra, e uma parede cai sobre ela, matando-a. A partir daí, começa a ruína de Dan. Ele sofre uma chantagem e, para arranjar dinheiro, rouba as jóias de sua amante, Sally Lung (Nita Naldi), uma asiática. Quando esta reage, ele a mata. Dan tenta fugir para o México em uma lancha, mas sofre um desastre, e morre. John e Mary se unem para sempre.

Cena de Os 10 Mandamentos

Cena de Os 10 Mandamentos

O roteiro do primeiro filme bíblico de DeMille foi escrito a partir de uma sugestão recebida através de um concurso promovido pelo Los Angeles Times. DeMille e Macpherson optaram por uma construção dramática incluindo um prólogo bíblico, recriando os principais episódios do Livro do Êxodo, e uma historia moderna alegórica baseada na idéia original fornecida pelo vencedor do concurso, um cidadão do Michigan, F. C. Nelson, que escreveu esta frase: “Você não pode destruir os Dez Mandamentos – porque eles te destruirão”.

Filmagem de Os 10 mandamentos

Cena de Os 10 mandamentos

Na história moderna, quatro personagens interpretam os Dez Mandamentos de maneiras diferentes. Mrs. Tavish observa os Dez Mandamentos de maneira errada. Ela é fanática, intolerante, beata. Mary Leigh não se importa com os Dez Mandamentos de jeito nenhum. Ela é uma boa moça, mas passou tanto tempo trabalhando, que não aprendeu a Lei das Doze Tábuas. Dan McTavish conhece os Dez Mandamentos, mas os desafia. John McTavish acredita nos Dez Mandamentos como leis imutáveis do universo, tão praticáveis em 1923 como eram no tempo de Moisés.

Na filmagem de Os 10 Mandamentos

Na filmagem de Os 10 Mandamentos

Os cenários egípcios de Paul Iribe são espetaculares. A cidade de Ramsés foi erguida nas dunas de areia de Guadalupe no Norte do Condado de Santa Bárbara. Um aglomerado de tendas, apelidado de Camp DeMille, surgiu para acomodar o elenco e a equipe técnica. De acordo com as estatísticas da produção, divulgadas na época, foram utilizados 500 carpinteiros, 400 pintores e 380 decoradores para construir os projetos de Iribe. Esses dados costumam ser inflacionados para fins de publicidade, mas fotos tiradas durante a construção dos sets parecem confirmar tais estatísticas. Cerca de 2.500 figurantes foram usados nas cenas do Êxodo, fornecendo-se refeições e vestuário para todos eles. Os Dez Mandamentos foi um empreendimento gigantesco.

Cena de Os 10 Mandamentos

Cena de Os 10 Mandamentos

Pela primeira vez, desde Pela Felicidade Dela / 1914, Alvin Wycoff não esteve atrás da câmera em um filme de DeMille. Para Os Dez Mandamentos, DeMille escolheu Bert Glennon para comandar a equipe fotográfica constituida ainda por J. Peverell Marley, que se tornaria um dos fotógrafos favoritos do diretor e Archie Mayo, especialista na filmagem de exteriores. Ray Rennahan, da Technicolor Motion Picture Corporation filmou cenas coloridas do Êxodo, tendo sido também usado o processo de estêncio Handschiegl.

DeMille na filmagem de Os 10 Mandamentos

DeMille na filmagem de Os 10 Mandamentos

Na sequência do Mar Vermelho, o diretor técnico de DeMille, Roy Pomeroy combinou cenas dos israelitas rodadas nas dunas de Guadalupe com as cenas filmadas em ação lenta e inversa de uma grande quantidade de água cascateando sobre uma barragem de gelatina.

A grandiosidade e a audácia do prólogo bíblico faz a história moderna parecer anti-climática porém, para a segunda parte do filme, DeMille providenciou mais duas cenas impressionantes: o desabamento de uma catedral e uma tempestade no mar durante a tentativa de fuga de Dan.

demille volga boatman poster II

O BARQUEIRO DO VOLGA / THE VOLGA BOATMAN / 1926.

Enquanto cavalgava pelas margens do Rio Volga na companhia de seu noivo, Príncipe Dimitri Orloff (Victor Varconi), oficial do Exército Branco, a Princesa Vera (Elinor Fair) conhece Feodor (William Boyd), um barqueiro. Com o desenrolar da Revolução, o castelo do Príncipe Nikita (Robert Edeson), pai de Vera, é assaltado, e um revolucionário é morto por um criado. Feodor, o comandante dos revolucionários, pede uma vida em troca, e Vera é aprisionada. Porém ficando a sós com ela, Feodor não tem coragem de matá-la; quando a multidão retorna, ele simula sua morte. Entretanto, Mariuscha (Julia Faye), uma camponesa que ama Feodor, descobre a trama, e chama seus companheiros. Feodor e Vera conseguem fugir, e chegam a uma estalagem, onde Feodor declara que Vera é sua esposa. O Exército Branco invade o local e Feodor e Vera são presos. Vera é oferecida para o entretenimento dos oficiais, porém Dimitri, reconhece sua noiva, e ordena que Feodor seja executado. O Exército Vermelho toma a cidade, e Vera Feodor, Dimitri e os aristocratas, são obrigados a puxar um barco sob a chibata dos revolucionários. Os três são julgados por um Tribunal Revolucionário, que lhes dá a seguinte opção: servir à Revolução ou o exílio. Dimitri escolhe o exílio. Vera fica com Feodor, e sonham em ajudar a construir uma Nova Rússia.

William Boyd, Elinor Fair e Victor Varconi em O Barqueiro do Volga

William Boyd, Elinor Fair e Victor Varconi em O Barqueiro do Volga

Parece estranho que um republicano-conservador como DeMille pudesse fazer um filme sobre a Revolução Russa, mas em 1925 o mundo ainda estava excitado com a derrubada do Czar, e a arte e os filmes soviéticos, eram admirados no meio intelectual. Por isso, essa aventura histórica não toma partido de nenhuma das partes envolvidas – tanto os revolucionários como os amigos de Nicolau II têm seus heróis e vilões.

Cena de O Barqueiro do Volga

Cena de O Barqueiro do Volga

DeMille não se preocupou com a autenticidade (v.g. o barqueiro não era usado no Volga havia muito tempo) e o conjunto do filme é constantemente inverossímil, mas sob o ponto de vista do entretenimento, o filme é impecável, registrando-se ainda algumas cenas antológicas como aquela em que a Princesa Vera, confundida com uma campesina, é desnudada pelos soldados tsaristas: não se vê Vera despida, apenas os rostos dos soldados, enquadrados cada vez mais de perto, nos informando sobre o que está acontecendo.

demille king of kings Poster melhor

JESUS CRISTO, O REI DOS REIS ou O REI DOS REIS / THE KING OF KINGS / 1927.

Sucedem-se episódios dramáticos da vida de Jesus (H.B. Warner). Na primeira parte, a expulsão dos sete pecados capitais de Maria Madalena (Jacqueline Logan), a ressurreição de Lázaro (Kenneth Thompson), a expulsão dos mercadores do templo, e o ensinamento do Padre Nosso. A segunda parte descreve a Paixão: a Última Ceia, a traição de Jesus por Judas (Joseph Schildkraut), o julgamento diante de Pôncio Pilatos (Victor Varconi), a Via Crucis, a Cucificação, a Ressurreição, e a Ascensão.

H.B. Warner em O Rei dos Reis

H.B. Warner em O Rei dos Reis

O espetáculo revela seu propósito evangélico desde o início, quando um letreiro diz que o filme foi feito em obediência ao comando de Cristo, de que sua mensagem fosse espalhada para os lugares mais remotos da Terra. Entretanto, as sequências de abertura são pura Hollywood, sem nenhum apoio nas Escrituras. A ação tem início na residência luxuosa da cortesã Maria Madalena, um ambiente sensual e excêntrico, onde não falta um leopardo de estimação. DeMille e sua roteirista predileta tiveram a audácia de começar o filme sugerindo um relacionamento amoroso entre Maria Madalena e Judas. Ao saber que seu amante Judas está na companhia de um carpinteiro da Galiléia e um bando de seus seguidores, a cortesã, enciumada, parte ao encontro dele em uma biga puxada por zebras, “presente de um príncipe Núbio”. A idéia era estruturar o filme em torno de um triângulo romântico, envolvendo Judas, Jesus e Maria Magdala; porém, para alívio do Padre Daniel A. Lord, consultor religioso do filme (que seria o redator do Motion Picture Production Code), esse conceito foi abandonado logo depois da primeira sequência.

Cena de O Rei dos Reis

Cena de O Rei dos Reis

Em seguida, a ação se transfere para a casa onde Jesus se encontra. Uma multidão se aglomera lá fora, procurando cura para suas doenças. Um garoto chamado Marcos, curado de sua dificuldade de andar, joga fora suas muletas. O intertítulo identifica-o como Marcos, o futuro autor de um Evangelho (outra invenção de Hollywood). E é ele que conduz uma menina cega à presença de Jesus. Ela diz: “Nunca ví as flores nem a luz. Podeis curar-me Senhor?” Em uma cena soberbamente engendrada, a tela se enche de luz e gradualmente, à medida em que a menina recobra a visão, o rosto de Jesus entra no foco, e ele é visto pelos espectadores pela primeira vez. Maria Madalena chega para confrontar Jesus e, em outra cena engenhosa, os sete pecados capitais saem de seu corpo – a luxúria, a ambição, o orgulho, a gulodice, a indolência, a inveja e a raiva aparecem em sobreimpressão à sua volta. Eles desaparecem e, agora purificada de seus pecados e consciente de sua semi-nudez, ela se cobre com o seu manto. Essas cenas inventadas estabelecem o conflito entre o sagrado e o profano, um tema recorrente nos filmes de DeMille sobre o mundo antigo e épicos bíblicos.

Cena de O Rei dos Reis

Cena de O Rei dos Reis

O fotógrafo Peverell Marley usou stenta 75 lentes diferentes em vez das quatro usuais e 7 tipos de película, para garantir uma iluminação, que combinasse com a mesma das pinturas bíblicas dos grandes mestres europeus. Mitchell Leisen, que faria uma carreira brilhante em Hollywood como figurinista e depois diretor, encarregou-se da direção de arte. Os cenários massivos do Templo, do Portão de Nicanor e ruas de Nazaré e Jerusalem foram projetados pelo arquiteto Pridgeon Smith. DeMille mandou fazer croquís para todas as cenas, planos, vestimentas e adereços por um time de artistas: Dan Groesbeck, Anton Grot, Edward Jewel, Julian Harrison e Harold Miles.

Embora um dos consultores religiosos do filme, Bruce Barton, tivesse escrito um best-seller sobre o Cristo, “The Man Nobody Knows”, descrevendo-o como “robusto, varonil, imperioso”, o Jesus de H. B. Warner aproxima-se mais da imagem do “Jesus gentil, meigo, e humilde” (v.g. Jesus consertando o brinquedo de uma criança).

