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FORMAÇÃO DA INDÚSTRIA CINEMATOGRÁFICA AMERICANA II

Os industriais que organizaram o comércio de filmes achavam que estavam fabricando um produto e esperavam que o consumidor os procurassem pelo nome de sua marca. Não reconheciam a presença do ator no cinema. Por volta de 1910, ficou óbvio que os espectadores gostavam mais de certos atores e começaram a expressar suas preferências. Mesmo assim, a identidade dos atores continuou mantida no anonimato, porque os produtores tinham receio de que o reconhecimento e o clamor do público resultasse em um pedido de aumento de salário por parte de seus contratados. Por outro lado, certos atores esperavam que sua participação nos filmes não fosse notada, com medo de que os produtores teatrais lhes pagassem menos ou não lhes dessem mais emprego, ao saberem de sua atuação em um estúdio de cinema. Foi sob a pressão dos espectadores que os produtores começaram a revelar o nome de seus intérpretes.

Florence Lawrence

Centenas de cartas pediam cotidianamente o nome da Biograph Girl (Florence Lawrence), da Vitagraph Girl (Florence Turner), da Little Mary (Mary Pickford) ou do Dimples (Maurice Costello), e outros favoritos. Até que Carl Laemmle atraiu a atriz Florence Lawrence da Biograph para a sua companhia e colocou seu nome verdadeiro nos créditos dos filmes, nascendo assim a primeira estrela de cinema. Laemmle conduziu pessoalmente a campanha de publicidade de outra aquisição sua, Mary Pickford, que se tornaria a atriz mais popular do cinema mudo americano. Essa prática tomou conta de toda a indústria pois, como se constatou, a presença de um astro reduzia os riscos do financiamento, garantindo um certo retorno do capital investido nos filmes.

Mary Pickford

Maurice Costello

Enquanto os estúdios disputavam entre si por astros, os atores e atrizes viram o valor de seus salários elevar-se à razão vertiginosa de 5 a 15 dólares por dia antes de 1910, para 250 mil dólares por semana em 1914. Em seguida, todos os produtores passaram a incorporar o star system, fazendo vastas campanhas publicitárias para seus principais contratados e fornecendo suas fotografias para serem expostas nos saguões dos cinemas. Alguns exibidores vendiam cartões-postais com as fotos dos astros e estrelas para os espectadores; outros promoviam bailes com a presença dos artistas. As revistas de fãs surgiram logo em seguida, criando colunas para responder à correspondência dos leitores, publicando artigos sobre a vida particular dos artistas, ilustrando com fotos o resumo da história de seus próximos filmes etc. As duas primeiras foram fundadas em 1911: a Motion Picture Story e a Photoplay. Em 1915, surgiu a Motion Picuture Classic que, assim como as outras, contém artigos de valor considerável para os historiadores.

Os produtores não foram os únicos a perceber a importância econômica do estrelismo. Mary Pickford, Charles Chaplin e Douglas Fairbanks usaram seu poder de atração como instrumento para ganhar o controle do seu trabalho e compartilhar totalmente os lucros de seus filmes. De artistas contratados eles passaram a produtores independentes. Em 1919, juntaram forças com D. W. Griffith para formar a United Artists Corporation, uma companhia distribuidora e operaram por conta própria em competição com as grandes firmas. A fundação da United Artists marcou o ápice do star system em uma das linhas do seu desenvolvimento.

David Ward Griffith-Mary Pickford-Douglas Fairbanks- Charles Chaplin formam a United Artists

O filme de um rolo (single reel film) tornara-se o produto padrão da indústria por causa da crença de que o público não teria paciência para assistir um filme mais longo do que 10 minutos. Os primeiros filmes de dois, três, quatro e até cinco rolos foram primeiramente exibidos em rolos separados, ou seja, um rolo por semana em sequência. A peculiaridade deste sistema, aliás, preparou o terreno para o advento dos seriados (serials), filmes nos quais a trama continuava em outros episódios, terminando cada qual por um lance de suspense (v. g. As Aventuras de Catarina / The Adventures of Kathlyn / 1913; A Rapariga Misteriosa / Lucille Love / 1914; As Aventuras de Elaine / The Perils of Pauline / 1914).

Quando alguns donos de cinema passaram a exibir todos os rolos de só uma vez, houve resistência. Se um filme curto do programa não agradasse – diziam os opositores -, havia a possibilidade de ser substituído por um outro melhor, mas, se o filme longo fosse ruim, o espetáculo não poderia ser salvo. A falta de dois projetores era outro fator que dificultava a exibição dos longas-metragens. No caso do filme curto, o tempo necessário para a mudança de rolo era preenchido com uma canção ilustrada ou um número de vaudeville; porém, tratando-se de um filme longo, isso significava uma perda de continuidade. Além disso, a mudança diária de filmes no sistema de distribuição-exibição, então vigente, teria de ser alterada, pois os filmes longos custavam muito caro para serem exibidos apenas em um dia. O filme de múltiplos rolos (multireel film), que veio a ser chamado de feature no sentido vaudeviliano de atração principal (e de special quando tinha mais de sete rolos), começou a ganhar aceitação geral quando Adolph Zukor trouxe o filme francês de quatro rolos, Elizabeth, Rainha da Inglaterra / La Reine Elizabeth / 1912 (Dir: Henri Desfontaines, Louis Mercanton) estrelado pela célebre atriz Sarah Bernhardt. O êxito estrondoso desta produção convenceu a indústria da viabilidade comercial desses filmes na América.

Cena de Elizabeth, Rainha da Inglaterra

Ainda mais persuasivo do que o sucesso de Elizabeth, Rainha da Inglaterra, foi o do filme italiano de nove rolos, Quo Vadis? / Quo Vadis? / 1913 (Dir: Enrico Guazzoni). Este filme apresentava cenas tão grandiosas, que deixavam a platéia extasiada durante todo o tempo de projeção de mais de duas horas. Quo Vadis? estabeleceu um outro precedente importante: foi exibido exclusivamente em teatros de primeira classe em vez de nickelodeons, atraindo assim um público mais sofisticado. Finalmente, Cabiria / Cabiria / 1914 (Dir: Giovanni Pastrone) e depois O Nascimento de uma Nação / The Birth of a Nation / 1915 (Dir: D. W. Griffith) provariam, de uma vez por todas, que o futuro do cinema estava, pelo menos em parte, nos filmes de longa-metragem.

Na medida em que a “febre do longa metragem” tomou conta do país, outras distribuidoras nacionais entraram no mercado: World Film Corporation (E. Mandelbaum, Philip Gleichman e alguns banqueiros de Wall Street); Triangle Film Corporation (Harry Aitken, Adam Kessel, Charles Baumann), para distribuir os filmes de D. W. Griffith, Thomas Ince e Mack Sennett; V-L-S-E (que distribuía o produto Vitagraph, Lubin, Selig e Essanay, ex-membros do MPCC que passaram a fazer features); Metro Pictures Corporation (Richard Rowland) etc.

Um longa-metragem era qualquer filme de mais de três rolos, ou cerca de 30 minutos – tempo que foi se expandindo e chegou a 80 ou 90 minutos na década de 20. Em 1913 -1915, foram fundadas as companhias produtoras Bosworth, Inc. (Hobart Bosworth), Fox Film (William Fox); Peerless (Jules Brulatour); Vim Comedy Company (Louis Burstein, Mark Dintenfass); Educational (George A. Skinner, Earl Wooldrige Hammons); Oliver Morosco Photoplay Company (Oliver Morosco, Frank E. Garbutt) e sua associada Pallas Pictures. Em 1916, foi fundada a Goldwyn Pictures Corporation (Samuel Goldfish / Goldwyn), Edgar e Archibald Selwyn), a Lewis J. Selznick Productions (Lewis J. Selznick) e a Christie Film Company (Al Christie).

Em 1917, Adolph Zukor compra 50 % das ações da Lewis J. Selznick Productions e a denominação desta é mudada para Select Pictures Corporation. No mesmo ano foram formadas: Paralta Plays, Inc. (Carl Anderson, Robert T. Kane); Sunshine Comedy Company (presidente William Fox; vice-presidente Harry “Pathé” Lehrman); Comique Film Corporation (Joseph Schenck), para produzir os filmes de Fatty Arbuckle e Buster Keaton; e a Jewel Productions (Harry M. Berman, Leon J. Bamburger). Em 1918, surgiram a Robertson-Cole Company (Harry F. Robertson, Rufus Sidman Cole), a Cosmopolitan Productions (William Randolph Hearst) e a Micheaux Film Corporation (Oscar Micheaux), a mais conhecida das companhias independentes de proprietários negros.

 

Harry e Jack Cohn e Joe Brandt

 

Samuel Goldwyn

Em 1919, foram constituídas a Selznick Pictures Corporation (Myron Selznick), a Louis B. Mayer Pictures (Louis B. Mayer), e o Hal Roach Studios, Inc. (Hal Roach). Em 1920, nasceram a CBC Sales Corporation, que se tornou a Columbia Pictures a partir de 1924 (Harry e Jack Cohn e Joe Brandt) e a Preferred (B.P. Schulberg, J. G. “Jack” Bachmann, Al Litchman). Em 1921, emergiram a Inspiration Pictures (Charles H. Duell, J. Royce Smith Jr.) e a Tiffany Productions, depois conhecida como Tiffany-Stahl Productions, quando o diretor John M. Stahl foi associado à companhia. Em 1922, Samuel Goldwyn, destituido da presidência da Goldwyn Pictures Corporation, deixa a companhia e forma a Samuel Goldwyn, Inc. São formadas: a Buster Keaton Productions (Joseph Schenck) como sucessora da Comique Film Corporation e a Principal Productions (Sol Lesser). Em 1924, formadas a Warner Bros. Pictures, a Metro-Goldwyn-Mayer (MGM), a Producers Distributing Corporation – PDC, a Harold Lloyd Film Corporation (Harold Lloyd) e o Disney Bros. Cartoon Studio (Walt Disney e seu irmão Roy e Ub Iwerks). Em 1925, foi fundada a Astor Pictures, que nos anos 30 operou com três subsidiárias: Vigilant Pictures, B n’ B Film Corporation e Promotional Films, Inc.. O star system e os longas-metragens aumentaram sensivelmente o custo das produções por causa dos altos salários dos astros e também porque a maior duração dos filmes exigia cenários mais elaborados e realizadores mais bem pagos. As produções mais caras provocaram uma especialização intensa e uma diferenciação das organizações técnicas, administrativas e comerciais. As companhias criaram numerosos departamentos.

Jesse L. Lasky

O filme tornou-se uma grande indústria, que começou a caminhar para a integração vertical, ou seja, o envolvimento nos três ramos do seu negócio: fabricação (produção), venda por atacado (distribuição) e venda a varejo (exibição). O primeiro passo deu-se quando Zukor, que estava à frente da produtora Famous Players Film Company, resolveu acumular as funções de produtor e de distribuidor. Seus filmes eram distribuídos pela Paramount Pictures, a primeira distribuidora nacional de filmes de longa-metragem, fundada por W. W. Hodkinson, que também cuidava dos filmes da Feature Play Company, de Jesse L. Lasky e de outras produtoras menores (v. g. Bosworth e Oliver Morosco). A tremenda expansão do negócio cinematográfico convenceu Zukor de que a Paramount e seus produtores deveriam unir-se, porém Hodkinson não aprovou a idéia. Zukor e Lasky então adquiriram secretamente muitas ações da Paramount e depuseram Hodkinson. Depois, em 1916, compraram as ações de Bosworth e Morosco e promoveram a fusão dessas firmas com a Famous Players e a Feature Play, constituindo a Famous Players-Lasky, presidida por Zukor. A Paramount ficou como distribuidora subsidiária da nova companhia. Com sua organização agrupando produção e distribuição, Zukor enfrentou um novo desafio: assegurar um mercado estável para seus filmes. Como o mercado estava representado por milhares de cinemas e não havia como monopolizá-lo, Zukor tentou uma nova manobra, explorando a fundo o star system. Sua companhia contratou 75% dos maiores astros existentes e esse controle de talentos lhe permitiu desenvolver uma prática antiga da indústria do cinema: o aluguel por lote ou pacote de filmes ainda não produzidos (block and blind booking).

Por exemplo: ele obrigava os exibidores que desejassem os filmes de Mary Pickford, agora sua contratada, a alugar um grupo de 13 a 52 e até 104 filmes. Esta prática inquietou os exibidores e, em 1917, 26 dos mais importantes donos de cinema do país criaram a First National Exhibitors Circuit Inc., marcando uma segunda etapa no processo de integração da indústria. Enquanto Zukor partia da produção para se ocupar da distribuição, e depois da exibição, a First National trabalhava na direção oposta. Os exibidores se lançaram na produção e distribuição e fizeram Zukor perder o seu monopólio do talento. A First National contratou grandes artistas – Chaplin (antes da fundação da United Artists), Mary Pickford (“roubada” da Famous Players) etc. – deixando-lhes a possibilidade de serem seus próprios produtores. Em 1921, a First National uniu-se à distribuidora Associated Producers, assumindo o novo nome de Associated First National Pictures. Em 1922, construiu seu primeiro estúdio em Burbank. O controle por parte da First National dos maiores cinemas nas principais áreas metropolitanas constituiu-se uma ameaça para o resto da indústria. Estes cinemas eram de primeiro lançamento (first-run) e tinham uma importância enorme por sua proximidade com grandes concentracões de população e porque os filmes eram exibidos nesses cinemas, e só depois de certo tempo em outros. Além disso, a publicidade conseguida por uma carreira de sucesso em um cinema de primeiro lançamento facilitava sua aceitação pelos donos de cinemas de lançamentos subsequentes.

Em consequência, Zukor entrou no ramo da exibição, motivado não apenas pelo medo da concorrência da First National, mas também porque este setor havia se tornado o mais solidamente lucrativo da indústria cinematográfica. Com a ajuda financeira do banco de investimentos Kuhn, Loeb & Company, Zukor começou a comprar cinemas, obtendo inclusive o controle do poderoso circuito de Balaban e Katz, que operava em Chicago e era uma das forças da First National. Zukor agora possuía ou controlava mais de mil cinemas, que ele reuniu sob a denominação de Publix Theaters Corporation. Acrescentando a exibição às suas atividades de produção e distribuição, a companhia de Zukor ficou completamente integrada. Em 1930, seu nome seria mudado para Paramount Publix Corporation.

Adolph Zukor

Marcus Loew

Louis B, Mayer

William Fox

Outros empresários foram obrigados a fazer o mesmo, surgindo mais três companhias integradas verticalmente. Marcus Loew, que possuía uma cadeia de cinemas, comprou a produtora-distribuidora Metro Pictures Corporation em 1920, a Goldwyn Pictures Corporation em 1924 e, logo em seguida, a Louis B. Mayer Pictures, unificando-as sob a denominação Metro-Goldwyn-Mayer, controlada pela matriz, Loew’s Inc.; quando Marcus Loew faleceu em 1927, o comando passou para seu principal colaborador, Nicolas Schenck. William Fox, que já era produtor (Fox Film Corporation, fundada em 1915), distribuidor (Box Office Attraction Film Rental Company), e exibidor, adquiriu várias cadeias de cinemas, incrementando a sua rede de exibição. Os irmãos Albert, Harry, Sam e Jack Warner, que haviam incorporado a Warner Bros. em 1923, compraram a Vitagraph e assumiram o controle do circuito de cinemas da Stanley Company of America e da First National.

Carl Laemle

Uma quinta grande companhia, a RKO (Radio-Keith-Orpheum), nasceu juntamente com o cinema sonoro. De 1930 aos meados dos anos 50, a Paramount, Loew’s, Fox, Warner Bros. e RKO dominariam a indústria. Porém, no início dos anos 20, as grandes companhias conhecidas coletivamente como The Big Three, eram a Famous Players-Lasky, a Loew’s, e a First National, seguidas pelas Little Five: Fox; Warner Bros.; Producers Distributing Corporation – PDC, fundada em 1924 por Jeremiah Milbank; Film Booking Office – FBO, ex-Robertson-Cole (1922); e Universal Pictures formada em 1921 pela fusão da IMP (Carl Laemmle) com outras companhias menores.

A estupenda recepção aos filmes de longa-metragem pelas classes mais prósperas e intelectualizadas e o consequente aumento do preço dos ingressos, fez com que os exibidores se tornassem mais preocupados com a qualidade dos filmes. Para agradar a esse tipo de público, os estúdios voltaram a recorrer aos clássicos do teatro e da literatura, já utilizados nos filmes curtos, porque os produtores haviam percebido que os espectadores reconheciam as obras com as quais estavam familiarizados. Agora, porém, a filmagem dos clássicos servia para assegurar a respeitabilidade e o nível cultural dos filmes. Os gostos e as expectativas de uma audiência refinada requeriam uma atmosfera de elegância que somente um novo tipo de cinema poderia proporcionar.

Cinema Regent

A era dos grandes cinemas (movie palaces) começou com a inauguração, em 1913, do Cinema Regent, de 2.400 lugares, na Rua 116 com a 7a Avenida em Nova York. Este cinema quase fracassou, porque exibia apenas filmes curtos produzidos pelas companhias do truste. Isso amendrontou os proprietários de um novo cinema ainda em construção, o Strand, de 3.500 lugares, situado na Rua 47 com Broadway. Antes da inauguração, eles pensaram em transformar o futuro cinema em um teatro de vaudeville ou de ópera; porém, no último minuto, desistiram da idéia. Quem os convenceu foi Samuel Lionel “Roxy” Rothapfel, o primeiro grande showman no ramo da exibição. Rothapfel havia sido contratado como gerente do Regent e o salvou da ruína exibindo filmes de longa-metragem, sendo imediatamente chamado para fazer a mesma “mágica” no Strand. O lema de Rothapfel era “Não dar ao público o que ele quer – dar-lhe algo melhor”, e ele fez isso com um faro espetacular. “Roxy” continuaria a providenciar shows cada vez maiores e melhores em uma série de cinemas de Nova York, como o Rialto, de 1.900 lugares (construído em 1916), Rivoli, de 2.100 lugares (1917), Capitol, de 5. 300 lugares (1919) e, finalmente, o Roxy, de 6.200 lugares, verdadeira “catedral do filme”, localizado na Rua 50 com a 7a Avenida, e inaugurado com toda a pompa em 11 de marco de 1927.

Samuel Lionel Rothapfel

Cinema Roxy

O luxo e a magnitude do Roxy eram impressionantes: este cinema tinha seis bilheterias, foyers e lobby imensos, decoração deslumbante com mármores, tapeçarias e candelabros de cristal, grandes escadarias, poltronas muito confortáveis (entre as quais uma pessoa podia passar sem incomodar a que estava sentada) e tapetes de pelúcia, elevadores espaçosos para o balcão, ar-condicionado, banheiros esplêndidos, grupo coral de cem vozes, corpo de balé com cinquenta dançarinos, grande orquestra, 14 pianos Steinway, um colossal órgão Kimball (tocado por três organistas em três consolos separados), mini-hospital pronto para atender a qualquer emergência, pequeno estúdio de estação de rádio, cabines telefônicas, sistema de iluminação perfeito, equipe de lanterninhas bem uniformizados e militarmente disciplinados sob o comando de um coronel reformado do Corpo de Fuzileiros Navais etc.

Sid Grauman

Million Dollar Cinema

Egyptian Theatre (interior)

 

Chinese Theatre

Em Los Angeles, o empresário Sid Grauman seguiu o exemplo de “Roxy”, inaugurando grandes cinemas, cada qual mais luxuoso que o outro. Grauman inventou o “Prólogo”, que era um espetáculo no estilo das revistas da Broadway, tematicamente relacionado com o filme, apresentado antes da projeção. Seu império de cinemas começou com o cinema Million Dollar (2.100 lugares) em 1917, seguindo-se o Egyptian (1.900) em 1922, o Metropolitan (3.458) em 1923 e o famoso Chinese (2.500) em 1927. Como os nomes Egyptian e Chinese sugerem, os movie palaces dos anos 20 adotavam modelos arquitetônicos exóticos para criar um clima romântico, dentro do qual a platéia pudesse consumir as fantasias que passavam nas telas. A história da origem das famosas impressões em frente do cinema é controvertida, mas parece que Grauman teve a idéia quando, em visita à United Artists, pisou em um cimento úmido em frente ao camarim de Mary Pickford.

A primeira atriz a colocar as mãos na “calçada da fama” foi Norma Talmadge (cf. Beth Day em This Was Hollywood – An Affectionate History of filmland’s Golden Years, 1960). Havia duas escolas principais de arquitetura de grandes cinemas ”a standard (ou hard-top), que tinha seu precedente nos teatros de ópera e de vaudeville, mas que foi se tornando cada vez mais exótica no decorrer da década de 1920, e a atmospheric (ou stars and clouds), que se inspirava na natureza e nos paisagistas extravagantes do passsado. Seus representantes máximos foram, respectivamente, os arquitetos Thomas W. Lamb e John Eberson. Os cinemas chamados de “atmosféricos” usavam o Brenograph Junior, um aparelho que produzia efeitos cênicos animados, para completar a ilusão de que os filmes estavam sendo vistos debaixo de um céu noturno. O auditório era um magnífico anfiteatro, um jardim italiano, uma corte persa ou um paço espanhol, aparentemente a céu aberto, onde as estrelas cintilantes sucediam nuvens fofas sob um luar esplêndido.

WurlitzerHope-Jone Unit Orchestra

Mais sensacional ainda era o Wurlitzer Hope-Jones Unit Orchestra, basicamente um órgão cujos sons imitavam todos os instrumentos de uma orquestra e outros sons como, por exemplo, o de rouxinóis, canários, cavalos galopando, apitos de barcas e de trens, sirenes de carros de polícia ou de bombeiros, campainhas de telefone e de porta, ondas na rebentação, louça se quebando etc. – tudo com uma verossimilhança espantosa. Se o filme fosse muito longo, o gerente tinha três opções: reduzir o número de atrações do programa, encurtar o filme ou projetar o filme em uma velocidade mais rápida que a normal. Curiosamente, ele nunca pensava em esticar o tempo de duração de todo o programa, pois o programa padrão de duas horas – que incluía um filme de atualidades e uma comédia curta, além das atrações ao vivo – já entrara no hábito do público. Em 1916, apenas 3% dos cinemas exibiam o mesmo programa durante toda a semana. A média de mudanças por semana era de cinco, um número que foi decrescendo para três em 1922, quando 10% dos cinemas mantinham um filme durante a semana inteira. Com as mudanças freqüentes de programa, a publicidade boca a boca não funcionava. As revistas mensais de fãs podiam ser capazes de criar algum interesse prévio, porém os resenhistas diários tinham pouca influência. A propaganda na época dos filmes mudos dava ênfase aos pôsteres (de uma, três, seis e 24 folhas) e aos cartazes pequenos destinados às salas de espera (lobby cards) e às vitrines das lojas (window cards). Outro expediente usado eram os golpes de publicidade.

Harry Reichenbach

Para promover o filme A Virgem de Istambul / The Virgin of Stamboul / 1920 (Dir: Tod Browning), Harry Reichenbach, considerado o rei dos agentes de imprensa do começo dos anos 20, convenceu vários jornais de Nova York de que um grupo de turcos que ele havia registrado em um hotel de Manhattan estava realmente na cidade para procurar uma virgem desaparecida. Em outra ocasião, para divulgar um filme de Tarzan, Reichenbach teve a audácia de introduzir um leão no Hotel Belleclaire de Nova York, deixando à gerência o problema de retirá-lo de lá. Na promoção de outro filme do Rei das Selvas ele fotografou um macaco de smoking.

Hugo Riesenfeld

Um aspecto curioso foram as experiências de hibridização cinema-rádio, que começaram em 1922. Um projeto chamado Radiophone retransmitia programas de rádio para cinemas, onde os espectadores podiam ouvir música de concerto, antes do início do filme. Havia também o Radio Film, que tornava possível apresentar um filme em centenas de cinemas com uma preleção explicativa vinda de uma única estação transmisssora. Uma experiência em 1925 testou essa idéia em larga escala. O filme de Fritz Lang, Os Nibelungos / Die Nibelungen / 1923, foi exibido no Cinema Century de Nova York com um score de Hugo Riesenfeld. Por um acordo com a Ufa e a estação de rádio WJY da RCA, o score foi transmitido para uma platéia de quinhentas pessoas no Briarcliff Lodge, localizado a mais de cinco quilômetros de distância.

Em 1909, os grandes centros de produção de filmes eram Nova York, Chicago e Filadélfia. Devido à constante demanda de filmes, as companhias tinham de produzí-los regularmente. Os longos meses de inverno naquelas cidades traziam problemas, notadamente para as firmas que não possuiam um estúdio bem equipado e com luz artificial adequada. Para dar conta dos pedidos, os principais produtores enviavam equipes para filmagem em locações por todo o país ou fora dele, procurando cenários ideais e tempo ensolarado. Várias companhias experimentaram lugares como Jacksonville, Flórida; San Antonio, Texas; Santa Fe, Novo Mexico; e até Cuba – porém o local definitivo da indústria de cinema americana foi o sul da Califórnia, mais especificamente o subúrbio de Los Angeles chamado Hollywood. Os atrativos dessa área eram óbvios: dias de sol durante quase todo o ano e topografia variada – montanhas, vales, lagos, ilhas, praias, floresta, deserto, próximos um dos outros e a pouca distância do centro da cidade. Outras vantagens diziam respeito à facilidade de se encontrarem atores de teatro experientes, à existência de baixos impostos, à presença de mão-de-obra e de terras abundantes e baratas. Este último fator permitiu que as companhias produtoras pudessem comprar dezenas de milhares de acres de excelentes imóveis, nos quais instalaram seus estúdios.

Entre 1908 e 1912, muitos independentes transferiram-se para Holywood, assim como algumas firmas associadas à MPPC. As instalações construídas em Hollywood para a produção de filmes durante os anos 10 (a primeira foi o estúdio da Nestor Company, localizado na esquina da Gower and Sunset) eram a forma embrionária do “sistema de estúdio”, institucionalizado nos anos 20. Os primeiros estúdios, que utilizavam geralmente antigos armazéns, foram ficando cada vez mais parecidos com pequenas cidades (com escritórios, palcos, laboratórios, e extensas áreas externas para a filmagem de cenas exteriores), cujos nomes (v. g., Inceville, Universal City, Culver City) enfatizavam ainda mais a sua condição especial. As estruturas de produção e administração foram transformadas, mudando do director unit system (pelo qual os diretores eram individualmente responsáveis pelos seus filmes) para o central producer system (pelo qual um produtor era responsável por toda a produção de um estúdio).

William S. Hart em Inceville

O sistema centralizado de produção, que coincidiu com a emergência do filme de longa-metragem, trouxe um novo nível de eficiência para o processo de produção e permaneceu como o modelo dominante de administração de estúdio até os anos 30. A ascenção de Hollywood foi assegurada pela Primeira Guerra Mundial, que temporariamente eliminou a competição européia (principalmente a francesa e a italiana) e deu aos Estado Unidos o domínio sobre o mercado mundial de filmes. Entre 1914 e 1918, todo o mundo, incluindo Ásia e África (mas com exceção da Alemanha beligerante), só viu filmes americanos ou não viu nenhum. Em 1919, imediatamente após o Tratado de Versalhes, 90% de todos os filmes exibidos na Europa eram americanos, e a percentagem para a América do Sul chegou (e permaneceu durante anos) quase a 100%. No decorrer dos anos 20, os percentuais europeus diminuíram na medida em que a Alemanha e a União Soviética se tornaram grandes forças no cinema mundial e outras nações tentaram proteger suas indústrias. Todavia, a Primeira Grande Guerra colocou a indústria americana em uma posição de incontestável liderança econômica e artística – que ela manteria até o advento do som e, em certos aspectos, para sempre.

FORMAÇÃO DA INDÚSTRIA CINEMATOGRÁFICA AMERICANA I

No dia 14 de abril de 1894, o primeiro salão de cinetoscópios foi inaugurado pelos irmãos Holland no nº 1155 da Broadway em Nova York, marcando o início comercial da indústria do cinema nos Estados Unidos.

Thomas Alva Edison

William Kennedy Laurie Dickson

O cinetoscópio era uma máquina na qual um filme de 50 pés (=15,25m) de comprimento e 35 mm de largura, com duração de mais ou menos 20 segundos, podia ser visto por uma pessoa de cada vez, olhando pela abertura de uma caixa de 1,40m de altura. Essa máquina e a câmera que a supria de filmes, denominada cinetógrafo, foram aperfeiçoadas nos laboratórios de Thomas Alva Edison perto de West Orange, New Jersey, pelo seu assistente William Kennedy Laurie Dickson, que foi auxiliado por Charles A. Brown e depois William Heise.

O Cinetoscópio

Entre os primeiros filmes, feitos no estúdio apelidado de “Black Maria” (porque diziam que se assemelhava a um carro de presos ou camburão), incluiam-se: Blacksmith Scene, mostrando três empregados de Edison martelando em uma bigorna e passando uma garrafa de cerveja entre si enquanto trabalham; Edison Kinetoscopic Record of a Sneeze, um close-up de outro empregado de Edison, Fred Otto, encarando a câmera no processo de espirrar; Sandow the Strongman, o famoso homem forte austríaco Eugene Sandow exercitando seus músculos privilegiados em várias posições; Annabelle Butterfly Dance e Annabelle Serpentine Dance executadas por Annabelle Moore; Carmencita Spanish Dance, com a espanhola Carmencita (que havia se tornado uma estrela no vaudeville) exibindo-se em uma dança provocante diante da câmera etc.

Black Maria

Blacksmith Scene

Record of a Sneeze

Eugene Sandow

Annabelle Butterfly Dance

Carmencita

Os salões de cinetoscópios continham duas fileiras de cinco máquinas. O espectador pagava 25 centavos, e ia passando de uma máquina para outra, cada qual com um filme diferente. Se quisesse ver os filmes das dez máquinas, pagava o dobro do ingresso, que logo foi substituído por um sistema automático, no qual o espectador colocava uma moeda na máquina para fazê-la funcionar. Os filmes eram bem primitivos, tanto no conteúdo quanto na forma, mostrando, na sua maioria, performances rápidas de artistas do vaudeville ou do circo, captadas por uma câmera estática. Os cinetoscópios também foram instalados em galerias, verdadeiros centros de diversão (penny arcades) nos quais outros dispositivos de entretenimento, inclusive fonógrafos e máquinas caça-níqueis, custavam um penny, ou seja, um centavo.

Salão de cinetoscópio

A Edison Manufacturing Company começou vendendo os cinetoscópios no mercado aberto. Após algum tempo, um consórcio de empreendedores, que se tornou conhecido como Kinetoscope Company, tendo à frente Norman C. Raff e Frank R. Gammon, adquiriu os direitos para a venda de franquias territoriais nos Estados Unidos e Canadá. Ao mesmo tempo, Frank Z. Maguire e Joseph D. Baucus obtiveram permissão para vender e explorar os cinetoscópios no exterior. Eles fundaram a Continental Commerce Company e iniciaram suas atividades em Londres, expandindo-as em seguida para outras cidades européias.

Corbett x Courtney

Um terceiro grupo, denominado Kinetoscope Exhibition Company, formado por Woodville Latham, seus filhos Otway e Gray e Enoch J. Rector, entrou em negociação com Edison para mostrar lutas de boxe nos cinetoscópios. Utilizando máquinas maiores, com a capacidade aumentada para 150 pés (=45,72m), a firma alcançou muito sucesso com a apresentação do combate entre o campeão de pesos pesados James Corbett e Peter Courtney – cada máquina exibindo um assalto. Corbett, o pugilista bonitão e elegante apelidado de Gentleman Jim, foi a primeira celebridade do mundo a assinar um contrato de exclusividade para o cinema (ou quase-cinema). Ficou decidido que a luta deveria ter precisamente seis assaltos de um minuto cada um e que o sexto assalto deveria ser concluído com um belo nocaute dado pelo astro, James Corbett. Este combate arranjado com antecedência foi o predecessor da construção dramática de um filme, o primeiro passo para fazer as coisas acontecerem para a câmera, em vez de simplesmente filmar os acontecimentos.

Cinetofone

Os negócios com o cinetoscópio prosperaram durante algum tempo, mas logo as vendas começaram a cair. Edison tentou reerguê-las com o lançamento do cinetofone, combinando o cinetoscópio como o fonógrafo, também inventado por ele em 1877. No cinetofone, o espectador olhava as imagens e escutava simultaneamente, através de um fone de ouvido, uma gravação mal sincronizada de um acompanhamento musical. Os assuntos eram sempre danças ou números musicais. Por exemplo, em um filme nunca exibido comercialmente, identificado como Dickson Experimental Sound Film, vemos W. K. L. Dickson tocando violino e dois homens dançando. Entretanto, o cinetofone não obteve o sucesso esperado.

As encomendas do cinetoscópio diminuiram não somente porque o invento deixara de ser uma novidade como também porque outros interesssados na sua exploração, tanto no âmbito doméstico quanto no exterior, haviam obtido imitações das máquinas e as venderam a preços baixos, causando prejuízo aos investidores originais.

Os Irmãos Lumière

Àquela altura, pelos esforços simultâneos dos irmãos Auguste e Louis Lumière (cinematógrafo) na França; Robert William Paul (teatrógrafo, depois denominado animatógrafo) na Inglaterra; Max Skladanowsky (bioscópio) na Alemanha; Woodville Latham, seus filhos Otway e Gray e Enoch J. Rector, auxiliados por W.K.L. Dickson e Eugene Lauste (eidoloscópio); C. Francis Jenkins e Thomas Armat (fantoscópio / vitascópio); W.K.L. Dickson (biógrafo), Edison (projetoscópio ou cinetoscópio projetor) nos Estados Unidos, o projetor de filmes se tornou uma realidade comercial dois anos depois da inauguração do cinetoscópio, surgindo ainda outros  projetores no mercado norteamericano como: magniscope (Edward Hill Amet), kalatechnoscope (William Paley), cineograph (Lubin), polyscope (Selig), optigraph (Enterprise Optical Company), cameragraph (Nicholas Power), projectograph (Nicholas Dresser) etc.

A primeira apresentação de filmes projetados nos Estados Unidos deu-se no dia 21 de abril de 1895, na Frankfort Street em Nova York, nos escritórios da Lambda Company (depois denominada Eidoloscope Company), que passou a explorar o eidoloscópio. Este invento teve o mérito de utilizar um pequeno dispositivo, que resolveu o problema prático da ruptura dos filmes de um certo tamanho, porém a qualidade da projeção era insatisfatória e, abalada por divergências internas, a empresa não conseguiu sobreviver.

VItascópio

Koster and Bial’s Music Hall

O primeiro projetor de sucesso no país foi o vitascópio, que estreou no dia 23 de abril de 1896 no Koster and Bial’s Music Hall na rua 34 com Broadway em Nova York. Entre as seis cenas mostradas, salientou-se Rough Sea at Dover, filmada  na Inglaterra por Birt Acres. Embora anunciado como a “última maravilha” de Edison, ele fora na verdade inventado por C. Francis Jenkins e Thomas Armat. Após uma desavença entre esses dois inventores, Armat se tornou dono exclusivo da patente do fantoscópio – como era denominado o aparelho, antes de ser aperfeiçoado por Armat  e receber a denominação de vitascópio – e fez um acordo com Raff, Gammon e Edison. Este comprometeu-se a fabricar as máquinas e a fornecer os filmes. Raff e Gammon, entendendo que os investidores e o público aguardavam pelo projetor que Edison lhes prometera em várias ocasiões, queriam ligar o nome do famoso inventor ao vitascópio, porque assim teria melhores condições de prosperar comercialmente. Armat e Edison concordaram. Doravante o aparelho ficou conhecido como o “vitascópio de Edison” e um dos filmes mais populares foi The May Irwin Kiss, com dois atores do teatro, May Irwin e John C. Rice, reencenando o climax da comédia musical “The Widow Jones”, quando a viúva e Billie Bikes se beijam.

Thomas Armat

Francis Jenkins

May Irwin Kiss

Em 29 de junho, apenas dois meses após a estréia do vitascópio, o cinematógrafo dos irmãos Lumière foi lançado no Keith’s Union Square Theatre. A máquina inventada por Auguste e Louis Lumière e exibida publicamente pela primeira vez em 28 de dezembro de 1895 no Grand Café do Boulevard des Capucines em Paris, era mais versátil (usada como câmera, projetor e copiadora) e portátil (relativamente leve e acionada manualmente, não dependendo de uma fonte de eletricidade). A facilidade de deslocamento do cinematógrafo permitia a filmagem de cenas de regiões distantes e exóticas e personagens importantes de todo o mundo. Por outro lado, com a câmera / projetor / copiadora, os cinegrafistas dos Lumière podiam filmar instantâneoss nos próprios lugares onde estivessem, tirar cópia dos filmes e exibí-los no mesmo dia, à noite. Esses filmes “de viagens” e de “atualidades locais” deram à firma francesa uma evidente vantagem em termos de competição.