Cena de O Rei dos Reis

Cena de O Rei dos Reis

Cena de O Rei dos Reis (William Boyd é o centurião)

Cena de O Rei dos Reis (William Boyd é o centurião)

Caracteristicamente, DeMille encenou a crucificação sob raios e trovões, um furacão, e um terremoto que, entre outras coisas, derruba a árvore na qual Judas se enforcara. Quando DeMille filmava esta cena, David Wark Griffith entrou no estúdio. Então, DeMille, honrado com a presença do ilustre pioneiro, pediu para ele dirigir uma pequena sequência.

demille godless girl poster melhor

MULHER SEM DEUS! / THE GODLESS GIRL / 1929.

Nos anos vinte, em uma universidade americana, Judith Craig (Lina Basquette), funda um clube denominado The Godless Society (Sociedade sem Deus), e começa a recrutar membros. No dia em que a seita vai decidir sob a admissão do jovem Samuel “Bozo” Johnson (Eddie Quillan), um grupo adversário, defensor fervoroso da religião, dirigido por Bob Hathaway (George Duryea), incita os colegas a atacar os ateus, irrompendo um tumulto. Uma estudante (Mary Jane Irving) é morta como consequência direta do distúrbio, e Judith, Bob e “Bozo” são indiciados por homicídio culposo e enviados para um reformatório. Os três são maltratados por um sádico chefe da guarda (Noah Beery). Judith faz amizade com uma jovem que recuperou a fé, Mame (Marie Prevost) e começa a ler a Bíblia. Bob, por sua vez, aprende pouco a pouco a conhecer melhor Judith e vice-versa. Eles se apaixonam, e conseguem fugir, mas são logo recapturados. Após seu retôrno ao reformatório, um incêndio se alastra na seção das mulheres. Bob salva Judith. Ao perseguir Bob, o chefe da guarda se agarra a uma porta metálica por onde passa uma corrente elétrica, e fica prestes a morrer eletrocutado. Bob também o salva. Por causa disso, o chefe da guarda intercede em favor dos três amigos, que são liberados pouco depois, juntamente com Mame. Esta também gosta de Bob, porém prefere seguir outro caminho, para não atrapalhar o romance dele com Judith. “Bozo” fica momentaneamente sem saber para onde ir, e acaba seguindo Mame.

Lina Basquette

Lina Basquette

George Duryea em Mulher Sem Deus

George Duryea em Mulher Sem Deus

Eddie Quillan e Lina Basquette em Mulher Sem Deus

Eddie Quillan e Lina Basquette em Mulher Sem Deus

George Duryea e Lina Basquette em Mulher Sem Dues

George Duryea e Lina Basquette em Mulher Sem Deus

Cena de Mulher Sem Deus

Cena de Mulher Sem Deus

Cena de Mulher Sem Deus

Cena de Mulher Sem Deus

No seu último filme mudo DeMille, denuncia o fanatismo religioso e anti-religioso (porém mais o anti-religoso do que o religioso) e as falhas de uma instituição penal para jovens. Após uma rixa entre ateus militantes e crentes fundamentalistas no campus de uma universidade, dois rapazes e uma moça são responsabilizados pela morte de uma jovem e enviados para um reformatório, onde sofrem um tratamento desumano.

As experiências deploráveis pelas quais eles passam são mostradas com muito realismo e um vigor cinematográfico impressionante, destacando-se a sequência do tumulto, quando as duas facções se confrontam nas escadas da faculdade. São cenas de um cinema magnífico pela noção de espaço e enquadramento, digno de qualquer antologia da sétima arte.

Cena de Mulher sem Deus

Cena de Mulher sem Deus

Noah Beery e George Duryea em Mulher Sem Deus

Noah Beery e George Duryea em Mulher Sem Deus

Em uma cena de brutalidade com final alegórico, Bob e Judy, obrigados a puxar carrinhos de mão cheios de lixo, conversam através da cerca de arame eletrificada que separa a ala masculina da feminina, quando o chefe da guarda liga a corrente elétrica, dando um choque nos dois jovens. Judy consegue retirar sua mão da grade, e vê uma pequena cruz que a descarga elétrica desenhou na palma de sua mão – um milagre típico de DeMille.

Lina Basquette e George Duryea em Mulher Sem Deus

Lina Basquette e George Duryea em Mulher Sem Deus

Após um interlúdio na floresta, onde a intolerância mútua dos dois fugitivos se enfraquece (Ela diz: “Eu tentei ao máximo odiá-lo! Ele: “E eu tentei ao máximo não amá-la”) e o fotógrafo Peverell Marley tira o máximo de vantagem do cenário em exteriores – compondo belas imagens em foco suave -, a trama caminha para o final, quando irrompe uma cena de desastre demilleana, no caso um incêndio na prisão, encenado com muito alvoroço e suspense.

DeMille não hesitou em romper com o sistema de astros, outorgando os papéis principais a George Duryea (que só se tornaria bem conhecido mais tarde no western sob o nome de Tom Keene) e Lina Basquette, artista infantil na série de curta-metragem “Lena Baskette Featurettes” da Universal e depois dançarina no Ziegfeld Follies.

FILMOGRAFIA

1914 – Amor que Sofre ou O Marido da Índia / The Squaw Man, co-dir. Oscar Apfel; Brewster’s Millions, co. dir. Oscar Apfel; O Moderno Rocambole ou Aventuras de um Ladrão Célebre / The Master Mind, co. dir. Oscar Apfel; The Only Son, co. dir. Willam C. DeMille, Oscar Apfel, Thomas H. Heffron; Na Romântica Nova York / The Call of the North, co. dir. Oscar Apfel; Pela Felicidade Dela / The Virginian; Quem é Você? / What’s His Name; O Senhor do Lar / The Man from Home; Rosa do Rancho / Rose of the Rancho; The Ghost Breaker, co. dir. Oscar Apfel. 1915 – Sonhos de Moça / The Girl of the Golden West; After Five, co-dir. Oscar Apfel; Intrépida Pioneira / The Warrens of Virginia; A Destemida / The Unafraid,; O Prisioneiro do Coração / The Captive; The Wild Goose Chase; O Árabe / The Arab; Chimmie Fadden; De Qualquer Forma / Kindling; Carmen / Carmen; No Caminho do Dever / Chimmie Fadden Out West; Ferreteada! ou A Embusteira / The Cheat; Capricho da Sorte / The Golden Chance. 1916 – Tentação / Temptation; The Trail of the Lonsesome Pine; Enganado ou O Coração de Laura / The Heart of Nora Flynn; Amor Vingado ou Maria Rosa / Maria Rosa; A Sonhadora / The Dream Girl. 1917 – Jeanne D ‘Arc ou Joana D’Arc, a Donzela de Orleans / Joan the Woman; Perseverança / A Romance of the Redwoods; A Intrépida Americana / The Little American: A Mulher que Deus Esqueceu / The Woman God Forgot; A Pedra do Diabo / The Devil Stone. 1918 – Vassalagem ou Murmúrios da Consciência; Esposas Velhas por Novas ou Amores Velhos por Novos; A Flor do Desejo / We Can’t Have Everything; O Rei Herói / Till I Come Back to You; Amor de Índia / The Squaw Man. 1919 – Não Troqueis Vossos Maridos / Don’t Change Your Husband; A Renúncia / For Better, For Worse; Macho e Fêmea ou De Fidalga a Escrava. Por Que Trocar de Esposa? / Why Change Your Wife?; Alguma Coisa em que Pensar / Something to Think About. 1921 – O Fruto Proibido / Forbiden Fruit, As Aventuras de Anatólio / The Affair of Anatol; À Porta do Paraíso / Fool’s Paradise. 1922 – A Noite de Sábado / Saturday Night; A Homicida / Manslaughter. 1923 – A Costela de Adão / Adam’s Rib; Os Dez Mandamentos / The Ten Commandments. 1924 – Triunfo / Triumph; Amor e Morte / no relançamento, Amor Até a Morte / Feet of Clay. 1925 – A Cama de Ouro / The Golden Bed; O Que Fomos no Passado ou Amor Eterno / The Road to Yesterday. 1926 – O Barqueiro do Volga / The Volga Boatman. 1927 – Jesus Cristo, o Rei dos Reis ou O Rei dos Reis / The King of Kings. A Mulher Sem Deus! / The Godless Girl.

CONEXÃO TEATRO – CINEMA II

novembro 13, 2015

 

Henriette Morineau em Catarina da Rússia

Henriette Morineau em Catarina da Rússia

1950

CATARINA DA RÚSSIA. Autor: Lajos Biró e Melchior Lengyel. Tr. Raimundo Magalhães Junior. Henriette Morineau, Manuel Pera, Antonieta Morineau, Oscar Felipe, Margarida Rey, Ribeiro Fortes, Paulo Serrado, Antonio Vitor, Claudio Fornari.

Filme: Czarina / Czarina / 1945.  Dir: Otto Preminger. Tallulah Bankhead, Charles Coburn, Anne Baxter, William Eythe, Vincent Price, MIscha Auer, Sig Ruman, Wladimir Sokoloff, Mikhail Rasumny.

Bibi Ferreira em A Herdeira

Bibi Ferreira em A Herdeira

Captura de Tela 2015-08-02 às 18.45.19

A HERDEIRA. Autor: Ruth Goetz e Augustus Goetz bas. romance Henry James. Tr. Raimundo Magalhães Junior. Bibi Ferreira, Nelson Vaz, Aurora Aboim, Jacy Campos, Cirene Tostes, Nelly Rodrigues, David Conde, Belmira de Almeida, Geny França. Filme: Tarde Demais / The Heiress / 1949. Dir: William Wyler. Olivia de Havilland, Montgomery Clift, Ralph Richardson, Miriam Hopkins, Vanessa Brown, Ray Collins, Mona Freeman, Selena Royle.

 1951

Captura de Tela 2015-08-23 às 12.55.45

A ENDEMONIADA. Autor: Karl Schönherr. Tr. Renato Alvim e Mario da Silva. Olga Navaro, Ambrósio Fregolente, Luiz Linhares (depois Dionisio Azevedo).

Filme: Die Weibsteufel / 1951. Dir: Wolfgang Liebeneiner. Hilda Krahl, Kurt Heintel, Bruno Hübner.

Jaime Costa em A Morte do Caixeiro Viajante

Jaime Costa em A Morte do Caixeiro Viajante

Captura de Tela 2015-08-03 às 13.39.39

A MORTE DO CAIXEIRO VIAJANTE. Autor: Arthur Miller. Tr. Luis Jardim. Jaime Costa, Roberto Duval, Norma de Andrade, Carlos Cotrim, José Silva, Joyce de Oliveira, Teresa Lane, Araçari de Oliveira, Paulo Monte, Suely May, Silvio Soldi, Walter Moreno.

Filme: A Morte do Caixeiro Viajante / Death of a Salesman /1951. Dir: Laslo Benedek. Fredrich March, Mildred Dunnock, Kevin McCarthy, Cameron Mitchell, Howard Smith.

Captura de Tela 2015-08-03 às 14.18.38

Henriette Morineau e Jardel Filho em A Poltrona 47

Henriette Morineau e Jardel Filho em A Poltrona 47

A POLTRONA 47 Autor: Louis Verneuil. Tr. Bandeira Duarte. Henriette Morineau, Jardel Filho, Beyla Genauer, Armando Braga, Armando Rosas, Judith Vargas, Allan Lima, Silva Ferreira.

Filme: Le Fauteuil 47 / 1937. Dir: Fernand Rivers. Raimu, Françoise Rosay, André Lefaur, Henri Garat, Denise Bosc, Jeanne Helbling. 