Cinematógrafo

Ainda no mesmo ano, em 12 de outubro, foi lançado o biógrafo, pela American Mutoscope Company, depois renomeada American Mutoscope and Biograph Company, e frequentemente chamada de Biograph. Essa companhia foi fundada em 1895 por Elias B. Koopman, Harry N. Marvin, Herman Cassler e o ex-empregado de Edison, W.K.L. Dickson, e fabricou uma máquina denominada mutoscópio (que usava cartões com imagens fotográficas em vez de tiras de filmes), para competir com o cinetoscópio. Quando o negócio dos cinetoscópios começou a enfrentar dificuldades, o grupo K.M.C.D. (como eles se intitulavam usando as iniciais de seus últimos nomes), construiu o biógrafo, um projetor capaz de mostrar imagens significativamente maiores (70 mm) e mais nítidas do que as de seus precursores.

Mutoscópio

Biógrafo

No momento em que a viabilidade comercial da projeção de filmes ficou comprovada, Edison construiu o seu próprio projetor (projetoscópio ou cinetoscópio projetor) e se separou de Raff e Gammon, vendendo seu aparelho para qualquer pessoa e sem restrições geográficas. Este lance audacioso assinalou o retorno de um Edison mais agressivo. Seus advogados propuseram uma série de ações judiciais contra os concorrentes, alegando que todos os inventores e fabricantes de equipamentos fílmicos e todos os produtores dos Estados Unidos estavam operando com infringência dos direitos de patente que seu constituinte havia assegurado para o cinetoscópio. As principais companhias produtoras (além da Edison e da Biograph surgiram a Vitagraph, Selig, Lubin, Kalem, Essanay etc.), por sua vez, possuíam suas patentes e sustentavam que poderiam continuar operando sem o consentimento de Edison. Elas contestaram as ações de Edison e ao mesmo tempo litigaram entre si, resultando uma enxurrada de processos. Assim se iniciou a chamada Guerra das Patentes, que duraria 11 anos, de 1897 a 1908.

O vitascópio e o cinematógrafo foram inaugurados em teatros de vaudeville como uma das atrações do espetáculo – uma dúzia de filmes, ainda bem curtos, compondo um dos oito números de variedades do programa. Nos anos 1890, foram formados os circuitos tipo Keith, Pantages, Orpheum etc. que, para manterem seus teatros cheios, buscavam sempre novidades.  Como os números que agradavam mais eram os espetáculos visuais – marionetes, produção de sombras com as mãos, “atores” imóveis em poses recriando quadros ou estátuas famosos, apresentação de lanternas mágicas – era natural que os filmes fossem incluídos nos programas.

As companhias que exploravam os projetores foram atraídas pelo vaudeville porque este permitia acesso fácil a um grande público receptivo, notadamente da classe média. Centenas de teatros de costa a costa divertiam mais de um milhão de pessoas por semana, dispensando aquelas empresas de gastarem seu capital de investimento na construção de prédios. O vaudeville ajudou a popularizar os filmes através dos Estados Unidos e serviu como campo de experimentação para os futuros líderes da indústria do cinema.

Historiadores – como Tom Gunning – descrevem esse “cinema e atrações”como um cinema essencialmente “exibicionista”, pois dava mais ênfase à exibição do que à narração.  A maioria dos filmes feitos nesse período eram atualidades ou filmes de truques, nos quais as técnicas da câmera lenta, movimento invertido, substituição etc. eram usadas para encenar núneros de “mágica”. Somente em 1906 a percentagem de filmes narrativos (story films) começou a crescer. Ao contrário dos filmes de atualidades, que dependiam da ocorrência ocasional de acontecimentos reais, os filmes que continham elementos ficcionais podiam ser criados pelos próprios estúdios, garantindo a regularidade da produção. Em 1908, 98% dos filmes contavam histórias.

É preciso esclarecer que os teatros de variedades não foram os únicos locais de projeção de filmes. Exibidores itinerantes percorriam as cidades do interior, exibindo filmes em tendas, circos, parques de diversão, escolas, clubes etc.  Em 1896, Lyman H. Howe organiza a primeira exibição itinerante de fimes pelo interior do país. O maior problema (salvo no caso do cinematógrafo) era o da eletricidade, pois a corrente ou voltagem do motor que fazia o projetor funcionar era quese sempre incompatível como o sistema elétrico de determinadas municipalidades. Em certos casos, a força tinha de ser puxada das linhas de bonde. Como os bondes necessitavam de uma voltagem alta, o projetor ficava sobrecarregado, submetendo o projecionista a choques dolorosos. Em muitas cidades simplesmente não havia eletricidade.

Tallys Electric Theater

Nos grandes centros urbanos, outros empreendedores preferiram transformar os antigos salões de cinetoscópios nos chamados electric theaters, theatoriumse, mais frequentemente, nickelodeons(uma referência ao preço da entrada de cinco centavos), que foram os primeiros cinemas, dedicados exclusivamente à exibição de filmes. Em 1902, Thomas L. Tally inaugurou o Electric Theater em Los Angeles e logo outros cinemas “elétricos” se espalharam pelo país. Entretanto, em 1905, inicialmente nas cidades industriais do Meio-Oeste como Pittsburgh e Chicago, foram abertas, respectivamente por Harry Davis e Eugene Cline, as primeiras salas que ficaram conhecidas como nickelodeons. Muitos futuros magnatas da indústria de cinema (incluindo Carl Laemmle, Louis B. Mayer, Adolph Zukor e William Fox) começaram suas carreiras como donos ou gerentes de nickelodeons.

Hale’s Tour

Uma outra forma de exibição de filmes, que surgiu simultâneamente como os nickelodeons, foi idealizada por George C. Hale, ex-comandante do Corpo de Bombeiros de Kansas City. Hale construiu uma sala como se fosse um vagão ferroviário, decorada internamente como um carro de passageiros, incluindo o bilheteiro. Essa atração, chamada Hale’s Tour and Scenes of the World, começava com uma batida de sinos e o balanço mecânico da sala, simulando o movimento de um trem. As luzes se apagavam e filmes de paisagens, que haviam sido filmadas da plataforma traseira de uma composição verdadeira em alta velocidade, apareciam na tela.  A ilusão de viagem então era produzida para o deleite dos espectadores.

O espetáculo no nickelodeon durava cerca de uma hora e começava em geral com canções ou hinos patrióticos, ilustrados por slides coloridos de lanterna mágica (stereopticon), mostrando as letras das canções e poses de modelos representando trechos das mesmas. Quando um cantor cantava o estribilho dos hinos, a platéia era convidada a participar. Após essas illustrated songs, vinha uma série de filmes de um rolo (10 minutos), alguns já contando uma história ou condensando contos, poemas, óperas ou clássicos da literatura.

 

A música dos nickelodeons era executada ao vivo, geralmente por um pianista / organista ou por pianos, órgãos ou orquestras mecânicos, controlados da cabine de projeção. Algumas salas melhores tinham ainda um pequeno conjunto de cordas e uma equipe de contra-regras providenciando os efeitos sonoros. Outras, apresentavam o filme com atores atrás da tela, recitando os diálogos sincronizados com as imagens (havia uma companhia especializada neste serviço, a Humanophone Company) ou ao lado da tela, explicando a narrativa. Os gerentes que não podiam pagar narradores colocavam à disposição do público, no saguão, as sinopses enviadas pelos produtores na forma de boletins impresssos.

O pianista ou organista, acompanhava a ação do filme, antecipando uma cena de amor, uma perseguição cômica, uma cena de morte ou a corrida para o resgate do herói ou heroína no final da trama. Quando os produtores começaram a distribuir partituras para os músicos acompanharem os filmes, muitos músicos as rejeitaram e continuaram a tocar de acordo como o seu própro gosto ou da platéia. Os músicos e a platéia podiam assim alterar inteiramente o clima e o significado de uma cena. Um drama sério podia ser transformado em uma farsa.

O programa costumava ser interrompido por slides pedindo “As mulheres que estejam de chapéu, queiram por favor retirá-los, para que os outros possam ver. Ou: “Por favor, não ande pesadamente – o assoalho pode ceder”. Ou ainda: Não é permitido falar alto ou assobiar”. No intervalo, um outro aviso comunicava aos espectadores que não seria permitido o assédio a mulheres desacompanhadas: “Se você for molestada enquanto estiver aqui, por favor informe à gerência”. Havia também frequentes interrupções para reparar o filme que se rompia  – acompanhadas por vaias, aplausos e o barulho de pés batendo no chão.

A maioria dos nickelodeons  empregava apenas um projecionista, que trabalhava 12 horas por dia em condições insalubres (a cabine era uma verdadeira fornalha) e perigosas (o nitrato dos filmes inflamava-se facilmente) e ainda tinha de varrer a sala, colocar os cartazes de propaganda na rua antes de começar a sessão, apanhar os filmes na distribuidora ou na estação de trem, e devolver os que já tinham sido usados. Algumas vezes, o projecionista mudava a velocidade do filme ou o passava de trás para a frente, para divertir o público. O projecionista não somente desepenhava um papel criativo crucial, como também era um técnico altamente habilidoso, que podia facilmente se tornar um cameraman: Edwin S. Porter, Billy Bitzer e Albert Smith, por exemplo, estavam entre os muitos projecionistas americanos que mais tarde se tornaram operadores de câmera.

Cabine Projeção em um Nickelodeon

O preço baixo dos ingressos e a duração breve do programa atraíram para os nickelodeons as classes trabalhadoras, nas quais se incluiam os imigrantes. Elas, que haviam conhecido apenas as galerias dos teatros, subitamente sentavam-se na platéia, compartilhando uma experiência coletiva em igualdade de condições com as diferentes classes socioeconômicas de que se compunha o público.

Entretanto, os donos das salas preferiam acolher as classes de maior renda e com mais tempo livre para o lazer, que só viam os filmes nos espetáculos de vaudeville suntuosos (big time vaudeville), em museus de curiosidades como o Eden Musee de Nova York, em programas patrocinados por organizações religiosas ou nas palestras ilustradas (geralmente sobre viagens) de certos conferencistas. Alguns empresários construíram espaços mais limpos e confortáveis que, pelo preço de 10 centavos ou mais, ofereciam um programa misto de filmes e números de vaudeville bem simples, executados por um ou dois artistas por causa da exiguidade de espaço (small time vaudeville). Como vimos anteriormente, já havia existido vaudeville com filmes. A mudança agora estava nas proporções: os filmes foram cada vez mais ocupando a maior parte do programa.

Enoch J. Rector

Corbett x Fitzsimmons

Quando o programa único se tornou comum durante os anos 1897-1898, dois gêneros distintos se impuzeram: lutas de boxe e representações dramáticas da paixão de Cristo (passion plays). O filme de luta de boxe mais famoso foi The Corbett-Fitzsimmons Fight rodado por Enoch. J. Rector com 3 câmeras usando um filme de 63mm (tela larga) e exibido pelo projetor Veriscope, construído especialmente para esta filmagem. Muito conhecida foi a reprodução do drama bíblico tradicionalmente encenado em Ober-Ammergau na Alemanha, produzida por Richard Hollaman (presidente do Eden Museen), dirigida por Henry C. Vincent e fotografada por William Paley no terraço do Grand Central Palace em Nova York.

Passion Play

Até 1912, o cinema ainda era uma pequena indústria, e não se podia distinguir uma organização da produção, da distribuição e da exibição. Os filmes eram vendidos diretamente aos exibidores. Um exibidor pagava 50 dólares ou mais por um filme, que ele exibia até que saturasse o mercado ou que o filme ficasse danificado. Esse método de distribuição obviamente não encorajava a expansão da indústria, pois os custos dos filmes permaneciam relativamente altos em comparação como o seu potencial para gerar renda. Quando a demanda aumentou, os exibidores perceberam que tinham de mudar seus produtos várias vezes por semana e até diariamente. Um meio de superar o problema foi trocar filmes entre eles, para dividir os custos; mas a solução final só ocorreu quando foram criadas as distribuidoras. Harry e Herbert Miles, em San Francisco, organizaram a primeira distribuidora em 1903. Eles compravam um lote de filmes e o alugavam aos exibidores por um quinto do preço do catálogo. A idéia funcionou, para satisfação de todos, e, em 1907, 150 distribuidoras estavam em operação, servindo a todas as áreas do país.

Além das grandes empresas, havia centenas de firmas empenhadas em produzir filmes, importá-los da Europa, ou ainda distribuir e comercializar os filmes domésticos  ou estrangeiros. Outras firmas e particulares se consagraram a inventar  e vender câmeras, projetores e outros instrumentos para fotografar, revelar, copiar e exibir filmes.Uma das práticas comuns era o duping de negativos: um distribuidor ou exibidor alugava uma cópia positiva, mandava para um laboratório clandestino e tirava um negativo fotografado do positivo. Para evitar essa prática, alguns produtores tentaram por algum tempo o expediente de pintar suas marcas nos cenários (e até em árvores, quando a cena era filmada em exteriores) e fotografá-las nas suas produções, esperando – em vão – que o reconhecimento pelo público do seu produto pudesse amendrontar os “espertos”. A marca da Vitagraph era um “V” alado; a da Lubin, uma campainha; a Biograph usava um AB; a Kalem, um sol etc.

Outros exibidores ardilosos, que possuíam mais de um nickelodeon, alugavam um filme para exibição em uma de suas salas, mas planejavam a programação de duas ou mais salas de modo que um boy pudesse ir de bicicleta de uma sala para outra com o filme debaixo do braço. Assim, a sala A exibia um filme às sete horas; a sala B, às oito; a sala C, às nove e, com sorte, o filme chegava à sala D às dez. Ou seja, eles só pagavam o aluguel referente à exibição em uma sala.

Em dezembro de 1908, depois de muitas brigas envolvendo centenas de processos, os representantes das nove companhias principais – Edison, Biograph, Vitagraph (J. Stuart Blackton, Albert E. Smith, William T. Rock), Essanay (George K. Spoor, Gilbert M. Anderson), Kalem (George Kleine, Samuel Long, Frank Marion), Selig (William N. Selig), Lubin (Sigmund Lubin) e as firmas francesas Pathé Frères e Star Film / Méliès (pois os Lumière já haviam saído do Mercado) – juntamente com a Kleine Optical de George Kleine, um importador de filmes, compreendendo que estavam gastando uma fortuna com custos judiciais e que com essa guerra a indústria não podia progredir, assinaram um acôrdo de paz.

Líderes da Motion Picture Patents Company

Sob a liderança conjunta de Edison-Biograph, as companhias se associaram em um consórcio intitulado Motion Picture Patents Company – MPPC e fizeram um pool de 16 patentes pertencentes a todos os produtores, que cobriam filmes, câmeras e projetores, estabelecendo o pagamento de royalties em troca de licenças para o uso dessas patentes. O consórcio entrou em acordo com a Eastman Kodak, a única fabricante de filme virgem de 35 mm de qualidade comercial nos Estados Unidos, que passou a vender sua matéria-prima somente para as produtoras licenciadas. Estas só poderiam alugar (a MPPC acabou com a venda, inclusive para evitar a circulação de cópias estragadas) seus filmes para as distribuidoras licenciadas. As distribuidoras, por sua vez, só poderiam relocar os filmes para os exibidores licenciados. E estes só poderiam usar os projetores patenteados. Toda distribuidora  e exibidor que infringisse essas regras seria excluído do consórcio.

Apesar dessa primeira tentativa de concentração, os produtores e distribuidores independentes continuaram seus negócios, facilitados pela procura crescente de filmes. Um distribuidor de Chicago, Carl Laemmle, desligou-se do truste, importando filmes de produtores europeus não comprometidos com a MPPC e formando sua companhia produtora, Independent Motion Picture Company (IMP), na qual usava o filme virgem dos Lumière então disponível nos Estados Unidos. Além da IMP, surgiram outras companhias independentes como a Centaur (David Horsley); Crescent (Fred Balshofer); New York Motion Picture Company (Fred Balshofer, Adam Kessel, Charles Bauman) com as marcas registradas Bison e depois Kay Bee; Thanhouser (Edwin Thanhouser); Powers (Pat Powers); Nestor (David Horsley); Defender (Wiliam Swanson, Edwin S. Porter, Joseph Engel) com a marca Rex Pictures; American Film Manufacturing (John R. Freuler, Samuel Hutchinson) com a marca Flying A, oferecendo também as comédias Beauty e Vogue, os westerns Mustang e os dramas Clipper; Champion (Mark Dintenfass); Solax (Alice e Herbert Blaché); Majestic (Harry Aitken, Thomas Cochrane); Reliance (Charles Baumann, Adam Kessel); Keystone (Mack Sennett) etc.

Para entrar no mercado, o movimento independente decidiu enfrentar o truste nos seus próprios termos, ou seja, oferecendo programas completos de filmes de um rolo aos cinemas. Foi criada uma distribuidora nacional, Motion Picture Distributing and Sales Company, que depois se dividiria em duas distribuidoras rivais, a Mutual-Film Supply Company (organizada por John R. Freuler e Harry Aitken) e a Universal Film Manufacturing Company (sob a liderança de Carl Laemmle), cada qual com uma dúzia de produtores alinhados com elas, garantindo o suprimento regular do produto. Os programas podiam ser compostos por uma comédia, um western, possivelmente um documentário, e um drama – fornecidos pelos diversos produtores, cada qual especializado em um tipo de filme.

 

Pouco antes da criação da distribuidora dos independentes, o truste havia constituído a General Film Company, uma subsidiária para organizar, em base nacional, a distribuição de filmes licenciados. A General Film comprou a maioria das distribuidoras e eliminou muitas outras, cassando a liberação de filmes para elas. Apenas uma distribuidora resistiu – a Greater New York Film Rental Company, de William Fox. Fox recusou-se a vender sua firma, começou a produzir filmes e entrou com uma ação contra a MPPC. Esta ação não foi decisiva para a derrota do truste, porém desencadeou o caso United States vs. Motion Pictures Patents Company, que iria dissolver formalmente o monopólio em 1918 com base na Lei Sherman Antitruste.

A decisão final, porém, foi quase irrelevante, pois o truste já havia sido derrotado por outros fatores: 1. A deserção da Eastman Kodak, que voltou a vender seus filmes virgens também para os independentes; 2. A perda de suas receitas no exterior devido ao início das hostilidades da Primeira Guerra Mundial; 3. A sua política de não aceitar financiamento dos banqueiros de Wall Street, confiando demais nos próprios recursos; 4. A animosidade entre os licenciados; 5. A competição acirrada com os independentes.

A batalha entre o truste e os independentes para controlar um mercado imensamente lucrativo e em crescimento gerou resultados positivos para o desenvolvimento de toda a indústria cinematográfica: 1. A introdução do estrelismo (star system) e do filme de longa-metragem (feature film); 2. A construção de cinemas maiores e mais luxuosos (movie palaces); e 3. A transferência do centro de produção para Holywood.

 

 

CONTRIBUIÇÃO HÚNGARA PARA O CINEMA MUNDIAL CLÁSSICO II

ATRIZES:

Elisabeth Bergner

Elisabeth Bergner (1897-1986). Trabalhou na Alemanha, Inglaterra, quase sempre sob a direção de seu marido Paul Czinner. Fimes:  Nju-Eine unverstande Frau/ 1924 com Emil Jannings, Conrad Veidt; Der Geiger von Florenz/ 1926 com Conrad Veidt, Nora Gregor; Amores de Duquesa/ 1927 com Agnes Esterházy; Doña Juana/ 1938 com Walter Rilla; Fräulein Else/ 1929 com Albert Basserman; Catarina , a Grande/ The Rise of Catherine the Great/ 1934 com Douglas Fairbanks Jr., Flora Robson; Contudo És Meu/ Escape Me Never/ 1935 com Hugh Sinclar; Como Gosteis/ As You Like It/ 1936 com Laurence Olivier; Lábios Pecadores/ Dreaming Lips/ 1937 com Raymond Massey; Vida Roubada / Stolen Life / 1939 com Michael RedgaveParis Está Chamando/ Paris Calling  /1941 com Randolph Scott (Dir: Edwin L. Marin).

Eva Gabor

Eva Gabor (1919-1995). Nome verdadeiro: Éva Gábor.  Trabalhou nos EUA. Filmes: Aterrisagem Forçada/ Forced Landing/ 1941 com Richard Arlen (Dir: Gordon Wiles); Pecado de Amor/ Song of Surrender/1949 com Wanda Hendrix, Claude Rains (Dir: Mitchell Leisen ; A Máscara do Mágico/ The Mad Magician/ 1954 com Vincent Price (Dir: John Brahm); A Última Vez Que Ví Paris/ The Last Time I SawParis/ 1954 com Elizabeth Taylor, Van Johnson, Walter Pidgeon (Dir: Richard Brooks); Artistas e Modelos/ Artists and Models/ 1955 com Jerry Lewis, Dean Martin, Shirley MacLaine (Dir: Frank Tashlin);  aparição não creditada em A Marca da Maldade/ Touch of Evil/ 1958  (Dir: Orson Welles).

Eva Todor

Eva Todor (1919-2017). Nome verdadeiro: Éva Fodor. A grande estrela do teatro brasileiro, trabalhou em Portugal, Brasil. Filmes: Os Dois Ladrões/ 1960 com Oscarito, Cyll Farney (Dir: Carlos Manga); Pão Amor e …  Totobola/ 1964 com Perla Cristal (Dir: Henrique Campos). Nos anos 2003 e 2008 (que estão fora do período clássico de que estamos tratanto, mas, só por curiosidade), Eva participou ainda de Xuxa Abracadrabra com Xuxa Meneghel (Dir: Moacyr Góes) e Meu Nome Não é Johnny/ 2008 com Selton Melo (Dur: Mauro Lima).

Franciska Gaal

Franciska Gaal (1903-1973). Nome verdadeiro: Franciska Silberspitz. Trabalhou na Alemanha, Áustria, EUA. Filmes: Pimenta Malagueta/ Paprika/ 1932 com Paul Hörbiger (Dir: Carl Boese); Mãezinha / Kleine Mutti / 1935 com Bandi (Dir: Herman Kösterlitz; Desfile de Primavera/ Früjahrsparade/ 1934 com Paul Hörbiger (Dir: Géza von Bolváry); Eva de Calças/ Peter/ 1934 com Felix Bressart (Dir: Herman Kösterlitz); A Pequena Encantada/ Csibi der Fratz/ 1934 com Herbert Hubner (Dir: Max Neufeld, Richard Eichberg); A Pequena Endiabrada/ Fräulein Lilli/1936 com Hans Jaray (Dir: Hans Behrendt); Lafitte, o Corsário/ The Buccaneer/ 1938 com Fredric March (Dir: Cecil B. DeMille); Três Horas de Amor/ The Girl Downstairs/ 1938 com Franchot Tone (Dir: Norman Taurog); Lua de Mel em Paris/Paris Honeymoon/ 1939 com Bing Crosby, Shirley Ross, Edward Everett Horton (Dir: Frank Tuttle).

Ica von Lenkeffy

Ica von Lenkeffy (1896-1955). Trabalhou na Alemanha, Austria, França. Filmes: Boccacios Liebesnächte/ 1920 com Paul Lukas (Dir: Michael Kertesz); Othello/ 1922 com Emil Jannings, Werner Krauss (Dir: Dimitri Buchowetzki); Die Erbin vonTordis/ 1924 com Paul Hartmann (Dir: Robert Dinesen); Fräulein Fran/ 1928 com Renati Renee, Albert von Kestern (Dir: Hans Theyer); Yvette/ 1928 com Thomy Bourdelle, Blanche Bernis (Dir: Alberto Cavalcanti); Souris d’Hôtel/ 1929 com Suzanne Delmas, Arthur Pusey (Dir: Adelqui Millar).

Ilona Massey

Ilona Massey (1910-1974). Nome verdadeiro: Ilona Hajmássy. Trabalhou na Áustria, EUA. Anunciada como “a nova Dietrich”. Filmes: Der Himmel auf Erden/ 1935 com Heinz Rühman (Dir: E. W. Emo); Zirkus Saran/ 1935 com Leo Slezak (Dir: E. W. Emo);Rosalie/ Rosalie/ 1937 com Nelson Eddy, Eleanor Powell   (Dir: W. S. Van Dyke); Balalaika/ Balalaika/ 1939 com Nelson Eddy (Dir: Reinhold Schunzel): Serenata do Amor/ New Wine/ 1941 com Alan Curtis  (Dir: Reinhold Schunzel); Sedutora Intrigante/ International Lady/ 1941 com George Brent (Dir: Tim Whelan); Espião Invisível/ Invisible Agent/ 1942 com John Hall, Peter Lorre; Frankenstein  encontra o Lobishomem/ Frankenstein Meets the Wolf Man/ 1943 com Patrick Knowles, Bela Lugosi, Lon Chaney Jr. (Dir: Roy William Neill); Romance no México/ Holiday in Mexico/ 1947 com Walter Pidgeon, Jane Powell (Dir: George Sidney);   Canção de Duas Vidas/ Northwest Outpost/ 1947  com Nelson Eddy (Dir: Allan Dwan); Os Salteadores/ The Plunderers/ 1948 com Rod Cameron (Dir: Joseph Kane); Loucos de Amor/ Love Happy/ 1949 com os Irmãos Marx (Dir: David Miller).

Kate von Nagy

Käthe von Nagy (1904-1973). Nome verdadeiro: Ekaterina Nagy von Cziser. Trabalhou na Itália, Alemanha, França, Áustria. Filmes: Rotaie / 1929 com Mauricio D’Ancora(Dir: Mario Camerini); Noite / Ich bei Tag und du bei Nacht/ 1932 com Willy Fritsch (Dir: Ludwig Berger); Quero Ser Uma Grande Dama/ Un Jour Viendra/ 1934 com Jean-Pierre Aumont – versão francesa de Einmal eine grosse Dame sein/ 1934 (Dir: Gerhard Lamprecht); Rosas Vienenses/ Der juge Baron Neuhaus  / 1934 com Viktor de Kowa (Dir: Gustav Ucicky); Turandot / Turandot / 1935 com Pierre Blanchar – versão francêsa de Prizessin Turandot/ 1934 (Dir: Gerhard Lamprecht); Glória de um Império/ La Route Imperiale/ 1935 com Pierre Richard-Willm (Dir: Marcel L’Herbier);  Cargaison Blanche/ 1937 com Jean-Pierre Aumont, Jules Berry (Dir: Robert Siodmak).

Lucy Doraine

Lucy Doraine (1898-1989). Nome verdadeiro: Ilona Kovács. Trabalhou na Áustria. Alemanha, EUA. Filmes: Cherchez la Femme/ Herzogin Satanellacom Alphons Fryland (Dir: Michael Curtiz como Michael Kertész); Sodoma e Gomorra/ Sodom und Gomorrha/ 1922 com Victor Varconi (Dir: Michael Curtiz como Mihaly Kertész); Desilusão/ Finale der Liebe/ 1925 com Nils Asher (Dir: Felix Basch); Der Prinz und die Tänzerin/ 1926 com Hans Albers (Dir: Richard Eichberg); A Última Cartada/ Eheskandal im House Fromont/ 1927 com Nora Gregor (Dir: A. W. Sanberg); Adoração/ Adoration  / 1928 com Billie Dove, Antonio Moreno (Dir: Frank Lloyd); Christina / Christina/ 1929 com Janet Gaynor, Charles Morton (Dir: W. K. Howard).

Lya de Putti

Lya de Putti (1897 -1931. Nome verdadeiro: Amália Putti. Trabalhou na Alemanha, Inglaterra, EUA. Filmes: Othello/Othelllo/ 1922 com Emil Jannings (Dir: Dimitri Buchowetski); Phantom/ 1922 com Alfred Abel, Lil Dagover (Dir: F. W. Murnau); Terra em Fogo/ Der brennende Acker/ 1922 com Werner Krauss, Eugen Klöpfer (Dir: F. W. Murnau); Varieté/Varieté/ 1925 com Emil Jannings (Dir: E.A. Dupont); Romance de Comediantes/ Komödianten/ 1925 com Eugen Klöpfler (Dir: Karl Grune); Tristezas de Satanás/ The Sorrows of Satan/ 1926 com Adolphe Menjou, Carol Dempster (Dir: D. W. Griffith); Manon Lescaut/ Manon/ 1926 com Vladimir Bajdarov (Dir: Arthur Robinson); A Dama Escarlate/ The Scarlet Lady/ 1928 com Don Alvarado, Warner Oland (Dir: Alan Crosland); Almas das Ruas/ The / 1929 com Lars Hanson (Dir: Arthur Robison).

Maria Corda

Maria Corda (1898-1976). Nome verdadeiro: Mária Antónia Farkas. Trabalhou na Áustria, Itália, Alemanha, Inglaterra, EUA. Filmes: Samson und Delila/ 1922 com Franz Herterich (Dir: Alexander Korda); Lua de Israel/ Die Slavenkönigin/ 1924 com Adelqui Millar, Arlette Marchal  (Dir: Michael Curtiz como Michael Courtice); Os Últimos Dias de Pompéia/ Gli Ultimi Giorni di Pompei/ 1926 com Victor Varconi, Rina De Liguoro (Dir: Carmine Gallone, Amleto Palermi);  A Vida Privada de Helenade Tróia/ The Private Life of Helen of Troy/ 1927 com Lewis Stone, Ricardo Cortez  (Dir: Alexander Korda); O Amor e o Demônio/ Love and the Devil  / 1929 com Milton Sills (Dir:  Alexander Korda).

Marika Rokk

Marika Rokk (1913-2004). Nascida no Cairo, mas criada em Budapeste. Nome verdadeiro: Marie Karoly Charlotte Rökk. Trabalhou na Inglaterra, Alemanha. Filmes: Why Sailors Leave Home/ 1930 com Leslie Fuller (Dir: Monty Banks); O Estudante Mendigo/ Der Bettelstudentcom Fritz Kemper (Dir: Georg Jacoby); Gasparone/ Gasparone  / 1937 com Johannes Heesters (Dir: Georg Jacoby); Ritmo Ardente/ Und du maien Schatz fährst mit (de)/ 1937 com Hans Sönker (Dir: Georg Jacoby); Alô, Janine !/ Hello Janine/ 1939 com Johannes Heester (Dir: Carl Boese); Noite de Baile/ Es war eine raushende Ballnacht/ 1939 com Zarah Leander, Hans Stüwe (Dir: Carl Froelich); Kora Terry/ 1940 com Will Quadflieg (Dir: Georg Jacoby); Frauen sind doch bessere Diplomaten/ 1941 com Willy Fritsch (Dir: Georg Jacoby).

Sacy von Blondell

Sacy von Blondel(1897-1983). Nome verdadeiro: Megyery Sári. Trabalhou na Alemanha. Filmes: Ramara(série Phantomas)/ 1916 com Erich Kaiser-Titz (Dir: Ernst Matray); Im Reich der Zwerge/ 1916 com Grete Weixler (Dir: Louis Neher); Verworrene Wege/ 1918 com Bruno Ziener (Dir: Eugen Illés); Das Testament des Joe Sivers/ 1922 com Hans Albers (Dir: Conrad Wiene); Der böse Geist/ 1922 com Hans Albers (Dir: Carl Wilhelm); Jeremias/ 1922 com Carl de V. Hundt (Dir: Eugen Illés).

Vilma Banky

Vilma Bánky (1910-1991). Nome verdadeiro: Vilma Koncsics. Trabalhou na   Alemanha, EUA. Filmes:Das schöne Abenteuer / 1924 com Manfred Noa (Dir: Georg Alexander); O Anjo das Sombras/ The Dark Angelcom Ronald Colman (Dir: George Fitzmaurice); O Águia / The Eagle/ 1925 com Rudolph Valentino (Dir: Clarence Brown); O Filho do Sheik/ Son of the Sheik/ 1926 com Rudolph valentine (Dir: George Fitzmaurice); Beijo Ardente/ The Winning of Barbara Worth/ 1926 com Ronald Colman, Gary Cooper (Dir: Henry King); A Noite de Amor/ The Night of Love/ 1927 com Ronald Colman (Dir: George Fitzmaurice); A Chama do Amor/ The Magic Flame/ 1927 com Ronald Colman (Dir: Henry King); Dois Amantes/ TwoLovers/ 1928 com Ronald Colman (Dir: Fred Niblo); O Despertar de uma Mulher/ The Awakening/ 1928 com Walter Byron (Dir: Victor Fleming); Mulher Ideal/ Lady to Love/ 1930 com Edward G. Robinson (Dir: Victor Sjostrom).

Zsa Zsa Gabor

Zsa Zsa Gabor (1917-2016). Nome verdadeiro: Sári Gábor. Trabalhou nos EUA, Alemanha, França, Inglaterra. Filmes: Moulin Rouge/ Moulin Rouge/ 1952 com Jose Ferrer (Dir: John Huston);Lili/ Lili/ 1953 com Leslie Caron (Dir: Charles Walters); O Inimigo Público nº1/ L’Enemi Public nº1 / 1953 com Fernandel (Dir: Henri Verneuil); Luz e Sangue/ Sang et Lumières/ 1953 com Daniel Gélin (Dir: Georges Rouquier); O Rei do Circo / Three Ring Circus / 1954 com Dean Martin, Jerry Lewis(Dir: Joseph Pevney);Destruí Minha Própria Vida/ Death of a Scoundrel/ 1956 com George Sanders, Yvonne De Carlo (Dir: Charles Martin); The Man Who Wouldn’t Talk/ 1957 com Anna Neagle (Dir: Herbert Wilcox); A Marca da Maldade/ Touch of Evil/ 1958  com Charlton Heston, Janet Leigh (Dir: Orson Welles); Rebelião dos Planetas/ Queen of Outer Space/ 1958 com Eric Fleming (Dir: Edward Bernds); Pela Primeira Vez/ For The First Time/ 1959 com Mario Lanza (Dir: Rudoph Mate).

ATORES:

Bela Lugosi

Bela Lugosi (1882-1956). Nome verdadeiro: Béla Ferenc Dezsö Blaskó. Trabalhou na Alemanha e EUA. Filmes: Der Januskopf / 1920 com Conrad Veidt (Dir: F. W. Murnau); Drácula / Dracula/ 1932 com Helen Chandler, David Manners (Dir: Tod Browning); Chandu, o Mágico/ Chandu the Magician/ 1932 com Edmund Lowe, Irene Ware (Dir: William Cameron Menzies);O Gato Preto/ The Black Cat/ 1934 com Boris Karloff (Dir: Edgar G. Ulmer); A Volta de Chandu/ The Return of Chandu/ 1934 com Maria Alba (Dir: Ray Taylor); As 12 Moedas de Confúcio/ The Mysterious Mr. Wong/ 1934 com Wallace Ford (Dir: William Nigh); A Marca do Vampiro/ Mark of the Vampire/ 1935 com Lionel Barrymore, Elizabeth Allan (Dir: Tod Browning); O Corvo/ The Raven/ 1935 com Boris Karloff (Dir: Lew Landers); O Filho de Frankenstein/ Son of Frankenstein/ 1939 com Boris Karloff, Basil Rathbone (Dir: Rowland V. Lee); Ninotchka/ Ninotchka/ 1939 com Greta Garbo, Melvyn Douglas (Dir: Ernst Lubitsch); O Lobishomem/ The Werewolf/ 1941  com Claude Rains, Lon Chaney Jr. (Dir: George Waggner); O Túmulo Vazio/ The Body Snatcher/ 1945 com Boris Karloff, Henry Daniell (Dir: Robert Wise).

Cornel Wilde

Cornel Wilde (1912-1989). Nome verdadeiro: Kornél Lajos Weisz. Trabalhou nos EUA., Itália. Filmes: À Noite Sonhamos/ A Song to Remember/ 1945 com Merle Oberon, Paul Muni (Dir: Charles Vidor), Aladim e a Princesa de Bagdad/ A Tousand and One Nights/ 1945 com Evelyn Keyes (Dir: Alfred E. Green): Amar Foi Minha Ruína/ Leave Her To Heaven/ 1945 com Gene Tierney, Jeanne Crain (Dir: John M. Stahl); O Filho de Robin Hood/ The Bandit of Sherwood Forest/ 1946 com Anita Louise (Dir:  Henry Levin, George Sherman); Noites de Verão/ Centennial Summer/ 1946 com Jeanne Crain, Linda Darnell (Dir: Otto Preminger); Entre o Amor e o PecadoForever Amber/ 1947 com Linda Darnell (Dir: Otto Preminger); A Taverna do Caminho/ Road House/ 1948  com Ida Lupino, Richard Widmark  (Dir: Jean Negulesco): O Maior Espetáculo da Terra/ The Greatest Show on Earth/ 1952 com Betty Hutton (Dir: Cecil B. DeMille): Os Filhos dos Mosqueteiros/ At Swords Point/ 1952 com  Maureen O’Hara (Dir: Lewis Allen); O Império do Crime/ The Big Combo/ 1955 com Richard Conte, Jean Wallace  (Dir: Joseph H. Lewis); As Aventuras de Omar Khayyam/ Omar Khayyam/ 1957  com Depra Paget, Michael Rennie (Dir: William Dierterle); Constantino e a Cruz/ Costantino il grande/ 1961 com Belinda lee, Massimo Serato (Dir: Lionello De Felice); A Prova do Leão/ The Naked Prey/ 1965 (Dir: Cornel Wilde); Desembarque Sangrento / Beach Red/ 1967 (Dir: Cornel Wilde). Além destes dois últimos filmes, Cornel Wilde dirigiu mais seis:  Ódio Entre Irmãos/ Storm Fear/ 1955; O Trampolim do Diabo/ The Devil’s Hairpin/ 1957, Fogo em Maracaibo / Maracaibo/ 1958; Lancelot, o Cavaleiro de Ferro/ Lancelot and Guinevere/ 1963; A Mais Cruel Batalha/ No Blade of Grass/ 1970 e O Tesouro dos Tubarões/ Shark’s Treasure/ 1975.

Harry Houdini

Harry Houdini (1874-1926). Nome verdadeiro: Erik Weisz. Trabalhou nos EUA. Filmes: O Homem de Aço/ The Master Mystery/ 1918; O Salto da Morte/ The GrimGame/ 1919; A Ilha do Terror/ Terror Island/ 1920; O Imortal/ The Man fromBeyond/ 1921. Houdini dirigiu e atuou em Holdane of the Secret Service/ 1923.

Joe Penner

Joe Penner (1904-1941). Nome verdadeiro: József Pintér. Trabalhou mos EUA. Filmes: Mocidade e Música/ College Rhthym/ 1934 com Jack Oakie (Dir: Norman Taurog); Colégio do Sapequismo/Collegiate/ 1936 com Jack Oakie, Frances Langford (Dir: Ralph Murphy); Caras Novas de 1937/ New Faces of 1937com Milton Berle (dir: Leigh Jason); A Alma da Festa/ The Life of the Party/ 1937 com Gene Raymond (Dir: William A. Seiter): Um Susto e Uma Corrida/ Go Chase Yourself/ 1938 com Lucille Ball (Dir: Edward F. Cline); Na Reta de Chegada/ The Day the Bookies Wept/ 1939 com Betty Grable (Dir: Leslie Goodwins); Os Gregos Eram Assim/ The Boys from Syracuse/ 1940 com Allan Jones, Irene Hervey, Martha Raye (Dir: Edward Sutherland).

Paul Horbiger

Paul Hörbiger (1894-1981). Trabalhou na Alemanha, Áustria, Inglaterra. Filmes: Redenção/ Liebelei / 1927 com Magda Schneider (Dir: Max Ophuls); Os Espiões/ Spione/ 1928 com Rudolf Klein- Rogge, Willy Fritsch (Dir: Fritz Lang); Rapsódia Húngara/ Ungarishe Rhapsodie/ 1928 com Lil Dagover, Willy Fritsch (Dir: Hans Schwarz); Flor do Asfalto/ Asphalt / 1929 com Gustav Frölich (Dir: Joe May); Dois Corações ao Compasso de Valsa/ Zwei Hergzen im ¾ Takt/1934 com Willi Forst, Walter Jenssen (Dir: Géza von Bolváry); O Congresso Dança/ Der Kongress tanzt/ 1931 com Lilian Harvey, Willy Fritsch, Conrad Veidt (Dir: Erik Charrell); A Princesa das Czardas/ Die Czardas fürstin/ 1934 com Martha Eggerth (Dir: Georg Jacoby);  Meu Coração Te ChamaMein Herz ruft nach dir/ 1934 com Jan Kiepura, Mártha Eggerth (Dir: Carmine Gallone); Valsa do Amor/ Königwalzer/ 1935 com Curd Jurgens, Carola Höhn (Dir: Herbert Maish); Wen die Götter lieben/ 1936 com Hans Holt (Dir: Karl Hartl);   Die Grosse Liebe/ 1942 com Zarah Leander, Viktor Staal (Dir: Rolf Hansen); As Três Meninas de Schubert/ Drei Mäderl um Schubert/ 1936 com Greti Theimer (Dir: E. W. Emo); O Terceiro Homem/ The Third Man/ 1948 com Joseph Cotten, Orson Welles, Alida Valli (Dir Orson Welles).

Paul Lukas e Jennifer Jones

Paul Lukas (1894-1971). Nome verdadeiro: Pál Lukács. Trabalhou na Áustria, Alemanha, Inglaterra, EUA. Filmes: Samson und Delila/ 1922 com Maria Corda (Dir: Alexander Korda); Anjo Pecador/ Shopworn Angel com Nancy Carroll, Gary Cooper (Dir: Richard Wallace); Ruas da Cidade/ City Streets/ 1930 com Gary Cooper, Sylvia Sidney (Dir: Rouben Mamoulian); A Dama Errante/ A Passport to Hell/ com Elissa Landi (Dir: Frank Lloyd); Fogo de Outono/Dodsworth/ 1936 com Walter Huston, Ruth Chatterton (Dir: William Wyler); A Dama Oculta/ The Lady Vanishes/ 1938 com Michael Redgrave, Margaret Lockwood (Dir: Alfred Hitchcock); Confissões de um Espião Nazista/ Confessions of a Nazi Spy/ 1939  com Edward G. Robinson, George Sanders, Francis Lederer; Horas deTormentaWatch on the Rhine/ 1943 com Bette Davis (Dir: Herman Shumlin); Endereço Desconhecido/ Address Unknown/ 1944 com Mady Christians (Dir: William Cameron Menzies); Expresso para Berlim / Berlin Express/ 1948 com Merle Oberon, Robert Ryan (Dir: Jacques Tourneur);  Vinte Mil Léguas Submarinas/ 20.000 Miles Under the Sea/ 1954 com Kirk Douglas, James Mason (Dir: Richard Fleischer); Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse/ The Four Horsemen of the Apocalypse/ 1962 com Glenn Ford, Ingrid Thulin, Paul Henreid, Charles Boyer (Dir: Vincente Minnelli); Lord Jim/ Lord Jim/ 1965 com Peter O’Toole (Dir: Richard Brooks).

Peter Lorre

Peter Lorre (1904-1964). Nome verdadeiro: Lásló Löwenstein. Trabalhou na Alemanha, Inglaterra, EUA. Filmes:  M- O Vampiro de Dusseldorf  / M- Eine stadt sucht einem Mörder/ 1931 com Otto Wernicke (Dir: Fritz Lang); O Homem Que Sabia Demais/ The Man Who Knew Too Much/ 1934 com Leslie Banks (Dir: Alfred Hitchcock); Dr.Gogol, o Médico Louco/ Mad Love/ 1935 com Frances Drake, Colin Clive (Dir: Karl Freund); Assassino sem Culpa/ Crime and Punishment/ 1935 com Edward Arnold (Dir: Josef von Sternberg); Relíquia Macabra/ The Maltese Falcon/ 1941 com Humprey Bogart, Mary Astor (Dir: John Huston); Máscara de Fogo/ Face Behind the Mask/ 1941 com Evelyn Keyes (Dir: Robert Florey); Casablanca/ Casablanca/ 1942 com Humphrey Bogart, Ingrid Bergman, Paul Henreid (Dir: Michael Curtiz): Máscara de Dimitrios/ The Mask of Dimitrios/ 1944 com Sidney Greenstreet, Zachary Scott (Dir: Jean Negulesco); Três Desconhecidos/ Three Strangers/ 1946 com Sidney Greenstreet, Geraldine Fitzgerald (Dir: Jean Negulesco); Justiça Tardia/ The Verdict/ 1946 com Sidney Greenstreet (Dir: Don Siegel). Lorre protagonizou a série Mr. Moto e dirigiu um filme: Der Verlorene/ 1951, no qual atuou também como ator.

Humphrey Bogart e S.Z. Sakall

S. Z. Sakall (1883-1965). Nome verdadeiro: Szöka Szakáli. Trabalhou na Alemanha, EUA. Filmes: Familientag im Hause Prellstein/ 1927 com Erika Glässner (Dir: Hans Steinhoff); Dois Corações ao Compasso de Valsa/ Zwei Herzen im Dreiviertel-Takt/ 1930 com Willi Forst, Walter Janssen (Dir: Géza von Bolvary); Frühlingsstimmen / 1933 com Adele Kem (Dir: Paul Fejos); Sinfonia do Amor/ Kaiserwalzer/ 1933 com Martha Eggert (Dir: Frederik Zelnik); Parada da Primavera/ Spring Parade/ 1940 com Deanna Durbin (Dir: Henry Koster); Uma Noite no Rio/ That Night in Rio/ 1941 com Alice Faye, Don Ameche , Carmen Miranda (Dir: Irving Cummings); Bola de Fogo/ Ball of Fire/ 1941 com Gary Cooper, Barbara Stanwyck (Dir: Howard Hawks); Sete Noivas/ Seven Sweethearts/ 1942 com Kathryn Grayson, Van Heflin, Marsha Hunt (Dir: Frank Borzage); As Irmãs Dolly/ The Dolly Sisters/ 1945 com Betty Grable, June Haver, John Payne (Dir: Irving Cummings); Bonequinha Linda/ Oh, You Beautiful Doll/ 1949 com Mark Stevens, June Haver (Dir: John M. Stahl); No, No Nanette/ Tea for Two/ 1950 com Doris Day, Gordon MacRae (Dir: David Butler); Montana, Terra Proibida/ Montana/ 1950 com Errol Flynn, Alexis Smith (Dir: Ray Enright).

Victor Varconi

Victor Varconi (1891-1976). Nome verdadeiro: Mihály Várkonyl. Trabalhou na Alemanha, Austria, Itália, EUA. Filmes: Herren der Mere/ 1922 com Maria Corda (Dir: Alexander Korda); Sodoma e Gomorra/ Sodom und Gomorrah/ 1922 com Lucy Doraine  (Dir: Mihály Kertész): Os Últimos Dias de Pompéia/ Gli Ultimi Giorni diPompei/ 196 com Rina De Liguoro (Dir: Carmine Gallone); O Barqueiro do Volga/ The Volga Boatman/ 1926 com William Boyd, Elinor Fair (Dir: Cecil B. DeMille); Rei dos Reis/ The King of Kings/ 1927 com H. B. Warner (Dir: Cecil B. DeMille);  A Divina Dama / The Divine Lady / 1929 com Corinne Griffith (Dir; Frank Lloyd);  Amor Eterno / Eternal Love/ 1929 com John Barrymore, Camilla Horn (Ernst Lubitsch); Der Rebell / 1932 com Luis Trenker, Luise Ullrich (Dir: Kurt Bernhardt, Edwin H. Knopf, Luis Trenker.

MÚSICOS:

Joseph Kosma

Joseph Kosma (1905-1969). Nome verdadeiro: József Kozma. Trabalhou na França. Filmes:  A Grande Ilusão/ La Grande Illuson/ 1937 com Pierre Fresnay, Erich von Strohein, Jean Gabin (Dir: Jean Renoir); A Besta Humana/ La Bête Humaine/ 1938 com Jean Gabin, Simone Simon (Dir: Jean Renoir); A Regra do Jogo / La Règle du Jeu/ 1939 com Marcel Dalio, Nora Gregor, Jean Renoir (Dir: Jean Renoir);Os Visitantes da Noite / Les Visiteurs du Soir/ 1942 com Alain Cuny, Arletty, Marie Déa, Jules Berry (Dir: Marcel Carné); Portas da Noite/ Les Portes de la Nuit/ 1946 com Pierre Brasseur, Yves Montand, Serge Reggiani (Dir: Marcel Carné); História de um Pecado/ Bethsabée / 1947 com Danielle Darrieux, Georges Marchal (Dir: Léonide Moguy); Os Amantes de Verona/ Les Amants de Vérone/1949 com Pierre Brasseur, Serge Reggiani, Anouk Aimée (Dir: André Cayatte); Lembranças do Pecado/ Souvenirs Perdus/ 1950 com Pierre Brasseur, Danièle Delorme, Edwige Feuillère, Gérard Philipe (Dir: Christian-Jaque); Mães Modernas/ Le Cas du Docteur Laurent/ 1957 com Jean Gabin, Nicole Courcel (Dir: Jean-Paul le Chanois).

Karl Hajos

Karl Hajos (1889-1950). Trabalhou nos EUA. Filmes: O Capanga de Hitler/ Hitler’s Madman/ 1943 com John Carradine, Patricia Morison, Alan Curtis (Dir: Douglas Sirk); O Que Matou Por Amor /Summer Storm/ 1944 com Linda Darnell, George Sanders (Dir: Douglas Sirk); Nevoeiro/ Fog Island/ 1945 com George Zucco, Lionel Atwill (Dir: Terry Morse); dois filmes da série The Falcon: Encontro com a Morte/ Appointment with Murder/ 1948 e Search for Danger/ 1949 ambos com John Calvert e direção de Jack Bernhard; Kill or Be Killed/ 1950 com Lawrence Tierney (Dir: Max Nossek).

Miklos Rosa

Miklós Rósza (1907-1995). Trabalhou na França, EUA, Inglaterra, EUA. Filmes: As Quatro Penas Brancas/ The Four Feathers/ 1939 com John Clements, June Duprez, Raph Richardson (Dir: Zoltan Korda); O Ladrão de Bagdad/ The Thief of Bagdad / 1940 comSabu, Conrad Veidt, John Justin, June Duprez (Dir: Ludwig Berger, Michael Powell, Tim Whelan);Cinco Covas no Egito / Five Graves to Cairo /1943 comFranchot Tone, Erich Von Stroheim, Anne Baxter (Dir: Billy Wilder);Pacto de Sangue/ Double Indemnity/ 1944 com Edward G. Robinson, Fred MacMurray, Barbara Stanwyck (Dir: Billy Wilder); Farrapo Humano/ The Lost Weekend/ 1945 com  Ray Milland. Jane Wyman (Dir: Billy Wilder); Quando Fala o Coração/ Spellbound/ 1945 com Gregory Peck, Ingrid Bergman (Dir: Alfred Hitchcock);Assassinos/ The Killers/ 1946 com Burt Lancaster, Ava Gardner, Edmond O’Brien (Dir: Robert Siodmak);Fatalidade/ A Double Life  / 1947 com Ronald Colman, Signe Hasso, Edmond O’Brien (Dir: George Cukor); O Segredo da Porta Fechada/ Secret Beyond the Door/ 1947;com Michael Redgrave, Joan Bennett (Dir: Fritz Lang);  Cidade Nua/ The Naked City/ 1948 com Don Taylor, Barry Fitzgerald, Howafrd Duff (Dir: Jules Dassin); Baixeza/ Criss Cross/ 1949 com Burt Lancaster, Yvonne De Carlo, Dan Duryea (Dir: Robert Siodmak); A Sedutora Madame Bovary/ Madame Bovary/1949 com Jennifer Jones, Van Heflin, James Mason (Dir: Vincente Minnelli);  O Segredo das Jóias / The Asphalt Jungle/ 1950 com  Sterling Hayden, Jean Hagen, Louis Calhern, Sam Jaffe (Dir: John Huston); Quo Vadis/ Quo Vadis/ 1951 com Robert Taylor, Deborah Kerr, Peter Ustinov (Dir: Mervyn Le Roy); Ivanhoé, o Vingador do Rei/ Ivanhoe/ 1952 com Robert Taylor, Elizabeth Taylor, George Sanders, Joan Fontaine (Dir: Richard Thorpe); O Tesouro de Barba Rubra/ Moonfleet/ 1955 com Stewart Granger, George Sanders (Dir: Fritz Lang); Sede de Viver/ Lust forLive/ 1956 com Kirk Douglas, Anthony Quinn (Dir: Vincente Minnelli); Ben-Hur/ Ben-Hur/ 1959 com Charlton Heston, Stephen Boyd, Jack Hawkins (Dir: William Wyler); El Cid  / El Cid/ 1961 com Charlton Heston, Sofia Loren, Raf Vallone, Geneviève Page (Dir: Anthony Mann); O Rei dos Reis/ King of Kings/ 1961 com Jeffrey Hunter, Siobhan McKenna, Hurd Hatfield, Viveca Lindfors (Dir: Nicholas Ray); A Vida Íntima de Sherlock Holmes/ The Private Life ofSherlock Holmes/ 1970 com Robert Stephens, Colin Blakely, Christopher Lee, Geneviève Page (Dir: Billy Wilder).

DIRETORES DE ARTE:

Alexandre Trauner

Alexandre Trauner (1906-1993). Nome verdadeiro: Sandór Trau. Trabalhou na França, EUA. Filmes:  A Dama de Malaca/ La Dame de Malacca/ 1937 com Edwige Feuillère, Pierre Richard Willm (Dir: Marc Allégret); Família Exótica / Drôle de Drame / 1937 com Louis Jouvet, Françoise Rosay, Michel Simon; Cais das Sombras/ Quai des Brumes/1938 com Jean Gabin, Michèle Morgan, Michel Simon, Jean-Louis Barrault; Hotel do Norte/Hotel du Nord/ 1938 com Louis Jouvet, Annabella, Arletty, Jean-Pierre Aumont (os três dirigidos por Marcel Carné); Águas Tempestuosas/ Remorques/1941 com Jean Gabin, Michèle Morgan, Madeleine Renaud (Dir: Jean Grémillon); O Boulevard  do Crime / Les Enfants du Paradis/ 1945 com Jean-Louis Barrault, Arletty, Pierre Brasseur ;  Portas da Noite/ Les  Portes de la Nuit/ 1946 com Yves Montand, Pierre Brasseur, Serge Reggiani (ambos dirigidos por Marcel Carné); A Cínica/ Manèges / 1950 com Simone Signoret, Bernard Blier (Dir: YvesAllégret); Paixão Abrasadora /La Marie du Port/  1950 com Jean Gabin, Blanchette Brunoy, Nicole Courcel;  Juliette ou La Clef des Songes/ 1951 com Gérard Philipe, Suzanne Cloutier  (ambos dirigidos por Marcel Carné);  Otelo/ Othelo/ 1951 com Orson Welles, Suzane Cloutier, Michéal MacLiammóir (Dir: Orson Welles); Mais Forte que a Morte/ Act of Love/ 1953 com Kirk Douglas, Dany Robin, Gabrielle Dorziat (Dir: Anatole Litvak); Rififi/ Du Rififi Chez les Hommes/ 1955 com Jean Servais, Janine Darcey (Dir: Jules Dassin); A Voz do Sangue/ Behold a Pale Horse  / 1964 com Gregory Peck, Anthony Quinn, Omar Shariff (Dir: Fred Zinnemann); A Noite dos Generais/ The Night of the Generals/ 1967 com Peter O’ Toole, Omar Sharif (Dir: Anatole Litvak);  A Vida Íntima de Sherlock Holmes/ The Private Life of Sherlock Holmes/ 1970 com Robert Stephens, Colin Blakely, Christopher Lee, Geneviève Page (Dir: Billy Wilder); O Homem Que Queria Ser Rei /The Man Who Would be King / 1975 com Sean O’Connery, Michael Caine, Christopher Plummer (Dir: John Huston).

Ernö Metzner

Ernö Metzner (1892-1953). Trabalhou na Alemanha, Inglaterra, EUA. Filmes: Sumurun/ Sumurun/ 1920 com Pola Negri, Paul Wegener, Jenny Hasselquist (Dir: Ernst Lubitsch); Amores de Faraó/ Das Weib des Pharao/ 1922 com Emil Jannings, Dagny Servaes, Harry Liedtke (dir: Ernst Lubitsch); Geheimnisse einer Seele/ 1926 com Werne Krauss (Dir: G. W. Pabst); Tagebuch einer Verlorenen/ 1929 com Louise Brooks, Fritz Rasp (Dir: G. W. Pabst); Die weisse Hölle vom Piz Palú  / W. Pabst); Guerra! Flagelo de Deus/ Westfront 1918/ 1930 com Fritz Kampers, Gustav Diesel (Dir: G. W. Pabst); Kameradschaft/ 1931 com Alexander Granach, Fritz Kampers (Dir: G. W. Pabst); Atlântida/ L’Atlantide/ 1932 com Brigitte Hellm, Pierre Banchar (Dir: G. W. Pabst); O Tempo é uma Ilusão/ It Happened Tomorrow/ 1944 com Dick Powell, Linda Darnel, Jack Oakie (Dir: René Clair); Covardia/ The Macomber Affair/ 1947 com Gregory Peck, Joan Bennett, Robert Preston (Dir: Zoltan Korda).

Vincent Korda

Vincent Korda (1897-1979). Nome verdadeiro: Vincze Kellner. Irmão de Alexander e Zoltan Korda. Trabalhou na Inglaterra, França, EUA. Filmes: Marius/ 1931 com Pierre Fresnay, Raimu (Dir: Alexander Korda); Os Amores de Henrique VIII/ The Private Life of Henry VIII/1933 com Charles Laughton, Robert Donat (Dir: Alexander Korda); Catarina, a Grande / The Rise of Catherine the Great / 1934; O Pimpinela Escarlate/ The Scarlet Pimpernel/1934 com com Leslie Howard, Merle Oberon, Raymond Massey (Dir: Harold Young); Um Fantasma Camarada/ The Ghost Goes West/ 1935 cm Robert Donat, Jean Parker (Dir: René Clair); Rembrandt/Rembrandt/ 1936 com Charles Laughton, Gertrude Lawrence, Elsa Lanchester (Dir: Alexander Korda); Daqui a Cem Anos/ Things to Come/ 1936 com Raymond Massey, Ralph Richardson ( Dir: William Cameron Menzies);  As Quatro Penas Brancas/ The Four Feathers/ 1939 com Ralph Richardson, John Clements, June Duprez (Dir: Zoltan Korda); O Ladrão de Bagdad/ The Thief of Bagdad/ 1940 com Sabu, Conrad Veidt,  John Justin, June Duprez (Dir: Ludwig Berger, Michael Powell, Tim Whelan); O Ídolo Caído/ The Fallen Idol/ 1948 com Ralph Richardson, Michèle Morgan (Dir: Carol Reed); O Terceiro Homem/ The Third Man/ 1949 com Joseph Cotten, Alida Valli, Trevor Howard, Orson Welles (Dir: Orson Welles); Quando o Coração Floresce/ Summertime/ 1955 com Katharine Hepburn, Rossano Brazzi, Isa Miranda (Dir: David Lean).

William S. Darling

William S. Darling (1882-1963). Nome verdadeiro: Wilmos Béla Sandorház. Trabalhou nos EUA. Filmes: Sua Majestade a Mulher / Fig Leaves/ 1926 com George O’Brien, Olive Borden (Dir: Howard Hawks); Uma Garota em Cada Porto/ A Girl in Every Port/ 1928 com Victor MacLaglen, Louise Brooks (Dir: Howard Hawks); Os Quatro Diabos/ Four Devils/ 1928 com Janet Gaynor, Mary Duncan, Barry Norton (Dir: F. W. Murnau); O Passaporte Amarelo/ The Yellow Ticket/ 1931 com Elissa Kandi, Lionel Barrymore, Laurence Olivier (Dir: Raoul Walsh); Cavalgada/ Cavalcade/ 1933 com Diana Wyniard, Clive Brook (Dir: Frank Lloyd); Um Romance em Budapeste/ Zoo in Budapest/ 1933 com Loretta Young, Gene Raymond (Dir: Rowland V. Lee); Peregrinação/ Pilgrimage/ 1933 com Henrietta Grossman (Dir: John Ford); Paixão de Zíngaro/ Caravan/ 1934 com Charles Boyer, Loretta Young (Dir: Erik Charell); Nas Águas do Rio/ Steamboat by the Bend/ 1935 com Will Rogers, Anne Shirley (Dir: John Ford); O Prisioneiro da Ilha dos Tubarões/ The Prisoner of Shark Island/ 1936 com Warner Baxter, Gloria Stuart (Dir: John Ford); Sob Duas Bandeiras/ Under Two Flags/ 1936 com Ronald Colman, Claudette Colbert, Victor MacLaglen (Dir: Frank Lloyd); Lloyd’s de Londres/ Lloyds of London/ 1936 com Tyrone Power, Madeleine Carroll (Dir: Henry King); Na Velha Chicago/ In Old Chicago/ 1938 com Tyrone Power, Alice Faye, Don Ameche (Dir: Henry King); As Chuvas Chegaram/ The Rains Came/ 1939 com Tyrone Power, Myrna Loy, George Brent (Dir: Clarence Brown); As Chaves do Reino/ The Keys of the Kingdom/ 1944 com Gregory Peck, Thomas Mitchell, Vincent Price (Dir: John M. Stahl); Anna e o Rei do Sião/ Anna and the King of Siam/1946 com Irene Dunne, Rex Harrison, Linda Darnell (Dir: John Cromwell).

 

CONTRIBUIÇÃO HÚNGARA PARA O CINEMA MUNDIAL CLÁSSICO I

A primeira sessão de cinema na Hungria teve lugar em uma antiga loja de chapéus em Budapest no dia 13 de junho de 1896. Ela ocorreu devido à iniciativa do dono do estabelecimento, Arnold Sziklai que, em visita a Paris, assistiu a uma projeção de filmes dos irmãos Lumière. Sziklai ficou tão entusiasmado por este espetáculo que quís a todo preço trazer o cinematógrafo mas, como não conseguiu, mandou construir um aparelho semelhante por um artesão de Lyon chamado Manoussen, e alguns filmezinhos foram feitos e projetados em uma sala de Budapeste. Em 1898, Mor Ungerleilern, diretor do Cafe Velence e Jozsef Neumann, negociante, fundaram a Projectograph, primeira companhia produtora húngara.

Durante a Primeira Guerra Mundial, os filmes americanos, francêses e italianos foram proibidos no país e, consequentemente, a indústria de cinema húngara começou a florescer. Por volta de 1917-1918, a Hungria firmou-se, juntamente com  a Dinamarca, Estados Unidos, Alemanha e Itália, como uma das maiores nações produtoras de filmes. Em 1918, cem filmes de longa metragem foram realizados e exibidos na Hungria e no exterior, e produziram astros e estrelas internacionais como Vilma Bánky, Lia Putty (Lya de Putti), Kató Nagy (Käthe von Nagy), Mihály Várkonyi (Victor Varconi).

Adolph Zukor e Mary Pickford

William Fox

A fundação da indústria cinematográfica americana nasceu da contribuição de imigrantes húngaros Adolph Zukor e William Fox e em 1926 abrigou um grande diretor húngaro: Michael Curtiz. Joe Pasternak, eficiente produtor na Universal e na MGM, foi outro húngaro abrigado por Hollywood. Nos anos subsequentes, o Cinema Clássico Mundial beneficiou-se de uma quantidade impressionante de diretores, atores, produtores, roteiristas e argumentistas, fotógrafos, diretores de arte e compositores húngaros.

Joe Pasternak e Deanna Durbin

Estimulado pelo cuidadoso e confiável pesquisador Fernando Moretzsohn, relaciono – em ordem alfabética pelo primeiro nome – os nomes desses artistas formidáveis que emprestaram sua arte para o cinema mundial clássico, de uma forma bem sucinta, citando apenas alguns de seus filmes mais conhecidos ou aclamados.

DIRETORES:

Alexander Esway (1895-1947). Nome Verdadeiro: Sándor Ezry. Trabalhou na Alemanha, Inglaterra, França e EUA. Filmes:  Horas do Diabo/ Mauvaise Graine/ 1934 (co-dir. Com Billy Wilder); Éducation du Prince/ 1938 com Louis Jouvet; Hercule/ 1938 com Fernandel;Monsieur Brotonneau/ 1939 com Raimu;Nosso Sacrifício Nossa Glória/ Le Bataillon du Ciel/ 1947 com Pierre Blanchar. Nos EUA foi um dos roteiristas de A Cruz de Lorena/ The Cross of Lorraine/ 1943 (Dir: Tay Garnett).

Merle Oberon e Alexander Korda

Alexander Korda (1893-1956). Nome verdadeiro: Sándor László Kellner. Trabalhou na Áustria, Alemanha, Estados Unidos, França e Inglaterra, onde fundou a London Films e, após a Segunda Guerra Mundial, foi dono da distribuidora British Lion Films. Filmes: Samson und Delila/ 1922 com Maria Corda;Marius/ 1931 com Raimu;Os Amores de Henrique VIII/ The Private Lives of Henry VIII/ 1933 eRembrandt /Rembrandt / 1936, ambos com Charles Laughton; Lady Hamilton, a Divina Dama/ That Hamilton Woman/ 1941 com Laurence Olivier e Vivien Leigh. Destacou-se como produtor de numerosos clássicos britânicos.

Andre de Toth e Veronica Lake

Andre de Toth (1913-2002). Nome verdadeiro: Sâsvári Farkasfalvi Tóthfalusi Tóth Endre Antel Mihály). Trabalhou na Inglaterra (como assistente de Alexander Korda) e EUA. Filmes: Ninguém Escapará ao Castigo/ None Shall Escape/ 1944 com Alexander Knox; Caminho daTentação/ Pitfall/ 1948 com Dick Powell, Lizabeth Scott, Museu de Cera/ House of Wax/ 1953 com Vincent Price; e numerosos westerns, muitos com Randolph Scott (v. meu post “Os Westerns de Andre de Toth” de 28/11/2014).

Andrew Marton

Andrew Marton (1904-1992). Nome verdadeiro: Endre Marton. Trabalhou na Áustria, Alemanha, Inglaterra, EUA. Foi o principal montador da companhia germânica Tobis. Filmes: As Minas do Rei Salomão/ King Solomon’s Mines/ 1950 com Stewart Granger, Grace Kelly; O Mais Longo dos Dias/ The Longest Day/ 1962 (co-diretor); Ben-Hur/ Ben-Hur/ 1959 e Cleópatra/ Cleopatra/ 1963 (diretor de segunda unidade).

Charles Vidor , Jennifer Jones e Rock Hudson

Charles Vidor (1900-1959). Nome verdadeiro: Karóly Vidor. Trabalhou na Alemanha (para a Ufa como montador e assistente de direção) e nos EUA. Filmes: The Bridge ou The Spy/ 1929 (filme curto baseado em história famosa de Ambrose Bierce); Mistério de uma Mulher/ Ladies in Retirement/ 1941 com Ida Lupino, Louis Hayward; À Noite Sonhamos/ A Song to Remember/ 1945 com Cornel Wilde, Merle Oberon; Gilda/ Gilda/ 1946 e Carmen/ The Loves of Carmen/ 1948, ambos com Rita Hayworth, Glenn Ford; Adeus às Armas/ A Farewell to Arms / 1957 com Jennifer Jones, Rock Hudson.

 Didier Hamsa ou D. A. Hamsa (1903-1993), Nome Verdadeiro: Hamsa Dezsö Ákos. Trabalhou na França (como assistente de direção), Itália, e no Brasil. Filmes: Strano Apuntamento/ 1950 com Umberto Spadaro, Leda Gloria, Rossana Podestà; Quem Matou Anabella?/ 1956 com Ana Esmeralda, Procópio Ferreira, Jaime Costa, Nydia Lícia.

Emeric Pressburger e Michael Powell

Emeric Pressburger (1902-1988). Nome Verdadeiro: Imre József Pressburger. Trabalhou como roteirista na Alemanha e França, e na Inglaterra ficou mais conhecido pela série de filmes como colaborador de Michael Powell na companhia The Archers. Filmes: Invasão de Bárbaros/ 49thParalel / 1941 com Laurence Olivier, Leslie Howard, Anton Walbrook, Raymond Massey; Neste Mundo e noOutro/ A Matter of Life and Death/ 1946 com David Niven, Kim Huner; Narciso Negro/ Black Narcissus/ 1947 com Jean Simmons, Sabu; Os Sapatinhos Vermelhos/ Red Shoes / 1948 com Moira Shearer, Anton Walbrook (v. meu post “Michael Powell” de 5 / 12/ 2010).

Eugen Illés

Eugen Illés (1877-1951). Nome verdadeiro: Jenö Illés. Trabalhou na Alemanha. Filmes: No inicio de carreira fez oito filmes com a atriz Erna Morena; Die Dame mitder Maske/ 1913 com Karin Gillberg; Monna Vanna / 1916 com Ika von Lenkeffy; Mania, Die geschichte einer Zigarettenarbeiterin  / 1918 com Pola Negri; Seelen inSturm  / 1920  com Esther Carena; Jeremias / 1922 com Carl V. de Hundt, Sacy von Blondel; Die Todgeweihten/ 1924 com Bernd Aldor, Sasha Gura, Erich Kaiser-Titz; Das gefährliche Alter / 1927 com Asta Nielsen, Bernhard Goetzke.

Jules White

Jules White (1900-1985). Nome verdadeiro: Julius Weiss. Trabalhou nos EUA, ficando mais conhecido como o diretor das comédias curtas com Os Três Patetas/ The Three Stooges  (1945 a 1957). Foi figurante em O Nascimento de Uma Nação/ The Birth of a Nation/ 1916 de D.W. Griffith; montador das comédias da Educational Pictures; co-dirigiu (com Zyon Myers) as Dogville Comedies(1929-1931) – conhecidas aquí como Comédias Caninas -, usando cães treinados para parodiar filmes em cartaz  (v. g. Trader Hound, parodiando Trader Horn/ 1931) e Os Goofy Movies – produzidos por Pete Smith e exibidos no Brasil como Cine Malucos -, comédias  de um rolo parodiando melodramas silenciosos. Jules era o chefe da Short Subjects Division da Columbia.

Gabriel Pascal

Gabriel Pascal (1894-1954). Nome verdadeiro: Gábor Lehel. Trabalhou na Alemanha (produtor de Der Hauptman von Köperkick/ 1931 (Dir: Richard Oswald) e Inglaterra, onde ficou conhecido como produtor-diretor de adaptações das peças de Bernard Shaw: Pigmalião/Pygmalion/1939 com Leslie Howard e Wendy Hiller (nesta somente como produtor; o diretor foi Anthony Asquith), Major Barbara/ Major Barbara/ 1941 com Wendy Hiller, Rex Harrison, Robert Morley e César e Cleópatra/ Caesar and Cleopatra/1945 com Vivian Leigh, Stewart Granger, Claude Rains. Nos EUA, produziu Androcles e o Leão/ Androcles and the Lion/ 1952 (Dir: Chester Erskine).

George Pal

George Pal (1908-1980). Nome verdadeiro: György Päl Marczincsak. Trabalhou na Alemanha (onde fundou o Trickfilm-Studio GmbH Pal und Wittke, Tchecoslováquia, França, EUA. Como animador, realizou a série Puppetoons – conhecida no Brasil como Bonecos Móveis tendo à frente o pretinho Gasparim (Jasper) – nos anos 40 e depois dedicou-se a produzir principalmente filmes de ficção científica e fantasia como Destino à Lua/ Destination Moon/ 1950 com John Archer (Dir: Irving Pichel); O Fim do Mundo/ When Worlds Collide/ 1951 com Richard Derr, Barbara Rush (Dir:  Rudolph Maté); O Pequeno Polegar/ Tom Thumb/ 1958 com Russ Tamblyn (Pal também diretor); A Máquina do Tempo/ The Time Machine/ 1960 com Rod Taylor (Pal também diretor). Outros filmes: Houdini, o Homem Miraculoso/ Houdini/ 1953 com Tony Curtis, Janet Leigh (Dir: George Marshall); A Selva Nua/ The Naked Jungle/ 1954 com Charlton Heston, Eleanor Parker (Dir: Byron Haskin).

Geza Von Bolvary

Geza von Bolvary (1897-1961). Nome verdadeiro: Géza Maria von Bolváry-Zahn. Trabalhou na Alemanha, Inglaterra, Áustria, Itália. Especializado em operetas vienenses e comédias musicais. Em 1954 tornou-se chefe de produção da firma Starfilm de Munich. Filmes: Luar no Bósforo/ Die Nacht der grossen Liebe/ 1933 com Gustav Frölich, Jarmila Novotna; Chateau de Rêve/ 1933 (co-diretor com H. G. Clouzot) com Edith Méra, Danielle Darrieux, Lucien Baroux; Se Não Houvese Amor/ Das Schloss im Süden/ 1933 com Liane Held; Noite de Valsa/Ich Kenn’Dich nicht und liebe Dich/ 1934 com Magda Schneider, Willi Forst; A Valsa do Adeus/Abschiedwalzer/ 1934 com Wolfgang Liebeneiner, Sybille Schmitz; Stradivarius/ Stradivarius/ 1935 com Gustav Frölich, Sybille Schmitz; Um Sonho de Valsa/ Das Schloss in Flandern/ 1936 com  Márta Eggerth; Premiere/ Premiere/ 1937 com Zarah Leander; La Bohème/ Zauber desBohème/ 1937.

Geza Von Radványi

Géza von Radványi (1907-1986). Nome verdadeiro: Géza Grosschmid. Trabalhou na Itália, França, Alemanha, Áustria. Filmes: Mulheres sem Nome/ DonneSenza Nome/ 1950 com Simone Simon, Vivi Gioi, Françoise Rosay, Irasema Dillian; L’Etrange Désir de Mr. Bard/ 1954 com Michel Simon; Das Schloss in Tirol/ 1957 com Karlheinz Böhm, Erika Remberg; Senhoritas de Uniforme/ Madchen in Uniform/ 1958 com Lili Palmer, Romy Schneider. Seu filme húngaro, Valahol Európában/ 1948, reportagem sobre os órfãos da Segunda Guerra Mundial, foi considerado por Georges Sadoul como um dos melhores filmes do período do pós-guerra.

John H. Auer

John H. Auer (1906-1975). Trabalhou no México e nos EUA, onde prestou serviço sempre para a Republic com uma única passagem pela RKO. Filmes:  O Crime do Dr. Crespi/ The Crime of Dr Crespi / 1935 com Erich von Stroheim; O Promotor Acusa/ I Stand Accused/ 1938 com Robert Cummings, Helen Mack; Um Drama em Cada Vida /Gangway for Tomorrow / 1943 com Margo, John Carradine, Robert Ryan; Tentação Selvagem/ Angel on the Amazon/ 1948 com George Brent, Vera Ralston, Brian Aherne; Um Pedaço do Inferno /Hell’s Half Acre/ 1954 com Wendell Corey, Evelyn Keyes. Sua melhor realização foi um filmenoir, A Cidade Que Não Dorme/ City That Never Sleeps/1953 com Gig Young, Mala Powers, William Talman.