Captura de Tela 2015-11-07 às 13.39.18

OS OVOS DO AVESTRUZ. Autor: André Roussin. Tr. Bandeira Duarte. Henriette Morineau, Francisco Dantas, Jardel Filho, Laura Suarez, Allan Lima.

Filme: Les Oeufs de L’Autruche / 1957. Dir: Denys de La Patellière. Pierre Fresnay, Simone Renant, Georges Poujouly, Mady Berry.

Cacilda Becker em A Dama das Camélias

Cacilda Becker em A Dama das Camélias

Mauricio Barroso em A Dama das Camélias

Mauricio Barroso em A Dama das Camélias

Captura de Tela 2015-08-03 às 16.29.37

Cacilda Becker e Mauricio Barroso em A Dama das Camélias

Cacilda Becker e Mauricio Barroso em A Dama das Camélias

A DAMA DAS CAMÉLIAS. Autor: Alexandre Dumas Fiho. Tr. Gilda Mello e Souza. Cacilda Becker, Mauricio Barroso, Paulo Autran, Carlos Vergueiro, José Scatena, Fredi Kleeman, Rui Affonso, Leonardo Vilar, Isidoro Lopes, Ruy Cerqueira, Elizabeth Henreid, Cleyde Yáconis, Wanda Primo, Labiby Mady, Maria Lucia, Rubens Costa.

 Filmes: A Dama das Camélias / La Dame aux Camélias / 1934. Dir: Fernand Rivers, Abel Gance. Yvonnne Printemps, Pierre Fresnay, Jane Marken, Lugné-Poe, Roland Armontel, André Dubosc, Eddy Debray. A Dama das Camélias / Camille / 1936. Dir: George Cukor. Greta Garbo, Robert Taylor, Lionel Barrymore, Henry Daniell, Elizabeth Allan, Jessie Ralph, Laura Hope Crews. A Dama das Camélias / La Dama de las Camelias / 1944. Dir: Gabriel Soria. Lina Montes, Emilio Tuero, Miguel Arenas, Alejandro Cobo, Tony Diaz. La Dama de las Camelias / 1947. Dir: José Bohr. Lena González, Lucy Lany. La Dame au Camélias / 1953. Dir: Raymond Bernard. Micheline Presle, Gino Cervi, Roland Alexandre, Alba Arnova, Jean Parédès, Jean Brochard.

1952

Alda Garrido em A Lavadeira de Napoleão

Alda Garrido em A Lavadeira de Napoleão

Captura de Tela 2015-11-07 às 13.36.45

MADAME SANS GÊNE (ou A LAVADEIRA DE NAPOLEÃO). Autor: Victorien Sardou e Émile Moreau. Tr. José Wanderley e Renato Alvim. Alda Garrido, Ribeiro Fortes, Ilidio Costa, Milton Moraes, Zilka Salaberry, Wanda Kosmo, Glauce Rocha, Felix Batista, Nelcy Deiroz, Annabella Herczog, Luiz Pinho.

Filmes: Madame Sans Gêne / 1941. Dir: Roger Richebé. Arletty, Aimé Clariond, Maurice Escande, Henri Nassiet, Jeanne Reinhardt, Albert Diedonné. Madame Sans Gêne / Madame Sans Gêne / 1945. Dir: Luis Cesar Amadori. Nini Marshall, Eduardo Cuitiño, Adrián Cunes, Herminia Franco, Luis Otero, Homero Cárpena.

Captura de Tela 2015-11-07 às 13.41.13

Ciro Costa, Fernanda Montenegro, Francisco Dantas e Henriette Morineau em A Cegonha se Diverte

Ciro Costa, Maria Fernanda, Francisco Dantas e Henriette Morineau em A Cegonha se Diverte

A CEGONHA SE DIVERTE. Autor: André Roussin. Tr. Elsie Lessa. Henriette Morineau, Francisco Dantas, Jardel Filho, Armando Braga, Maria Fernanda, Judith Vargas, Fernanda Valli, Laura Suarez.

Filme: Lorsque L’Enfant Parait / 1956. Dir: Michel Boisrond. Gaby Morlay, André Luguet, Brigitte Auber, Guy Berti, Suzy Prim, Béatrice Altariba. 

Captura de Tela 2015-11-07 às 13.42.18

QUE MULHER! Autor: Maurice Hennequin e Pierre Weber. Tr. Daniel Rocha. Aimée, Milton Carneiro, Licia Magna, Albertob Perez, Carlos Tovar, José Mafra, Rodolfo Carvalho, Roberto Machado,po                                  

Filme: A Presidenta / La Presidentessa / 1952. Dir: Pietro Germi. Silvana Pampanini, Carlo Dapporto, Ave Ninchi, Luigi Pavese, Franco Coop, Aroldo Tieri.

MONSIEUR BROTONNEAU. Autor: Gaston Arman de Cavaillet e Robert de Flers. Tr. Renato Alvim e Mario da Silva. Jaime Costa, Joyce Oliveira, Roberto Duval, Teresa Lane, Aristoteles Pena, Jurema Magalhães, Arlindo Costa, Martins Pacheco, Silvio Soldi.

Filme: Monsieur Brotonneau / 1939. Dir: Alexandre Esway. Raimu, Josette Day, Marguerite Pierry, Saturnin Fabre, Robert Vattier, Léon Belières. 

Captura de Tela 2015-11-09 às 10.48.44

O CHIFRE DE OURO. Autor: Marcel Achard. Tr. Bandeira Duarte e Daniel Rocha. Jaime Costa, Joyce Oliveira, Roberto Duval, Suely May, Teresa Lane, Aristoteles Pena, Rubens Moreira, Arlindo Costa, José Silva.

Filme: Noite de Farra / Noix de Coco / 1939. Dir: Jean Boyer. Raimu, Marie Bell, Michel Simon, Gilbert Gil, Junie Astor, Gisèle Préville.

João Villaret, Samaritana Santos e Fernanda Montenegro em Está Lá Fora Um Inspetor

João Villaret, Samaritana Santos e Fernanda Montenegro em Está Lá Fora Um Inspetor

ESTÁ LÁ FORA UM INSPETOR. Autor: J. B. Pristley. Tr. Odilon. João Villaret, Sadi Cabral, Fernanda Montenegro, Samaritana Santos, Oswaldo Lousada, Antonio Patiño, Natalio Luz.

Filme: Está Lá Fora um Inspetor / An Inspector Calls / 1954. Dir: Guy Hamilton. Alastair Sim, Olga Lindo, Arthur Young, Bryan Worth, Bryan Forbes, Eileen Moore. 

Captura de Tela 2015-11-09 às 11.11.58

A TIA DE CARLITOS. Autor: Brandon Thomas. Tr. Daniel Rocha. Beatriz Veiga, Carlos Murtinho, Cristovão Filho, Dora Gama Abreu, Marcelo Aguinaga, Messias de Andrade, Paulo Francis, Silvia Orthoff.

Filmes: A Tia de Carlito / Charley’s Aunt / 1930. Dir: Al Christie. Charles Ruggles, June Collyer, Doris Lloyd, Halliwell Hobbes, Hugh Williams, Flore le Breton. A Tia de Carlitos / Charley’s Aunt / 1941. Dir: Archie Mayo. Jack Benny, Kay Francis, James Ellison, Anne Baxter, Edmund Gwenn, Richard Haydn, Reginald Denny, Arleen Whelan. A Tia de Carlitos / Where’s Charley? / 1952. Dir: David Butler. Ray Bolger, Allyn McLerie, Robert Shackleton, Horace Cooper, Margareta Scott. Charley’s Tante / 1956. Dir: Hans Quest. Heinz Rühman, Hertha Feiler, Claus Biederstaedt, Walter Giller.

 1953

Captura de Tela 2015-11-09 às 11.26.42

Armando Braga. Fernanda Valli e Laura Suarez em A Mulher sem Alma

Armando Braga. Fernanda Valli e Laura Suarez em A Mulher sem Alma

A MULHER SEM ALMA. Autor: George Kelly. Tr. Nelson Caracas e Carlos Brant. Laura Suarez, Henriette Morineau, Aurora Aboim, Jardel Filho, Armando Braga, Judith Vargas, Fernanda Valli, Paulo Francis, Cilo Costa, Ligia Nunes.

Filme: Mulher Sem Alma / Craig’s Wife / 1936. Dir: Dorothy Arzner. Rosalind Russell, John Boles, Billie Burke, Jane Darwell, Dorothy Wilson, Thomas Mitchell, Alma Kruger. A Dominadora / Harriet Craig / 1950. Dir: Vincent Sherman. Joan Crawford, Wendell Corey, Lucille Watson, Allyn Joslyn, William Bishop, K.T. Stevens.

Captura de Tela 2015-08-05 às 14.57.59

A VOZ HUMANA. Autor: Jean Cocteau. Tr. Bandeira Duarte. Dulce Rodrigues.

Filme: La Donna al Telefono, segmento de L’Amore / 1948. Dir: Roberto Rosselini. Anna Magnani.

Captura de Tela 2015-11-09 às 12.46.51

O HOMEM, A BESTA E A VIRTUDE. Autor: Luigi Pirandello. Tr. Bandeira Duarte e Carla Civelli. Luiza Barreto Leite, Labanca, Nelson Dantas, Silva Ferreira, Silvia Donato, Roberto de Cleto, João Sergio e Luis Alberto (filhos de L. B. Leite).

Filme: O Homem, a Besta e a Virtude / L’Uomo, La Bestia e la Virtú / 1953. Dir: Steno. Totó, Orson Welles, Vivianne Romance, Mario Castellani, Rocco D’Assunta, Carlo Delle Piane.

1954

Eva Todor e Manoel Pera em Rainha do Ferro Velho

Eva Todor e Manoel Pera em Rainha do Ferro Velho

RAINHA DO FERRO-VELHO. Autor: Garson Kanin. Tr. Raimundo Magalhães Junior. Eva Todor, Afonso Stuart, Manoel Pera, Jorge Dória, Rodolfo Arena, Ada Camargo, Leda Vale, Pola Leste, Jorge Gonzaga.

Filmes: Nascida Ontem / Born Yesterday / 1950. Dir: George Cukor. William Holden, Judy Holliday, Broderick Crawford, Howard St. John, Frank Otto, Larry Oliver.

Captura de Tela 2015-08-26 às 18.35.22

Cacilda Becker em Pega-Fogo

Cacilda Becker em Pega-Fogo

Captura de Tela 2015-08-14 às 13.01.17

Cacilda Becker e Ziembinski em Pega-Fogo

Cacilda Becker e Ziembinski em Pega-Fogo

PEGA-FOGO. Autor: Jules Renard. Tr. Gustavo Nonnemberg. Cacilda Becker, Ziembinski, Marina Freire, Silvia Orthoff.

Filmes: Pega-Fogo / Poil de Carotte / 1932. Dir: Julien Duvivier. Harry Baur, Robert Lynen, Louis Gauthier, Simone Aubrey, Maxime Fromiot.  Poil de Carotte / 1952. Dir: Paul Mesnier. Raymond Souplex, Christian Simon, Germaine Dermoz, Pierre Larquey, Odette Barencyey, Maurice Biraud. 