John Halas

John Halas (1912-1995). Nome verdadeiro: János Halász. Discípulo de George Pal no seu país natal, foi um dos fundadores em 1932 do primeiro estúdio de animação húngaro: Coloriton. Em 1940, na Inglaterra, fundou com sua esposa, a inglesa Joy Batchelor, a companhia Halas and Batchelor que se dedicou primeiramente à criação de filmes de informação e propaganda de guerra para o governo britânico. Filmes: série de três filmes com o personagem de um menino árabe, Abu, “seduzido e desencaminhado pelas forças de Hitler e Mussolini” (Abu and the Poisoned Well/ 1943, Abu’s Harvest/ 1944 e Abu Builds a Dam/ 1944, tendo como roteirista Alexander Mackendrick; Handling Ships/ 1945, primeiro filme de animação britânico de longa-metragem; The Owl and the Pussycat/ 1952, primeiro cartoon em 3-D; A Revolução dos Bichos/ Animal Farm/ 1954, baseado na obra alegórica de George Orwell.

Ladislao Vajda

Ladislao Vajda (1906-1965). Nome verdadeiro: Weisz László. Trabalhou na Itália,Espanha, Portugal, Inglaterra. Filmes: Uma Intriga na China / Wife of General Ling/ 1937 com Griffith Jones; Rua Sem Sol/ Viela, Rua Sem Sol/ 1947 com Milú, Barreto Poeira; Marcelino Pão e Vinho/ Marcelino Pan y Vino/ 1955 com Rafael Rivelles; O Garoto e o Vagabundo/ Mi Tio Jacinto/ 1956 com Pablito Calvo; Tarde de Touros/ Tarde de Toros/ 1956 com Manuel Arbó; Un Angelo è Scesso a Brooklyn/ 1957 com Peter Ustinov, Pablito Calvo; Es Geschah amhellichten Tag/ 1958 com Heinz Rühmann.

Laszlo Benedek

Laszlo Benedek (1905-1992). Nome verdadeiro: Benedek László. Trabalhou na Alemanha, Inglaterra, EUA, França. Filmes: Beijou-me um Bandido/ The Kissing Bandit/ 1948 com Frank Sinatra, Kathryn Grayson; Porto de Nova York/ Port of New York/ 1949 com Scott Brady, Yul Brynner; A Morte do Caixeiro Viajante/ Death of a Salesman/ 1951 com Fredric March, Mildred Dunnock; O Selvagem/ The WildOne/1953 com Marlon Brando, Mary Murphy, Rifles para Bengala/ Bengal Rifles/ 1954 com Rock Hudson, Arlene Dahl; Málaga/ Moment of Danger/ 1960 com Trevor Howard, Dorothy Dandridge; Recours en Grâce/ 1960 com Raf Vallone, Emmanuele Riva, Annie Girardot.

Michael Curtiz

Michael Curtiz (1886-1962). Nome verdadeiro: Manó Kaminer depois hungarizado para Mihály Kertész. Trabalhou na Áustria, Alemanha, EUA. Dirigiu o primeiro filme dramático da Hungria para a Projectograph: Ma és holnap/ 1912. Foi responsável por muitos dos melhores filmes da Época de Ouro de Hollywood. Filmes: Sodoma eGomorra / Sodom und Gomorrha/ 1922 com Victor Varconi, Lucy Doraine; Lua de Israel/ Die Slavenkönigin/ 1924 com Maria Corda; Capitão Blood/ Captain Blood/ 1935 e As Aventuras de Robin Hood/ The Adventures of Robin Hood/ 1938, ambos com Errol Flynn, Olivia de Havilland; Anjos de Cara Suja/ Angels with Dirty Faces/ 1938 com James Cagney e Humphrey Bogart; O Lobo do Mar/ The Sea Wolf/ 1941 com Edward G. Robinson, Ida Lupino, John Garfield; Casablanca/ Casablanca/ 1942 com Humphrey Bogart, Ingrid Bergman, Paul Henreid; A Canção da Vitória/ Yankee Doodle Dandy/ 1942 com James Cagney, Joan Leslie; Alma em Suplício/ Mildred Pierce/  1945 com Joan Crawford; Redenção Sangrenta/ The Breaking Point/1950 com John Garfield (v. meu post Michael Curtiz de 16/2/2012 e  8/3/2012).

Paul Fejos

Paul Fejos (1897-1961). Nome verdadeiro: Fejös Pál. Trabalhou nos EUA, França, Áustria, Dinamarca. Filmes: The Last Moment/ 1927 com Otis Matieson; Solidão/ Lonesome/ 1928 com Glenn Tryon, Barbara Kent; Cena Final/ The Last Performance/ 1929 com Conrad Veidt, Mary Philbin, Leslie Fenton; Broadway/ Broadway/ 1929 com Glenn Trion, Evelyn Brent; A Marselhesa/ Captain of the Guard/ 1930 com  Laura La Plante, John Boles; Fantomas/ 1932 com Jean Galland; Tavarszi Zápor/ 1932 filme húngaro cuja versão francesa, Marie Legende Hongroise, com Annabella, foi exibido no Brasil como Lenda de Amor (v. meu post “Paul Fejos, Cineasta e Cientista” de 28/1/2016).

Steve Sekely

Steve Sekely (1899-1979). Nome verdadeiro: Székely István. Trabalhou na Alemanha, EUA, Inglaterra. México. Filmes: Skandel in Budapest/ 1933 com Franciska Gaal; Quando Manda o Coração/ Rakockzy-Marsch/ 1933 com Gustav Frölich, Camilla Horn; Baile no Savoy/ Ball im Savoy/ 1935 com Gitta Alpar, Hans Jaray; A Cicatriz/ Hollow Triumph/ 1945 com Paul Henreid, Joan Bennett; Baluarte de Heróis/ Stronghold/ 1951 com Arturo de Cordova, Veronica Lake, Zachary Scott (obs. Foi rodada uma outra versão, intitulada Furia Roja, com Arturo de Cordova mas com Sarita Montiel substituindo Veronica Lake e Carlos López Moctezuma no papel que coube a Zachary Scott).

Leslie Kardos e Jane Powell

Leslie Kardos (1905-1962). Nome verdadeiro: László Kardos. Genro de Joe Pasternak. Trabalhou nos EUA. Filmes: Ruas do Oriente/ Dark Streets of Cairo/ 1940 com Sigrid Curie, Ralph Byrd; Amei e Errei/ The Strip / 1951  com Mickey Rooney, Sally Forrest; Senhorita Inocência/ Small Town Girl/ 1953 com Jane Powell, Farley Granger, Ann Miller; Fronteiras do Pecado/ The Tijuana Story/ 1957 com Rodolfo Acosta, James Darren; Médico Vampiro/ The Man Who Turned to Stone/ 1957 com Victor Jory.

Zoltan Korda

Zoltan Korda (1895-1961). Nome verdadeiro: Kellner Zoltán. Irmão de Alexander Korda. Trabalhou na Alemanha, Inglaterra, EUA Filmes: Die elf Teufel/ 1927 com Gustav Frölich;Bosambo / Sanders of the River / 1935com Paul Robeson; O Menino e o Elefante/ Elephant Boy/ 1937 e A Legião da Índia/ The Drum/ 1938, ambos com Sabu; As Quatro Penas Brancas/ The Four Feathers/ 1939 com John Clements, June Duprez, Ralph Richardson; Sahara/ Sahara/ 1943 com Humphrey Bogart; Alma Russa/ Counter-Attack/ 1945 com Paul Muni; Vingança Pérfida/ A Woman’s Vengeance/ 1947 com Charles Boyer, Ann Blyth, Jessica Tandy; Os Deserdados/ Cry the Beloved Country/ 1951 com Canada Lee, Sidney Poitier.\

ROTEIRISTAS / ARGUMENTISTAS:

György Luckács e Béla Balász

Béla Bálasz(1884-1949). Nome Verdadeiro: Herbert Bauer. Romancista, dramaturgo, poeta, crítico e teórico do cinema. Trabalhou na Alemanha e nos EUA. Filmes: Das Mädchen mit den fúnf Nullen / 1927 com Marcel Salzer, Viola Garden (Dir: Kurt Bernhardt); Doña Juana/ 1927 com Elisabeth Bergner (Dir: Paul Czinner); Die Dreigroschenoper/ 1931 (Dir. G. W. Pabst) exibida no Brasil a versão francêsa, A Ópera dos Pobres  / L’Opéra de Quat’sous com Florelle, Albert Préjean, Gaston Modot; Das blaue Licht/ 1932 com Leni Riefenstsahl (Dir: Leni Riefenstahl); co-roteirista não creditado em Grande Hotel/ Grand Hotel/ 1932 com John Barrymore, Greta Garbo, (Dir: Edmund Gouding);Valahol Europóbán/ 1949 (Dir: Geza von Radványi).

Lajos Biró

Lajos Biró (1889-1948). Trabalhou na Áustria, Alemanha, Inglaterra, EUA. Filmes: Paraiso Proibido/ Forbidden Paradise/ 1924 com Pola Negri, Rod La Roque (Dir: Ernst Lubitsh); Hotel Imperial/ Hotel Imperial/ 1927 com Pola Negri, James Hall (Dir: Mauritz Stiller); Eine Dubarry von heute/ 1927 com Maria Corda (Dir: Alexander Korda);Tentação da Carne/ The Way of All Flesh com Emil Jannings (Dir: Victor Fleming); A Última Ordem/ The Last Command/ 1928 com Emil Jannings, Evelyn Brent (Dir: Josef von Sternberg); O Amor Nasceu do Ódio/ Knight Without Armour/ 1937 com Marlene Dietrich, Robert Donat (Dir: Jacques Feyder);  O Ladrão de Bagdad/ The Thief of Bagdad/ 1940 com Sabu, John Justin, June Duprez (Dir: Ludwig Berger/ Michael Powell, Tim Whelan); Cinco Covas no Egito/ Five Graves to Cairo/ 1943 com Franchot Tone, Erich von Stroheim, Anne Baxter (Dir: Billy Wilder).

Ernest Vajda

Ernest Vajda (1886-1954). Nome verdadeiro: Ernö Vajda. Trabalhou na Áustria, Alemanha, EUA, principalmente nos filmes de Ernst Lubitsch: Alvorada do Amor/ The Love Parade/ 1929 com Maurice Chevalier, Jeanette MacDonald; Monte Carlo/ Monte Carlo/ 1930 com Jack Buchanan, Jeanette MacDonald; O Tenente Sedutor/ The Smiling Lieutenant/1931 com Maurice Chevalier, Miriam Hopkins, Claudette Colbert; Não Matarás/ Broken Lullaby/ 1932 com Lionel Barrymore, Phillips Holmes, Nancy Carroll; A Víuva Alegre/ The Merry Widow/ 1934 com Maurice Chevalier, Jeanette MacDonald. Outros filmes: Mentiras!/ The Crown of Lies/ 1926 com Pola Negri (Dir: Dimitri Buchowetski); Reunião em Viena/ Reunion in Vienna/ 1933 com John Barrymore, Diana Wynyard (Dir: Sidney Franklin); A Família Barrett/ The Barretts of Wimpole Street/ 1934 com Fredric March, Norma Shearer, Charles Laughton (Dir: Sidney Franklin); Maria Antonieta/ Marie Antoinette/ 1938 com Norma Shearer, Tyrone Power, Robert Morley (Dir: W. S. Van Dyke).

Ivan Tors

Ivan Tors (1916-1983). Nome verdadeiro: Iván Törzs. Trabalhou nos EUA. Filmes: Sonata de Amor/ Song of Love/ 1947 com Katharine Hepburn, Paul Henreid, Robert Walker (Dir: Clarence Brown); A Glória de Amar/ That Forsythe Woman/ 1949 com Errol Flynn, Greer Garson, Walter Pidgeon (Dir: Compton Bennett); A Noiva Desconhecida/ In the Good Old Summertime/ 1949 com Judy Garland, Van Johnson (Dir: Robert Z. Leonard); O Homem das Calamidades/ Watch the Birdie/ 1950 com Red Skelton, Arlene Dahl, Ann Miller (Dir: Jack Donohue);Muralha da Esperança/ The Glass Wall/ 1953 com Vittorio Gassman Gloria Grahame (Dir: Maxwell Shane).

Melchior Lengyel

Melchior Lengyel (1880-1974), Nome verdadeiro: Lebovics Meyhért. Trabalhou na Alemanha, França, EUA, principalmente nos filmes de Lubitsch: Paraíso Proibido/ Forbidden Paradise/ 1924 com Pola Negri, Adolphe Menjou, Rod La Rocque; Anjo/ Angel/ 1937 com Marlene Dietrich, Melvyn Douglas, Herbert Marshall; Ninotchka/Ninotchka / 1939 com Greta Garbo, Melvyn Douglas; Ser ou Não Ser/ 1942 com Jack Benny, Carole Lombard, Robert Stack. Outros filmes: Lírio de Granada/ Die berühmyre frau/ 1927 com Lili Damita (Dir: Robert Wiene); O Barão dos Ciganos/ Der Zigeunerbaron/ 1927 com Lya Mara, Michael Bhonen, William Dieterle (Dir: Friedric Zelnik); Antonia, Romance Húngaro/ Antonia, Romance Hongroise/ 1935 com Marcelle Chantal, Fernand Gravey (Dir: Jean Boyer e Max Neufeld).

FOTÓGRAFOS:

Adalberto Kemeny (1901-1969). Trabalhou na Alemanha (UFA) e no Brasil. Filmes: Coisas Nossas/ 1931 com Alvarenga, Francisco Alves, Sebastião Arruda (Dir: Wallace Downey; O Caçador de Diamantes/ 1933 com Elmo Califontes, Reginaldo Calmon;Fazendo Fita/ 1935 com Alvarenga, Alzirinha Camargo; Luar do Sertão/ 1949 com Fernando Baleroni, Nena Batista (Dir: Tito Batini, Mario Civelli). Co-dirigiu (com Rodolfo Rex Lustig) e fotografou o documentário São Paulo, Sinfonia da Metrópole/ 1929.

Ernest Laszlo

Ernest Laszlo (1898-1984). Nome verdadeiro: Ernö László. Trabalhou nos EUA. Filmes:  Com as Horas Contadas/ D. O. A/ 1950 com Edmond O’Brien (Dir: Rudolph Mate); O Último Bravo/ Apache/ 1954 com Burt Lancaster;Vera Cruz / Vera Cruz / 1954 com Gary Cooper, Burt Lancaster;A Grande Chantagem/ The Big Knife/ 1955   com Jack Palance, Ida Lupino; A Morte um Beijo/ Kiss me Deadly/ 1955 com Ralph Meeker; A Dez Segundos do Inferno/ Ten Seconds to Hell/ 1959 com Jack Palance, Jeff Chandler, todos dirigidos por Robert Aldrich; O Vento Será Tua Herança/ Inherit the Wind/ 1960 com Spencer Tracy, Fredric March, Gene Kelly; Julgamento em Nuremberg/ Judgement at Nuremberg  / 1961 com Spencer Tracy, Burt Lancaster, Richard Widmark, Maximilian Schell; Deu a Louca no Mundo/ It’s a Mad, Mad, Mad, Mad World/ 1963 com Spencer Tracy, Milton Berle;  A Nau dos Insensatos/ Ship of Fools/ 1965 com Vivien Leigh, Simone Signoret, todos dirigidos  por Stanley Kramer; Viagem Fantástica/ Fantastic Voyage/ 1966 com Stephen Boyd (Dir: Richard Fleischer);  A Estrela/ Star!/ 1968 com Julie Andrews (Dir: Robert Wise); Aeroporto/Airport/ 1970 com Burt Lancaster, Dean Martin (Dir: George Seaton); Fuga no Século 23/ Logan’s Run/ 1976 (Dir: Michae Anderson). 

Ferenc Fekete (1914-1981). Trabalhou no Brasil. Filmes: Simão, o Caolho/ 1952 com Mesquitinha, Raquel Martins (Dir: Alberto Cavalcanti); Toda uma Vida em Quinze Minutos/ 1953 com Jaime Costa, Mara Rúbia, Delorges Caminha (Dir:  Pereira Dias); Carnaval em Caxias/ 1954 com José Lewgoy, Doris Monteiro, Ariston (Dir: Paulo Vanderley); Carnaval em Lá Maior/ 1955 com Randal Juliano, Sandra Amaral, Walter D’Avila (Dir: Adhemar Gonzaga); A Pensão de Dona Stella/ 1956 com Jaime Costa, Maria Vidal, Liana Duval (Dir: Alfredo Palácios, Ferenc Fekete). Fekete foi somente diretor de Doutora é Muito Viva/ 1956 com Eliana, Francisco Negrão.

George Fanto (1911-2000). Trabalhou na Itália, Argentina e Brasil. Filmes: O Corsário Negro/ Il Corsaro Nero com Ciro Verrati, Silvana Jachini (Dir: Amleto Palermi; 24 Horas de Sonho/ 1941 com Dulcina e Odilon (Dir: Chianca de Garcia); Direito de Pecar/ 1942 com Cesar Ladeira, Nilza Magrassi (Dir: Leo Marten); Samba em Berlim/ 1943 com Mesquitinha, Laura Suarez (Dir: Luiz de Barros); Anjo Nú/ El Angel Desnudo/ 1946 com Olga Zubarry (Dir: Carlos Hugo Christensen);Inocência/ 1949 (Dir: Fernando de Barros, Luiz de Barros) e Caminhos do Sul/ 1949 (Dir: Fernando de Barros) ambos com Maria Della Costa; Vendaval Maravilhoso/ 1949 com Paulo Maurício, Amália Rodrigues (Dir: Leitão de Barros);OteloOthello/1951 com Orson Welles, Suzanne Clothier (Dir: Orson Welles); Almas Adversas/ 1952 com Bibi Ferreira, Graça Mello (Dir: Leo Marten). Fanto colaborou com Welles no documentário inacabado It’s All True/ 1943.

John Alton

John Alton (1901-1996). Nome verdadeiro: Johann Jacob Altmann. Trabalhou na França, Argentina, EUA. Iniciou sua carreira no cinema em 1923 como técnico de laboratório da MGM e depois passou a ser assistente de câmera.  Na qualidade de operador de câmera partiu para a Europa com Ernst Lubitsch a fim de filmar algumas cenas de fundo para O Príncipe Estudante/ The Student Prince/ 1927 e acabou ficando na França por um ano, chefiando o departamento de câmera no estúdio da Paramount em Saint Maurice-Joinville. Em 1932, transferiu-se para a Argentina, onde montou dois estúdios sonoros, um para a Lumiton e outro para a Argentina Sono-Film. Neste país, dirigiu El Hijo de Papá/ 1933. Em 1939 voltou para Hollywood, onde se destacou notadamente nos filmes noirque fêz em colaboração com Anthony Mann: Moeda Falsa/ T-Men/ 1947 com Dennis O’Keefe; Demônio da Noite/ He Walked By Night/ 1948 com Richard Basehart; Entre Dois Fogos/ Raw Deal/ 1948 com Dennis O’Keefe, Claire Trevor: Mercado Humano/ Border Incident/ 1949 com Ricardo Montalban. Outros filmes: A Cicatriz/ Hollow Triumph/ 1948 com Paul Henreid, A Noite de 23 de Maio/ Mystery Street/ 1950 com Ricardo Montalban; O Império do Crime/ The Big Combo/ 1954 com Cornel Wilde, Os Irmãos Karamazov/ Brothers Karamazov/ 1958 com Yul Brynner, Maria Schell; Entre Deus e o Pecado/ Elmer Gantry/ 1960 com Burt Lancaster; sequência do longo balé final de Sinfonia de Paris/ An American in Paris/ 1951. Alton publicou o livro “Painting with Light”, cujo título sintetiza bem sua arte (v. meus posts: “Diretores de Fotografia do Filme Noir” de 10/5/2014 e “Pintando com a Luz: John Alton de 23/2/2016).

Rodolfo Icksey (1905-1986), Nome verdadeiro: Rudolf Icksey. Trabalhou no Brasil, destacando-se nos seis filmes sob direção de Walter Hugo Kouri: Estranho Encontro com Mario Sérgio, Andrea Bayard; Na Garganta do Diabo/ 1960 com Luigi Pichi, Odete Lara; A Ilha/ 1963 com Luigi Pichi, Eva Wilma; Noite Vazia/ 1964 com Norma Benguell, Odete Lara; O Corpo Ardente/ 1966 com Barbara Laage; As Deusas/1972 com Lilian Lemmertz, Mario Benvenutti). Outros filmes: Quem Matou Anabela/ 1956 com Ana Esmeralda, Procópio Ferreira, Jaime Costa, Nydia Lícia (Dir: Ferenk Fekete); Curucu, o Terror do Amazonas/ 1956 com John Bromfield, Beverly Garland, Tom Payne (Dir: Curt Siodmak); Arara Vermelha com Anselmo Duarte, Odete Lara (Dir: Tom Payne); Cara de Fogo/ 1957 com Alberto Ruschel (Dir: Galieu Garcia); ACompadecida/ 1969 com Armando Bogus, Antonio Fagundes, Regina Duarte (Dir: George Jonas; Moral em Concordata  / 1959 com Odete Lara, Maria Della Costa, Jardel Filho (Dir: Fernando de Barros); Jeca Tatu/ 1960 com Amâncio Mazzaropi, Geny Prado (Dir: Milton Amaral); Independência ou Morte/ 1972  com Tarcísio Meira, Gloria Menezes (Dir: Carlos Coimbra).

Rudolph Lustig

Rudolf (Rodolfo) Rex Lustig (1901-1970). Nome verdadeiro: Rezsö Icsey. Trabalhou no Brasil. Filmes: Coisas Nossas/ 1932 com Alvarenga, Francisco Alves, Sebastião Arruda (Dir: Wallace Downey);O Caçador de Diamantes/ 1934 com Elmo Califontes, Reginaldo Calmon (Dir: Vittorio Capellaro). Fotografou e co-dirigiu (com Adalberto Kemeny) o documentário São Paulo, Sinfonia da Metrópole/ 1929.

GRANDES COADJUVANTES DO CINEMA FRANCÊS

Sempre admirei os atores de segundo plano, mais notadamente os character actors, caratteristi, acteurs de composition que, pelo seu físico, interpretam de um filme a outro papéis típicos, pois estes atores de complemento são tão indispensáveis ao poder de evocação dos filmes quanto os astros e muitas vêzes chamam mais atenção do que os primeiros, fazendo carreiras extraordinárias, tornando-se alguns deles, podemos assim dizer, uns quase-astros.

Todas as cinematografias contém grandes atores e atrizes característicos, mas tenho uma particular predileção por aqueles que Raymond Chirat e Olivier Barrot denominaram “les excentriques du cinema français” em um livro memorável publicado em 1983 pela Henri Veyrier. Por iniciativa minha de adquirir os filmes em dvd das coleções René Chateau, Gaumont, Les Classiques Français, Les Documents Cinématograhiques, Studio Canal, LCJ Editions etc., e com a ajuda de Sergio Leemann, que me manda sempre filmes gravados da televisão européia, pude ver uma quantidade enorme de filmes francêses do período 1920-1960 e assim conhecer melhor os coadjuvantes ilustres relacionados pelos dois eminentes autores. É com base neste conhecimento, que escolhí os meus favoritos, os quais homenageio com um coração de cinéfilo e doce nostalgia.

Tal como fizeram Chirat-Barrot, excluí nomes que se tornaram astros como Lucien Coëdel, Fernand Ledoux, Jules Berry, Rellys, Bernard Blier e Ginette Leclerc. Em cada verbete faço referência apenas aos papéis de cada ator ou atriz que mais me impressionaram.

Aimos e Jean Gabin em A Bandeira

AIMOS, RAYMOND 1889-1944). Mulot, um dos dois companheiros de Pierre Gilieth (Jean Gabin) em A Bandeira/ La Bandera/1935 (Dir:  Julien Duvivier)); o mendigo Quart-Vittel, hospedado na taverna onde está o desertor Jean (Jean Gabin) em Cais das Sombras/ Quai des Brumes/ 1938 (Dir: Marcel Carné); Agénor em Eram Nove Solteirões/ Ils Étaient Neuf Celibataires/ 1939 (Dir: Sacha Guitry); o mordomo do arquiduque François Ferdinand (John Lodge) em De Mayerling a Sarajevo/ De Mayerling à Sarajevo/ 1940 (Dir: Max Ophüls); o mendigo Cupidon, companheiro de Monsieur La Souris (Raimu) em Monsieur La Souris / 1942 (Dir: Georges Lacombe); e, principalmente, Raymond vulgo “Tintin”, o operário que cai do telhado do restaurante ao ar livre em Camaradas / La Belle Equipe/ 1936 (Dir: Julien Duvivier).

Bernard Lancete e Alerme em A Quermesse Heróica

ALERME (1877-1960). Gaston Noblet, o marido da dona da pensão (Françoise Rosay) em Pensão Mimosas/Pension Mimosas/ 1934 (Dir: Jacques Feyder); Monsieur Serval, o pai da jovem advogada (Danielle Darrieux) em Uma Dupla do Barulho/ Un Mauvais Garçon/ 1936 (Dir: Jean Boyer); Albert Letournel, o viúvo quinquagenário prometido em casamento para a frívola heroína (Danielle Darrieux) em Senhorita Minha Mãe/ Mademoiselle ma Mère/ 1937 (Dir: Henri Decoin); e, principalmente, o burgomestre covarde em Quermesse Heróica/ La Kermesse Héroique/ 1935 (Dir: Jacques Feyder).

Daniele Delorme e Lucienne Boagaert em Sedução Fatal

BOGAERT, LUCIENNE (1895-1983). A jovem provocante em Sombra do Pavor / Le Corbeau/ 1943 (Dir: Henri-Georges Clouzot); Europe em Vautrin/ 1943 (Dir: Pierre Billon); Mme. D, a mãe de Agnès (Elina Labourdette) em As Damas do Bois de Boulogne/ Les Dames du Bois de Boulogne/ 1945 (Dir: Robert Bresson); Anaïs Le Berre, a mãe desequilibrada de Joseph (Daniel Gélin) e morta por ele em Deus Necessita de Homens/ Dieu a Besoin des Hommes/ 1950 (Dir: Jean Delannoy); Adèle Maurin, mãe de Marcel (Jean Desailly) em Assassino de Mulheres/ Maigret Tend un Piège/ 1958; e, principalmente, Gabrielle, a ex-esposa de André Chatelin (Jean Gabin) e mãe de Catherine (Daniele Delorme) em Sedução Fatal/ Voici les Temps des Assassins/ 1956.

 

 

Jean Gabin, Julien Carette e Simone Simon em A Bêsta Humana

CARETTE, JULIEN (1897-1966). Yves Calubert, colega de Arlette (Danielle Darrieux) na escola de batedores de carteira em Battement de Coeur/ 1933 (Dir: Henri Decoin); Cartier-o ator, prisioneiro com Maréchal (Jean Gabin) na fortaleza alemã em A Grande Ilusão/ La Grande Illusion/ 1937 (Dir: Jean Renoir); Pecquex, o foguista ajudante do maquinista da locomotiva, Jacques Lantier (Jean Gabin) em A Bêsta Humana/ La Bête Humaine/ 1938 (Dir: Jean Renoir); Pochet, o pai de Amélie (Danielle Darrieux) em Meu Amigo, Amélia e Eu/Occupe-toi d’Amélie/1949 (Dir: Claude Autant-Lara); Pierre Martin, o hospedeiro assassino em A Estalagem Vermelha/ L’Auberge Rouge/ 1951 (Dir: Claude Autant-Lara); e, principalmente, Marceau, o caçador furtivo em A Regra do Jôgo/ La Règle du Jeu/ 1937 (Dir: Jean Renoir).

Orane Demazis e Fernand Charpin em Marius

CHARPIN, FERNAND (1884-1944). Bravida, o amigo de Tartarin (Raimu) em Tartarin de Tarascon/ 1934 (Dir: Raymond Bernard); Régis, o informante, em O Demonio da Argélia/ Pepele Moko/ 1936 (Dir: Julien Duvivier); o tio de Iréné (Fernandel) em Le Schpountz/ 1938 (Dir: Marcel Pagnol); o Marquês Castan de Venelles em A Mulher doPadeiro/ La Femme du Boulanger; o prefeito Adrien Beaumont em Les Otages/ 1939 (Dir: Raymond Bernard); Monsieur Mazel em La Fille du Puisatier/ 1940 (Dir: Marcel Pagnol); Francet Mamai, pai do jovem suicida (Louis Jourdan) perdidamente apaixonado por uma jovem sempre referida como a arlesiana em L’Arlésienne/ 1942 (Dir: Marc Allégret); e, principalmente o Honoré Panisse da trilogia Marius/ 1931 (Dir: Alexander Korda),  Fanny/ 1932 (Dir: Marc Allégret),César / 1936 (Dir: Marcel Pagnol).

Marcel Dalio e Simone Signoret em Escraas do Amor

DALIO, MARCEL (1899- 1983). L’Arbi, o informante em O Demônio da Argélia/ Pépéle Moko/ 1935 (Dir: Julien Duvivier); o editor Steiner em O Grande Amor de Beethoven / Un Grand Amour de Beethoven/ 1936 (Dir: Abel Gance); Rosenthal em A Grande Ilusão/ La Grande Illusion/ 1937 (Dir: Jean Renoir); o vagabundo Matteo, poeta e contador de histórias apaixonado por Sofia (Viviane Romance) em Pecadoras de Túnis/ La Maison du Maltais/ 1938 (Dir: Pierre Chenal); Barel, o chantagista amigo da excêntrica cantora de cabaré (Arletty) em Tempête/ 1940 (Dir: Bernard Deschamps); Marco, o porteiro cafetão de Dedée (Simone Signoret) em Escravas do Amor/ Dedée D’Anvers/ 1948 (Dir: Marc Allégret); e, principalmente, o marquês Robert de la Chesnaye  em A Regra do Jôgo/ La Règle du Jeu/ 1939 (Dir: Jean Renoir).

Gabrielle Dorziat e Harry Baur em Mollenard

DORZIAT, GABRIELLE (1879-1979). Imperatriz Élisabeth em Mayerling / Mayerling / 1936 (Dir: Anatole Litvak); Mme. Mollenard em Mollenard/ 1938  (Dir: Robert Siodmak); Madame Chabert, uma velha atriz, em La Fin du Jour/ 1939 (Dir: Julien Duvivier); Arquiduquesa Marie-Thèrese em De Mayerling a Sarajevo/ De Mayerling a Sarajevo/ 1940  (Dir: Max Ophüls); a presidente Groussault em O Capelão das Galeras/ Monsieur Vincent/ 1947 (Dir: Maurice Cloche); a duquesa de Albuquerque em Entre o Amor e o Trono/ Ruy Blas/ 1948 (Pierre Billon); Madame D’Otermont em Amor Traído/ La Verité sur Bébé Donge / 1952 (Dir: Henri Decoin); e, principalmente, a tia Léo em O Pecado Original/ Les Parents Terribles/ 1948 (Dir: Jean Cocteau).

Gastom Modot e Paulete Dubost em A Regra do Jogo

DUBOST, PAULETTE (1910-2011). Ginette em Hotel do Norte/ Hotel du Nord/ 1938 (Dir: Marcel Carné); Victoire em Roger la Honte/ 1946 (Dir: Andre Cayatte); Virginie, a mãe de Henriette (Dany Robin) em A Festa do Coração/ La Fête à Henriette/ 1952 (Dir: Julien Duvivier); Mauricette Barberot, a mulher do açougueiro em Assassino de Mulheres/ Maigret Tend un Piège/ 1959 (Dir: Jean Delannoy); Madame Fernande em O Prazer/ Le Plaisir/ 1952; Josephine, a criada em Lola Montez/ Lola Montès/ 1955 (Dir: Max Ophüls); e, principalmente  Lisette, a camareira de Christine de Chesnaye (Nora Gregor) disputada por seu marido, o guarda de caça Schumacher (Gaston Modot) e Marceau, o caçador furtivo  (Julien Carette) em A Regra do Jôgo/ La Règle du Jeu/ 1939 (Dir: Jean Renoir).

Charles Dullin e Louis Jouvet em Volpone

DULLIN, CHARLES (1885-1949). Louix XI em O Milagre dos Lobos/ Miracle des Loups/ 1924 (Dir: Raymond Bernard); Barão de Kempelen em O Jogador de Xadrez/ Le Joueur d’Échecs  / 1926 (Dir: Raymond Bernard); Olivier Maldone em Maldone / 1928 (Dir: Jean Grémillon); o cego, testemunha implacável em O Crime do Correio de Lyon/ L’Affaire du Courrier de Lyon / 1937; o usurário Corbaccio em Volpone/ Volpone/ 1941 (Dir: Maurice Tourneur); Brignon, o velho produtor libidinoso em Crime em Paris/ Quai des Orfévres/ 1947 (Dir: Henri-Georges Clouzot); e, principalmente, Thénardier em Os Miseráveis/ Les Misérables / 1934 (Dir: Raymond Bernard).

Saturnin Fabre e Danielle Darrieux em Battement de Coeur

FABRE, SATURNIN (1889-1961). Le Grand Père em O Demônio da Argélia/ Pépé le Moko/ 1936 (Dir: Julien Duvivier); Thalès, o ilusionista em La Nuit Fantastique/ 1942 (Dir: Marcel L’Herbier); Monsieur Sénéchal, o empresário ex-colaboracionista em Les Portes de la Nuit/ 1946 (Dir: Marcel Carné); Bourdillat, o antigo ministro que inaugura o mictório público da cidade em Primavera de Escândalos/ Clochemerle/1948 (Dir:  Pierre Chenal); o bizarro Marquês de la Tour Mirande em Miquette et sa Mère/ 1949 (Dir: Henri-Georges Clouzot); e, principalmente Monsieur Aristide, o professor da escola de punguistas em Battement de Coeur/ 1939 (Dir: Henri Decoin) e Prunier, um dos loucos do hospital psiquiátrico que expõe a sua alienação respondendo arrogantemente ao oficial  alemão sem o menor temor do inimigo em Alguém Virá Esta Noite/ Un Ami Viendra Ce Soir/1946 (Dir: Raymond Bernard).

Pierre Fresnay e Pierre Larquey em Sombra do Pavor

LARQUEY, PIERRE (1884-1962). Hippolyte, o rapaz de pé torto operado malogradamente por Charles Bovary (Pierre Renoir) em Madame Bovary/ Madame Bovary/ 1934 (Dir: Jean Renoir); Gustin, o clarim da legião em A Última Cartada/ Le Grande Jeu/ 1934; Colin, o fabricante de marionetes em O Assassino Mora no 21/ L’Assassin Habite au21/ 1941 (Dir: Henri-Georges Clouzot); o Pai Goriot em Le Père Goriot/ 1945 (Dir: Robert Vernay); o velho chofer de taxi, testemunha “forçada” em Crime em Paris/ Quai des Orfèvres/ 1947; M. Drain, um dos professores em As Diabólicas / Les Diaboliques/ 1954; e, principalmente,  o médico  perverso Dr. Michel Vozet (o Corvo) em  Sombra do Pavor/ Le Courbeau/ 1943 (Dir: Henri-Georges Clouzot).

Annabella, Jean Gabin e Robert Le Vigan em A Bandeira

LE VIGAN, ROBERT (1900-1972). Lheureux, o usurário em Madame Bovary/ Madame Bovary/ 1934 (Dir: Jean Renoir); Fernando Lucas o policial que segue a pista de Pierre Gilieth (Jean Gabin) até a Legião Estrangeira em A Bandeira/ La Bandera / 1935 (Dir: Julien Duvivier); Jesus Cristo em Gólgota/ Golgotha/ 1935 (Dir: Julien Duvivier); o ator alcoólatra em Bas-fonds/ Les Basfonds/ 1936 (Dir: Jean Renoir); o pintor suicida em Cais das Sombras/ Quai des Brumes/ 1938 (Dir: Marcel Carné); César, o homem invisível em O Mistério do Colégio/ Les Disparus deSaint-Agil/ 1938 (Dir: Christian-Jaque); o professor Villard em O Assassinato dePapai Noel/ L’ Assassinat du Père Noël/ 1961 (Dir: Christian-Jaque); o chantagista em Paixão Criminosa/ Le Dernier Tournant/ 1939 (Dir: Pierre Chenal);  e, principalmente Tonkin, o neurótico obcecado com a Indochina em Mãos Vermelhas/ Goupi Mains Rouges/ 1938 (Dir: Jacques Becker).

MARKEN, JANE (1895-1976). Prudence em A Dama das Camélias/ La Dame Aux Camélias/ 1934 (Dir: Fernand Rivers, Abel Gance); Madame Dufour em Partie deCampagne/ 1936 (Dir: Jean Renoir); Louise Lecouvreur em Hotel do Norte/ Hotel du Nord/ 1938 (Dir: Marcel Carné); Louise Martinet em Lumière d’Été/ 1942 (Dir: Jean Grémillon); Anne em Além da Vida/ L’Éternel Retour/ 1943 (Dir: Jean Delannoy); Mme. Boissac em Estranha Coincidência/ Copie Conforme/ 1947 (Dir: Jean Dréville); a belicosa baronesa de Courtebiche em Primavera de Escândalos/ Clochemerle/ 1948 (Dir: Pierre Chenal); Germaine em Escravas do Amor/ Dédée d’Anvers/ 1948 (Dir: Yves Allégret); e, principalmente, Mme. Hermine com seus sorrisos nervosos e suspiros em O Boulevard do Crime/ Les Enfants du Paradis/ 1945 (Dir: Marcel Carné) e a mãe de Dora (Simone Signoret) em A Cínica/ Manèges/  1950 (Dir: Yves Allégret).

Jean-Louis Barrault e Gaston Modot em O Boulevard do Crime

MODOT, GASTON (1887-1970). O Homem (papel principal de L’Age D’Or/ 1930 (Dir: Luis Buñuel) ao lado de Lia Lys (A Mulher); Peachum, o rei dos mendigos em A Ópera dos Pobres/ L’Opéra de Quat’sous/ 1931 (Dir: G. W. Pabst); o legionário Muller em A Bandeira/ La Bandera/ 1935 (Dir: Julien Duvivier); Jimmy em O Demônio da Argélia/ Pépé le Moko/ 1937 (Dir: Julien Duvivier); o engenheiro, um dos prisioneiros na fortaleza alemã em  A Grande Ilusão/ La Grande Illusion/ 1937 (Dir: Jean Renoir); o cego Fil de Soie em O Boulevard do Crime / Les Enfants du Paradis/ 1945 (Dir: Marcel Carné); Danard em Amores de Apache/ Casque D’or/ 1952 (Dir: Jacques Becker); e, principalmente, o guarda de caça Schumacher em A Regra do Jôgo/ La Règle du Jeu/ 1939 (Dir: Jean Renoir).

Odette Joyeux e Marguerite Moreno em Paixão de uma Noite

MORENO, MARGUERITE (1871-1948). La Thénardier em Os Miseráveis/ Les Miserables/ 1934 (Dir: Raymond Bernard); Condessa Beauchamp du Bourg de Catinax em A História de um Trapaceiro/ Le Roman d’un Tricheur/ 1936 (Dir: Sacha Guitry); Catarina de Médicis e Imperatriz Eugenia idosa em As Pérolas da Corôa/ Les Perles de la Couronne/ 1936 (Dir: Sacha Guitry); Condessa Tomski, emA Dama de Espadas/ La Dame de Pique/ 1937 (Dir: Fedor Ozep); a cigana em Os Amores deCarmen/Carmen/ 1944 (Dir: Christian-Jaque); a generala Elisabeth Prokovievna Epantchine em O Idiota/ L’Idiot / 1946 (Dir: Georges Lampin); tia Jeanne em Un Revenant/ 1946 (Dir: Christian-Jaque); Madame de Bonafé, avó de Douce (Odette Joyeux) em Dulce, Paixão de uma Noite/ Douce/ 1943 (Dir: Claude Autant-Lara) e, principalmente, La Mamèche, a velha italiana meio louca de Regain/ 1937 (Dir: Marcel Pagnol).

Gina Lollobrigida e Noel Roquevert em Fanfan la Tulipe

ROQUEVERT, NOEL (1892-1973). Dr. Linz, médico colonial em O Assassino Mora no 21/ L’ Assassin Habite au 21/ 1942 (Dir: Henri-Georges Clouzot); Melissa, o cozinheiro italiano em A Mão do Diabo/ La Main du Diable/ 1942 (Dir: Maurice Tourneur); Comissário Binet em Les Inconnus dans la Maison/ 1942 (Dir: Henri Decoin); Jagu, fiel companheiro de Du Guesclin (Fernand Grevey) em Lanceiro Invencível/ Du Guesclin/ 1949 (Dir: Bernard de Latour); Théodore Andrieux, o sexto jurado em O Direito de Matar/ Justice est Faite/ 1950 (Dir: André Cayatte); antigo resistente em Marie Octobre/ 1958 (Dir: Julien Duvivier); e, principalmente, Fier-à-Bras, espadachim irascível em  Fanfan la TulipeFanfan LaTulipe / 1952 (Dir: Christian-Jaque).

Pierre Brasseur, Marcel Herrnad e Louis Salou em O Boulevard do Crime

 

SALOU, LOUIS (1902-1948). Inspetor Sorbier em Viagem sem Esperança/ Voyage sans Espoir/ 1943 (Dir: Christian-Jaque); Fifi, o tenente prussiano de Anjo Pecador/ Boule de Suif/ 1945 (Dir: Christian-Jaque); Comissário Lacroix em Roger La Honte/ 1946 (Dir: André Cayatte); Príncipe Ernest IV em Amantes Eternos ou A Sombra do Patíbulo / La Chartreuse de Parme / 1948 (Dir: Christian-Jaque); Ettore Maglia, magistrado corrupto fascista em Os Amantes de Verona/ Les Amants de Verone/ 1948 (Dir: André Cayatte); e, principalmente o conde Edouard de Montray, o protetor de Garance (Arletty) em O Boulevard do Crime/ Les Enfants du Paradis/ 1945  (Dir: Marcel Carné).

Louis Seigner e Henri Crémiex em A Festa do Coração

SEIGNER, LOUIS (1903-1991). O maestro que sabota a ópera de Berlioz (Jean-Pierre Aumont) em La Symphonie Fantastique/ 1942 (Dir: Christian-Jaque); M. de Nuncigen em Vautrin / 1943 (Dir: Pierre Billon); Dr. Bertrand em Sombra do Pavor/ Le Corbeau/ 1943 (Dir: Henri-Georges Clouzot); o diretor da prisão em Anjos das Ruas/ Les Anges du Peché/ 1943 (Dir: Robert Bresson); Edmond Gonin em Un Revenant/ 1946 (Dir: Christian-Jaque); Grillo, o guardião da Tour Farnese em Amantes Eternos ou A Sombra do Patíbulo / La Chartreuse de Parme/ 1947 (Dir: Christian-Jaque); Levase, o professor de arte dramática em Eterna Ilusão/ Rendez-vousde Juillet/ 1949 (Dir: Jacques Becker); Lavoisier em Se Versalhes Falasse/ Si Versailles M’Était Conté/ 1954 (Dir: Sacha Guitry); o presidente do tribunal em A Verdade/ La Verité/ 1960 (Dir: Henri-Georges Clouzot); e, principalmente, o roteirista imaginoso  e volúvel  que organiza as perípécias  em A Festa do Coração/ La Fête à Henriette/ 1952 (Dir: Julien Duvivier).

Pierre Blanchar e Sylvie em Um Carnet de Baile

SYLVIE, LOUISE (1885-1970). Catherine Ivanova em Assassino sem Culpa/ Crime etChâtiment/ 1935 (Dir: Pierre Chenal); Gaby, a amante de Thierry, o médico que pratica abortos (Pierre Blanchar) e é assassinada por ele em Um Carnet de Baile/ Un Carnet de Bal/ 1937 (Dir: Julien Duvivier); Madame Tusini em La Fin du Jour/ 1939 (Dir: Julien Duvivier); a mãe do canceroso (Roger Blin) que, advertido pelo Corvo da gravidade de seu estado de saúde, corta a garganta com uma navalha em Sombra do Pavor/ Le Corbeau/ 1943 (Dir: Henri-Georges Clouzot); a Madre Superiora em Anjos das Ruas/ Les Anges du Peché/ 1943 (Dir: Robert Bresson); Madame Ivolvine em O Idiota/ L’Idiot/ 1946 (Dir: Georges Lacombe); a mãe de Maurice (Michel Bouquet), o irmão bastado do conde Julian de Kériadec (Paul Bernard), apelidado de “Patas Brancas” em Mulher Cobiçada/ Pattes Blanches/ 1949 (Dir: Jean Grémillon);“La Karabassen”, a criada do sacristão Thomas Gouvernnec (Pierre Fresnay) em Deus Necessita de Homens/ Dieu a Besoin des Hommes/ 1950 (Dir: Jean Delannoy);e,principalmente, Madame Raquin, a paralítica que sabe tudo o que se passou e se confronta com Thérèse (Simone Signoret) em Thérèse Raquin/ 1953 (Dir: Marcel Carné).

Jean Tissier em O Assassino Mora no 21

TISSIER, JEAN (1896-1973). Roland Médeville, antigo diplomata sem dinheiro em Battement de Coeur/ 1939 (Dir: Henri Decoin); Paulo, um dos escroques cúmplices da condessa russa (Edwige Feuillère) em J’étais une aventurière  / 1938 (Dir: Raymond Bernard); Comissário Binet em Inconnus dans la Maison/ 1941 (Dir: Henri Decoin); Mascouvin, o chantagista em Picpus/ 1942 (Dir: Richard Pottier); guia do castelo em Se Versalhes Falasse/ Si Versailles m’était Conté/ 1954 (Dir: Sacha Guitry); Louis XI em O Corcunda de Notre Dame/ Notre Dame de Paris/ 1956 (Dir: Jean Delannoy); e, principalmente, Tricket, também conhecido como o faquir Lalah-Poor, em O Assassino Mora no 21/ L’Assassin Habite au 21(Dir: Henri-Georges Clouzot).

CHICO BÓIA

Depois de Charles Chaplin, ele era o comediante predileto de todo mundo. No Brasil, desfrutava de uma imensa popularidade. Nos Estados Unidos chamavam-no de Fatty, desde seus tempos de colégio. Aqui, deram-lhe o apelido de Chico Bóia. Roscoe Arbuckle não foi apenas um grande comediante, mas também um habilidoso diretor de comédias que treinou Buster Keaton na arte de fazer filmes  – e Keaton se tornou um dos maiores diretores de comédias de todos os tempos.

Roscoe “Fatty”Arbuckle, o Chico Bóia

Roscoe Conkling Arbuckle (1887-1933), nasceu  em Smith Center, Kansas , filho de Mary E. “Mollie” Gordon e William Goodrich Arbuckle. Quando Roscoe estava quase com dois anos de idade, sua família mudou-se para Santa Ana, Califórnia. O menino tinha uma voz de cantor maravilhosa e era extremamente ágil. Aos oito anos de idade, com o incentivo de sua mãe, atuou pela primeira em um palco na Companhia Frank Bacon, quando esta se apresentou em Santa Ana. Roscoe gostou de representar e continuou no tablado até a morte de sua mãe em 1899, quando ele tinha doze anos de idade. Seu pai, que sempre o tratara severamente, recusou-se a sustentá-lo, e Roscoe foi trabalhar em um hotel, prestando serviços ocasionais.

Fatty cercado de belezas

O rapaz tinha o hábito de cantar enquanto trabalhava e foi ouvido por um hóspede, que era  cantor profissional. O hóspede convidou-o para atuar em um espetáculo de calouros, que consistia no seguinte: o público julgava as performances batendo palmas  ou vaiando e, neste caso, o calouro era expulso do palco por alguém que saia dos bastidores do teatro, segurando um cajado. Roscoe cantou, dançou, e fez algumas palhaçadas, mas não conseguiu impressionar a platéia. Ele viu a pessoa com o cajado sair dos bastidores e, para evitá-lo, deu uma cambalhota no poço da orquestra em óbvio pânico. A platéia veio abaixo, e ele não somente ganhou a competição, como iniciou uma carreira no vaudeville.

Em 1904, Sid Grauman convidou-o para cantar no seu novo Unique Theater em San Francisco, começando uma longa amizade entre os dois. Arbuckle então juntou-se ao Pantages Theatre Group em tournéepela Costa Oeste dos Estados Unidos e, em 1906, trabalhou no Orpheum Theater em Portland, Oregon, com uma trupe de vaudeville organizada por Leon Errol, tornando-se a principal atração do espetáculo.

Minta Durfee e Fatty

Em 6 de agosto de 1908, casou-se com Minta Durfee – sua companheira em inúmeras comédias no cinema – e ingressou na companhia de vaudeville Morosco Burbank Stock. Em julho de 1909, iniciou sua carreira cinematográfica na Selig Polyscope Company, aparecendo em Ben’s Kid.

Depois de surgir em mais três comédias de um rolo e/ou split reel (aproximadamente metade de um rolo), produzidas pela Selig Polyscope, Arbuckle foi para a Keystone Film Company, onde ascendeu a astro e diretor. Entre 1913 a 1916, atuou nas comédias da Keystone e em uma da Nestor, Almost a Rescue / 1913. Em 1914, a Paramount Pictures lhe fez uma oferta, até então inédita, de mil dólares por dia mais 25% dos lucros e controle artístico completo para fazer filmes estrelados por ele próprio e Mabel Normand. Em 1916, Arbuckle fundou com Joseph M. Schenck a Comique Film Corporation, para produzir suas comédias, que seriam distribuídas pela Paramount. Em 1918, Arbuckle transferiu suas ações para Buster Keaton, e aceitou a oferta da Paramount  de 3 milhões de dólares, para fazer 18 filmes em três anos.

Em 5 de setembro de 1921, no fim–de-semana do feriado do Dia do Trabalho, para celebrar a assinatura de seu contrato com a Paramount, Arbuckle, acompanhado de dois amigos, Lowell Sherman e Fred Fischbach, deu uma festa no Saint Francis Hotel em San Francisco. Entre os presentes estava uma starlete modelo chamada Virginia Rappe. Ela passou mal, foi hospitalizada, e morreu quatro dias depois. Virginia foi trazida para a festa por uma cafetina e chantagista, Maude Delmont. Esta jurou perante o Promotor Público, Matthew Brady, que Arbuckle arrastou Virginia Rappe para seu quarto, fechou a porta e, apesar de seus gritos desesperados, estuprou-a brutalmente.

Virginia Rappe

No dia seguinte à morte de Virginia, rumores escandalosos começaram a se espalhar e a imprensa marron lhes deu cobertura. Exemplo: furioso, por causa de sua impotência  etílica, Arbuckle teria violentado Virginia com uma garrafa de Coca-Coca ou de champanha. Ou: Virginia foi  encontrada esmagada sob os cento e trinta quilos de Fatty. William Randolph Hearst, dono do San Francisco Examiner, diria mais tarde que o caso Arbuckle vendeu mais jornais do que qualquer outro evento desde o afundamento do Lusitania. A reação da opinião pública foi súbita e brutal, rotulando Arbuckle como um desquilibrado sedento de sexo.

Fatty e seus advogados

No dia 17 de setembro de 1921, Roscoe “Fatty” Arbuckle foi preso sob acusação de homicídio doloso. No dia 28 de setembro, o juiz Sylvain J. Lazarus, estimando que as provas apresentadas contra Arbuckle eram insuficientes, transformou a acusação de homicídio para homicídio culposo e ele foi libertado no dia 29 depois do pagamento de uma fiança de cinco mil dólares. Arbuckle se apresentou livre na audiência do primeiro julgamento, que se iniciou no dia 14 de novembro de 1921. Após numerosos testemunhos contraditórios e 43 horas de deliberação, o Júri se pronunciou mas, como houve um impasse, foi necessário um segundo julgamento com novo Júri.  No segundo julgamento, que teve lugar em 9 de janeiro de 1922, também houve impasse.

Libertado sob fiança, Fatty foi obrigado a vender sua casa de Los Angeles bem como sua coleção de carros de luxo, para pagar os custos advocatícios. Os jurados do terceiro julgamento pronunciaram em seis minutos o seu veredicto no dia 12 de abril de 1922: Arbuckle foi absolvido. Os peritos médicos diagnosticaram que a bexiga de Virginia se rompeu e que ela apresentava sinais de inflamação crônica. Eles concluiram que a causa da morte foi natural e que nenhuma força exterior interveio. O Júri pediu desculpas ao acusado, algo inédito nos Anais da Justiça Americana.

Alguns dias após sua absolvição, Arbuckle foi banido oficialmente dos estúdios  por uma decisão da Motion Picture Producers and Distributors of America (MPPDA).  Ao ser anunciada a suspensão dessa interdição em dezembro de 1922, o escândalo fôra tão grande que Roscoe Arbuckle não conseguia arranjar emprego como ator e se refugiou no alcoolismo. Minta Durfee pediu o divórcio que, após uma reconciliação, foi finalmente decretado em dezembro de 1924. Em 16 de maio de 1925, Roscoe casou-se com Doris Deane, de quem se divorciou em 1929. Em 21 de junho de 1931, ele contraiu matrimônio com Addie Oakley Sheldon.

Doris e Roscoe

Roscoe e Addie

Buster Keaton tentou ajudar Arbuckle, oferecendo-lhe trabalho nos seus filmes. Arbuckle escreveu (não creditado) o argumento de uma comédia curta de Keaton, Sonho e Realidade  / Daydreams / 1922 e teria colaborado na direção de Bancando o Águia / Sherlock Jr. / 1924. De 1924 a 1932, Arbuckle funcionou como diretor para a Educational sob o pseudônimo de William Goodrich Finalmente, em 1932, assinou contrato com a Warner Bros. para ser o astro, sob seu próprio nome, de uma série de seis comédias de dois rolos produzidas pela Vitaphone. Em 28 de junho de 1933, Arbuckle acabara de terminar a filmagem do último desses filmes, quatro dos quais já haviam sido lançados. No dia seguinte, ele assinou contrato com a Warner para estrelar um filme de longa-metragem mas, à noite, sofreu um ataque cardíaco e morreu dormindo. Tinha 46 anos de idade.

FILMOGRAFIA COMO ATOR (Nos filmes assinalados  com um asterico Arbuckle trabalhou também como diretor)

Selig Polyscope: 1909 – Ben’s Kid; Mrs. Jones Birthday; Making it Pleasant for Him; The Sanitarium.

Keystone: Principalmente com Mabel Normand, Ford Serling, Minta Durfee, Charles Chaplin. Mack Sennett, Henry Lehrman, Wilfred Lucas e George Nichols revezavam-se como diretores. 1913 -The Gangsters; Alas! Poor Yorick!; Help! Help! Hydrophobia!; Safe in Jail; Passions, He Had Three; The Waiter’s Picnic; Peeping Pete; Love and Rubbish; Rastus and the Game Cock; A Bandit; For the Love of Mabel; The Telltale Light; The Milk We Drink; A Noise from the Deep; Love and Courage; A Small Time Ac; Professor Bean’s Removal; Almost a Rescue (na Nestor/ Dir: Al Christie); The Riot; Mabel’s New Hero; Mabel’s Dramatic Career; The Gypsy Queen; The Faithful Taxicab; When Dreams Come True; Mother’s Boy; Fatty’s Day Off; Two Old Tars; A Quiet Little Wedding; The Speed Kings; Fatty at San Diego; Wine; Fatty Joins the Force; The Woman Haters; A Ride for a Bride; Fatty’s Flirtation; His Sister’s Kids; Some Nerve; He Would a Hunting Go. 1914 – A Misplaced Foot; Caught in a Flue; The Under-Sheriff; A Flirt’s Mistake; In the Clutches of the Gang; Rebecca’s Wedding Day; A Robust Romeo; The Bowery Boys; Bombs and Bangs; Fatty’s Wild Night; Twixt Love and Fire; Joãozinho na Película ou Dia de Estréia / A Film Johnnie (com Charles Chaplin); Carlito Dançarino / Tango Tangle (com Charles Chaplin); Carlito entre o Bar e o Amor / His Favorite Pastime (com Charles Chaplin); A Rural Demon; Barnyard Flirtations *; Chicken Chaser *; A Bath House Beauty ou A Bathing Beauty *; Where Hazel Met the Villain *; A Suspended Ordeal *; The Water Dog *; The Alarm *; Our Country Cousin; Dois Heróis  / The Knockout (com Charles Chaplin); Fatty and the Heiress *; Fatty’s Finish *; Love and Bullets *; A Rowboat Romance *; The Sky Pirate *; Those Happy Days *; That Minstrel Man *;Those Country Kids *; Fatty’s Gift *; Carlito Coquette / The Masquerader (com Charles Chaplin); Nova Colocação de Carlito / His New Profession

Fatty e Chaplin em Carlitos na Farra

(com Charles Chaplin); A Brand New Hero *; Bombs and Bangs *; Carlitos na Farra ou Que Farra! / The Rounders (com Charles Chaplin); Lover’s Luck *; Fatty’s Debut *, Fatty Again *; Their Ups and Downs *, Zip, the Dodger *; Lover’s Post Office *; An Incompetent Hero *; Fatty’s Jonah Day *; Fatty’s Wine Party *l; The Sea Nymphs; Leading Lizzie Astray *; Shotguns That Kick *; Fatty’s Magic Pants *; Fatty and Minnie He-Haw *. 1915 – Mabel and Fatty’s Married Life *; Mabel and Fatty‘s Wash Day *; Mabel, Fatty and the Law *; Mabel and Fatty’s Simple Life *; Fatty and Mabel at the San Diego Exposition *; Fatty’s New Role *; Hogan’s Romance Upset; Fatty’s Reckless Fling *; Fatty’s Chance Acquaintance *; Fatty’s Faithful Fido *; That Little Band of Gold *; Wished on Mabel; When Love Took Wings *; Mabel’s Wilful Way; Miss Fatty’s Seaside Lovers*; Fatty’s Plucky Pup *; The Little Teacher; Fatty’s Tintype Tangle *; Fickle Fatty’s Fall *; Fatty and the Broadway Stars *. 1916 – Chico Bóia, Bóia Mesmo / Fatty and Mabel Adrift *; He Did and he Didn’t *; Bright Lights  *; His Wife’s Mistakes *; The Other Man; The Waiter’s Ball *; A Creamput Romance *

Fatty e Mabel Norman em Fatty and Mabel Adrift

Fatty e Mabel Normand em He Did and He Didn’t

Comique: Principalmente com Buster Keaton, Al St. John (sobrinho de Roscoe na vida real), Alice Lake. 1917 – Com Culpa no Cartório / The Butcher Boy *; Romeu de Esquina / A Reckless Romeo *; A Casa do Senhor Pancho / The Rough House *; A Noite do Casamento / His Wedding Night *; O Dr. Jalapa / Oh Doctor! *; Fatty em Coney Island / Coney Island *; A Country Hero *. 1918 – A Scrap of Paper *; Out West *; The Bell Boy *; Moonshine *; Boa Noite, Nurse ou Boa Noite, Santa / Good Night, Nurse! *; Parodiando Salomé / The Cook *; The Sheriff *. 1919 – Camping Out *; The Pullman Porter *; Love *; The Bank Clerk *; Herói do Deserto ou Um Herói no Deserto / A Desert Hero *; Fazendo Carreira Torta / Back Stage *; The Hayseed *. 1920 – O Vendedor de Automóveis / The Garage *.

Mabel Normand, Fatty e Buster Keaton em Fatty em Coney Island

Buster Keaton- Fatty- Al St. John

Keaton, Fattyv e Al St. John em Out West

Paramount: James Cruze e Joseph Henaberry revezando-se como diretores. Chico Bóia Bancando William Hart ou Valente Protetor / The Round Up; Aceitando o Desafio / Life of the Party. 1921 – Elas e Eles / Leap Year; Chico Bóia Arranja Frete / The Fast Freight; Os Milhões de Miguel Brewster / Brewster’s Millions; Gozos e Torturas / The Dollar-a-Year Man; Caixeiro Viajante / Traveling Salesman; Bochechudo Barulhento / Gasoline Gus; Com Vontade de Casar / Crazy to Marry. 1923 – Hollywood  (breve aparição como ele mesmo.)

Fatty e Mary Thurman em The Leap Year

Buster Keaton Prod. / MGM: 1925 – Vaqueiro Avacalhado / Go West (ponta).

Educational: 1931 – The Back Page *.

Warner Bros / Vitaphone: Ray McCarey e Alfred Goulding revezavam-se como diretores. 1932 -Comendo e Aprendendo / Hey, Pop!; Com a Mão Na Massa / In the Dough. 1933 – Quem Paga os Pratos? / Buzzin’ Around; How’ve You Bean?; Que Parentes / Close Relations; Por Uns Olhos Negros / Tomalio.

OBS: Relaciono abaixo títulos em português dos filmes de Roscoe Arbuckle, que pude encontrar, infelizmente sem a correspondência com o título original. Alguns títulos podem ser reintitulação de um título já mencionado na filmografia.

O Anarquista Fatty; Carlito e Fatty no Café; Fatty no Teatro; O Livro de Fatty; Fatty Vai ao Baile; Casamento de Fatty e Isabel; O Vizinho de Izabel; Fatty Faz uma Conquista; O Cão de Fatty; Fatty Aviador; Isabel e Fatty na Festa; Chico Bóia Encalacrado; CB na Dansa; CB Na Lagosta do Diabo ou Lagosta do Diabo; CB no Banho; CB Por Sua Dama; CB Em Duplicata; CB e sua Troupe; CB Bilontra; CB No Mar ou Peixão … no Mar!; CB no Colégio; Os Três Heróis; CB De Copeiro; CB Em Maus Lençóis; CB e seu Cachorro; CB Boróró; CB Almofadinha; CB Piratão; CB e sua Família; CB e seus Colegas; Ótima Operação; Querer é Poder; O Ajudante de Cozinheiro; O Delicado Delegado ou Delegado Delicado; Cozinheiro Cleopatra; Sorte Caprichosa; Uma Conquista Amorosa; Uma Cabeçada; Aceitando o Desafio; Férias de Verão; Lucro sem Proveito; Ações e Reações; CB Cozinheiro; Bochechudo Barulhento; Dia de Chuva; Gosos e Torturas; Nunca Mais; Eles e Elas; CB no Luna Park.

Curiosidade: Gastão Tojeiro escreveu a revista excêntrica, “Carlito e Chico Bóia (com João de Deus como Carlito e Alfredo Silva como Chico Bóia), cuja estréia no Teatro São José do Rio de Janeiro se deu em 3 de setembro de 1920.\

FILMOGRAFIA SOMENTE COMO DIRETOR:

Fox: 1922 – Special Delivery

Paramount: 1924 – Elas e Eles /  Leap Year

Educational: 1924 – His First Car; Stupid, But Brave; Lovemania; Dynamite Doggie.  1925 – The Iron Mule; Curses!; The Tourist; The Movies; Cleaning Up; The Fighting Dude. 1926 – My Stars; Home Cured; Fool’s Luck; His Private Life; One Sunday Morning.

Cosmopolitan: 1927 – Moinho Vermelho / The Red Mill com Marion Davies; Peaceful Oscar.

 Paramount: 1927 – Encomenda Postal / Special Delivery com Eddie Cantor

Educational: 1930 -Si Si Senor; Won by a Neck; Up a Tree . 1931 – Three Hollywood Girls; Marriage Rows; Pete and Repeat; Ex-Plumber; Crashing Hollywood; Windy Riley Goes Hollywood com Louise Brooks; The Back Page; The Lure of Hollywood.

 RKO-Pathé: 1931 – That’s My Line’

Educational: 1931 – Honeymoon Trio; Up Pops the Duke.

RK0-Pathé: 1931 -Beach Pajamas; Take’em and Shakeem.

Educational: 1931 -That’s My Meat; One Quiet Night; Queenie of Hollywood; Once a Hero; The Tamale Vendor; Idle Roomers;  Smart Work. 1932 -Moonlight and Cactus; Keep Laughing; Anybody’s Goat; Bridge Wives; Hollywood Luck; Hollywood Lights; Mother’s Holliday; Gigolettes; It’s a Cinch. 

RKO-Pathé: 1932 -Niagara Falls.

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EDWARD EVERETT HORTON

Ele foi um dos primeiros grandes atores característicos do cinema sonoro americano.  Dotado de uma voz especial e de uma dicção refinada, criou um tipo  pomposo com maneirismos nervosos, cuja marca registrada era o impagável “double take” (seu personagem sorria agradavelmente e fazia um aceno de cabeça indicando aquiescência com o que acabara de ouvir; então, quando percebia com atraso o que realmente fôra dito, sua expressão facial caia em colapso, mostrando perturbação). Algumas vêzes, Horton acrescentava um “triple-take”: ele parecia não compreender o que parecia ter entendido. Outra peculiaridade sua era a maneira como ele dizia a frase “Oh, Dear!”, como se o mundo estivesse acabando.

Edward Everett Horton

Edward Everett Horton Jr. (1886 – 1970) nasceu no Brooklyn, Nova York, filho de Edward Everett Horton, tipógrafo do The New York Times e Isabella S. (nascida Diak) Horton. Seu pai tinha ascendência inglesa e alemã e sua mãe nascera em Matanzas, Cuba, filha de escocêses. Ele estudou em uma escola secundária no Brooklyn e na faculdade Oberlin no Ohio, da qual foi expulso depois que subiu no alto de um edifício e jogou um boneco lá do alto fazendo com que a multidão que se aglomerara frente ao prédio, pensasse que fôra ele que havia se atirado. Posteriormente, cursou a Brooklyn Polytechnic e a Columbia University, ocasião em que estreou como ator em peças da faculdade.

Em 1906, Horton iniciou sua carreira no palco, cantando e dançando, e interpretando pequenos papéis no vaudeville e produções da Broadway. Em 1919, fixou-se em Los Angeles, alugando com seu irmão George o Majestic Theater, onde atuaram por várias temporadas. Em 1922, Horton estreou no cinema estrelando três comédias da Vitagraph dirigidas por Jess Robbins, Too Much Business, The Ladder Jinx e, A Front Page Story e se distinguiu como o mordomo Ruggles em Ele Sabe Do Que Eu Gosto / Ruggles of Red Gap (Dir: James Cruze para a Paramount) papel que Charles Laughton tornaria mais conhecido mais tarde na segunda versão realizada pela mesma companhia, Vamos à América, dirigida por Leo McCarey em 1935.

 O ator usou de início o nome de Edward Horton, porém depois seu pai o convenceu de adotar seu nome completo profissionalmente, alegando que poderiam surgir outros atores com o nome de Edward Horton, mas somente um chamado Edward Everett Horton.

Horton em Epidemia do Jazz

No período silencioso, Horton participou também como ator principal em filmes de curta-metragem realizados pela Hollywood Productions de Harold Lloyd ou pela Educational e, entre seus papéis mais importantes nas produções mais longas destacaram-se o do compositor Neil McRae em Epidemia do Jazz / Beggar on Horseback / 1925  (Dir: James Cruze, baseado na peça de Marc Connelly e George S. Kaufman) ao lado de Esther Ralston e o de Colline em La Bohème / La Bohème / 1926 (Dir: King Vidor, inspirado na obra de Henri Murger) contracenando com Lillian Gish e John Gilbert).

Horton em Alice no País das Maravilhas

Marlene Dietrich e Horton ( ao centro) em Mulher Satânica

Horton entre H. B. Warner, isabel Jewel, Thomas Mitchell e Ronald Colman em Horizonte Perdido

Entretanto, seus trabalhos na fase sonora são mais lembrados, sobressaindo nos anos trinta, suas atuações como o repórter Roy V. Bensinger em Última Hora / The Front Page / 1931 (Dir: Lewis Milestone); o chapeleiro louco em Alice no País das Maravilhas / Alice in Wonderland / 1933 (Dir: Norman Z. McLeod); Governador Don Paquito em Mulher Satânica / The Devil is a Woman / 1934 (Dir: Josef von Sternberg); o paleontologista excêntrico Alexander P. Lovett em Horizonte Perdido / Lost Horizon / 1936 (Dir: Frank Capra); Nick Potter em Bôemio Encantador / Holiday / 1938 (Dir: George Cukor), repetindo o mesmo papel que interpretara na versão de 1930 (Dir: Edward H. Griffith);

Robert Greig, Charles Ruggles e Horton em Ladrão de Alcova

Horton e Miriam Hopkins em Sócios no Amor

Gary Cooper, Horton e Claudette Colbert em A Oitava Esposa do Barba Azul

e, principalmente suas deliciosas intervenções nos filmes de Ernst Lubitsch (François Filep, aristocrata roubado por Herbert Marshal em um hotel de Veneza e pretendente à mão de Kay Francis em disputa com Charles Ruggles em Ladrão de Alcova / Trouble in Paradise / 1932; Max Plunkett, agente publicitário patrão e depois marido (sem que o casamento seja consumado) de Miriam Hopkins em Sócios no Amor / Design for Living / 1933; Embaixador Popoff da Ruritânia, seguindo os passos de Maurice Chevalier na cidade luz em A Víuva Alegre / The Merry Widow / 1935; o camareiro Graham em Anjo Angel / 1937; Marquês De Loisell, o nobre francês arruinado pai de Claudette Colbert, em A Oitava Esposa do Barba Azul / Bluebeard’s Eighth Wife / 1938

Betty Grable com Horton em A Alegre Divorciada

Fred Astaire e Horton em O Picolino

e nos musicais da dupla Fred Astaire-Ginger Rogers dirigidos por Mark Sandrich (Egbert “Pinky” Fitzgerald emA Alegre Divorciada / The Gay Divorcee 

Eric Blore e Horton em Vamos dançar?

Horton e as meninas em Vamos Dançar?

/ 1934; Horace Hardwick em O Picolino / Top Hat / 1935; Jeffrey Baird em Vamos Dançar? / Shall We Dance / 1936)., respectivamente advogado, patrocinador e empresário do personagem de Fred Astaire. Em uma sequência de A Alegre Divorciada, Horton (de bermuda e sandália com meia) e Betty Grable (no frescor de seus 18 anos) dançando sob o som de “Let’s Knock Knees”,acompanhados por um côro afinadíssimo, entusiasmaram o público em um número bastante animado, coreografado por Dave Gould e Hermes Pan. Nos outros dois musicais, Horton não dançava, mas marcava sempre sua presença de modo hilariante.

Jeanette MacDonald, Horton e maurice Chevalier em A Víuva Alegre

A primeira aparição de Horton no filme A Viúva Alegre, o encontro de Popoff com Danilo (Maurice Chevalier) – o esbarro, a briga, a troca de cartões para um duelo, os nomes e, logo, sorrisos e abraços – mostra como Horton era uma figura tipicamente lubitscheana. Neste mesmo momento, Popoff pergunta para Danilo: “Você já teve relações diplomáticas com uma mulher?”. Como se vê, suas falas também tinham o toque do grande cineasta alemão. A certa altura, quando Popoff se desespera por ter falhado na sua missão em Paris, ele chama um criado e diz: “Adamovitch, vá até o meu quarto. No armário atrás do retrato de Sua Majestade tem uma garrafinha marron com veneno. Joga ela fora por medida de segurança”. Tinha razão quem disse que a mera presença de Horton tornava todo filme em que trabalhava, melhor e, nos filmes de Lubitsch, ele roubava todas as cenas nas quais aparecia.

Na década de trinta Horton ainda fez cinco filmes na Inglaterra: Soldiers of the King / 1933 (Dir: Maurice Elvey); It’s a Boy! / 1933 (Dir: Tim Whelan); The Private Secretary / 1935 (Dir: Henry Edwards); The Man in the Mirror / 1936 (Dir: Maurice Elvey); e The Gang’s all Here / 1939, lançado nos EUA como The Amazing Mr. Forrest (Dir: Thornton Freland).

Camen Miranda, Horton, Alice Faye e Eugene Pallette em Entre a Loura e a Morena.

Dos anos quarenta e diante, até 1970, quando deixou definitivamente a tela no ano de sua morte aos 84 de idade, Horton chamou mais atenção como: Peyton Potter em Entre a Loura e a Morena / The Gang’s All Here / 1943 (Dir: Busby Berkeley); Conde “Piggy” Volsky em O Que Matou Por Amor / Summer Storm / 1943 (Dir: Douglas Sirk); Mr. Witherspoon em Este Mundo é um Hospício / Arsenic and Old Lace  / 1941 (Dir:  Frank Capra); Mensageiro 7013 em Que Espere o Céu / Here Comes Mr. Jordan  / 1941 (Dir: Alexander Hall); o mordomo Hudgins em Dama por um Dia / Pocketful of Miracles / 1961 (Dir: Frank Capra).

Horton, Josephine Hull e Jean Adair em Este Mundo é um Hospício

Horton permaneceu como free lancer durante toda a sua longa carreira, nunca se submetendo a um contrato de longa duração com qualquer estúdio. Ele também não se afastou do teatro – sendo sempre lembradas as suas quase três mil apresentações como Henry Dewlip em “Springtime for Henry” – e aderiu à televisão, onde emprestou sua voz para uma série de animação e interveio em outras, sendo a mais famosa, Batman (1966-1968), na qual contracenou com o vilão Egghead (Cabeça de Ovo), interpretado por Vincent Price, em dois episódios, O Ovo / An Egg Grows in Gotham e O Ovo Gorou / The Yegg Foes in Gotham. O personagem de Horton chamava-se Chief Screaming Chicken, um cacique fantoche do Cabeça de Ovo na sua tentativa da assumir o contrôle de Gotham City.

Vincent Price, Horton e Adam West no Batman da TV

Quem acompanhou constantemente a série I Love Lucy (1951-1957) deve ter visto o episódio Lucy Banca o Cupido / Lucy Plays Cupid, no qual Lucy (Lucille Ball), sabendo que sua vizinha, Miss Lewis (Bea Benadaret) está de ôlho no dono da mercearia, Mr. Ritter (Horton), tenta bancar o cupido; porém Mr. Ritter pensa que é ela que está atraída por ele e Lucy tem que se fazer um pouco menos atraente, para se livrar do seu atrevido pretendente. Horton, sempre admirável!