1955

Captura de Tela 2015-11-14 às 19.50.20

SABRINA (A CINDERELA DO SÉCULO XX). Autor: Samuel Taylor. Tr. Al Neto. Eva Todor, Jardel Filho, Manuel Pera, Jorge Dória, Elza Gomes, Leda Vale, Armando Rosas, Rodolfo Arena, Ada Camargo.

Filme: Sabrina / Sabrina / 1954. Dir: Billy Wilder. Audrey Hepburn, William Holden, Humphrey Bogart, Walter Hampden, Martha Hyer, John Williams, Marcel Dalio. 

Tonia Carrero e Paulo Autran em Uma Certa Cabana

Tonia Carrero e Paulo Autran em Uma Certa Cabana

UMA CERTA CABANA. Autor: André Roussin. Tr. Brício de Abreu. Tonia Carrero, Paulo Autran, Mauricio Barroso, Glauter Lage.

Filme: Dois Amores e uma Cabana / The Little Hut / 1957. Dir: Mark Robson. Ava Gardner, Stewart Granger, David Niven, Walter Chiari, Finlay Curie.

Tonia Carrero e Paulo Autran em O Profundo Mar Azul

Tonia Carrero e Paulo Autran em O Profundo Mar Azul

O PROFUNDO MAR AZUL. Autor: Terence Rattingan. Tr. Tati de Moraes. Tonia Carrero, Paulo Autran, Mauricio Barroso, Eugenio Kusnet, Benedito Corsi, Miriam Roth, Aracy Cardoso, Luis Calderaro.

Filme: O Profundo Mar Azul / The Deep Blue Sea / 1955. Dir: Anatole Litvak. Vivien Leigh, Kenneth Moore, Eric Portman, Emly Williams, Moira Lister.

Iracema de Alencar e Graça Mello em É Preciso Viver

Iracema de Alencar e Graça Mello em É Preciso Viver

Captura de Tela 2015-08-10 às 13.22.52

 É PRECISO VIVER. Autor: William Inge. Tr. Miroel Silveira. Graça Mello, Iracema de Alencar, Laura Suarez, Ana Edler, Paulo Padilha, Paulo Monte, Lauro Simões, Fernando Luis, José Madeira, Roberto Viana, Antonio Vitor.

Filme: A Cruz da Minha Vida / Come Back Little Sheba / 1952. Dir: Daniel Mann. Burt Lancaster, Shirley Booth, Terry Moore, Richard Jaeckel, Philip Ober.

1956

Paulo Autran e Felipe Wagner em Otelo

Paulo Autran e Felipe Wagner em Otelo

Paulo Autran e Tonia Carrero em Otelo

Paulo Autran e Tonia Carrero em Otelo

Cena de Otelo

Cena de Otelo

Paulo Autran e Tonia Carrero em Otelo

Paulo Autran e Tonia Carrero em Otelo

OTELO. Autor: William Shakespeare. Tr. Onestaldo de Pennafort. Paulo Autran, Tonia Carrero, Margarida Rey, Felipe Wagner, Claudio Corrêa e Castro, Benedito Corsi, Miriam Pércia, Oswaldo Loureiro, Roberto de Cleto, Sebastião Vasconcelos, Tarcísio Zanotta, Geraldo Mateus.

Filme: Otelo / Otelo, The Tragedy of the Moor of Venice / 1952. Dir: Orson Welles. Orson Welles, Suzanne Cloutier, Michéal McLiammóir, Robert Coote, Michael Laurence, Fay Compton, Doris Dowling, Hilton Edwards.

Eva Todor em Anastasia

Eva Todor em Anastasia

Captura de Tela 2015-11-09 às 12.52.11

ANASTASIA. Autor: Marcelle Mourette. Tr. Guilherme de Figuereido. Eva Todor, Paulo Goulart, Samaritana Santos, Manuel Pera, Armando Rosas, Avalone Filho, Mauricio Sherman, Luis D’Avila.

Filme: Anastácia, a Princesa Esquecida / Anastasia 1956. Dir: Anatole Litvak. Ingrid Bergman, Yul Brynner, Helen Hayes, Akim Tamiroff, Martita Hunt, Felix Aylmer, Sacha Pitoeff, Ivan Desny.

BIFE, BEBIDA E SEXO. Autor: F. Hugh Herbert. Tr. Raimundo Magalhães Junior. Nicette Bruno, Luiz Tito, Paulo Goulart, Luiz D’Avila.

Filme:  Ingênua Até Certo Ponto / The Moon is Blue / 1953. Dir: Otto Preminger. William Holden, David Niven, Maggie McNamara, Tom Tully, Dawn Adams, Fortunio Buonanova, Gregory Ratoff.

Walmor Chagas e Ziembinski em Volpone

Walmor Chagas e Ziembinski em Volpone

Captura de Tela 2015-08-11 às 16.05.43

Cleyde Yáconis e Ziembinski em Volpone

Cleyde Yáconis e Ziembinski em Volpone

VOLPONE. Autor: Ben Johnson. Tr. Brutus Pedreira e Mario da Silva. Ziembinski, Walmor Chagas, Luiz Linhares, Fredi Kleeman, Cleyde Yáconis, Elizabeth Henreid, Jorge Chaia, Leonardo Vilar, Elisio de Albuquerque, Helio Colona.

Filme: Volpone / Volpone / 1941. Dir: Maurice Tourneur. Harry Baur, Louis Jouvet, Charles Dullin, Fernad Ledoux, Jacqueline Delubac, Alexandre Rignault, Marion Dorian, Louis Fremont.

Captura de Tela 2015-11-09 às 12.53.02

Maria Della Costa e Jardel Filho em Rosa Tatuada

Maria Della Costa e Jardel Filho em Rosa Tatuada 

ROSA TATUADA. Autor: Tennesssee Williams. Tr. Raimundo Magalhães Junior. Maria Della Costa, Jardel Filho, Jurema Magalhães, Beyla genauer, Edmundo Lopes, Diana Morel, Maria Dilnah, Odete Lara, Serafim Gonzales.

Filme: A Rosa Tatuada / The Rose Tattoo / 1955. Dir: Daniel Mann. Anna Magnani, Burt Lancaster, Marisa Pavan, Ben Cooper, Virginia Grey, Jo Van Fleet. 

Captura de Tela 2015-11-09 às 12.55.55

Tonia Carrero e Paulo Autran em Entre Quatro Paredes

Tonia Carrero e Paulo Autran em Entre Quatro Paredes

ENTRE QUATRO PAREDES. Autor: Jean-Paul Sartre. Tr. Guilherme de Almeida.    Tonia Carrero, Paulo Autran, Margarida Rey, Antonio Ganzaroli.

Filme: Huis Clos / 1954. Dir: Jacqueline Audry. Arletty, Frank Villard, Gaby Sylvia.

Vinicius de Moraes, Haroldo Costa e

Vinicius de Moraes, Haroldo Costa e Leo Jusi (diretor)

Captura de Tela 2015-08-17 às 18.38.09

Antonio Carlos Jobim e o elenco de Orfeu da Conceição

Antonio Carlos Jobim e o elenco de Orfeu da Conceição

ORFEU DA CONCEIÇÃO. Autor: Vinicius de Morais. Haroldo Costa, Daisy Paiva, Léa Garcia, Abdias do Nascimento, Ciro Monteiro, Waldir Maia, Adalberto Silva, Pérola Negra, Francisca de Queiroz, Zeni Pereira,  Antonio Novais.   

Filme: Orfeu do Carnaval / Orfeu Negro / 1959. Dir: Marcel Camus. Breno Melo, Marpessa Dawn, Marcel Camus, Fausto Guerzioni, Ademar Ferreira da Silva, Alexandro Constantino, Lourdes de Oliveira, Waldir de Souza, Jorge dos Santos, Aurino Cassiano. 

Fernanda Montenegro em Nossa Vida com Papai

Fernanda Montenegro em Nossa Vida com Papai

NOSSA VIDA COM PAPAI. Autor: Howard Lindsay e Russel House. Tr. Raimundo Magalhães Junior. Ambrósio Fregolente, Fernanda Montenegro, Natalia Timberg, Sergio Britto, Maria Helena Dias, Carminha Brandão, Oscar Felipe, Elísio de Albuquerque, Fernando Torres, Claudio Cavalcante, Regina C. Mello, Ricardo C. Mello, Elida Marelli, Lia Maione, Alba Goulart, Ericka Falken.

Filme: Nossa Vida Com Papai / Life with Father / 1947. Dir:  Michael Curtiz. Irene Dunne, William Powell, Elizabeth Taylor, Edward Everett Horton, ZaSu Pitts, Edmund Gwenn, Jimmy Lydon, Emma Dunn, Moroni Olsen, Elisabeth Risdon.

Captura de Tela 2015-08-25 às 21.39.30

O MANDA CHUVA. Autor: N. Richard Nash. Tr. Manuel Bandeira. Dulce Rodrigues, Jece Valadão, Gilberto Martinho, Nelson Vaz, Wilson Marcos, J. Barros, André Luiz.

Filme: Lágrimas do Céu / The Rainmaker / 1956. Dir: Joseph Anthony. Katharine Hepburn, Burt Lancaster, Wendell Corey, Lloyd Bridges, Earl Holliman, Wallace Ford.

Captura de Tela 2015-11-09 às 12.57.56

O DILEMA DO MÉDICO. Autor: Bernard Shaw. Tr. Raimundo Magalhães Junior. Beatriz Veiga, Emilio Mattos, Grace Moema, Ivan Cândido, Labanca, Magalhães Graça, Napoleão Moniz Freire, Jorge Levy, Mauricio Sherman, Mirtô Barroso, Nelson Vaz, Paulo Navarro, Paulo Cesar.

Filme: O Dilema do Médico / The Doctor’s Dilema / 1958. Dir: Anthony Asquith. Leslie Caron, Dirk Bogarde, Alastair Sim, Robert Morley, Felix Aylmer.

1957

Cacilda Becker em Gata em Teto de Zinco Qunerte

Cacilda Becker em Gata em Teto de Zinco Qunerte

Cena de Gata em Teto de Zinco Quente

Cena de Gata em Teto de Zinco Quente

GATA EM TETO DE ZINCO QUENTE. Autor: Tennessee Williams. Tr.  Raimundo Magalhães Graça. Cacilda Becker, Ziembinski, Walmor Chagas, Célia Biar, Leonardo Vilar, Dina Lisboa, Jorge Chaia, Fabio Sabag.

Filme: Gata em Teto de Zinco Quente / Cat on a Hot Tin Roof / 1958. Dir: Richard Brooks. Elizabeth Taylor, Burl Ives, Paul Newman, Jack Carson, Judith Anderson, Madeleine Sherwood.

Captura de Tela 2015-11-14 às 19.36.29

A VALSA DE ANIVERSÁRIO. Autor: Jerome Chodorov e Joseph Fields. Eva Todor, Francisco Dantas, Jorge Dória, Glauce Rocha, Leda Vale, Herval Rossano, Armando Ferreira, Nair Amorim, Claudio Melo, Zeni Pereira.

Filme: Feliz Aniversário / Happy Anniversary / 1959. Dir: David Miller. David Niven, Mitzi Gaynor, Carl Reiner, Loring Smith, Monique van Vooren, Elizabeth Wilson, Patty Duke.