FILMOGRAFIA

1922 – Too Much Business, The Ladder Jinx; A Front Page Story. 1923 – Ele Sabe Do Que Eu Gosto / Ruggles of Red Gap; The Vow of Vengeance; Viva o Belo Sexo ! / To the Ladies. 1924 – Flapper Wives; Try and Get It; Um Homem de Honra / The Man Who Fights Alone; Os Filhos de Helena / Helen’s Babies. 1925 – Epidemia do Jazz; / Beggars on Horseback; Uma Desventura Feliz / Marry Me; The Business of Love. 1926 – La Bohème / La Bohème; Uma Noite de Apuros / Poker Faces; Que Escândalo / The Whole Town’s Talking. 1927 – Taxi! Taxi! / Taxi! Taxi!; No Publicity (curta); Find the King (curta) 1928 – O Terror / The Terror; Sonny Boy / Sonny Boy; Dad’s Choice (Curta); Behind the Counter (curta); Miss Information (curta); Horse Shy (curta); Scrambled Weddings (curta); Vacation Waves (curta);  Call Again (curta). 1929 –

Horton (de camisa listrada) em O Hotentote

O Hotentote / The Hottentot; O Covarde / The Sap; O Aviador / The Aviator; Take the Heir; Wide Open; The Eligible Mr. Bangs (curta); Ask Dad (curta); The Right Bed (curta); Trusting Wives (curta); Prince Gabby (curta); Good Medicine (curta); 1930 – Holiday; Once a Gentleman; O Príncipe dos Dólares / Reaching for the Moon. 1931 – Beija-me Outra Vez / Kiss Me Again; Lonely Wives; Última Hora / The Front Page; Six Cylinder Love; Smart Woman; A Idade do Amor / The Age of Love; The Great Junction Hotel (curta). 1932 – Conquistador Irresistível / But the Flesh is Weak;

Horton (à esquerda) em Roar of the Dragon

Mary Astor, Horton e Genevieve Tobin em Fácil de Amar

Roar of the Dragon; Ladrão de Alcova / Trouble in Paradise. 1933 – Soldiers of the King; Beijos Para Todos / A Bedtime Story; It’s a Boy! ; Lição de Amor / The Way to Love; Sócios no Amor/ Design for Living; Alice no País das Maravilhas / Alice in Wonderland. 1934 – Fácil de Amar / Easy to Love; Os Tapeadores / The Poor Rich; Paixão do Dinheiro / Success at Any Price; Brincando com Fogo / Uncertain Lady; Canto Chorado / Sing and Like It; Smarty; Templo da Beleza / Kiss and Make-Up; Mulher em Tudo / Ladies Should Listen; A Viúva Alegre / The Merry Widow; A Alegre Divorciada / The Gay Divorcee. 1935 – Confissões de uma Solteira / Biography of a Bachelor Girl; Um Noite Encantadora / The Night is Young; Os Cavaleiros do Rei / All The King’s Horses; Mulher Satânica / The Devil is a Woman; Um Simplório Afortunado / $10 Raise; Por Uns Olhos Negros / In Caliente; Going Highbrow; O Picolino; The Private Secretary; A Pequena Ditadora / Little Big Shot; Neurastenia de Arromba / His Night Out; Your Uncle Dudley.

1936 – Marido Incógnito / Her Master’s Voice; Canta e Serás Feliz / The Singing Kid; Camarada Ambicioso / Nobody’s Fool; Corações Divididos / Hearts Divided; The Man in the Mirror; Let’s Make a Million. 1937 – Horizonte Perdido / Lost Horizon; O Rei e a Corista / The King and the Chorus Girl; Solidão / Oh, Doctor; Vamos Dançar? / Shall We Dance; O Pão Duro / Wild Money; Quando o Amor Trabalha / Danger – Love at Work; Anjo / Angel; O Homem Pefeito / The Perfect Specimen; O Grande Garrick / The Great Garrick; Nas Asas da Fama / Hitting a New High. 1938 – A Oitava Esposa do Barba Azul / Bluebeard’s Eighth Wife; Jazz Academia / College Swing; Boêmio Encantador / Holiday; Os Bambas na Alta Sociedade / Little Tough Guys un Society. 1939 – Lua-de-Mel em Paris; The Gang’s All Here; Isso mesmo, Está Errado / That’s Right – You’re Wrong; You’re the One; O Mundo é um Teatro / Ziegfeld Girl; Sunny. 1941 – Papaizinho Solteirão / Bachelor Daddy; Que Espere o Céu / Here Comes Mr. Jordan; Hóspede do Pagode / Week-End for Three; The Body Disappears.

Horton (à esquerda, Henry Fonda e Dom Ameche em Assim Vivo Eu

1942 – Assim Vivo Eu / The Magnificent Dope; Casei-me com um Anjo / I Married an Angel; Minha Secretária Brasileira / Springtime in the Rockies. 1943 – Para Sempre e um Dia / Forever and a Day; Graças à Minha Boa Estrela / Thank Your Lucky Stars; Entre a Loura e a Morena / The Gang’s All Here; 1944 – O Varão Primitivo / Her Primitive Man; O Que Matou Por Amor / Summer Storm; Esse Mundo é um Hospício / Arsenic and Old Lace; De Todo o Coração / San Diego, I Love You; Brasil / Brazil; Por Favor, Não se Afobe / The Town Went Wild.  1945 – Juiz Malandro / Steppin’ in Society;

Deanna Durbin e Horton em

A Dama Desconhecida / Lady on a Train. 1946 – Cinderela Jones; Fiel à Minha Maneira / Faithful in My Fashion; Eu Nunca Me Esquecí / Earl Carroll Sketchbook ou Stand up and Sing;. 1947 – Por Conta do Fantasma / The Ghost Goes Wild; Quando os Deuses Amam / Down to Earth; Que Mundo Tentador / Her Husband’s Affairs. 1957 – A História da Humanidade / The Story of Mankind. 1961 – Dama Por Um Dia / A Pocketful of Miracle; Deu a Louca no Mundo / It’s a Mad, Mad, Mad, Mad World. 1964 – Médica, Bonita e Solteira / Sex and the Single Girl. 1967 – Os Perigos de Pauline / The Perils of Pauline. 1969 – 2000 Years Later. 1970 (mas só lançado em 1971) – Uma Cidade Contra o Vício / Cold Turkey.

COADJUVANTES DO FILM NOIR

No ano 2000, saiu meu livro, “O Outro Lado da Noite: Filme Noir, publicado pela Editora Rocco, que hoje se encontra esgotado. Passados alguns anos de seu lançamento, fiz as devidas revisões em cinco posts (de março e abril de 2014), extirpando títulos de filmes que – pensando melhor – de acordo com minha concepção, não poderiam ter sido citados como noir; incluindo títulos de filmes que ainda não havia visto, e esclarecendo melhor meu conceito de filme noir.

Nino Frank, que foi o inventor do termo, disse cristalinamente no seu artigo pioneiro publicado no número 61 de L’Écran Française em agosto de 1946: “Un Nouveau Genre ‘Policier’ L’Aventure Criminelle”. Com base nesta afirmação, deduzí que um filme para ser considerado noir, tem que ser antes de tudo um drama criminal. Como este se subdivide em vários tipos (filme de gângster, filme de assalto, filme de prisão, filme de detetive, filme de amantes fugitivos ou fora-da lei etc.), o filme noir seria qualquer um desses tipos, quando acrescidos dos ingredientes noirs  (os quais indiquei no meu post Filme Noir II de 27/3/2014) e, tal como eles, um subgênero do drama criminal. Se todos os ingredientes estiverem presentes, ele será um filme noir puro; se somente parte deles estiverem presentes, ele será um filme noir impuro, deixando claro que a distinção feita por mim não a encontrei em nenhum outro autor que se debruçou sobre o assunto. Devo acrescentar que Nino Frank concebeu o termo noir em alusão à “Série Noire”, coleção criada por Marcel Duhamel e editada na França pela Gallimard, contendo somente obras de ficção criminal.

Assim, de acordo com o meu convencimento, Crepúsculo dos Deuses / Sunset Boulevard / 1950 e Amar Foi Minha Ruína / Leave Her To Heaven / 1945, que vêm sendo designados por vários autores como noirs desde a Enciclopédia de Alain Silver e Elizabeth Ward (Overlook Press, 1979), embora contenham crime nas suas tramas, não podem ser considerados filmes noirs, porque não são dramas criminais mas sim, dramas psicológicos, respectivamente sobre os distúrbios mentais de uma atriz decadente do cinema mudo e uma mulher possuída por um ciúme doentio do marido.

É por falta desta compreensão que existem tantas listas de filmes noirs tão  abrangentes, algumas chegando ao absurdo. Recentemente Michael F. Keaney no seu livro “Film Noir Guide” (McFarland, 2011) enumerou nada menos do que 745 filmes noirs possíveis, entre eles Os Filhos de Hitler / Hitler’s Children / 1943 e O Homem do Oeste / Man of the West /1958. Na coletânea editada por Alain Silver e James Ursini, “Film Noir Directors” (Limelight, 2012), variados articulistas nomeiam os filmes noirs de cada diretor, emergindo entre eles: Atlântida, o ContinentePerdido / Siren of Atlantis / 1949 (John Brahm), Jardim do Pecado / Garden of Evil / 1959 (Henry Hathaway) e O Dia em que a Terra Parou / The Day the Earth Stood Still / 1951 (Robert Wise). Raymond Durgnat no seu artigo Paint it Black: The Family Tree of Film Noir, publicado em “Film Noir Reader (Limelight, 1996,) aponta como filmes noirs: King Kong / King Kong / 1933, Matar ou Morrer / High Noon / 1952 e 2001,Uma Odisséia no Espaço / 2001, A Space Odyssey / 1968.

Pode existir ingredientes noir em filmes de outros gêneros. Entretanto, este fato não os transforma em um filme noir como categoria fílmica autônoma. Sangue na Lua / Blood on the Moon / 1948 é um western com algumas caraterísticas noir de forma e conteúdo, mas ele será sempre um western. Capacete de Aço / Steel Helmet / 1951 é um filme de guerra com estilo visual expressionista e certas convenções temáticas do filme noir, mas será sempre um filme de guerra.

Acrescentei depois mais dois complementos aos meus estudos sobre esse tão apreciado subgênero do drama criminal: um post de maio de 2014 sobre Diretores de Fotografia do Filme Noir e três posts de fevereiro e março de 2017 sobre Robert Siodmak e seus Filmes Noir. Neste artigo, selecionei um punhado de atores que, quase sempre como coadjuvantes, contribuiram para seu imenso fascínio, mencionando não somente o nome de seus personagens, mas também o papel que cada um interpretou, a fim de que os leitores, ao verem os filmes, possam identificá-los.

Richard Conte, Cornel Wilde e Jay Adler em O Império do Crime

Jay Adler

ADLER, JAY (1896-1978). Nasceu em Nova York. Irmão mais moço de Luther Adler. Estréia no cinema (Longa-Metragem): Casamos ou não Casamos / No Time to Marry / 1938. FN: Escândalo / Scandal Sheet / 1952 como Bailey, o homem no bar que diz ter visto o assassino; A Morte Ronda o Cais / 99 River Street / 1953 como o receptador Christopher; O Império do Crime / The Big Combo / 1955 como Detetive Sam Hill; O Morto Desaparecido / Murder is my Beat / 1955 como o garçom Louie; O Grande Golpe / The Killing / 1956 como o agiota Leo.

Luther Adler, James Cagney, Barbara Payton, Barton McLane e Ward Bond em O Amanhã Que não Virá

ADLER, LUTHER (1903-1984). Nasceu em Nova York. Nome verdadeiro: Lutha Adler. Estréia no cinema (LM): O Lanceiro Espião / Lancer Spy / 1937. FN: Com as Horas Contadas  / D. O. A. / 1949 como Majak, o criminoso envolvido em um golpe para obter iridium roubado, que mandou seu capanga matar Frank Bigelow / Edmond O’Brien; O Amanhã que não Virá / Kiss Tomorrow Goodbye / 1950 como  “Cherokee” Mandon, advogado escroque ligado ao criminoso Ralph Cotter / James Cagney.

Audrey Totter e Leon Ames em A Dama no Lago

AMES, LEON (1902-1993). Nasceu em Portland, Indiana. Nome verdadeiro: Harry Wycoff. Estréia no cinema (LM): Quick Millions/ 1931. FN: O Destino Bate à Porta / The PostmanAlways Rings Twice / 1946 como o promotor de justiça Kyle Sackett; A Dama no Lago / Lady in the Lake / 1946 como Derace Kingsby, presidente da editora de romances policiais sensacionalistas; A Cena do Crime / Scene of the Crime / 1949 como Capitão A. C. Foster; Alma em Pânico / Angel Face / 1953 como Fred Barrett, advogado de defesa de Diane Tremayne / Jean Simmons.

Morris Ankrum em O Destino Bate à Porta

ANKRUM, MORRIS (1896-1964). Nasceu em Pasadena, Califórnia. Nome verdadeiro:  Morris Nussbaum. Estréia no cinema (LM): Reunião em Viena / Reunion in Viena / 1933. FN: Quem Matou Vicky? / I Wake Up Screaming / 1941 como o assistente do promotor público; Chantagem / Fall Guy / 1946 como o promotor público; O Destino Bate à Porta / The Postman Always Rings Twice / 1946 como o juiz; A Dama no Lago / Lady in the Lake / 1947 como Eugene Grayson, pai da assassina Mildred Havilland / Jayne Meadows; Muro de Trevas / The High Wall / 1947 como Dr. Stanley Griffin.

Thomas Gomez, Dick Powell e Jim Bannon em Dama, Valete e Rei

BANNON, JIM (1911-1984). Nasceu em Kansas City, Missouri. Nome verdadeiro: James Shorttel Bannon. Estréia no cinema: A Morte Caminha Só / The Soul of a Monster / 1944. FN: Moeda Falsa  / T-Men / 1947 como o agente do tesouro Lindsay; Dama, Valete e Rei / Johnny O’Clock / 1947 como Chuck Blayden, policial corrupto ligado ao dono do cassino Peter Marchettis / Thomas Gomez, sócio de Johnny O’Clock / Dick Powell. 

Burt Lancaster e Vince Barnett em Assassinos

BARNETT, VINCE (1902-1977). Nasceu em Pittsburgh, Pennsylvania. Estréia no cinema (LM): Wide Open / 1930. FN: O Homem de Olhos Esbugalhados / Stranger on the Third Floor / 1940 como um freguês do café; Assassinos / The Killers / 1946 como o velho ex-presidiário Charleston, que não aceita participar do assalto; Brutalidade / Brute Force / 1947 como Mugsy, o presidiário que trabalha na cozinha; Muro de Trevas / High Wall / 1947 como Henry Cronner, o ascensorista chantagista morto por Willard Whitcombe / Herbert Marshall; Cinzas que Queimam / On Dangerous Ground / 1951 como o garçom George.

Harry Belafonte, Ed Begley e Robert Ryan em Homens em Fúria

BEGLEY, ED (1901-1970). Nasceu em Hartford, Connecticut, filho de imigrantes irlandeses. Nome verdadeiro: Edward James Begley. Estréia no cinema (LM): Corpo e Alma / Body and Soul / 1947. FN: O Justiceiro / Boomerang / 1947 como o banqueiro Phil Harris, um dos figurões que exigem mais resultados do Procurador do Estado Henry L. Harvey / Dana Andrews na solução do assassinato de um padre com uma bala na cabeça em plena via pública; Rua Sem Nome / Street with no Name / 1948 como Chefe Harmatz; Cidade Negra / Dark City / 1950 como Barney, um dos parceiros de Danny Hale / Charlton Heston no jôgo de pôquer, que aparece estrangulado; Alguém Deixou este Mundo Backfire / 1950 como Capitão  Garcia; Cinzas Que Queimam / On Dangerous Ground / 1952 como Capitão Brawley; Homens em Fúria / Odds Against Tomorrow / 1959 como Dave Burke, o ex-policial que faz contato com Earl Slater / Robert Ryan e Johnny Ingram / Harry Belafonte para roubarem  um banco. 

Harry Belaver, Farley Granger e James Craig em Pecado Sem Mácula

BELAVER, HARRY (1905-1993). Nasceu em Hilsboro, Illinois. Estréia no cinema (LM): O Hotel dos Acusados / Another Thin Man/ 1939. FN: Pecado Sem Mácula / Side Street / 1950 como Larry Giff, o chofer de táxi que, juntamente com George Garsell / James Craig, tenta matar Jim Norson / Farley Granger; O Beijo da Morte / Kiss of Death / 1949 (Obs. Algumas fontes mencionam  Harry Belaver como Bull Weed, porém reví o filme várias vêzes e não o  encontrei em nenhuma cena. Conforme me explicou Sergio Leemann, que teve um problema parecido, ao pesquisar para seu livro sobre Robert Wise, essas fontes podem ter usado as listas de elenco do estúdio e elas continham o nome de todos os artistas que trabalhavam nos filmes, mesmo os que tiveram suas cenas cortadas).

William Bendix em A Dália Azul

BENDIX, WILLIAM (1906-1964). Nasceu em Manhattan. Estréia no cinema (LM): Dentro da Noite / They Drive by Night / 1940. FN: Capitulou Sorrindo / The Glass Key / 1942 como Jeff, capanga de Nick Varna / Joseph Calleia, que espanca brutalmente Ed Beaumont / Alan Ladd; A Dália Azul / The Blue Dahlia / 1946 como Buzz Wanchek, o veterano de guerra emocionalmente instável; Envolto na Sombra / The Dark Corner / 1946 como Stauffer / Fred Foss, detetive particular que é defenestrado por seu mandante Hardy Cathcart / Clifton Webb do alto de um edifício; Uma Aventura Arriscada / The Web / 1947 como Tenente Damico; Traição / Race Street / 1948 como Tenente Barney Runson.

Ricardo Montalban e Bruce Bennett em A Noite de 23 de Maio

BENNETT, BRUCE (1906-2007). Nasceu em Tacoma, Washingotn. Nome verdadeiro: Harold Herman Brix. Estréia no cinema (LM): Touchdown  / 1931. FN: A Sentença / Nora Prentiss / 1947 como Dr. Joel Merriman, sócio do Dr. Richard Talbot / Kent Smith; A Noite de 23 de Maio / Mystery Street / 1950 como Dr. McAdoo, professor de medicina legal; Prisioneiro do Passado / Dark Passage / 1947 como Bob, o ex-noivo de Madge / Agnes Moorehead, a mulher que cometeu perjúrio no tribunal, causando a condenação de Vincent Parry / Humphrey Bogart.

Burt Lancaster e Charles Bickford em Brutalidade

BICKFORD, CHARLES (1891-1967). Nasceu em Cambridge, Massachusetts. Nome verdadeiro: Charles Ambrose Bickford. Estréia no cinema (LM): Rosa dos Maresdo Sul ou Sedentos de Amor / South Sea Rose /  1929. FN: Anjo ou Demônio? / Fallen Angel / 1946 como Mark Judd, um dos admiradores da linda e sensual garçonete Stella / Linda Darnell; Brutalidade / Brute Force / 1947, como Gallagher, um líder dos presidiários que ajuda a fuga de Joe Collins / Burt Lancaster e seus companheiros.

Richard Basehart e Whit Bissell em O Demônio da Noite

BISSELL, WHIT (1909-1996). Nasceu em Nova York. Nome verdadeiro: Whitner Nutting Bissell. Estréia no cinema (LM): O Gavião do Mar / The Sea Hawk / 1940. FN: Uma Aventura na Noite / Somewhere in the Night / 1946 como o garçom John; Brutalidade / Brute Force / 1947 como Tom Lister, um dos presos que planejam uma fuga da penitenciária; Entre DoisFogos / Raw Deal / 1948 como o assassino fugitivo morto pela polícia; Demônio da Noite / He Walked By Night / 1949 como Reeves, dono da loja de aparelhos eletrônicos; Pecado sem Mácula / Side Street / 1950 como o chefe de caixa Harold Simpsen; Cidade Apavorada / The Killer That Stalked New York / 1951 como Sid Bennet, o irmão de Sheila Bennet / Evelyn Keyes, dono de um albergue noturno; Império do Crime / The Big Combo / 1955 como Doutor (Obs. Suas cenas foram cortadas).

Art Smith, Hume Cronyn e Roman Bohnen em Brutalidade

BOHNEN, ROMAN (1901-1949). Nascido em St. Paul, Minnesota. Nome veerdadeiro: Roman Aloys Bohnen. Estréia no cinema (LM): Vogas de Nova York / Vogues of 1938 / 1937. FN: Morte ao Amanhecer / Deadline at Dawn / 1946 como o homem fora de si com um gato ferido; Brutalidade / Brute Force / 1947 como o diretor do presídio A. J. Barnes; A Noite Tem Mil Olhos / Night Has a Thousand Eyes / 1948 como o promotor público Melville Weston.

ON DANGEROUS GROUND, Robert Ryan, Ward Bond, Ida Lupino, 1951

BOND, WARD(1903-1960). Nasceu em Benkelman, Nebraska. Nome verdadeiro: Wandell Edwin Bond. Estréia no cinema (LM): A Arca de Noé / Noah’s Ark / 1928. FN: Relíquia Macabra / The Maltese Falcon / 1941 como o detetive Tom Polhaus; O Amanhã Que Não Virá / Kiss, Tomorrow, Goodbye / 1950 como Inspetor Weber; Cinzas Que Queimam / On Dangerous Ground / 1952 como Walter Brent, pai da moça molestada e morta por um rapaz mentalmente perturbado, que quer se vingar do assassino e entra em confronto com o policial Jim Wilson / Robert Ryan.

Willis Bouchey e Glenn Ford em Os Corruptos

BOUCHEY, WILLIS (1907-1977). Nasceu em Vermont, Michigan. Nome verdadeiro: Willis Ben Bouchey. Estréia no cinema (LM): O Genio e os Fugitivos Elopement / 1951.  FN: Os Corruptos / The Big Heat / 1953 como Tenente Ted Wilks.

Neville Brand e Edmond O’Brien em Com as Horas Contadas

BRAND, NEVILLE (1921-1992). Nasceu em Griswold, Iowa. Nome verdadeiro: Lawrence Neville Brand. Estréia no cinema (LM): O Preço da Glória / Battleground / 1949. FN: Com as Horas Contadas / D.O.A. / 1950 como o malfeitor sádico Chester; O Amanhã Que Não Virá / Kiss Tomorrow Goodbye / 1950 como Ralph Carleton, o presidiário que foge com Ralph Cotter / James Cagney e depois é morto por ele; Passos Na Noite / Where the Sidewalk Ends / 1950 como Steve, braço direito do criminoso Scalise / Gary Merrill; Os Quatro Desconhecidos / Kansas City Confidential / 1952 como Boyd Kane, um dos três delinquentes chantageados pelo policial aposentado Timothy Foster / Preston Foster, a fim de obrigá-los a executar o assalto a um carro-forte.

Keefe Brassell e Walter Pidgeon em O Homem Desconhecido

BRASSELLE, KEEFE (1923-1981). Nasceu em Elyria, Ohio. Estréia no cinema (LM): Janie Tem Dois Namorados / Janie / 1944. FN: Railroaded ! / 1947 como Cowie um dos assaltantes de um salão de beleza que serve de fachada para o jogo clandestino; Moeda Falsa / T-Men / 1948 como o recepcionista do Ocean Park Hotel; O Homem Desconhecido / The Unknown Man / 1961 como Rudi Wallchek, o jovem acusado de assassinato, defendido por Dwight  Bradley Mason / Walter Pidgeon.

Steve Brodie e Audrey Long em Desesperado

BRODIE, STEVE (1919-1992). Nasceu em El Dorado, Kansas. Nome verdadeiro: John Stevenson. Estréia no cinema (LM): Amazonas dos Ares / Ladies Courageous / 1944. FN: Rancor / Crossfire / 1947 como Floyd Bowers, um dos soldados envolvidos em um caso de antisemitismo; Desesperado Desperate / 1947 como Steve Randall,  caminhoneiro perseguido por criminosos; Fuga ao Passado / Out of the Past / 1947 como Fisher, o detetive particular que recebe um tiro mortal inesperado de Kathie Moffett / Jane Greer; Império do Terror / Armored Car Robbery / 1950 como Al Mapes, um dos assaltantes do carro-forte; O Amanhã Que Não Virá / Kiss Tomorrow Goodbye / 1950 como Joe “Jinx” Raynor, cúmplice de Ralph Cotter / James Cagney.

Charles D. Brown ( à esquerda) em À Beira do Abismo

BROWN, CHARLES D. (1887-1948). Nasceu em Council Bluffs, Iwoa. Estréia no cinema (LM): O Homem de Pedra / A Man of Stone / 1921. FN: Transviado  / Night Editor/ 1946 como Crane Stewart, editor do New York Star, que conta a história de um policial, Tony Cochrane / William Gargan, envolvido em uma investigação de assassinato; À Beira do Abismo / The Big Sleep/ 1946 como Norris, o mordomo; Assassinos / The Killers / 1946 como Packy Robinson, o treinador do “Sueco” /  Burt Lancaster; Railroaded! / 1947 como o Capitão de Polícia MacTaggart; O Estrangulador Misterioso / Follow Me Quietly / 1949 como o Inspetor de Polícia Mulvaney.

Donald Buka (no centro) em A Patrulha da Morte

BUKA, DONALD (1920-2009. Nasceu em Cleveland, Ohio. Estréia no cinema (LM): Horas de Tormenta / Watch on the Rhine / 1943. FN: Rua Sem Nome / Streeet With No Name/ 1948 como Shivvy, um dos integrantes da quadrilha de Alec Stiles / Richard Widmark; Patrulha da Morte / Between Midnight and Dawn / 1950 como Ritchie Garris, criminoso perseguido pelos policiais Rocky Barnes / Mark Stevens e Dan Purvis / Edmond O’Brien.

Ralph Meeker e Fortunio Buonanova em A Morte Num Beijo

BUONANOVA, FORTUNIO (1895-1969).  Nasceu em Palma de Mallorca, Espanha. Nome verdadeiro: Josep Lluís Moll. Estreía no cinema (LM): Don Juan Tenorio / 1922. FN: Pacto de Sangue / Double Indemnity / 1944 como o chofer de caminhão Sam Garlopis; A Morte Num Beijo / Kiss Me Deadly / 1955 como Carmen Trivago, o colecionador que tem seu disco raro de Enrico Caruso quebrado por Mike Hammer / Ralph Meeker.

Raymond Burr (à esquerda) em O Caminho da Tentação

BURR, RAYMOND (1917-1993). Nasceu em New Westminster, British Columbia, Canadá. Nome verdadeiro: Raymond William Stacy Burr. Estréia no cinema (LM): Romance e Fantasia / Without Reservations / 1946. FN: Desesperado / Desperate / 1947 como Walt Radak, líder do bando que assaltou um armazém e ameaça o caminhoneiro Steve Randall / Steve Brodie, que carregou o produto do roubo, sem saber do que se tratava; O Caminho da Tentação / Pitfall / 1948 como MacDonald, o detetive particular que assedia Mona Stevens / Lizabeth Scott; Entre Dois Fogos / Raw Deal / 1948 como o gângster Rick Coyle que armou uma trama para incriminar Joe Sullivan / Dennis O’Keefe; Desafiando o Perigo / Red Light / 1950 como Nick Cherney, o capanga sádico que matou o irmão de Johnny Torno / George Raft; Gardênia Azul / The Blue Gardenia / 1954 como Harry Prebble, notório conquistador morto por uma das três telefonistas, que compartilhavam um apartamento em Los Angeles.

Joseph Calleia em A Marca da Maldade

CALLEIA, JOSEPH (1897-1975). Nasceu em Notabile, Malta. Nome verdadeiro: Joseph Alexander Herstall Vincent Calleja. Estréia no cinema (LM): Meu Pecado / My Sin / 1931. FN: Capitulou Sorrindo / The Glass Key / 1942 como o gângster Nick Varna; Morte ao Amanhecer / Deadline at Dawn / 1946 como Val Bartelli, irmão da chantagista Edna Bartelli / Lola Lane; A Marca da Maldade / Touch of Evil / 1958 como Pete Menzies, auxiliar do Inspetor Hank Quinlan / Orson Welles.

Humphrey Bogart, Lizabeth Scott e Morris Carnovsky em Confissão

CARNOVSKY, MORRIS (1897-1992). Nasceu em St. Louis, Missouri. Estréia no cinema:  A Vida de Emile Zola / The Life of Emile Zola / 1937. FN: Confissão / Dead Reckoning / 1946 como Martinelli, o dono do cassino; Mercado de Ladrões Thieve’s Highway / 1949 como Yanko Garcos, pai de  Nick Garcos / Richard Conte; Mortalmente Perigosa / Gun Crazy / 1950 como o Juiz Willoughby.

Sterling Hayden, James Whitmore  e Anthony Caruso  em O Segredo das Jóias

CARUSO, ANTHONY (1916-2003). Nasceu em Frankfort, Indiana. Estréia no cinema (LM): Johnny Apollo / Johnny Apollo / 1940. FN: A Dália Azul / The Blue Dahlia / 1946 como um fuzileiro naval; Transviado / Night Editor / 1946 como o policial Tusco; A Rua das Almas Perdidas / They Won’t Believe Me / 1947 como um paciente no hospital; O Czar Negro / The Undercover Man / 1949 como Salvatore Rocco, o informante assassinado depois de uma fuga desesperada pelas ruas; A Cena do Crime / Scene of the Crime / 1949 como o delinquente Tony Rutzo; Homem Contra o Perigo / The Threat / 1949 como Nick Damon, capanga de Arnold Kluger / Charles McGraw; O Segredo das Jóias / The Asphalt Jungle / 1950 como Louis Ciavelli, um dos três homens contratados por “Doc” Erwin Riedenschneider para o assalto da joalheria.

Wally Cassell e Steve Cochran em Fúria Sanguinária

CASSELL, WALLY (1912-2015). Nasceu em Agrigento, Sicília, Nome verdadeiro: Oswaldo Castellano. Estréia no cinema (LM): Dedos Diabólicos / Fingers at the Window / 1942. FN: Fúria Sanguinária / White Heat / 1949 como Cotton Valletti, membro da quadrilha de Cody Jarrett / James Cagney; A Cidade Que NãoDorme / City That Never Sleeps / 1953 como Gregg Warren, o rapaz que se apresenta como o “homem mecânico” para atrair os fregueses da boate e que concorda em servir de isca para proporcionar a captura do criminoso Hayes Stewart / William Talman. Obs: Algumas fontes apontam Wally Cassell como Ben em O Destino Bate à Porta, porém  reví o filme várias vezes e não o ví em nenhuma cena. Pode ser o mesmo caso ocorrido com Harry Belaver (ver acima).

Howland Chamberlain e John Garfield em A Força do Mal

CHAMBERLAIN, HOWLAND (1911-1984) Nasceu em Nova York. Estréia no cinema (LM):  Os Melhores Anos de Nossas Vidas / The Best Years of Our Lives / 1946. FN:  Uma Aventura Arriscada / The Web / 1947 como o repórter James Timothy Nolan; Brutalidade / Brute Force / 1947 como Gaines, o advogado de Joe Collins / Burt Lancaster; A Força do Mal / Force of Evil / 1948 como o tímido gurada-livros Freddy Bauer; Mercado de Ladrões / Thieve’s Highway / 1949 como Mr. Faber, pai de Polly / Barbara Lawrence, a namorada de Nick Garcos / Richard Conte; Estrada dos Homens Sem Lei / The Racket / 1951 como o Procurador do Estado Roy Higgins.

Fred Clark ( à direita) em Do Lôdo Brotou Uma Flor

CLARK, FRED(1914-1968). Nasceu em Lincoln, California. Nome verdadeiro: Frederick Leonard Clark. Estréia no cinema: Sem Sombra de Suspeita / The Unsuspected / 1947. FN: Sem Sombra de Suspeita  / The Unsuspected / 1947 como o policial Richard Donovan; Do Lôdo Brotou uma Flor / Ride the Pink Horse / 1947 como Frank Hugo, o gângster responsável pelo assassinato do amigo do ex-pracinha Lucky Gagin / Robert Montgomery; Fúria Sanguinária / White Heat / 1947 como Daniel Winston, “O Comerciante”; Uma Vida Marcada / Cry of the City / 1948 como Tenente Collins.

Richard Conte e Lee J. Cobb em Mercado de Ladrões

COBB, LEE J. (1911-1976). Nasceu em Nova York. Nome verdadeiro: Leo Jacoby. Estréia no cinema (LM): A Sombra Misteriosa / The Vanishing Shadow / 1934 (seriado). FN: O Justiceiro / Boomerang / 1947 como Chefe de Polícia Harold F. Robinson; Dama, Valete e Rei / Johhny O’Clock / 1947 como Inspetor Koch; Sublime Devoção / Call Northside 777 / 1948 como Brian Kelly, editor do Chicago Tribune, que manda o repórter P. James McNeal / James Stewart investigar o caso de Frank Wiecek / Richard Conte, condenado pelo assassinato de um guarda; Mercado de Ladrões / Thieve’s Highway / 1949 como Mike Figlia, atacadista inescrupuloso que quer roubar o carregamento de maçãs de Nick Garcos / Richard Conte.

Virginia Mayo e Steve Cochran em Fúria Sanguinária

COCHRAN, STEVE (1917-1965). Nasceu em Eureka, Califórnia. Nome verdadeiro: Robert Alexander Cochran. Estréia no cinema (LM): Suspeita Injusta / Boston Blackie Booked on Suspicion / 1945. FN: Fúria Sanguinária White Heat / 1947 como Big Ed Somers, que quer ser o líder do bando de Cody Jarrett / James Cagney e é amante de sua esposa, Verna / Virginia Mayo; Dinheiro Maldito / Private Hell 36 / 1954 como Carl Bruner, um dos detetives que embolsam o dinheiro roubado por um delinquente em um assalto.

William Conrad, Robert Mitchum e Ray Collins em Estrada dos Homens Sem Lei

COLLINS, RAY (1889-1965). Nasceu em Sacramento, Califórnia. Nome verdadeiro:  Ray Bidwell Collins. Estréia no cinema (LM): Cidadão Kane / Citizen Kane / 1940. FN: Museu de Horrores / Crack-Up / 1946 como Dr. Lowell, o colecionador fanático que arma um esquema de falsificação de obras de arte; Estrada dos Homens Sem Lei / The Racket / 1951 como Mortimer Welsh, o advogado de acusação desonesto; A Marca da Maldade / Touch of Evil / 1958 como o Promotor Público Adair.

Charles McGraw e William Conrad em Assassinos

CONRAD, WILLIAM(1920-1994). Nasceu em Louisville, Kentucky. Nome verdadeiro: John William Cann Jr.  Estréia no cinema (LM): Que Falta Faz um Marido / Pillow to Post / 1945. FN: Assassinos / The Killers / 1946 como Max, um dos assassinos de aluguel que chegam à pequena cidade de Brentwood, New Jersey à procura do Sueco / Burt Lancaster; Tensão / Tension / 1950 como Tenente Edgar Gonsales; Estrada dos Homens Sem Lei / The Racket / 1951 como o Sargento Turck.

Elisha Cook Jr. e Marie Windsor em O Grande Golpe

COOK, ELISHA, JR. (1903-1995). Nasceu em San Francisco,Califórnia. Nome verdadeiro: Elisha Vanslyck Cook Jr. Estréia no cinema (LM): Her Unborn Child / 1930. FN: O Homem dos Olhos Esbugalhados / Stranger on the Third Floor / 1940 como o motorista de táxi Joe Briggs; Relíquia Macabra / The Maltese Falcon / 1941 como Wilmer Cook, o incompetente capanga do “homem gordo” Kasper Gutman / Sydney Greenstreet; Quem Matou Vicky? / I Wake Up Screaming / 1942 como Harry Williams, o telefonista do hotel; A Dama Fantasma / Phantom Lady / 1944, como Cliff Milburn, o baterista frenético excitado pela bela presença de Carol Richman / Ella Raines; À Beira do Abismo / The Big Sleep v/ 1946 como Harry Jones, o informante que é morto por Canino / Bob Steele, capanga de Eddie Mars / John Ridgely; Nascido para Matar/ Born to Kill / 1947 como Marty Waterman, confidente do criminoso Sam Wild / Lawrence Tierney, que acaba sendo morto por ele; Chantagem / Fall Guy / 1947 como o ascensorista Joe; O Gângster The Gangster/  como Oval, um dos capangas de Cornell / Sheldon Leonard; O Grande Golpe / The Killing / 1956 como George Peatty, um dos cúmplices no assalto ao hipódromo e marido traído de Sherry Peatty / Marie Windsor; Salteadores de Estradas / Plunder Road / 1957 como Skeets, um dos cinco membros de uma quadrilha que rouba o carregamento de ouro de um trem do governo.