1958

Luiz Linhares, Celia Biar, Paulo Autran, Cleyde Yáconis e Waldemar Wey em Treze à Mesa

Luiz Linhares, Celia Biar, Paulo Autran, Cleyde Yáconis e Waldemar Wey em Treze à Mesa

TREZE À MESA. Autor: Marc-Gilbert Sauvajon. Tr. Bandeira Duarte e Renato Alvim. Celia Biar, Mauro Mendonça, Teresa Raquel, Maria Pompeu, Sebastião de Campos, Newton Prado, Laércio Laurelli.

Filme: Treze à Mesa / Treize à Table / 1955. Dir: André Hunebelle. Micheline Presle, Fernand Gravey, Germaine Montero, Jean Brochard, Jeanne Fusier-Gir, Bernard La Jarrige.

Captura de Tela 2015-11-09 às 13.04.01

 A PROSTITUTA RESPEITOSA. Autor: Jean-Paul Sartre. Tr. Sem indicação. Maria Della Costa, Sando Polonio, Eugenio Kusnet, Serafim Gonzalez, Benjamin Catan, Joaquim Guimarães, Antonio Ganzarolli.

Filme: A Respeitosa / La P… Respectueuse / 1952. Dir: Charles Brabant, Marcello Pagliero. Barbara Laage, Ivan Desny, Walter Bryant, Marcel Herrand, Yolande Laffon.

Margarida Rey, Tonia Carrero, Paulo Autran e Helena Xavier em Calúnia

Margarida Rey, Tonia Carrero, Paulo Autran e Helena Xavier em Calúnia

CALÚNIA. Autor: Lilian Hellman. Tr. Gustavo Dória. Tonia Carrero,.Margarida Ray, Helena Xavier, Suzana Negri, Moná Delaci, Sebastião Vasconcelos, Lisete Fernandes. Filme:  Infâmia / These Three / 1936. Dir: William Wyler. Miriam Hopkins, Merle Oberon, Joel McCrea, Bonita Granville, Catherine Doucet, Alma Kruger, Marcia Mae Jones, Margaret Hamilton, Walter Brennan. 

Fabio Sabag, Oswaldo Loureiro e Claudio Corrêa e Castro em A Fábula do Brooklyn

Fabio Sabag, Oswaldo Loureiro e Claudio Corrêa e Castro em A Fábula do Brooklyn

Captura de Tela 2015-11-10 às 22.33.44

A FÁBULA DO BROOKLYN. Autor: Irwin Shaw. Claudio Corrêa e Catro, Fabio Sabag, Isolda de Souza, Oswaldo Loureiro, Emilio de Matos, Roberto de Cleto, José Cozzolino, Marita Passos, Zelia Guimarães, Manuel Passos, Pedro Pimenta, Oswaldo de Andrade.

Filme: Quando a Noite Cai / Out of the Fog / 1941.  Dir: Anatole Litvak. John Garfield, Ida Lupino, Thomas Mitchell, Eddie Albert, George Tobias, Aline MacMahon, John Qualen, Jerome Cowan, Leo Gorcey, Bernard Gorcey.

Felipe Carone e Dalia Palma em O Diário de Anne Frank

Felipe Carone e Dalia Palma em O Diário de Anne Frank

Captura de Tela 2015-08-18 às 01.04.58

O DIÁRIO DE ANNE FRANK. Autor: Frances Goodrich e Albert Hackett. Tr. Gert Meyer. Dalia Palma, Felipe Carone, Elias Gleiser, Raul Cortez, Dina Lisboa (depois Aurora Aboim), Valter Avancini, Luis Eugenio Barcelos, Maria Dilná, Miriam Pércia, Léa Suriano.

Filme: O Diário de Anne Frank / The Diary of Anne Frank / 1959. Dir: George Stevens. Millie Perkins, Joseph Schildkraut, Shelley Winters, Richard Beymer, Lou Jacobi, Ed Wynn, Diane Baker, Douglas Spencer, Dodie Heath.

Captura de Tela 2015-11-14 às 13.02.10

O CHAPÉU DE PALHA DE ITÁLIA. Autor: Eugene Labiche e Marc Michel. Tr. Geraldo Queiroz e Roberto de Cleto. Maria Sampaio, Claudio Corrêa e Castro, Emilio de Matos, Fábio Sabag, Carmen Silvia Murgel, Roberto de Cleto, Kalma Murtinho, Guilherme Dicken, Ezequias Marques Junior, Adila Araujo, Isolda de Souza, Paulo Serrado, Claude Haguenauer, Roberto Ribeiro.

Filme: Un Chapeau de Paille d’Italie / 1941. Dir: Maurice Cammage. Fernandel, Félicien Tramel, Fernand Charpin, Edouard Delmont, Simone Paris, Jacqueline Laurent, Josseline Gäel, Andrex, Milly Mathis, Thérèse Dorny, Jean Pierre Kérien.

Renato Borghi e Nydia Licia em Chá e Simpatia

Renato Borghi e Nydia Licia em Chá e Simpatia

CHÁ E SIMPATIA. Autor: Robert Anderson. Tr. Raimundo Magalhães Junior. Nydia Licia, Carlos Zara, Renato Borghi, Emanuel Corinaldi, Germano Filho, Wanda Kosmo, Raimundo Duprat, Guilherme Corrêa, Alceu Nunes.

Filme: Chá e Simpatia / Tea and Sympathy / 1956. Dir: Vincente Minnelli. Deborah Kerr, John Kerr, Leif Erickson, Edward Andrews, Darryl Hickman, Norman Crane, Dean Jones.

 1959

Roberto de Cleto, Carmen Sylvia Murgel, Paulo padilha e Maria de Lourdes em Nossa Cidade

Roberto de Cleto, Carmen Sylvia Murgel, Paulo padilha e Maria de Lourdes em Nossa Cidade

NOSSA CIDADE. Autor: Thorton Wilder. Tr. Elsie Lessa. Claudio Corrêa e Castro, Carmen Sylvia Murgel, Beatriz Veiga, João Augusto, Paulo Padilha, Emilio de Matos, Roberto de Cleto, Maria de Lourdes, Maria Clara Machado, Napoleão Muniz Freire, José Alvaro, Paulo Mathias, Kalma Murtinho.

Filme: Nossa Cidade / Our Town / 1940. Dir: Sam Wood. William Holden, Martha Scott, Fay Bainter, Thomas Mitchell, Beulah Bondi, Guy Kibbee, Stuart Erwin, Frank Craven.

DO MUNDO NADA SE LEVA. Autor: George S. Kaufman e Moss Hart. Maria de Lourdes Lima, Maria Sampaio, Maria Clara Machado, Ivan Simões, Ivan Junqueira, Yan Michalski, Anthero de Oliveira, Jorge Coutinho, Cesar Tozzi, Heloisa F. Guimarães, Pedro Pimenta, Zaide Hassel, José Antonio S. Fernandes, Sonia Cavalcanti, Anna Maria Magnus.

Filme: ver atrás peça Do Mundo Nada se Leva  encenada em 1942. 

Captura de Tela 2015-11-13 às 17.08.43

IDADE PERIGOSA. Autor: James Leo Herlihy e William Noble. Tr. Raimundo Magalhães Junior. Egídio Écio, Miriam Melher, Suzana Negri, Paulo Padilha, Claudio Cavalcanti, Thais Muniz Portinho.

Filme: O Que Os Pais Desconhecem / Blue Denim / 1959. Dir: Philip Dunne. Carol Lynley, Brando de Wilde, Macdonald Carey, Marsha Hunt.

 

      

 

 

 

 

CONEXÃO TEATRO-CINEMA I

outubro 30, 2015

Dulcina como Sadie Thompson, Cacilda Becker como Marguerite Gauthier, Henriette Morineau como Blanche Dubois. Estas e tantos outros personagens famosos de peças teatrais levadas à tela foram reencarnados nos palcos da cidade do Rio de Janeiro nas décadas de 40 e 50.

Captura de Tela 2015-08-05 às 18.41.36

Fiquei impressionado com a quantidade e a qualidade de peças relacionadas com filmes e fiz um levantamento desses espetáculos teatrais no período citado, mencionando os filmes aos quais eles correspondem, porém excluindo: filmes brasileiros (v.g. A Pensão de Dona Stela, A Família Lero Lero, Moral em Concordata); filmes do cinema mudo e/ ou realizados posteriormente aos decênios objetos desta pesquisa; peças que não geraram filmes ou foram representadas por alguns grupos amadores, filmes oriundos de romances, poemas ou de argumentos escritos originariamente para o cinema.

Captura de Tela 2015-07-21 às 16.39.07

Captura de Tela 2015-10-30 às 16.24.28

Captura de Tela 2015-10-30 às 16.27.27

Bibib Ferreira em Conchita

Bibib Ferreira em Conchita

Captura de Tela 2015-11-01 às 12.25.37Assim sendo, não foram incluídas, por exemplo, as performances de Bibi Ferreira em Rebecca (correspondente a Rebecca, a Mulher Inesquecível / Rebecca / 1940 de Alfred Hitchock bas. romance de Daphne du Maurier), Madame Bovary (Madame Bovary / Madame Bovary / 1949 de Vincente Minnelli e outras versões cinematográficas bas. romance de Gustave Flaubert) e em Conchita, a Mulher e o Boneco (Mulher Satânica / The Devil is a Woman / 1935 de Josef von Sternberg e outras versões cinematográficas bas. romance de Pierre Louys); Dulcina em Ninotchka (Ninotchka / Ninotchka / 1939 de Ernst Lubitsch bas. história original de Melchior Lengyel); Henriette Morineau como Norma Desmond em Também os Deuses Amam (Crepúsculo dos Deuses / Sunset Boulevard / 1948 de Billy Wilder bas. história original de Charles Brackett e Billy Wilder); Eva Todor como Leslie Crosbie em A Carta (A Carta / The Letter / 1940 de William Wyler bas. história Somerset Maugham);

Captura de Tela 2015-08-20 às 15.28.47

Captura de Tela 2015-10-30 às 16.31.08

Cacilda Becker em Maria Stuart

Cacilda Becker em Maria Stuart

Ziembinski e Cacilda Becker em Longa Jornada De Uma Dia Para Dentro da Noite

Ziembinski e Cacilda Becker em Longa Jornada De Um Longo Dia  Para Dentro da Noite

Procópio Ferreira em A Mulher do Padeiro (La Femme du Boulanger / 1938 de Marcel Pagnol bas. romance de Jean Giono); Cacilda Becker em Maria Stuart (porque o filme de John Ford, Maria Stuart / Mary of Scotland / 1936 não foi baseado na peça de Schiller mas sim na peça de Maxwell Anderson); Natalia Timberg como Alma Winemiller em O Anjo de Pedra (porque o filme correspondente, O Anjo de Pedra / Summer and Smoke, de Peter Glenville, é de 1961); Cacilda Becker como Mary Tyrone em Longa Jornada de um Longo Dia Para Dentro da Noite (porque o filme correspondente, Longa Jornada Noite Adentro / Long Day’s Journey Into The Night, de Sidney Lumet, é de 1962);

Captura de Tela 2015-10-30 às 20.10.59

Captura de Tela 2015-10-30 às 20.15.29

Captura de Tela 2015-10-30 às 19.17.25

Maria Della Costa e Sandro Polonio em A Rainha Morta

Maria Della Costa e Sandro Polonio em A Rainha Morta

Cena de Gigi

Cena de Gigi

Leonardo Vilar como Eddie Carbone em Panorama Visto da Ponte (porque o filme correspondente, O Panorama Visto da Ponte / A View from the Bridge, de Sidney Lumet, é de 1962; Maria Della Costa como Joana D’Arc em O Canto da Cotovia de (porque a peça de Jean Anouilh, “L’Alouette”, não foi levada ao cinema, existindo apenas o filme Joana D’Arc / Joan of Arc / 1949, baseado na peça de Maxwell Anderson, “Joan of Lorraine”) ou como Inês de Castro em A Rainha Morta (porque a peça de Henri de Montherlant não foi levada ao cinema, existindo apenas o filme português Inês de Castro, baseado em poema de Afonso Lopes Vieira); Nicette Bruno como Margarida, Graça Mello como Fausto e Luiz Tito como Mefistófeles em Fausto (porque os filmes correspondentes não são da década 40/50); Henriette Morineau como Medéia (porque o filme correspondente não é do decênio 40/50); Ana Edler, Iracema de Alencar, Laura Suarez, Maria Clara Machado, Maria Pompeu e outros em Diálogo das Carmelitas (pelo mesmo motivo); Henriette Morineau em Gigi (Gigi / Gigi / 1958 de Vincente Minnelli) e Chéri (Chéri / 1950 de Pierre Billon), porque ambos os filmes foram baseados em romances de Colette etc.

1941

Captura de Tela 2015-10-30 às 15.29.16

NUNCA ME DEIXARÁS. Autor: Margaret Kennedy. Tr. Maria Jacinta. Dulcina, Odilon, Conchita de Morais, Aristoteles Pena, Suzana Negri, Sara Nobre, Jorge Diniz, Danilo Ramires, Armando Rosas, Atila de Morais, Mary May, Laura Santos, Vicente Gil, Roque da Cunha.

Filmes: Contudo és Meu / Escape me Never / 1935. Dir: Paul Czinner. Elizabeth Bergner, Hugh Sinclair, Griffith Jones, Penelope Dudley-Ward, Irene Vanbrugh, Leon Quartermaine. Quero-te Junto a Mim / Escape me Never / 1947. Dir: Peter Godfrey. Errol Flynn, Ida Lupino, Eleonor Parker, Gig Young, Reginal Denny, Albert Basserman, Isobel Elsom.

Captura de Tela 2015-10-30 às 15.31.06

 ESTA NOITE OU NUNCA. Autor: Lily Hatvany. Tr. Oduvaldo Viana. Dulcina, Odilon, Aristoteles Pena, Sara Nobre, Armando Rosas, Mary May, Roque da Cunha.

Filme: Esta Noite ou Nunca / Tonight or Never / 1933. Gloria Swanson, Melvyn Douglas, Alison Skipworth, Ferdinand Gottschalk, Robert Kreig, Boris Karloff.

 1942

Dulcina em Pigmalião

Dulcina em Pigmalião

PIGMALIÃO. Autor: Bernard Shaw. Tr. Miroel Silveira. Dulcina (como Eliza Guarapa), Odilon (como Prof. Henrique Mascarenhas), Aristoteles Pena, Jorge Diniz, Conchita de Morais, Sara Nobre, Mary May, Roque da Cunha, Danilo Ramires, Léo Romano, Dilú Dourado,

Filme: Pigmalião / Pygmalion / 1938. Dir: Gabriel Pascal. Wendy Hiller, Leslie Howard, Wilfrid Lawson, Scott Sunderland.

Captura de Tela 2015-10-30 às 15.32.15

 A DAMA DAS CAMÉLIAS. Autor: Alexandre Dumas Filho. Tr. Alvaro Peres. Amélia de Oliveira, Rodolfo Mayer, Teixeira Pinto, Maria Castro, Lourdes Mayer, Lú Marival, Arnaldo Coutinho, Victória Régia, Antonio Ramos, Carlos Machado, Brandão Filho, Rui Viana, Alvaro Rocha, Ribeiro Fortes, Antonio Ramos, Gim Mamoré.

Filmes: ver adiante a peça A Dama das Camélias encenada em 1951.

Captura de Tela 2015-10-30 às 15.35.29

DO MUNDO NADA SE LEVA. Autor: Autor: George S. Kaufman, Moss Hart. Tr. Maria de Lourdes Araujo Lima. Dulcina, Odilon, Conchita de Morais, Aristoteles Pena, Jorge Diniz, Sara Nobre, Dilú Dourado, Natara Ney, Mary May, Suzana Negri, Danilo Ramires, Roque da Cunha, Armando Rosas, Léo Romano.

Filme: Do Mundo Nada se Leva / You Can’t Take it With You / 1938. Dir: Frank Capra. James Stewart, Jean Arthur, Lionel Barrymore, Mischa Auer, Ann Miller, Spring Byington.

ORFEU. Autor: Jean Cocteau. Tr. Raul Penido Filho. Paulo Soledade, Zezé Pimentel, Luiza Barreto Leite, Fadah Gattass, Eloi Brandão, Armando Riedel, José Mauro, Graça Mello, Mario Brasini.

Filme: Orfeu / Orphée / 1950. Dir: Jean Cocteau. Jean Marais, Marie Déa, Maria Casares, François Périer, Henri Cremieux, Juliette Greco, Roger Blin.

 1943

Captura de Tela 2015-10-30 às 15.46.35

UMA MULHER DO OUTRO MUNDO. Autor: Noel Coward. Tr. Carlos Lage. Dulcina, Odilon, Conchita de Morais, Manuel Pera, Zilka Salaberry, Mario Salaberry, Carlos Perry, Atila de Morais, Luiza Satanela, Natara Ney.

Filme: Uma Mulher do Outro Mundo / Blithe Spirit / 1945. Dir: David Lean. Rex Harrison, Constance Cummings, Kay Hammond, Margaret Rutherford.

FIM DE JORNADA. Autor: R.C. Sheriff. Tr. Isaac Pascoal. Ziembinski, Graça Mello, Figueiredo Junior, Brutus Pedreira, Carlos Mello, Alvaro Alberto, Nelson Vaz, Armando Couto, Darci dos Reis, Fadal Gattass.

Filme: Journey’s End / 1930. Dir: James Whale. Colin Clive, Ian Maclaren, David Manners, Billy Bevan, Anthony Bushell.

A FELICIDADE. Autor: Henri Bernstein. Tr. Heitor Moniz. Dulcina, Odilon, Manuel Pera, Atila de Moraes, Natara Ney, Roque da Cunha, Armando Rosas, Armando Louzada, Dinorah Marzulo, Leo Romano, Sylvio Silva.

Filme: Le Bonheur / 1935. Dir: Marcel L’Herbier. Charles Boyer, Gaby Morlay, Paulette Dubost, Jean Toulout, Jaque Catelain, Michel Simon.

 1944

Dulcina em Cesar e Cleópatra

Dulcina em Cesar e Cleópatra

CESAR E CLEOPATRA. Autor: Bernard Shaw. Tr. Miroel Silveira. Dulcina, Odilon, Conchita de Morais, Luis Tito, Jorge Diniz, Nelson Vaz, Sadi Cabral, Danilo Ramires, Ribeiro Fortes, Manuel Pera, Milton Carneiro, Roque da Cunha, Olavo de Barros, Grijó Sobrinho, Iris Belmonte, Dinorah Marzulo, Sonia Marques Lopes, Alvaro de Paula, Rocir Silveira, Isolino Teixeira, João Zacarias, Pedro Veiga, Decio Stuart, Lília Naldi e Felicitas.

Filme: Cesar e Cleopatra / Caesar and Cleopatra / 1945. Dir: Gabriel Pascal. Claude Rains, Vivien Leigh, Stewart Granger, Flora Robson, Basil Sidney, Cecil Parker, Raymond Lowell, Ernest Thesiger.

Dulcina em Santa Joana

Dulcina em Santa Joana

SANTA JOANA. Autor: Bernard Shaw. Tr. Dinah Silveira de Queiroz. Dulcina, Odilon, Luiz Tito, Sadi Cabral, Manuel Pera, Jorge Diniz, Danilo Ramires, Armando Rosas, Nelson Vaz, Ribeiro Fortes, Milton Carneiro, Grijó Sobrinho, Roque da Cunha, Rocir Silveira, Iris Belmonte, João Zacharias, Geraldo Avelar, Pedro Veiga, Carlos Viana.

Filme: Santa Joana / Saint Joan / 1957. Dir: Otto Preminger. Jean Seberg, Richard Widmark, Richard Todd, Anton Walbrook, John Gieguld, Margot Grahame.

Captura de Tela 2015-07-25 às 20.10.07

SÉTIMO CÉU. Autor: Austin Strong. Tr. Elsie Lessa. Bibi Ferreira, Suzana Negri, Ribeiro Martins, Maria Isabel, Jorge Diniz, Ferreira Leite, Hamilton Ferreira.

Filme: Sétimo Céu / Seventh Heaven / 1937. Dir: Henry King. Simone Simon, James Stewart, Jean Hersholt, Gregory Ratoff, Gale Sondergaad, J. Edward Bromberg, John Qualen, Sig Ruman, Victor Kilian.

Captura de Tela 2015-10-30 às 15.56.43

DESLUMBRAMENTO. Autor: Keith Winter. Tr. Bandeira Duarte. Dulcina, Odilon, Conchita de Morais, Aurora Aboim, Milton Carneiro, Ribeiro Fortes.

Filme: A Mulher Proibida / The Shinning Hour. Dir: Frank Borzage. Joan Crawford, Margaret Sullavan, Robert Young, Melvyn Douglas, Fay Bainter, Hatty MacDaniel, Allyn Joslyn.

1943

Dulcina em Rainha Vitória

Dulcina em Rainha Vitória

Captura de Tela 2015-10-30 às 16.00.56

 RAINHA VITÓRIA. Autor: Lawrence Housman. Tr. Bandeira Duarte. Dulcina, Odilon, Conchita de Morais, Atila de Morais, Manuel Pera, Aurora Aboim, Dinorah Marzulo, Armando Rosas, Milton Carneiro, Ribeiro Fortes, Renato Restier, Cléia Barros, Luiza Barreto Leite, Maria Luiza, Wolf Harnisch, Urbano Silva.

Filme: A Rainha Vitória / Victoria, the Great / 1937. Dir: Herbert Wilcox. Anna Neagle, Anton Walbrook, Walter Rilla, H. B. Warner, Mary Morris, Felix Aylmer.

O Imperador Jones

Aguinaldo de Oiliveira Camargo em O Imperador Jones

O IMPERADOR JONES. Autor: Eugene O’Neill. Tr. Ricardo Werneck de Aguiar. Aguinaldo de Oliveira Camargo, Natalino Dionisio, José da Silva, Fernado Oscar de Araujo, Arinda Serafim (depois Ruth de Souza), Sady Cabral (depois José Medeiros). FIlme: O Imperador Jones / Emperor Jones/ 1933. Dir: Dudley Murphy. Paul Robeson, Duddley Digges, Frank H. Wilson, Fredi Washington, Ruby Elgy, George Hayhid Stamper.

O PIRATA. Autor: S.N. Behrman. Tr. Raimundo Magalhães Junior. Dulcina, Odilon, Conchita de Morais, Atila de Morais, Aurora Aboim, Manuel Pera, Armando Rosas, Milton Carneiro, Ribeiro Fortes, Renato Restier.