Whit Bissell, Jeff Corey e Burt Lancaster em Brutalidade

COREY, JEFF (1914-2002). Nasceu em Nova York. Nome verdadeiro: Arthur Zwerling. Estréia no cinema (LM): Eu Sou a Lei! I Am The Law / 1938. FN: Assassinos / The Killers / 1946 como Blinky Franklin, um dos membros do bando de Colfax / Albert Dekker; Uma Aventura na Noite / Somewhere in the Night / 1946 como o caixa do banco; Brutalidade / Brute Force / 1947 como ‘Freshman’ Stack, o presidiário informante; O Gângster / The Gangster / 1947 como o cunhado de Karty / John Ireland; Estrangulador Misterioso / Follow Me Quietly / 1949 como Collins, colega do detetive Harry Grant / William Lundigan, na procura do assassino conhecido como “o juiz”, um estrangulador que deixa bilhetes desafiadores para a polícia.

Barbara Stanwyck e Wendell Corey em A Confissão de Thelma

COREY, WENDELL (1914-1968) Nasceu em Dracut, Massachusetts. Nome verdadeiro: Wendell Reid Corey. Estréia no cinema (LM): A Filha da Pecadora / Desert Fury / 1947. FN: Acusada / The Accused / 1948 como Tenente Ted Dorgan; A Confissão de Thelma / The File on Thelma Jordon / 1949 como Cleve Marsall, o assistente do promotor público que faz tudo para defender a assassina Thelma Jordon / Barbara Stanwyck.

Humphrey Bogart e Jerome Cowan em Relíquia Macabra

COWAN, JEROME ( 1897-1972). Nasceu em Nova York. Nome verdadeiro: Jerome Palmer Cowan. Estréia no cinema (LM): Bem Amada Inimiga / Beloved Enemy / 1936. FN: Relíquia Macabra / The Maltese Falcon / 1941 como Miles Archer, sócio do detetive particular Sam Spade / Humphrey Bogart; O Último Refúgio / High Sierra / 1941 como Healy, o repórter radiofônico que identifica Marie / Ida Lupino para os policiais na base da montanha, onde Roy Earle / Humphrey Bogart se refugiou; Vida Contra Vida / Street of Chance / 1942 como Bill Diedrich, irmão do homem de cujo assassinato o desmemoriado Frank Thompson / Burgess Meredith é equivocadamente acusado; Morte ao Amanhecer / Deadline at Dawn / 1946 como o produtor teatral Lester Brady; A Noite Tem Mil Olhos / Night Has a Thousand Eyes / 1948 como Whitney Courtland, o melhor amigo do clarividente John Triton / Edward G. Robinson; A Cena do Crime / Scene of the Crime / 1949 como Arthur Webson, chefe de uma rede de bookmakers.

James Craig e Harry Belaver em Pecado Sem Mácula

CRAIG, JAMES (1912-1985). Nasceu em Nashville, Tennessee. Nome verdadeiro: James Henry Meador. Estréia no cinema (LM): Miss Lang em Hollywood / Sophie Lang Goes West / 1937FN: Pecado sem Mácula / Side Street / 1950 como George Garsell, um dos chantagistas, cuja pasta com o dinheiro da chantagem, é roubada por Joe Norson (Farley Granger); No Silêncio de uma Cidade / While the City Sleeps / 1956 como Harry Kritzer, um dos três principais colaboradores de um dos maiores jornais de Nova York à procura do jovem psicopata Robert Manners / John Barrymore, Jr., que está cometendo crimes para, com este furo jornalístico, alcançar o posto de diretor.

Broderick Crawford (à esquerda) em Escândalo

CRAWFORD, BRODERICK (1911-1986). Nasceu em Filadélfia, Pennsylvania.  Nome verdadeiro: William Broderick Crawford. Estréia no cinema (LM): Quando Mulher Persegue Homem / Woman Chases Man / 1937. FN: Anjo Diabólico / Black Angel / 1946 como Capitão Flood; Escândalo / Scandal Sheet / 1952 como Mark Chapman, o editor de um jornal de escândalos assassino; Desejo Humano / Human Desire / 1954 como Carl Buckley, o ferroviário que mata por ciúme o patrão de sua esposa Vicki / Gloria Grahame e depois a própria mulher.

Alan Ladd, Veronica Lake e Laird Cregar em Alma Torturada

CREGAR, LAIRD (1913-1944). Nasceu em Filadélfia, Pennsylvania. Nome verdadeiro: Samuel Laird Cregar. Estréia no cinema (LM): Johnny é do Amor / Oh Johnny, How You Can Love! / 1849. FN: Quem Matou Vicky? / I Wake Up Screaming / 1941 como Inspetor Ed Cornell, que faz tudo para incriminar Frankie Christopher / Victor Mature pelo assassinato da jovem atriz Vicky Lynn / Carole Landis; Alma Torturada / This Gun For Hire / 1942 como Willard Gates que, prestando serviço a um industrial que vende fórmulas de gás venenoso para os japoneses, contrata o jovem assassino psicótico Philip Raven / Alan Ladd, para matar um possível informante da polícia.

John Garfield, Hume Cronyn e Lana Turner em O Destino Bate à Porta

CRONYN, HUME (1911-2003). Nasceu em Ontario, Canadá. Nome verdadeiro: Hume Blake Cronyn, Jr. Estréia no cinema: Sombra de uma Dúvida / Shadow of a Doubt / 1943. FN: O Destino Bate à Porta The Postman Always Rings Twice / 1946 como Arthur Keats, advogado de Cora Smith / Lana Turner; Brutalidade / Brute Force / 1947 como Capitão Munsey, o diretor da penitenciária.

Ella Raines e Alan Curtis em A Dama Fantasma

CURTIS, ALAN (1909-1953). Nasceu em Chicago, Illinois. Nome verdadeiro: Harry Ueberroth ou Harold Neberroth. Estréia no cinema: No Banco dos Réus / The Witness Chair / 1936. FN: O Último Refúgio / High Sierra / 1941 como Babe Kozak, um dos cúmplices de Roy Earle / Humphrey Bogart no assalto ao hotel de veraneio; A Dama Fantasma / Phantom Lady / 1944 como Scott Henderson, o jovem engenheiro que encontra a “dama fantasma”em um bar e depois é acusado da morte de sua esposa.

Howard Da Silva, Charles McGraw e Ricardo Montalban em Mercado Humano

DA SILVA, HOWARD (1909-1986). Nasceu em Cleveland. Ohio. Nome verdadeiro:  Howard Silverblatt.  Estréia no cinema (LM): Once In A Blue Moon / 1935. FN: A Dália Azul / The Blue Dahlia / 1946 como o dono de boate Eddie Hardwood; Amarga Esperança / They Live By Night / 1948 como Chikamaw, um dos dois criminosos fugitivos da penitenciária; Mercado Humano / Border Incident / 1949 como Owen Parkson, o fazendeiro que introduz ilegalmente trabalhadores mexicanos na Califórnia.

Don Taylor e Ted De Corsia em Cidade Nua

DE CORSIA, TED (1903-1973). Nasceu no Brooklyn, Nova York. Nome verdadeiro: Edward Gildea De Corsia. Estréia no cinema (LM): A Dama de Shanghai / The Lady from Shanghai  / 1947. FN:  A Dama de Shanghai / The Lady from Shanghai / 1948 como Sidney Broome, o detetive contratado por Arthur Bannister / Everett Sloane; Cidade Nua / The Naked City / 1948 como Willie Garzah, o assassino que foge desesperadamente pelas ruas do Lower East Side, sendo finalmente encurralado na ponte de Williamsburg e morto pelos policiais; Cidade Tenebrosa / Crime Wave / 1954 como “Doc” Penny”, um dos três fugitivos de San Quentin; O Império do Crime / The Big Combo / 1955 como Ralph Bettini, informante úitl para a investigação do Tenente Leonard Diamond / Cornel Wilde, que apura as atividades do gângster Mr. Brown / Richard Conte; O Grande Golpe / The Killing / 1956 como o policial corrupto Randy Kennan; O Poder do Ódio Slightly Scarlet / 1956 como Sol Gaspar, chefão do crime organizado em Bay City.

Lizabeth Scott, Don DeFore e Kristine Miller em Lágrimas Tardias

DE FORE, DON (1913-1993). Nasceu em Cedar Rapids, Iwoa. Nome verdadeiro: Donald John DeFore. Estréia no cinema (LM) As Cinco Gêmas da Fortuna / Reunion / 1936. FN: Lágrimas Tardias / Too Late For Tears / 1949 como Don Blake, irmão do primeiro marido de Jane (Lizabeth Scott,) que se suicidou por causa dela; Cidade Negra / Dark City / 1950 como Arthur Vinant, o comerciante que se suicida, depois de perder muito dinheiro em um jogo de pôquer duvidoso para Danny Haley / Charlton Heston.

John Dehner em Destination Murder

DEHNER, JOHN (1915-1992). Nasceu em Nova York. Nome verdadeiro: John Forkum. Estréia no cinema (LM): Tarzan em Terror no Deserto / Tarzan’s Desert Mystery / 1943. FN: O Demônio da Noite / He Walked By Night / 1948 como Assistente do Chefe de Polícia; Alguém Deixou Este Mundo / Backfire / 1950 como o policial Blake; Destination Murder / 1950 como Frank Niles,  o empresário rival de Arthur Mansfield / Franklin Farnum, um figurão local morto por Jackie Wales / Stanley Clements, usando um uniforme de mensageiro; Sombras da Loucura / Vicky / 1953 como Capitão de Polícia J. “Chief” Donald.

Albert Dekker e Gaby Rogers em A Morte Num Beijo

DEKKER, ALBERT (1905- 1968). Nasceu no Brooklyn, Nova York, Nome verdadeiro: Thomas Albert Ecke Van Dekker. Estréia no cinema: O Grande Garrick / The Great Garrick / 1937. FN: Herança de Ódio / Among the Living  / 1941 como os irmãos John e Paul Raden; Assassinos / The Killers / 1946 como Big Jim Colfax, o líder do bando de ladrões e amante de Ava Gardner; Delírio / Suspense / 1946 como Frank Leonard, proprietário da sala de espetáculos de patinação no gelo; Prisioneiro do Medo / The Pretender / 1947 como Kenneth Holden, o corretor de valores desonesto; Destination Murder / 1950 como Armitage, dono da boate Vogue; A Morte Num Beijo / Kiss Me Deadly / 1955 como Dr. Soberin, que ambiciona a posse do material radioativo, cometendo os vários crimes investigados por Ralph Meeker (Mike Hammer).

Sterling Hayden, Brad Dexter, Louis Calhern e Sam Jaffe em O Segredo das Jóias

DEXTER, BRAD (1917-2002). Nasceu em Goldfield, Nevada. Nome verdadeiro: Boris Michel Soso. Estréia no cinema (LM): Tempestades d’Alma / The Mortal Storm / 1940. FN: O Segredo das Jóias / The Asphalt Jungle / 1950 como Bob Brannom, o detetive particular que ajuda o advogado Alonzo D. Emmerich, o receptador do roubo das jóias, a trair todo o bando; A Morte Ronda o Cais / 99 River Street / 1953 como Victor Rawlings, o ladrão que mata sua amante Pauline  / Peggie Castle e esconde o corpo no táxi de Ernie Driscoll / John Payne.

Brian Donlevy, Richard Widmark e Victor Mature em Rua Sem Nome

DONLEVY, BRIAN (1901- 1972). Nasceu em Cleveland, Ohio. Nome verdadeiro: Waldo Brian Donlevy. Estréia no cinema (LM): Damaged Hearts / 1924. FN: Capitulou Sorrindo / The Glass Key / 1942 como o líder político Paul Madvig; O Beijo da Morte / Kiss of Death / 1947 como Louis D’Angelo, o assistente do promotor público; Impacto / Impact / 1949 como Walter Williams, rico industrial que sobrevive a um plano de sua esposa e do amante dela para matá-lo e decide iniciar uma nova vida; O Império do Crime / The Big Combo / 1960 como McClure, o segundo no comando da organização criminosa liderada por Richard Conte, que vem a ser torturado com o som altíssimo do rádio no seu ouvido.

John Doucette

John Doucette (à esquerda) e Fred Clark em Do Lado Brotou Uma Flor

DOUCETTE, JOHN  (1921-1994). Nasceu em Brockton, Plymouth County, Massachusetts. Nome verdadeiro: John Arthur Doucette. Estréia no cinema (LM): Polícia Montada contra a Sabotagem / King of the Mounties / 1942 (seriado). FN: Do Lôdo Brotou uma Flor / Ride the Pink Horse / 1947 como um dos capangas de Hugo / Fred Clark; Baixeza / Criss Cross / 1949 como Walt, um dos membros da quadrilha de Slim Dundee / Dan Duryea; Afrontando a Morte / The Crooked Way / 1949 como Sargento Barrett; Pacto Sinistro / Strangers on a Train / 1951 como Hammond, um dos policiais que vigia Guy / Farley Granger; Os Corruptos / The Big Heat / 1953 como Mark Reiner, amigo do cunhado de Dave Bannion / Glenn Ford, que ajuda a proteger a filha deste, Joyce / Linda Bennett.

Howard Duff e Steve Cochran em Dinheiro Maldito

DUFF, HOWARD (1913-1990). Nasceu em Bremerton, Washington. Nome verdadeiro: Howard Greene Duff. Estréia no cinema (LM): Brutalidade / Brute Force / 1947. FN: Brutalidade / Brute Force / 1947 como Robert “Soldier” Becker, um dos presos que planejam uma fuga da penitenciária; Cidade Nua / Naked City / 1948 como Frank Niles, um dos responsáveis pelo assassinato de uma jovem modelo, investigado pelo detetive veterano Dan Muldoon (Barry Fitzgerald) e seu auxiliar inexperiente Jimmy Halloran (Don Taylor); Dinheiro Maldito / Private Hell 36 / 1954 como Jack Farnham, um dos dois detetives que embolsam o dinheiro roubado por um delinquente em um assalto; No Silêncio de uma Cidade / While the City  Sleeps / 1956 como Tenente Burt Kauffman.

Yvonne De Carlo, Dan Duryea, Tom Pedi  e Burt Lancaster em Baixeza

DURYEA, DAN (1907-1968). Nasceu em White Plains, Nova York. Estréia no cinema (LM): O Tango na Broadway / El Tango en Broadway/ 1934. FN: Um Retrato de Mulher Woman in the Window / 1944 como Heidt, o chantagista que ameaça Edward G. Robinson, ameaçando revelar que ele matou o amante de Joan Bennett; Almas Perversas / Scarlet Street / 1945 como Johnny Prince, o rufião de Joan Bennett; Anjo Diabólico / Black Angel / 1946 como Martin Blair, o compositor que se tornou alcoólatra por ter sido abandonado pela esposa promíscua, encontrada morta;Baixeza / Criss Cross / 1949 como Slim Dundee, o  gângster que mata a sangue frio Burt Lancaster e Yvonne De Carlo no final do filme noir mais trágico de todos ; Lágrimas Tardias / Too Late for Tears / 1949 como  Danny Fuller, o escroque que reclama o dinheiro encontrado por Lizabeth Scott e Arthur Kennedy dentro de seu conversível, na realidade fruto de uma chantagem; Numa Noite Sombria / Manhandled / 1949 como Karl Bernson, o detetive particular inescrupuloso.

Vince Edwards (com a arma na mão) em O Grande Golpe

EDWARDS, VINCE(1928-1996.  Nasceu em Nova York. Nome verdadeiro: Vincent Edward Zoine. Estréia no cinema (LM): Mr. Universe  / 1951. FN: O Grande Golpe / The Killing / 1956 como Val Cannon, o amante de Sherry / Marie Windsor, a quem ela conta todo o plano do assalto ao hipódromo na esperança que ele se apodere do produto do roubo; Pecado e Redenção / Rogue Cop / 1954 como Joey Langley, o assasino de aluguel que mata Eddie Kelvaney / Steve Forrrest.

Jack Elam em A Morte Num Beijo

ELAM, JACK(1920-2003). Nasceu em Miami, Arizona. Nome verdadeiro: William Jack Scott Elam. Estréia no cinema (LM): Mystery Range / 1947. FN: Os Quatro Desconhecidos / Kansas City Confidential / 1952 como Pete Harris, um dos três delinquentes chantageados pelo policial Timothy Foster / Preston Foster a fim de obrigá-los a executar o assalto a um carro-forte; A Morte num Beijo / Kiss Me Deadly / 1955 como Charlie Max, capanga de Carl Evello / Paul Stewart.

Gene Evans, William Talman e Steve Brodie em Império do Terror

EVANS, GENE (1922-1998). Nasceu em Holbrook, Arizona. Nome verdadeiro: Eugene Barton Evans. Estréia no cinema (LM): Under Colorado Skies / 1947. FN: Baixeza / Criss Cross / 1949 como o guarda Donlan; Império do Terror / Armored Car Robbery / 1950 como Ace Foster, um dos assaltantes do carro-forte.

John Payne e Frank Faylen em A Morte Ronda o Cais

FAYLEN, FRANK (1905-1985). Nasceu em St. Louis, Missouri. Nome verdadeiro: Charles Francis Ruf. Estréia no cinema (LM): Condenado ao Inferno / Road Gang / 1956. FN: A Dália Azul / The Blue Dahlia / 1946 como o homem que recomenda um motel para Johnny Morrison / Alan Ladd; TraiçãoRace Street / 1948 como o chefão do crime Phil Dickson, ex-marido da corista Robbie / Marilyn Maxwell; A Morte Ronda o Cais / 99 River Street / 1953 como o despachante Stan Hogan, melhor amigo do chofer de táxi Ernie Driscoll / John Payne.

Frank Ferguson

Frank Ferguson (à esquerda) em A Rua das Almas Perdidas

FERGUSON, FRANK (1899-1978). Nasceu em Ferndale, Califórnia. Nome verdadeiro: Frank S. Ferguson. Estréia no cinema (LM): O Jovem Thomas Edison / Young Tom Edison / 1940. FN: Alma Torturada / This Gun For Hire / 1942 como Albert Baker, o químico que é morto por Philip Raven / Alan Ladd; A Rua das Almas Perdidas They Won’t Believe Me / 1947 como Cahill, advogado de defesa de Larry Ballantine / Robert Young; Moeda Falsa / T-Men / 1947 como agente do Tesouro; Amarga Esperança / They Live by Night / 1948 como um mendigo; O Estrangulador Misterioso Follow me Quietly / 1949 como o editor do jornal J. C. Mc Gill; Cinzas Que Queimam / On Dangerous Ground / 1952 como o vizinho de Mary Malden / Ida Lupino, Mr. Willows, a primeira pessoa que Jim Wilson / Robert Ryan e Walter Brent / Ward Bond encontram quando carregam o corpo do rapaz morto; A Gardênia Azul / The Blue Gardenia / 1953 como o repórter bêbado que cruza com Casey Mayo / Richard Conte, quando ele está saindo do bar com Norah Larkin / Anne Baxter.

Barry Fitzgerald e Howard Duff em Cidade Nua

FITZGERALD, BARRY (1888-1961). Nasceu em Dublin. Irlanda. Nome verdadeiro: William Joseph Shields. Estréia no cinema (LM): Land of her Fathers / 1924.FN: Cidade Nua / The Naked City / 1948 como Tenente Dan Muldoon; Rastro Sangrento / Union Station / 1950 como Inspetor Donnelly.

Jay C. Flippen, Farley Granger e Howard Da Silva em Amarga Esperança

FLIPPEN, JAY C. (1899-1971). Nasceu em Little Rock, Arkansas.  Estréia no cinema: O Último Gangster / Million Dollar Ransom / 1934. FN: Brutalidade / Brute Force / 1947 como o guarda Hodges; Amarga Esperança / They Live by Night / 1948 como T. Dub, um dos dois criminosos brutais que fogem da penitenciária com Farley Granger em O Grande Golpe/ The Killing / 1956 como Marvin Unger, um dos assaltantes do hipódromo.

Wallace Ford e Dennis O’Keefe em Moeda Falsa

FORD, WALLACE (1898-1966). Nome verdadeiro: Samuel Jones Grundy. Nasceu em Bolton, Lancashire, Reino Unido. Estréia no cinema (LM): Casados em Hollywood / Married in Hollywood / 1929. FN: Anjo Diabólico / Black Angel / 1946 como Joe, o amigo de Martin Blair / Dan Duryea; Museu de Horrores / Crack-Up / 1946 como o Tenente Cochrane, que suspeita de Pat O’Brien em um caso envolvendo falsificação de obras de arte; Confissão / Dead Reckoning / 1947 como o arrombador de cofres McGee; Moeda Falsa / T-Men / 1948 como “Professor”, homem ligado aos falsários, que é eliminado por Moxie / Charles McGraw na sauna, trancado no meio de um calor intenso.

Byron Foulger e John Dehner em O Demônio da Noite

FOULGER, BYRON (1899-1970), Nasceu em Ogden, Utah. Nome verdadeiro: Byron Jay Foulger. Estréia no cinema (LM): Mundo Noturno / Night World / 1932. FN: Delírio / Suspense / 1946 como um chofer de táxi; A Rua das Almas Perdidas / They Won’t Believe Me / 1947 como o  agente funerário Harry Bascomb; Amarga Esperança / They Live By Night / 1948 como Lambert, o locador do chalé onde ”Keechie” / Cathy O’Donnell e “Bowie” / Farley Granger se escondem; O Demônio da Noite / He Walked By Night / 1949 como Freddie, o funcionário do Arquivo de Identificação da Polícia.

Arthur Franz e George Raft em Desafiando o Perigo

FRANZ, ARTHUR (1920-2006). Nasceu em Perth Amboy, New Jersey. Nome verdadeiro: Arthur Sofield Franz. Estréia no cinema: Jungle Patrol / 1948. FN: Desafiando o Perigo / Red Light  / 1949 como o capelão Sargento Jess Torno, o irmão de Johnny Torno / George Raft morto por Rocky / Harry Morgan, a mando de Nick Cherney / Raymond Burr; Suplício de uma Alma / Beyond a Reasonable Doubt / 1956 como Bob Hale, o assistente do promotor, enamorado de Susan / Joan Fontaine que, a pedido dela, investiga os fatos para tentar provar a inocência de Tom Garrett / Dana Andrews.

Edward Franz e Paul Henreid em A Cicatriz

FRANZ, EDWARD (1902-1983). Nasceu em Milwaukee, Wisconsin. Nome verdadeiro: Edward Franz Schmidt. Estréia no cinema (LM): A Cortina de Ferrro / The Iron Curtain / 1948. FN: A Cicatriz / Hollow Triumph / 1948 como Frederick Muller, o irmão de John Muller / Paul Henreid; O Homem Desconhecido / The Unknown Man / 1951 como Andrew Jason Muller, influente líder de uma comissão de cidadãos contra o crime, mas que é na realidade o chefão de uma quadrilha.

Dana Andrews e Bert Freed em Passos na Noite

FREED, BERT (1919-1994). Nasceu em Nova York. Estréia no cinema (LM): O Justiceiro / Boomerang / 1947. FN: O Justiceiro Boomerang / 1947 como um dos homens que abordam John Aldron / Arthur Kennedy quando ele sai do tribunal conduzido pelos policiais; Passos na Noite / Where The Sidewalk Ends / 1950 como Detetive Paul Klein; Sindicato do Crime / 711 Ocean Drive / 1950 como Steve Marshak, um dos parceiros de Carl Stephans / Otto Kruger, o chefão do crime organizado, que deseja incorporar o negócio de informações radiofônicas, anteriormente conduzido pelo empresário Vince Walters / Barry Kelley e depois por Mal Granger / Edmond O’Brien.

Steven Geral

Susan Hayward e Steven Geray em Morte ao Amanhecer

GERAY, STEVE (1904-1973), Nasceu em Uzhgorod, Ucrânia. Nome verdadeiro: Istvàn Gyergyay. Estréia no cinema (LM): Mária Növer / 1929. FN: Morte ao Amanhecer / Deadline at Dawn / 1946 como Holie, o homem tímido que segue June / Susan Hayward; Na Noite do Crime / Woman on the Run / 1950 como Dr. Holder.

Thomas Gomez e John Garfield em A Força do Mal

GOMEZ, THOMAS (1905-1971). Nasceu em Nova York. Nome verdadeiro: Sabino Thomaz Gomes Jr.  Estréia no cinema (LM): Sherlock Holmes e a Voz do Terror / Sherlock Holmes and The Voice of Terror / 1942. FN: A Dama Fantasma / Phantom Lady / 1944 como Inspetor Burgess, que auxilia a secretária Ella Raines a provar a inocência de seu patrão; Dama, Valete e Rei / Johnny O’Clock / 1947 como Peter Marchettis, sócio de Dick Powell em um cassino e mandante de dois crimes; Do Lodo Brotou Uma Flor / Ride The Pink Horse / 1947 como Pancho, dono de um carrossel, que ajuda Robert Montgomery na sua busca do assassino de seu amigo; A Força do Mal / Force of Evil / 1948 como Leo Morse, o irmão sequestrado de Johnny Garfield.

Paul Guilfoyle em Fúria Sanguinária

GUILFOYLE, PAUL (1902-1961). Nasceu em Jersey City, New Jersey. Estréia no Cinema (LM): Nas Garras da Lei / Special Agent / 1935. FN: Fúria Sanguinária / White Heat / 1949 como Roy Parker, o presidiário que tenta  matar Cody Jarrett / James Cagney na prisão; O Estrangulador Misterioso / Follow Me Quietly / 1949, uma das possíveis testemunhas do crime  entrevistadas pelo detetive Harry Grant /  William Lundigan.

Hurd Hatfield, Michael North e Constance Bennett em Sem Sombra de Suspeita

HATFIELD, HURD (1917-1998). Nasceu em New York City, Nova York. Nome verdadeiro: William Rukard Hurd Hatfield. Estréia no cinema (LM): Estirpe do Dragão / Dragon Seed / 1944. FN: Sem Sombra de Suspeita / The Unsuspected / 1947 como Oliver Keane, marido da Althea / Audrey Totter, sobrinha de Victor Grandison / Claude Rains, o radialista assassino; Destination Murder / 1950 como Stretch Norton, gerente da boate Vogue, que por meio de uma farsa, faz Laura / Joyce Mackensie matar Armitage / Albert Dekker, o mandante do assassinato de seu pai.

Percy Helton

Percy Helton, Ralph Meeker e Gaby Rogers em A Morte Num Beijo

HELTON, PERCY (1894-1971). Nasceu em Nova York. Nome verdadeiro: Percy Alfred Helton. Estréia no cinema: The Fairy and the Waif / 1915. FN: Sublime Devoção / Call Northside 777 / 1948 como o carteiro William Decker; Baixeza / Criss Cross / 1949 como Frank, o garçom do bar que Burt Lancaster frequenta; Afrontando a Morte / The Crooked Way / 1949 como Petey, o assistente pusilâmine de Sonny Tufts que se torna informante; Mercado de Ladrões / Thieve’s Highway/ 1949 como o proprietário do bar; A Morte Num Beijo / Kiss Me Deadly / 1955 como o médico-legista cuja mão é esmagada na gaveta por Ralph Meeker.

Humphrey Bogart, Lauren Bacall, Sonia Darrin e Louis Jean Heydt em À Beira do Abismo

HEYDT, LOUIS JEAN (1903-1960). Nasceu em Montclair, New Jersey. Estréia no cinema (LM): Before Morning / 1933. FN: O Último Refúgio / High Sierra / 1941 como o turista no momento do roubo; Capitulo Sorrindo The Glass Key / 1942 como o homem assistindo ao jôgo de dados; À Beira do Abismo / The Big Sleep / 1946 como o chantagista Joe Brody; O Perseguido / Roadblock / 1951 como Harry Miller, colega de Joe Peters / Charles McGraw, o investigador da companhia de seguros.

Taylor Holmes e Victor Mature em Beijo da Morte

HOLMES, TAYLOR (1878-1959). Nasceu em Newark, New Jersey.Estréia no cinema (LM): Ruggles of Red Gap / 1918. FN: O Justiceiro / Boomerang / 1947 como T. M. Wade, o dono do jornal que faz campanha contra o governo reformista; O Beijo da Morte / Kiss of Death / 1947; Ato de Violência / Act of Violence / 1949 como Mr. Gavery, o advogado que aconselha Frank Enley / Van Heflin a reliminar seu perseguidor implacável Joe Parkson / Robert Ryan, contratando um assassino de aluguel.

Jeff Corey, John Hoyt, Hume Cronyn e Howard Duff em Brutalidade

HOYT, JOHN (1905-1991). Nasceu em Bronxville, Nova York, Nome verdadeiro: John McArthur Hoysradt. Estréia no cinema (LM): Sob o Manto Tenebroso / O.S.S. / 1946. FN: Brutalidade / Brute Force / 1947 como Spencer, um dos presos que planejam uma fuga da penitenciária; O Império do Crime / The Big Combo / 1955 como Nils Dreyer, o capitão do navio.

Curt Conway, Raymond Burr e John Ireland em Entre Dois Fogos

IRELAND, JOHN (1914-1992). Nasceu em Vancouver, British Columbia, Canadá. Nome verdadeiro: John Benjamin Ireland. Estreía no cinema (LM): Um Passeio ao Sol / A Walk in the Sun / 1945. FN: Railroaded! / 1947 como Duke Martin, o criminoso excêntrico que, juntamente com seu comparsa Cowie / Keefe Brasselle, assalta um salão de beleza, que serve de fachada para o jogo clandestino; O Gângster / The Gangster / 1947 como Frank Karty, o assassino involuntário de Nick Jammey / Akim Tamiroff, sócio do gângster paranóico Shubunka / Barry Sullivan; Entre Dois Fogos / Raw Deal /1948 como Fantail, capanga de Rick Coyle / Raymond Burr; O Czar Negro / The Undecover Man / 1949  (narrador).

Sam Jaffe em O Segredo das Jóias

JAFFE, SAM (1891-1984. Nasceu em Nova York. Nome verdadeiro: Shalom Jaffe. Estréia no cinem (LM): A Imperatriz Vermelha / The Scarlet Empress / 1934. FN: Acusada The Accused / 1945 como Dr. Romley; O Segredo das Jóias / The Asphalt Jungle / 1950 como “Doc” Erwin Riedenschneider, o ex-sentenciado que planeja um audacioso assalto a uma joalheria.

Charlton Heston e Dean Jagger em Cidade Negra

JAGGER, DEAN (1903-1991). Nasceu em Lima, Ohio. Nome verdadeiro: Dean Jeffreys Jagger.  Estréia no cinema (LM): Farol do Amo r/ The Woman from Hell / 1929. FN: Estranha Aventura / When Strangers Marry / 1944 como Paul Baxter, marido de Kim Hunter, cujo comportamento estranho a faz suspeitar de que está envolvido em um assassinato; Cidade Negra  / Dark City/ 1950 como Capitão Garvey, que investiga um crime envolvendo três jogadores de pôquer e um maníaco homicida; Dinheiro Maldito / Private Hell 36 / 1954 como Capitão Michaels, que suspeita de dois detetives desonestos, Steve Cochran e Howard Duff.

Barry Kelley (ao centro) em O Czar Negro

KELLEY, BARRY (1908-1991). Nasceu em Chicago, Illinois. Estréia no cinema (LM): O Justiceiro / Boomerang / 1947. FN: O Justiceiro / Boomerang / 1947 como o Sargento de Polícia Dugan; A Força do Mal / Force of Evil como o detetive Egan; O Czar Negro / The Undercover Man / 1949 como o advogado Edward O’Rourke; Lágrimas Tardias / Too Late for Tears / 1949 como Tenente Breach; A Confissão de Thelma  / The File on Thelma Jordon / 1950 como o promotor público Melvin Pierce; O Segredo das Jóias / The Asphalt Jungle / 1950 como Tenente Ditrich; Sindicato do Crime / 711 Ocean Drive como o empresário Vince Walter, que presta um serviço de informações telefônicas para os agenciadores de apostas nas corridas de cavalos; Cidade Apavorada / The KillerThat Stalked New York /  1951 como o agente  do tesouro Johnson.

Barbara Stanwyck, Wendell Corey e Paul Kelly em A Confissão de Thelma

KELLY, PAUL (1899-1956). Nasceu em Nova York. Nome verdadeiro: Paul Michael Kelly.  Estréia no cinema (LM): Fit to Win / 1919. FN: Rancor / Crossfire / 1947 como o homem misterioso que aparece no apartamento de Gloria Grahame e depois ajuda a comprovar a inocência do soldado acusado injustamente da morte do judeu; Um Rosto no Espelho / Fear in the Night / 1947 como Cliff Harlan, detetive de polícia que ajuda seu cunhado DeForrest Kelley a decifrar o mistério de um suposto sonho, no qual ele teria cometido um crime; A Confissão de Thelma / The File on Thelma Jordon  / 1950 como o investigador-chefe Miles Scott; Pecado Sem Mácula / Side Street / 1950 como Capitão  de Polícia Walter Anderson.

Charles Kemper e Robert Ryan em Cinzas Que Queimam

KEMPER, CHARLES (1900-1950). Nasceu no Oklahoma. Estréia no Cinema: Amor àTerra / The Southerner / 1945. FN: Almas Perversas / Scarlet Street / 1945 como Patch-eye Higgins, o primeiro marido da mulher de Christopher Cross / Edward G. Robinson;Trágico Destino / Where Danger Lives / 1950 como o Chefe de Polícia; Cinzas Que Queimam / On Dangerous Ground / 1951 como Bill “Pop” Daly, um dos dois policiais colegas de ronda de Jim Wilson / Robert Ryan.

Arthur Kennedy e Dana Andrews em O Justiceiro

KENNEDY, ARTHUR  (1914-1990). Nasceu em Worcester, Massachusetts. Nome verdadeiro: John Arthur Kennedy. Estréia no cinema (LM): Dois Contra Uma Cidade Inteira / City for Conquest / 1940. FN: Último Refúgio / High Sierra / 1941 como Red Hattery um dos cúmplices de Humphrey Bogart no assalto ao hotel de veraneio; Caminhos Sem Fim / Chicago Deadline / 1949 como Tommy Ditman, o irmão da mulher encontrada morta em um quarto cuja morte o jornalista Alan Ladd investiga; Lágrimas Tardias / Too Late for Tears / 1949 como Alan Palmer que, juntamente com sua esposa (interpretada por Lizabeth Scott), encontra dentro do seu conversível uma maleta cheia de dinheiro,sendo ambos punidos por sua cupidez; O Justiceiro /  Boomerang / 1947 como John Waldron, o soldado veterano, preso e acusado do assassinato de um padre em plena via pública e é defendido por Dana Andrews; Ninguém Crê em Mim / The Window / 1949, como Mr. Woodry, pai do menino que vê um casal de vizinhos roubando e matando um marinheiro bêbado, mas ninguém acredita nele.

Fritz Kortner e John Hodiak em Uma Aventura na Noite

KORTNER, FRITZ (1892-1974). Nasceu em Viena, Austria. Nome verdadeiro: Fritz Nathan Kohn. Estréia no cinema (LM): Manya, die Türkin / 1915. FN: Uma Aventura na Noite / Somewhere in the Night / 1946 como o vidente Anzelmo / Dr. Oracle; A Moeda Trágica / The Brasher Doubloon / 1947 como Rudolph Vannier, o ex-cinegrafista de cinejornais chantagista.

Barry Kroeger e Richard Conte em Uma Vida Marcada

KROEGER, BERRY (1912-1991). Nasceu em San Antonio, Texas. Estréia no cinema (LM): Seus Três Amores / Tom, Dick and Harry / 1941. FN:  Uma Vida Marcada / Cry of the City / 1948 como Niles, advogado inescrupuloso no escritório do qual Martin Rome / Richard Conte encontra  as jóias roubadas; Ato de Violência / Act of Violence / 1949 como Johnny, o assassino de aluguel que a prostituta Pat / Mary Astor arranja para “cuidar” de Joe Parkson / Robert Ryan; Caminhos sem Fim / Chicago Deadline / 1949 como Solly Wellman o assassino da jovem cujo corpo é encontrado pelo jornalista Ed Adams / Alan Ladd; Mortalmente Perigosa / Gun Crazy / 1950 como Packet, o dono do parque de diversões.

Otto Kruger, Mike Mazurki e Dick Powell em Até a Vista Querida

KRUGER, OTTO (1885-1974).  Nasceu em Toledo, Ohio. Estréia no cinema (LM): A Mother’s Confession / 1915. FN: Até à Vista. Querida Murder my Sweet / 1944 como o psiquiatra Jules Anthor; Sindicato do Crime / 711 Ocean Drive / 1950 como Carl Stephans, chefão do crime organizado.

Jack Lambert e Edmond O’Brien em Assassinos

LAMBERT, JACK (1920-202). Nasceu em Nova York. Estréia no cinema (LM): Noivas de Tio Sam / Stage Door Canteen / 1943. FN:  Assassinos / The Killers / 1946 como Dum Dum um dos componentes da quadrilha de Big Jim Colfax / Albert Dekker; Sem Sombra de Suspeita / The Unsuspected / 1947 como Press, o assassino chantageado por Victor Grandison / Claude Rains; Mercado Humano / Border Incident / 1949 como Chuck, capanga de Owen Parkson / Howard Da Silva; A Morte Ronda o Cais / 99 River Street / 1953 como Mickey, capanga do receptador Christopher / Jay Adler; A Morte Num Beijo / Kiss Me Deadly/ 1955 como Sugar, capanga de Carl Evello / Paul Stewart.