Filme: O Pirata / The Pirate / 1948. Dir: Vincente Minnelli. Judy Grland, Gene Kelly, Walter Slezak, Gladys Cooper, Reginald Owen, George Zucco, The Nicholas Brothers.

Dulcina como Sadie Thompson em Chuva

Dulcina como Sadie Thompson em Chuva

Cena de Chuva

Cena de Chuva

Dulcina em Chuva

Dulcina em Chuva

CHUVA. Autor: John Colton e Clemence Randolph baseado história de Somerset Maugham. Tr. Genolino Amado. Dulcina, Odilon, Conchita de Morais, Manuel Pera, Aurora Aboim, Armando Rosas, Ribeiro Fortes, Luiza Barreto Leite, Renato Restier, Milton Carneiro, Urbano Silva.

Filmes: O Pecado da Carne / Sadie Thompson / 1932. Dir: Lewis Milestone. Joan Crawford, Walter Huston, William Gargan, Beulah Bondi, Mary Shaw, Fred Howard, Ben Hendricks Jr., Walter Cattlett. A Mulher de Satã / Sadie Thompson / 1953. Dir: Curtis Bernhardt. Rita Hayworth, José Ferrer, Aldo Ray, Russell Collins, Diosa Costello, Peggy Converse.

UMA MULHER SEM IMPORTÂNCIA. Autor: Oscar Wilde. Versão modernizada: Raimundo Magalhães Junior. Maria Sampaio, Mario Brasini, Aimée, Sara Nobre, Maria Castro, Lisette Buono, Danilo Ramires, Lydia Matos, Paulo Moreno, Fernando Delmar.

Filme: Uma Mulher sem Importância / Una Mujer sin Importancia / 1945. Dir: Luis Bayón Herrera. Mecha Ortiz, Santiago Gómez Cou, Golde Fiani, Hugo Pimentel, Lidia Denis, Bianca Vidal, Sara Barrié.

Sara Nobre e Maria Sampaio em Luz de Gás

Sara Nobre e Maria Sampaio em Luz de Gás

Maria Samnpaio em Luz de Gás

Maria Samnpaio em Luz de Gás

Captura de Tela 2015-10-30 às 17.20.43

LUZ DE GÁS. Autor: Patrick Hamilton. Tr. Raimundo Magalhães Junior. Maria Sampaio, Mario Brasini, Sara Nobre, Paulo Moreno, Auristela Araujo.

Filmes: À Meia-Luz / Gaslight / 1940. Dir: Thorold Dickison. Diana Wyniard, Anton Walbrook, Frank Petingell, Cathleen Cordele, Robert Newton.   À Meia-Luz / Gaslight / 1944. Dir: George Cukor. Ingrid Bergman, Charles Boyer, Joseph Cotten, Dame May Whitty, Angela Lansbury.

Captura de Tela 2015-10-30 às 17.21.50

 DELICIOSO VENENO. Autor: Joseph Kesselring. Tr. Carlos Lage. Bibi Ferreira, Suzana Negri, Maria Isabel, Ribeiro Martins, Jorge Diniz, Alberto Pérez.

Filme: Este Mundo é um Hospício / Arsenic and Old Lace / 1946. Dir: Frank Capra. Cary Grant, Priscilla Lane, Josephine Hull, Jean Adair, John Alexander, Raymond Massey, Peter Lorre, Jack Carson, Edward Everett Horton.

Captura de Tela 2015-10-30 às 17.22.47

PAPÁ LEBONARD. Autor: Jean Aicard. Tr. Gastão Pereira da Silva. Jaime Costa, Nelma Costa, Cora Costa, Aristoteles Pena, Francisco Dantas, Grace Moema, Sandro Roberto, Cirene Tostes.

Filme: Papa Lebonard / Papa Lebonard / 1946. Dir: Ramón Péon. Luana Alcañiz, Victoria Argota, José Baviera, Adriana Lamar, Rául Lechuga, Ramón Pereda.

Maria Sampaio em A Família Barrett

Maria Sampaio em A Família Barrett

 

Cena de A Família Barrett

Cena de A Família Barrett

Captura de Tela 2015-08-30 às 12.35.48A FAMÍLIA BARRETT. Autor: Rudolf Besier. Tr. Miroel Silveira. Maria Sampaio. Paulo Moreno, Sara Nobre, Stella Perry, Wahita Brasil, Altivo Diniz, David Conde, Wallace Viana, Carlos Geraldo, Antonio Henrique, Nelson Vaz, Eugênia Levy, Pedro Veiga, Rodolfo Arena, Castro Viana, Geraldo Brasil, Z. Orlando.

Filmes: A Família Barret / The Barretts of Wimpole Street / 1934. Dir: Sidney Franklyn. Norma Shearer, Fredric March, Charles Laughton, Maureen O’Sullivan, Katherine Alexander, Ralph Forbes, Una O’Connor, Leo G. Carroll. O Céu em Teu Amor / The Barretts of Wimpole Street / 19 Dir: Sidney Franklyn. Jennifer Jones, Bill Travers, John Gieguld, Virginia McKenna, Susan Stephen, Vernon Gray.

Captura de Tela 2015-08-19 às 23.41.29

CASA DE BONECA. AUTOR: Henrik Ibsen. Tr. Renato Vianna. Maria Caetana, Renato Viana, Joyce de Oliveira, Alice Gunther, Dalva Galimberti, Mauro Magalhães, João Pedro Barrinuevo, Ruy Vianna, Cirene Tostes.

Filmes: Casa de Bonecas / Casa de Muñecas / 1943. Dir: Ernesto Arancibia. Delia Garcès, Jorge Rigaud, Maria Arrieta, Agustín Barrios, Olga Casares Pearson, Orestes Caviglia. Nora (Casa de Bonecas) / Casa de Muñecas / 1954. Dir: Alfredo B. Crevenna. Marga López, Ernesto Alonso, Miguel Torruco, Maria Douglas, Augusto Benedico, Mimi Derba, Lupe Carriles.

1944

Olga Navarro e Ziembinski em

Olga Navarro e Ziembinski em Desejo

Cena de Desejo

Olga Navarro e Sandro Polonio em Desejo

Captura de Tela 2015-07-27 às 15.04.23

DESEJO. Autor: Eugene O’Neill. Tr. Miroel Silveira. Olga Navarro, Ziembinski, Sandro Polonio, Orlando Guy (depois Graça Mello), Jardel Filho, Jackson de Souza, Labanca, David Conde, Virginia Vanni, Berta Scliar, Amalita, Maria Margarida Lopes, Waldir Moura, Geraldo Ribeiro, Marcos R. dos Santos, Fernando Lancelotte.

Filme: Desejo / Desire Under the Elms / 1958. Dir: Delbert Mann. Sophia Loren, Burl Ives, Anthony Perkins, Frank Overton, Pernell Roberts, Rebecca Welles, Jean Willes.

Captura de Tela 2015-10-30 às 17.28.41

Cena de Perfídia

Cena de Perfídia

 PERFIDIA. Autor: Lillian Helman. Tr. Raimundo Magalhães Junior. Maria Sampaio, Rodolfo Mayer, Nelson Vaz, Wahita Brasil, Renée Bell, Rodolfo Arena, Castro Viana, Cirene Tostes, Francisco Moreno, Luiz Piccini, Aberto Perez, Jesus Ruas.

Filme: Pérfida / The Little Foxes / 1941. Dir: William Wyler. Bette Davis, Herbert Marshall, Teresa Wright, Richard Carlson, Dan Duryea, Charles Dingle, Patricia Collinge, Carl Benton Reid.

Captura de Tela 2015-10-30 às 17.44.34

 CLAUDIA. Autor: Rose Franken. Tr. Raimundo Magalhães Junior. Eva Todor, Elza Gomes, Afonso Stuart, André Villon, Samaritana Santos, Armando Braga, Judith Vargas.

Filme: Claudia / Claudia / 1943. Dir: Edmund Goulding. Dorothy McGuire, Robert Young, Ina Claire, Reginald Gardiner, Olga Baclanova.

Captura de Tela 2015-10-30 às 17.44.54

ANNA CHRISTIE. Autor: Eugene O’Neill. Tr. Genolino Amado. Dulcina, Odilon, Conchita de Morais, Graça Mello, Renato Restier.

Filme: Anna Christie / Anna Christie / 1930. Dir: Clarence Brown. Greta Garbo, Marie Dressler, Charles Bickford, George F. Marion, James T. Mack, Lee Phelps.

 1947

Alma Flora, Procópio Ferreira e Bibib Ferreira em Divórcio

Alma Flora, Procópio Ferreira e Bibib Ferreira em Divórcio

Cena de Divórcio

Cena de Divórcio

DIVÓRCIO. Autor: Clemence Dane. Tr. Bibi Ferreira. Procópio Ferreira, Bibi Ferreira, Alma Flora, Alexandre Carlos, Belmira de Almeida, Jorge Diniz, Rodolfo Mayer, Renato Restier, Palmerim, Valery Martins.

Filme: Vítimas do Divórcio / A Bill of Divorcement / 1932. Dir: George Cukor . John Barrymore, Katharine Hepburn, Billie Burkem David Manners, Paul Cavanagh, Henry Stephenson. Vítimas do Divórcio / A Bill of Divorcement / 1940. Dir: John Farrow. Maureen o”Hara, Adolphe Menjou, Fay Bainter, Herbert Marshall, Dame May Witty, Patric Knowles, C. Aubrey Smith.

Captura de Tela 2015-07-27 às 18.37.12

O PECADO ORIGINAL. Autor: Jean Cocteau. Tr. Carlos Brant. Henriette Morineuau, Manuel Pera, Luiza Barreto Leite, Flora May, Alexandre Carlos.

Filme: O Pecado Original / Les Parents Terribles / 1948. Dir: Jean Cocteau. Jean Marais, Josette Day, Yvonne de Bray, Gabrielle Dorziat, Marcel André.

 1948

Captura de Tela 2015-07-31 às 13.29.30

Sergio Cardoso em Hamlet

Sergio Cardoso em Hamlet

teatro sergio cardoso hamlet II

Cena de Hamlet

Maria Fernanda e Sergio Cardoso em Hamlet

Sergio Cardoso e Sergio B rito em Hamlet

Sergio Cardoso e Sergio Britto
 em Hamlet

Cena de Hamlet

Cena de Hamlet

HAMLET. Autor: William Shakespeare. Tr. Tristão da Cunha. Sergio Cardoso, Maria Fernanda, Carolina Sotto Maior, Ary Palmeira, Sergio Britto, Luiz Linhares, Ambrósio Fregolente, Irmgard Müller, Nilson Pena, Tarquinio Lopes, Carlos Couto, Elisio de Albuquerque, Antonio Ventura, Pedro Henrique, José Valluzi, T. Zanotta, Sergio de Albuquerque e Silva, Wilson Grey, Jaci Campos.

Filme: Hamlet / Hamlet / 1948. Dir: Laurence Olivier. Laurence Olivier, Jean Simmons, Basil Sidney, Eileen Herlie, Felix Aylmer, Norman Wooland, Anthony Quayle, Peter Cushing, Terence Morgan.

SÓ NÓS TRÊS. Autor: Sidney Howard. Tr. Raimundo Magalhães Junior. Henriette Morineau, Flora May, Margarida Rey, Jaci Campos, Dary Reis, Nieta Junqueira.

Filme: Mãe e Rival / The Silver Cord / 1933. Dir: John Cromwell. Irene Dunne, Joel McCrea, Laura Hope Crewws, Eric Linden, Frances Dee

Captura de Tela 2015-08-20 às 19.33.47

A ÁGUIA DE DUAS CABEÇAS. Autor: Jean Cocteau. Tr. Raimundo Magalhães Junior. Dulcina, Odilon, Suzana Negri, Ribeiro Fortes, Jardel Filho, José Onofre (Zuza).

Filme: A Águia de Duas Cabeças / L’Aigle a Deux Têtes / 1948. Dir: Jean Cocteau. Jean Marais, Edwige Feuillère, Silvia Monfort, Jean Debucourt, Jacques Varennes, Yvonne de Bray.

Captura de Tela 2015-10-31 às 10.50.40

Cena de O Amor Que Não Morreu

Cena de O Amor Que Não Morreu

O AMOR QUE NÃO MORREU. Autor: Allan Langdon Martin (pseudônimo de Jane Cowl e Jane Murfin). Tr. Raimundo Magalhães Junior. Vanda Lacerda, Iris del Mar, Mario Brasini, Maria Luiza, Milton Carneiro, Oswaldo Louzada.

Filmes: O Amor que não Morreu / Smilin’ Through / 1932. Dir: Sidney Franklin. Norma Shearer, Fredrich March, Leslie Howard. Ralph Forbes, Beryl Mercer, O. P. Heggie. O Amor que não Morreu / Smilin’ Through / 1941. Dir: Frank Borzage. Jeanette MacDonald, Brian Aherne, Gene Raymond, Ian Hunter, Frances Robinson.

Captura de Tela 2015-10-30 às 19.17.51

ESTRADA DO TABACO. Autor: Jack Kirkland bas. romance Erskine Caldwell. Tr. Raimundo Magalhães Junior. Italia Fausta, Maria Della Costa, Sadi Cabral, Sandro Polonio, Josef Guerreiro, Nieta Junqueira, Aurora La Bele, Yara Isabel.

Filme: Caminho Áspero / Tobacco Road / 1941. Dir: John Ford. Gene Tierney, Charley Grapewin, Marjorie Rambeau, William Tracy, Elisabeth Patterson, Dana Andrews, Ward Bond, Slim Summerville.

Captura de Tela 2015-07-29 às 14.34.33

Cena de Uma Rua Chamada Pecado

Cena de Uma Rua Chamada Pecado

Henriette Morineau e Graça Mello em Uma Rua Chamada pecado

Henriette Morineau e Graça Mello em Uma Rua Chamada pecado

UMA RUA CHAMADA PECADO. Autor: Tennesssee Williams. Tr. Carlos Lage. Henriette Morineau, Graça Mello, Flora May, Ambrósio Fregolente, Margarida Rey, Joyce de Oliveira, Luiz Fróis, Jacy Campos, Dary Reis, Maria Castro.

Filme: Uma Rua Chamada Pecado / A Streetcar Named Desire / 1951. Dir: Eliza Kazan. Vivien Leigh, Marlon Brando, Kim Hunter, Karl Malden, Nick Dennis.

Captura de Tela 2015-07-29 às 18.21.11

Captura de Tela 2015-08-21 às 22.19.20

O GRANDE FANTASMA. Autor: Eduardo De Filippo. Tr. Mario da Silva e Renato Alvim. Procópio Ferreira, Alma Flora, Belmira de Almeida, Rodolfo Arena, Renato Restier, Carlos Duval, Salú Carvalho, Tereza Lane, Mozart Regis.

Filmes: Questi Fantasmi / 1954. . Dir: Eduardo De Filippo. Renato Rascel, Erno Crisa, Maria Frau, Ugo D’Alessio, Franca Valeri.

Captura de Tela 2015-08-21 às 23.10.45

MULHERES. Autor: Clare Booth Luce. Tr. Lucia Benedetti. Dulcina, Suzana Negri, Conchita de Morais, Cirene Tostes, Mara Rúbia, Yara Côrtes, Terezinha (filha de Mara Rúbia), Maria Isabel, Lidia Vani, Beyla Genauer, Ninon de Oliveira, Maria Roth, Virginia Alves, Aracy Cardoso, Anita Leite, Isabel de Almeida Cardoso, Inah Regis, Rosa Radi, Aida Ferreira, Zulmira Miranda, Neusa Silva, Felicitas Baer, Tereza Araujo, Suzy Kirby, Nina Nara, Anita Alfa, Regina de Aragão, Yara Isabel.

Filme: As Mulheres / The Women / 1939. Dir: George Cukor. Norma Shearer, Joan Crawford, Rosalind Russell, Mary Boland, Paulette Goddard, Joan Fontaine, Ruth Hussey, Virginia Weidler, Lucille Watson Hedda Hopper.

Captura de Tela 2015-12-06 às 16.50.52

Captura de Tela 2015-07-29 às 18.44.30

Captura de Tela 2015-07-31 às 13.31.00

A … RESPEITOSA. Autor: Jean-Paul Sartre. Tr. Miroel Silveira. Olga Navarro, Roberto Duval, José Maria Monteiro, Fernando Villar, Wallace Viana, Antonio Gonçalves.

Filme: A Respeitosa / La P … Respectueuse / 1952. Dir: Charles Brabant, Marcel Pagliero. Barbara Laage, Marcel Pagliero, Walter Bryant, Yolande Laffon, Nicolas Vogel.

Captura de Tela 2015-10-30 às 19.37.33

A MULHER DE NÓS DOIS. Autor: André Roussin. Tr. Brício de Abreu. Odilon, Eugenia Levy, Manuel Pera, Luiz Delfino, Lucio Fernandes, Dinorah Marzulo.

Filme: Dois Amores e uma Cabana / The Little Hut / 1957. Dir: Mark Robson. Ava Gardner, Stewart Granger, David Niven, Walter Chiari, Finlay Curie.

1949

Captura de Tela 2015-10-30 às 19.29.26

PANCADA DE AMOR. Autor: Noel Coward. Tr. Djalma Bittencourt e Renato Alvim. Mario Salaberry, Zilka Salaberry, Augusto Anibal, Lucy Lamour, Hildomar Pimenta.

Filme: Vidas Particulares / Private Lives / 1931. Dir: Sidney Franklin, Norma Shearer, Robert Montgomery, Reginald Denny, Una Merkel, Jean Hersholt.

conexão diabinhod de sais

Captura de Tela 2015-07-31 às 16.26.54

DIABINHO DE SAIAS. Autor: Norman Krasna. Tr. Raimundo Magalhães Junior. Bibi Ferreira, Jardel Filho, Delorges Caminha, Cirene Tostes, Belmira de Almeida, Luiz Cataldo, Antonia Marzulo, Nair Regina.

Filme: Ruth Querida / Dear Ruth / 1947. Dir: William D. Russell. Joan Caulfield, William Holden, Mona Freeman, Edward Arnold, Billy De Wolfe.

Captura de Tela 2015-07-31 às 16.36.08

NOSSA QUERIDA GILDA. Autor: Noel Coward. Tr. Genolino Amado. Dulcina, Odilon, Graça Mello, Suzana Negri, Conchita de Morais, Yara Côrtes, Jorge Diniz. Filme: Sócios no Amor / Design for Living / 1933. Dir: Ernst Lubitsch. Gary Cooper, Fredric March, Miriam Hopkins, Edward Everett Horton, Franklin Pangbordn, Jane Darwell. 

Captura de Tela 2015-10-30 às 19.32.06

TRAGÉDIA EM NOVA YORK. Autor: Maxwell Anderson. Tr. Raimundo Magalhães Junior. Sergio Cardoso. Beyla Genauer, Jaime Barcelos, Sergio Brito, Luiz Linhares, Elisio de Albuquerque, Carlos Couto, Renato Restier, Antonio Ventura, Tarcísio Zanotta, Rejane Ribeiro, Zilah Maria, Ary Palmeira, Wilson Grey, P. Cabral.

Filme: Os Predestinados / Winterset / 1936. Dir: Alfred Santell. Burgess Meredith, Margo, Eduardo Cianelli, John Carradine, Edward Ellis, Mischa Aurer, Stanley Ridges.

Captura de Tela 2015-10-30 às 19.33.50

APARTAMENTO SEM LUVAS. Autor: Jerome Chodorov e Joseph Fields. Tr. Raimundo Magalhães Junior. Eva Todor, Elza Gomes, André Villon, Roberto Gustavo, Afonso Stuart, Silvio Couto, Artur Costa Filho, Armando Braga, Ricardo Cardoso, Stênio Mendonça, Wagner Rodrigues, Rogério Macedo, Leo Gay, Gaziel Paraná, Ari Neves, Denis Roberti, Adakar Filho, Aloisio Cunha.

Filmes: Solteiras à Solta / My Sister Eileen / 1942. Dir: Alexander Hall. Rosalind Russell, Brian Aherne, Janet Blair, George Tobias, Allyn Joslyn. Jejum de Amor/ My Sister Eileen / 1955. Dir: Richard Quine. Janet Leigh, Jack Carson, Betty Garrett, Bob Fosse, Kurt Kasznar.

Captura de Tela 2015-10-30 às 19.35.38

À MARGEM DA VIDA. Autor: Tennessee Williams. Tr. Esther Mesquita. Nydia Licia, Marina Freire, Paulo Autran, Abilio Pereira de Almeida.

Filme: Algemas de Cristal / The Glass Menagerie / 1950. Dir: Irving Rapper. Jane Wyman, Gertrude Lawrence, Kirk Douglas, Arthur Kennedy.

Captura de Tela 2015-08-22 às 21.54.30

HIPÓCRITA. Autor: Hagar Wilde e Dale Eunson. Tr. Bibi Ferreira. Bibi Ferreira, Belmira de Almeida, Jardel Filho, Rodolfo Arena, Cirene Tostes, Sonia Maria, Luiz Cataldo, Delorges Caminha, Fernando Villar, Nair Regina, Laís Dias, Marcia Real, Aida Ferreira.

Filme: A Hipócrita / Guest in the House / 1944. Dir: John Brahm. Anne Baxter, Ralph Bellamy, Aline Mac Mahon, Ruth Warrick, Margaret Hamilton, Percy Kilbridge, Connie Laird.

Bibi Ferreira e Jardel Filho em Beija-me e Verás

Bibi Ferreira e Jardel Filho em Beija-me e Verás

Captura de Tela 2015-08-23 às 12.21.12

BEIJA-ME E VERÁS. Autor: F. Hugh Herbert. Tr. Raimundo Magalhães Junior. Bibi Fereira, Luiz Cataldo, Rodolfo Arena, Jardel Filho, Belmira de Almeida, Fernando Villar, Francisco Dantas, Cirene Tostes, Delorges Caminha, Marcia Leal, Sonia Maria, Laís Dias.

Filme: Ninguém Vive Sem Amor / Kiss and Tell / 1945. Dir: Richard Wallace. Shirley Temple, Jerome Courtland, Walter Abel, Katherine Alexander, Robert Benchley, Porter Hall.