Marc Lawrence

Marc Lawrence, Sterling Hayden e Sam Jaffe em O Segredo das Jóias

LAWRENCE, MARC (1910-2005). Nasceu em Nova York. Nome verdadeiro: Max Goldsmith. Estréia no cinema (LM): Se Eu Tivesse Um Milhão / If Had A Million/ 1932. FN: Alma Torturada / This Gun for Hire / 1942 como Tommy, o chofer de Gates / Laird Gregar que tenta matar Ellen / Veronica Lake; O Segredo das Jóias / The Asphalt Jungle / 1950 como Cobby, o bookmaker envolvido com os assaltantes.

John Hodiak e Sheldon Leonard em Uma Aventura na Noite

LEONARD, SHELDON (1907-1997). Nasceu em Nova York. Nome verdadeiro: Sheldon Leonard Bershad. Estréia no cinema (LM): O Último Inimigo / The People’s Enemy / 1935. FN: Vida Contra Vida / Street of Chance / 1942 como Detetive Marucci; Mulher Dilinger / Decoy / 1946 como Sargento Joe Portugal; Uma Aventura na Noite / Somewhere in the Night / 1946 como Sam, o homem que George Taylor / John Hodiak vai procurar, pensando que ele é Nick Cravat; O Gângster / The Gangster / 1947 como Cornell, rival do gângster paranóico Shubunka / Barry Sullivan.

Robert Ryan , Sam Levene e Steve Brodie em Rancor

LEVENE, SAM (1905-1980). Nasceu na Russia. Nome verdadeiro: Sholem Lewin. Estréia no cinema (LM): The Talk of Hollywood / 1929. FN: Assassinos / The Killers / 1946 como Tenente Sam Lubinsky; O Justiceiro / Boomerang / 1947 como o repórter Dave Woods; Brutalidade / Brute Force / 1947 como Louie Miller, o presidiário torturado pelo Capitão Munsey / Hume Cronyn; Rancor / Crossfire / 1947 como Joseph Samuels, o judeu morto pelos soldados anti-semitas.

Peter Lorre e Humphrey Bogart em Relíquia Macabra

LORRE, PETER (1904-1964). Nasceu em Rózsahegny, Áustria. Nome verdadeiro: László Löwenstein. Estréia no cinema (LM): Arrufos de Adão e Eva / Dieverschwundene Frau / 1929. FN: O Homem dos Olhos Esbugalhados / Stranger on the Third Floor / 1940 como o  estranho com olhar de demente e um cachecol comprido em torno do pescoço em uma atitude furtiva; Relíquia Macabra / The Maltese Falcon / 1941 como Joel Cairo; Anjo Diabólico / Black Angel /  1946 como Mr. Marko, dono da boate Rio; A Senda do Temor  / The Chase  / 1946 como Gino, auxiliar e confidente do gângster Eddie Roman / Steve Cochran.

Charles McGraw e Dennis O’Keefe em Moeda Falsa

MCGRAW, CHARLES (1914-1980). Nasceu em Des Moines, Iowa. Estréia no cinema LM): O Segredo do Monstro / The Undying Monster / 1942. FN: Assassinos / The Killers / 1946 como Al, um dos dois assassinos de aluguel que chegam à pequena cidade de Brentwood, New Jersey à procura do Sueco / Burt Lancaster; Brutalidade / Brute Force / 1947 como Andy, um dos presidiários; O Gângster / The Gangster / 1947 como o assassino Dugas; Moeda Falsa / T-Men / 1948 como Moxie, um dos capangas do subchefe da quadrilha de falsários, que mata o agente Tony Genaro / Alfred Ryder; Homem Contra o Perigo/ The Threatb/ 1949 como Arnold Kluger, o fugitivo da penitenciária com a idéia fixa de matar pessoas que considera responsáveis por sua condenação; Mercado Humano / Border Incident / 1949 como Jeff Amboy, capanga de Owen Parkson / Howard Da Silva; Pecado Sem Mácula / Side Street / 1950 como o detetive Stanley Simon;  Império do Terror/ Armored Car Robbery / 1950 como Tenente Cordel; O Perseguido / Roadblock / 1951 como Joe Peters, um dos investigadores da companhia de seguros; Trilhos Sinistros / The Narrow Margin / 1952 como Detetive Walter Brown.

Tom Drake, John McIntire e Van Jonhson em A Cena do crime

MCINTYRE, JOHN (1907-1991). Nasceu em Spokane, Washington. Nome verdadeiro: John Herrick McIntire. Estréia no cinema (LM): O Mercador de Ilusões / The Hucksters / 1947. FN: Sublime Devoção / Call Northside 777 / 1948 como o Procurador Estadual Sam Faxon; Rua Sem Nome / Street With No Name / 1948 como Cy Gordon, agente do FBI; A Cena do Crime / Scene of the Crime/ 1949 como Detetive Fred Piper; O Segredo das Jóias / The Asphalt Jungle / 1950 como Comissário Hardy.

Donald McBride

Donald McBride e Edmond O’Brien em Assssinos

MACBRIDE, DONALD (1899-1957). Nasceu em Nova York. Nome verdadeiro: Donald Hugh MacBride. Estréia no cinema (LM): The Daring of Diana / 1916. FN: O Último Refúgio / High Sierra / 1941 como Big Mac, antigo comparsa de Roy Earle / Humphrey Bogart, que o incita a assaltar o hotel de veraneio; Capitulou Sorrindo / The Glass Key / 1942 como o Promotor Público; Assassinos / The Killers / 1946 como R. S. Kenyon, o patrão de Riordan / Edmond O’Brien na companhia de seguros.

Barton McLane e Ward Bond em O Amanhã Que Não Virá

MACLANE, BARTON (1902-1969). Nasceu em Columbia, South Carolina. Nome verdadeiro: Ernest Barton McLane. Estréia no cinema (LM): O Campeonato do Amor The Quarterback / 1926. FN: O Último Refúgio/ High Sierra / 1941 como Jake Kranmer, o ex-policial que quer que Roy Earle / Humphrey Bogart lhe entregue as jóias roubadas no assalto do hotel; Relíquia Macabra / The Maltese Falcon / 1941 como Tenente Dundy; O Amanhã Que Não Virá / Kiss Tomorrow Goodbye / 1950 como John Reece, um dos dois policiais que confiscam o dinheiro de Ralph Cooter / James Cagney; Desafiando o Perigo Red Light / 1950 como Detetive Strecker.

Charles Laughton e George McReady em O Relógio Verde

MACREADY, GEORGE (1899-1973). Nasceu em Providence, Rhode Island. Nome verdadeiro: George Peabody Macready Jr. Estréia no cinema (LM): Os Comandos Atacam de Madrugada / Commandos Attack at Dawn / 1942. FN: O Relógio Verde / The Big Clock  / 1948 como Steve Hagen, assistente de Earl Janoth / Charles Laughton, dono de várias publicações jornalísticas, que ajuda seu patrão a tentar incriminar George Stroud / Ray Milland, editor de uma das revistas do grupo, pelo assassinato que ele cometeu.

Tom Tully, Karl Malden e Dana Andrews em Passos na Noite

MALDEN, KARL (1912- 2009). Nasceu em Chicago, Illinois. Nome verdadeiro: Mladen George Sekulovitch. Estréia no cinema (LM): Não Cobiçarás a Mulher Alheia / They Knew What They Wanted / 1940.  FN: O Justiceiro Boomerang / 1947 como Tenente White; O Beijo da Morte / Kiss of Death / 1947 como Sargento William Cullen; Passos na Noite / Where The Sidewalk Ends / 1950 como Tenente Thomas.

Herbert Marshall e Pat O’Brien em Museu de Horrores

MARSHALL, HERBERT ( 1890-1966). Nasceu em Londres, UK. Nome verdadeiro: Herbert Brough Falcon Marshall. Estréia no cinema  (LM): Mumsie / 1927. FN: Museu de Horrores / Crack-Up / 1946  como  Traybin, o detetive da Scotland Ward que se faz passar por um perito em arte; Muro de Trevas / High Wall /  1947 Wilard I. Whitcombe, executivo de uma editora de livros religiosos, o verdadeiro assassino da esposa de Steve Kenet / Robert Taylor; Angel Face / Alma em Pânico /  1953 como Mr. Tremayne, padrasto da assassina  Diane Tremayne / Jean Simmons.

Lee Marvin, Gloria Grahame e Glenn Ford em Os Corruptos

MARVIN, LEE (1924-1987). Nasceu em Nova York. Estréia no cinema (LM): Agora estamos na Marinha / You’re in the Navy Now / 1951. FN: Os Corruptos / The Big Heat / 1953 como Vince Stone, braço-direito sádico do gângster Mike Lagana / Alexander Scourby que joga água fervendo no rosto de sua namorada, Debby Marsh / Gloria Grahame.

Mike Mazurki e Dick Powell em Até à Vista, Querida

MAZURKI, MIKE (1907-1990). Nasceu em Kozova Raion, Ucrânia. Nome verdadeiro: Markyan Mazurkevych. Estréia no cinema (LM): Uma Dama do Outro Mundo Belle of the Nineties / 1934. FN: Até à Vista, Querida Murder, My Sweet / 1944 como Moose Malone, o brutamontes recém libertado da prisão, que contrata o detetive particular Philip Marlowe / Dick Powell, para encontrar sua namorada Velma Valento / Claire Trevor; Cidade Negra / Dark City / 1950 como Sidney Vinant, o irmão super protetor de Arthur Vinant / Don DeFore, o comerciante que se suicida depois de perder muito dinheiro em um jogo de pôquer duvidoso.

Ao centro, John Agar e Emile Meyer (sem paletó) em Caçado como Fera

MEYER, EMILE (1910-1987). Nasceu em New Orleans, Louisiana. Estréia no cinema (LM): Pânico na Rua / Panic in the Streets/ 1950. FN: Pânico na Rua / Panic in the Streets / 1950 como Capitão Beauclyde; Caçado como Fera / Shield for Murder / 1954 como Capitão Gunnarson.

Lizabeth Scott, Marvin Miller e Humphrey Bogat em Confissão

MILLER, MARVIN (1913-1985). Nascido em St. Louis, Missouri. Nome verdadeiro: Marvin Elliott Miller. Estréia no cinema: Sangue Sob o Sol  / Blood on the Sun/ 1945. FN:  Johnny Angel Johnny Angel / 1945 como George “Gusty” Gustafson, patrão de Johnny Angel / George Raft, que recorre ao crime para satisfazer os desejos de sua mulher; Morte ao Amanhecer / Deadline at Dawn / 1948 como Sleepy Parsons, o pianista cego da boate; Confissão / Dead Reckoning / 1947 como Krause, o guarda-costas de Martinelli / Morris Carnovsky; A MoedaTrágica / The Brasher Doubloon / 1947 como Vince Blair, o dono da boate.

Richard Conte e Millard Mitchell em Mercado de Ladrões

MITCHELL, MILLARD (1903-1953), Nasceu em Havana, Cuba, Estréia no cinema (LM): Segredos de uma Secretária / Secrets of a Secretary/1931. FN: O Beijo da Morte / Kiss of Death / 1947 como Detetive Shelby; Mercado de Ladrões / Thieve’s Highway / 1949 como Ed Kinney, sócio de Nick Garcos / Richard Conte no transporte e venda de maçãs, que morre queimado dentro do seu caminhão em chamas.

Harry Morgan e Barry Sullivan em O Gângster

MORGAN, HARRYou HENRY (1915-2011). Nasceu em Detroit, Michigan. Nome verdadeiro: Harry Bratsberg. Estréia no cinema (LM): Defensores da Bandeira To The Shores of Tripoli / 1942. FN: Uma Aventura na Noite / Somewhere in the Night / 1946 como o garçom do bar; O Gângster / The Gangster / 1947 como Shorty, o garçom da sorveteria; O Relógio Verde / The Big Clock / 1948 como Bill Womack, guarda-costas de Earl Janot / Charles Laughton; Traição / Race Street / 1948 como o bookmaker Hal Towers;  Cidade Negra / Dark City / 1950 como um soldado; Red Light / 1950 como Rocky, presidiário recém saído da prisão que Nick Cherney / Raymond Burr encarrega de matar o padre irmão de John Torno / George Raft; Escândalo / Scandal Sheet / 1952 como Biddle, colega do jornalista Steve Mc Cleary / John Derek.

Zero Mostel e Jack Palance em Pânico na Rua

MOSTEL, ZERO (1915-1977). Nasceu em Nova York. Nome verdadeiro: Samuel Joel Mostel. Estréia no cinema (LM): DuBarry era um Pedaço / Du Barry Was a Lady / 1943. FN: Pânico na Rua / Panic in the Streets/ 1950 como Fitch, o devotado e suarento cúmplice do gângster Blackie / Jack Palance.

Alan Napier (à esquerda de terno e gravata) em Baixeza

NAPIER, ALAN (1903-1988), Nasceu em Worcestershire, Inglaterra. Nome verdadeiro: Allan William Napier-Clavering. Estréia no cinema (LM): Caste / 1930. FN: Baixeza / Criss Cross / 1949 como Finchley, o planejador do assalto ao carro-forte; Numa Noite Sombria / Manhandled  / 1949 como Alton Bennett, principal suspeito da morte de sua esposa Ruth / Irene Hervey no caso investigado pelo Tenente Dawson / Art Smith e pelo investigador da companhia de seguros Joe Cooper / Sterling Hayden.

Lloyd Nolan

Tom Tully, Lloyd Nolan e Robert Montgomery em A Dama do Lago

NOLAN, LLOYD (1902-1985), Nasceu em San Francisco, Caklifórnia. Nome verdadeiro: Lloyd Benedict Nolan. Estréia no cinema (LM): Contra o Império do Crime / G-Men  / 1935. FN: Uma Aventura na Noite / Somewhere in the Night / 1946 como Tenente Donald Kendall; A Dama no Lago / Lady in the Lake / 1947 como Tenente DeGarmot; Rua Sem Nome / Street With No Name / 1948 como Inspetor Briggs.

Robert Osterloh e Burt Lancaster em Baixeza

OSTERLOH, ROBERT (1918-2001). Nasceu em Pitsburgh, Pennsylvania. Estréia no cinema (LM): Encontro Fatal / Incident / 1948. FN: Baixeza / Criss Cross / 1949 como Mr. Nelson, o homem que Slim Dundee / Dan Duryea manda raptar Steve Thompson / Burt Lancaster do hospital;  O Czar Negro / The Undercover Man  / 1949 como “Manny” Zanger, o primeiro contato que os agentes do Departamento do Tesouro fazem para obter provas de que um figurão do submundo está sonegando impostos; Fúria Sanguinária / White Heat / 1949  como Tommy Riley, membro da quadrilha de Cody Jarrett / James Cagney; Mortalmente Perigosa / Gun Crazy / 1951 como o  policial Hampton; Sindicato do Crime / 711 Ocean Drive / 1950 como o assassino de aluguel Gizzi; Cúmplice das Sombras / The Prowler / 1951 como o médico legista.

Tom Pedi, Don Taylor, Dorothy Hart e Barry Fitzgerald em Cidade Nua

PEDI, TOM (1913-1996). Nasceu em Nova York. Estréia no cinema : Cidade Nua / The Naked City / 1948, FN: Cidade Nua / The Naked City / 1948 como Detetive Pirelli; Baixeza / Criss Cross / 1948 como Vincent, um dos membros da quadrilha de Slim Dundee / Dan Duryea.

Joseph Pevney (à esquerda) e George Raft em Noturno

PEVNEY, JOSEPH (1911-2008). Nasceu em Nova York, Estréia no cinema (LM): Noturno Nocturne / 1946. FN: Noturno / Nocturne / 1946 como o pianista Ned “Fingers” Ford; Rua Sem Nome / The Street With No Name / 1948 como Matty, um dos integrantes da quadrilha de Alec Stiles / Richard Widmark; Mercado de Ladrões / Thieve’s Highway / 1949 como  o caminhoneiro Pete.

Tom Powers e Fred MacMurray em Pacto de Sangue

POWERS, TOM (1890-1955), Nasceu em Owensboro, Kentucky. Nome verddadeiro: Thoas McCreery Powers. Estréia no cinema: Barnaby Rudge / 1915. FN: Pacto de Sangue / Double Indemnity / 1944 como Mr. Dietrichson, o marido de  Phyllis / Barbara Stanwyck; A Dália Azul / The Blue Dahlia / 1946 como Capitão Hendrickson; A Rua das Almas Perdidas / They Won’t Believe Me / 1947 como Trenton, o sócio de Larry Ballentine / Robert Young; Caminhos Sem Fim / Chicago Deadline / 1949 como Glenn Howard, diretor do jornal onde Ed Adams / Alan Ladd trabalha.

Edmond O’Brien, Vincent Price e Ella Raines em Uma Aventura Arriscada

PRICE, VINCENT (1911-1993). Nasceu em St. Louis, Missouri. Nome verdadeiro:  Vincent Leonard Price. Estréia no cinema (LM): Serviço de Luxo / Service De Luxe / 1938. FN:  Laura / Laura / 1944 com Shelby Carpenter, o playboy noivo de Laura / Gene Tierney; Uma Aventura Arriscada / The Web / 1947 como Andrew Colby, o empresário que arma um esquema para se livrar de seu sócio, envolvendo o advogado Bob Regan / Edmond O’Brien no crime; No Silêncio de uma Cidade / While the City Sleeps / 1956 como Walter Kyne Jr., herdeiro de um dos maiores jornais de Nova York, que promove uma competição perversa entre seus três principais colaboradores, prometendo o cargo de diretor executivo aquele que der o furo jornalístico sobre o jovem psicopata / John Barrymore Jr. , que está cometendo uma série de crimes sexuais.

Humphrey Bogart e John Ridgely em À Beira do Abismo

RIDGELY, JOHN (1909-1968), Nasceu em Chicago, Ilinois. Nome verdadeiro: John Hungtington Rea. Estréia no cinema (LM): Streamline Expess / 1935. FN: À Beira do Abismo / The Big Sleep / 1946 como Eddie Mars, gângster dono de um cassino; A Sentença / Nora Prentiss / 1947 como Walter Bailey, o paciente que sofre do coração; Muro de Trevas / High Wall/ 1947 como David Wallace, assistente do promotor público; Mercado Humano / Border Incident / 1949 como Neley, capanga de Owen Parkson / Howard Da Silva; Alguém Deixou Este Mundo / Backfire / 1950 como um detetive.

Richard Robert em Sublime Devoção

ROBER, RICHARD (1910-1952). Nasceu em Rochester, Nova York. Estréia no cinema (LM): Sublime Devoção / Call Northside 777 / 1948. FN: Sublime Devoção / Call Northside 777 / 1948 como Sargento Larson; Alguém Deixou Este Mundo / Backfire / 1950 como Solly Blane, o apostador do cassino assassinado; A Confissão de Thelma / The File on Thelma Jordon / 1950 como Tony Laredo, o amante de Thelma Jordon / Barbara Stanwyck.

Roy Roberts e Paul Fix em A Força do Mal

ROBERTS, ROY (1906-1975). Nasceu em Columbia, Florida. Nome verdadeiro: Roy Barnes Jones. Estréia no cinema (LM): Guadalcanal / Guadalcanal Diary / 1943. FN: A Moeda Trágica / The Brasher Doubloon / 1947 como Tenente Breeze; Demônio da Noite / He Walked By Night / 1948 como Capitão Breen; A Força do Mal / Force of Evil / 1948 como Ben Tucker, o poderoso banqueiro do jogo de números, cliente de Joe Morse / John Garfield; Na Teia do Destino / The Reckless Moment / 1949 como Nagel, o agiota; Caminhos Sem Fim / Chicago Deadline / 1949 como Jerry Cavanaugh, o agente do pugilista Bat / Paul Lees; Cidade Apavorada / The Killer That Stalked New York  / 1950 como Prefeito de Nova York.

Cleo Moore, Anthony Ross e Robert Ryan em Cinzas Que Queimam

 ROSS, ANTOHNY (1909-1955). Nasceu em New York City, Nova York. Estréia no cinema: Encontro no Céu / Winged Victory / 1944. FN: O Justiceiro / Boomerang  / 1947 como o homem indignado que aborda John Aldron / Arthur Kennedy na rua, quando ele sai do tribunal conduzido pelos policiais; O Beijo da Morte / Kiss of Death como Williams, um dos dois companheiros de Nick Bianco / Victor Mature no roubo à joalheria; Ninguém Crê Em Mim The Window / 1949 como Detetive Ross; A Patrulha da Morte / Between Midnight and Dawn / 1950 como Tenente Masterson; Cinzas Que Queimam / On Dangerous Ground / 1951 como Detetive Pete Santos; Pecado e Redenção / Rogue Cop / 1954 como Padre Ahearn.

Farley Granger e Edmond Ryan em Pecado Sem Mácula

RYAN, EDMOND (1905-1984). Nasceu em Cecilia, Kentucky. Nome verdadeiro: Edmon Ryan Mossbarger. Estréia no cinema (LM): Crime Over London  / 1936. FN: Pecado Sem Mácula/ Side Street / 1950 como o chantagista Victor Backett; A Noite de 23 de Maio / Mystery Street  / 1950 como James Joshua Harkley, o homem casado pertencente à alta sociedade de Boston que mata sua amante Vivian Heldon / Jan Sterling, ao saber que ela está grávida, porém o tenente Peter Morales / Ricardo Montalban desvenda o caso.

Walter Sande, Lizabeth Scott e Robert Mitchum em Estrada dos Homens sem Lei

SANDE, WALTER (1906-1971). Nasceu em Denver, Colorado. Estréia no cinema (LM): Goldwyn Follies / The Goldyn Follies / 1938. FN: A Dália Azul / The Blue Dahlia / 1946 como o gângster Heath; Noturno Nocturne / 1946 como Tenente de Polícia Halberson; Sindicato do Crime / 711 Ocean Drive / 1950 como o mecânico da oficina de reparos de automóvel; Cidade Negra / Dark City / 1950 como Swede, o dono do cassino; Estrada dos Homens Sem Lei / The Racket / 1951 como Sargento Jim Delaney.

Jay C. Flippen e Joe Sawyer em O Grande Golpe

SAWYER, JOE  (1906-1962). Nasceu em Guelph, Ontario no Canadá. Nome verdadeiro: Joseph Sauers. Estréia no cinema (LM): Inimigo Público/ The Public Enemy/ 1931. FN: Morte ao Amanhecer / Deadline at Dwan / 1946 como o bêbedo Babe Dooley, que grita chamando a polícia; O Grande Golpe / The Killing / 1955 como Mike O’Reilly, o garçom do bar do hipódromo, um dos componentes do bando que vai roubar o dinheiro das apostas.

Dan Seymour e Glenn Ford em Os Corruptos

SEYMOUR, DAN (1915-1993). Nasceu em Chicago, Illinois. Nome verdadeiro: Daniel Seymour Katz. Estréia no cinema (LM): Estrada da Birmânia / Bombs Over Burma / 1942. FN: Os Corruptos / The Big Heat / 1953 como Atkins, dono do depósito de ferro velho; Desejo Humano / Human Desire / 1954 como um garçom; Suplício de uma Alma  / Beyond a Reasonable Doubt / 1956 como Greco, o dono da boate.

Harry Shannon, Orson Welles e Ray Collins em A Marca da maldade

SHANNON, HARRY (1890-1964).  Nasceu em Saginaw, Michigan. Estréia no cinema (LM): A Ilha da Felicidade / Heads Up / 1930.  FN: Alma Torturada / This Gun for Hire / 1942 como o policial colega de Michael Crane / Robert Preston; Transviado / Night Editor / 1946 como Capitão Lawrence; Museu de Horrores / Crack-Up / 1946 como um guarda; A Sentença / Nora Prentiss / 1947 como um Tenente de Polícia; A Morte Misteriosa / The Devil Thumbs a Ride / 1947 como Detetive Owens; A Dama de Shanghai / The Lady from Shanghai / 1949 como um chofér de táxi; Cidade Apavorada / The Killer That Stalked New York / 1950 como o policial Houlihan; Trágico Destino / Where Danger Lives / 1950 como Dr. Maynard; Justiça Injusta / Try and Get Me / 1950 como Mr. Yager, o vizinho de  Howard Tyler / Frank Lovejoy, na casa do qual Judy Tyler / Kathleen Ryan está vendo televisão; A Marca da Maldade / Touch of Evil  /  1958 como o chefe de polícia Pete Gould.

Walter Slezak e  Audrey Long em Nascido para Matar

SLEZAK, WALTER (1902-1983). Nascido em Viena, Austria.  Estréia no cinema (LM): Sodom und Gomorrah / 1922. FN: Nascido Para Matar / Born to Kill / 1947 como Albert Arnett, o detetive desonesto contratado por Mrs. Kraft / Esther Howard, para descobrir o assassino de de seus pensionistas Laury / Isabel Jewell e seu amigo Danny / Tony Barrett, mortos por Sam Wild / Lawrence Tierney.

Dan Duryea, Dorothy Lamour e Art Smith em Numa Noite Sombria

SMITH, ART (1899-1973). Nasceu em Chicago, Illinois. Nome verdadeiro: Arthur Gordon Smith. Estréia no cinema (LM): Revolta! / Edge of Darkness / 1943. FN: Brutalidade / Brute Force / 1947 como o médico alcoólatra Dr. Walters; Do Lodo Brotou Uma Flor / Ride a Pink Horse / 1947 como Bill Retz, agente do FBI; Moeda Falsa / T-Men / 1948 como Gregg, o chefe do departamento do tesouro que fornece ao agente Dennis O’ Brien / Dennis O’ Keefe algumas notas falsificadas; Numa Noite Sombria / Manhandled / 1949 como Tenente Dawson; Justiça Injusta / Try and Get Me / 1950, como Hal Clendenning, o dono do jornal, patrão de Gil Stanton / Richard Carlson; Cidade Apavorada / The Killer That Stalked New York / 1950 como o negociante de diamantes Anthony Moss.

Humphrey Bogart e Bob Steele em À Beira do Abismo

STEELE, BOB (1907-1988). Nasceu em Portland, Oregon, Nome verdadeiro: Robert Adrian Bradbury. Estréia no cinema (LM): The Adventures of Bob and Bill / 1920 (seriado). FN: À Beira do Abismo / The Big Sleep / 1946 como Lash Canino, capanga do gângster Eddie Mars / John Ridgely, que dá um copo de veneno para o informante Harry Jones / Elisha Cook Jr.

Tom D’Andrea, Humphrey Bogart e Houseley Stevenson em Prisioneiro do Passado

STEVENSON, HOUSELEY (1879-1953). Nasceu em Londres, Inglaterra. Estréia no cinema (LM):The Law in Her Hands / 1936. FN: Uma Aventura na Noite / Somewhere in the Night / 1946 como Michael Conroy, testemunha de um assassinato; A MoedaTrágica / The Brasher Doubloon / 1947 como Elisha Morningstar, negociante de moedas; Prisioneiro do Passado / Dark Passage / 1947 como Dr. Walter Coley, o cirurgião plástico que opera Vincent Parry / Humphrey Bogart.

Paul Stewart em Ninguém Crê em Mim

STEWART, PAUL (1908-1986). Nasceu em Manhattan, Nova York. Nome verdadeiro: Paul Sternberg. Estréia no cinema (LM): Desde os Tempos de Eva / Ever Since Eve / 1937. FN: Ninguém Crê em Mim / The Window / 1949 como Joe Kellerson, o vizinho que Tommy Woodry / Bobby Driscoll vê, roubando e matando um marinheiro bêbado, ajudado por sua mulher Jean / Ruth Roman; A Morte Num Beijo / Kiss Me Deadly / 1955 como o gângster Carl Evello.

Lous Jean Heydt e Milburn Stone em O Perseguido

STONE, MILBURN (1904-1980). Nasceu em Burton, Kansas. Nome verdadeiro: Hugh Milburn Stone. Estréia no cinema (LM): Moças do Seçulo XX / Ladies Crave Excitement / 1935. FN: A Dama Fantasma / Phantom Lady / 1944 como o promotor público; Estrada dosHomens Sem Lei / The Racket / 1951 como um dos componentes da equipe do investigador-chefe da Comissão do Crime; O Perseguido Roadblock / 1951 como o investigador Ray Egan.

Shepperd Strudwick em Na Teia do Destino

STRUDWICK, SHEPPERD (1907-1983). Nasceu em Hillsborough, North Carolina. Estréia no cinema (LM): O Duplo Enigma / Fast Company / 1938. FN: Na Teia do Destino / The Reckless Moment / 1949 como Ted Darby, o gigolô de meia-idade morto por Bea / Geraldine Brooks, filha de Lucia Harper / Joan Bennett;  Caminhos Sem Fim / Chicago Deadline / 1949 como o gângster Edgar “Blacky” Franchot, uma das pessoas que conheceram Rosita / Donna Reed, a jovem encontrada morta de tuberculose em um quarto e hotel barato, cujo passado é investigado pelo jornalista Ed Adams / Alan Ladd; Suplicío de uma Alma / Beyond a Reasonable Doubt / 1956 como Jonathan Wilson, o advogado de Tom Garrett / Dana Andrews

Edward Arnold, Marie Windsor e William Talman em A Cidade Que Não Dorme

TALMAN, WILLIAM (1915-1968. Nasceu em Detroit, Michigan. Estréia no cinema (LM): Brasa Viva / Red, Hot and Blue / 1949. FN: Estrada dos Homens Sem Lei / The Racket / 1951 como o policial Bob Johnson; O Mundo Odeia-me / The Hitch-Hiker / 1953 como Emmett Meyers, o perigoso assassino fugitivo que sequestra Ray Collins / Edmond O’Brien e Gilbert Bowen / Frank Lovejoy, obrigando-os a levá-lo para o México; Império do Terror / Armored Car Robbery / 1950 com Daves Purvis, chefe do bando que assalta o carro-forte; A Cidade Que Não Dorme / The City That Never Sleeps / 1953 como Daniel Daniel Winston, Hayes Stewart, o batedor de carteiras que planeja chantagear o advogado corrupto Penrod Biddel / Edward Arnold, de cuja esposa / Marie Windsor é amante, e acaba matando ambos, sendo procurado pelo policial Johnny Kelly / Gig Young.

Akim Tamiroff e Orson Welles em A Marca da Maldade

TAMIROFF, AKIM (1899-1972). Nasceu em Tbilisi, República da Georgia. Nome verdadeiro: Akim Mikhailovich Tamiroff. Estréia no cinema (LM): Vale Sua filha Cem Mil Dólares? / Okay America! / 1932. FN: O Gângster / The Gangster / 1947 como Nick Jammey, sócio do gângster paranóico Shubunka / Barry Sullivan; A Marca da Maldade / Touch of Evil / 1958 como o notório traficante Joe Grandi.

Ray Tela em Trágico Destino

TEAL, RAY(1902-1976). Nasceu em Grand Rapids, Michigan. Nome verdadeiro:Ray Elgin Teal. Estréia no cinema (LM): Noiva da Marinha / Sweetheart of the Navy/ 1937. FN: Confissão / Dead Reckoning / 1947 como o guarda rodoviário; Brutalidade / Brute Force / 1947 como o guarda Jackson; O Segredo das Jóias / The Asphalt Jungle / 1950 como um policial; Trágico Destino / Where Danger Lives / 1950 como o xerife Joe Borden; Mortalmente Perigosa / Gun Crazy / 1950 como o inspetor aduaneiro; Pecado e Redenção / Rogue Cop / 1954 como o patrulheiro Mullins.

Kenneth Tobey e Mona Freeman em Alma em Pânico

TOBEY, KENNETH (1917-2202). Nasceu em Oakland, Califórnia. Nome verdadeiro: Kenneth Jesse Tobey. Estréia no cinema (LM): Justiça do Gatilho / Dangerous Venture / 1947. FN:  Demônio da Noite / He Walked by Night / 1948 como um detetive; A Confissãode Thelma / The File on Thelma Jordon / 1950 como o fotógrafo da polícia; O Amanhã Que Não Virá / Kiss, Tomorrow Goodbye / 1950 como Detetive Fowler; Alma em Pânico / Angel Face / 1952 como Bill Crompton, colega de ambulância de Frank Jessup / Robert Mitchum.

Humphrey Bogart e Regis Toomey em À Beira do Abismo

TOOMEY, REGIS (1898-1991). Nasceu em Pittsburgh, Pennsylvania. Nome verdadeiro: John Francis Regis Toomey. Estréia no cinema (LM): O Peso da Lei / Alibi / 1929. FN:  A Dama Fantasma / Phantom Lady / 1944 como um detetive; À Beira do Abismo / The Big Sleep / 1946 como Inspetor Chefe Bernie Ohls.

Tom Tully e Dana Andrews em Passos na Noite

TULLY, TOM (1908-1982). Nasceu em Durango, Colorado. Nome verdadeiro: Thomas Kane Tulley. Estréia no cinema (LM): Missão em Moscou / Mission to Moscow/ 1943. FN: A Dama no Lago / Lady in the Lake / 1946 como Capitão de Polícia Fergus K. Kane; Passos na Noite / Where the Sidewalks Ends / 1950 como Jiggs Taylor, o pai de Morgan Taylor / Gene Tierney.

John Payne e Lee Van Cleef em Os Quatro Desconhecidos

VAN CLEEF, LEE (1925-1989). Nasceu em Someville, New Jersey. Nome verdadeiro: Clarence Le Roy Van Cleef, jr.  Estréia no cinema (LM): Matar ou Morrer / High Noon / 1952. FN: Os Quatro Desconhecidos / Kansas City Confidential / 1952 como Tony Romano, um dos três delinquentes chantageados pelo policial aposentado Timothy Foster / Preston Foster, a fim de obrigá-los a executar o assalto a um carro-forte; Império do Crime / The Big Combo / 1955 como Fante, capanga do gangster Mr. Brown / Richard Conte.

Ray Milland, Harry Morgan, Richard Webb  e Philip Van Zandt em O Relógio Verde

VAN ZANDT, PHILIP (1904-1958). Nasceu em Amsterdam, Holanda. Nome verdadeiro: Philip Pinheiro. Estréia no cinema (LM): Médico Prisioneiro / Those High Grey Walls / 1939. FN: Uma Aventura na Noite / Somewhere in the Night / 1946 como médico da Marinha; A Dama de Shanghai / The Lady from Shanghai / 1947 como um policial e como um bandido; O RelógioVerde / The Big Clock / 1948 como Sidney Kislav, um dos empregados da empresa de Earl Janot / Charles Laughton, comandados por  George Stroud / Ray Milland na busca do imaginário “Jefferson Randolph”; Rua Sem Nome / The Street With No Name / 1948 como gerente da companhia de seguros; A Noite Tem Mil Olhos / Night Has aThousand Eyes / 1948 com um chofer e como atendente na loja de cigarros; Tensão / Tension / 1949 como Tenente Schiavone; Trágico Destino / Where Danger Lives/ 1950 como Milo de Long, o dono do teatro que se oferece para  introduzir clandestinamente Margo Lannington / Faith Domergue e Jeff Cameron / Robert Mitchum no México; Patrulha da Morte / Between Midnight and Dawn / 1950 como Joe Quist, capanga de Richtie Garris / Donal Buka, o criminoso perseguido pelos policiais Rocky Barnes / Mark Stevens e Dan Purvis / Edmond O’Brien.

Harold Vermilyea, Sterling Hayden e Art Smith em Numa Noite Sombria

VERMILYEA, HAROLD (1889-1958), Nasceu em New York City, Nova York. Estréia no cinema (LM): The Jungle / 1914. FN: O Relógio Verde  / The Big Clock/ 1948 como Don Klausmeyer, membro da equipe de Earl Janot / Charles Laughton; Numa Noite Sombria / Manhandled / 1949 como o psiquiatra Dr. Redman; Caminhos Sem Fim / Chicago Deadline / 1949 como Detetive  Jack Anstruder.

James Whitmore e Sterling Hayden em O Segredo das Jóias

WHITMORE, JAMES (1921-2009). Nasceu em White Plains, Nova York. Nome verdadeiro: James Allen Whitmore Jr.  Estréia no cinema (LM): O Czar Negro / The Undercover Man/ 1949. FN: O Czar Negro / The Undercover Man / 1949 como o agente do tesouro George Pappas; O Segredo dasJóias / The Asphalt Jungle / 1950 como Gus Minissi, um dos três homens contratados por “Doc” Erwin Riedenschneider / Sam Jaffe para o assalto à joalheria.

Rhys Williams e John Payne em Afrontando a Morte

WILLIAMS, RHYS (1897-1969).  Nasceu em Clydach, Swansea, Wales. Estréia no cinema (LM): Como Era Verde o Meu Vale / How Green Was My Valley / 1941. FN: Afrontando a Morte / The Crooked Way / 1949 como Tenente Williams; O Amanhã Que Não Virá / Kiss, Tomorrow, Goodbye / 1950 como Vic Mason, o garagista que o criminoso Ralph Cotter / James Cagey castiga precisamente nas pernas aleijadas; Pesadelo / Nightmare / 1956 como Delegado Torrence.

Ian Wolfe, Farley Granger e Cathy O’Donnell em Amarga esperança

WOLFE, IAN (1896-1992). Nasceu em Canton, Illinois. Estréiano cinema (LM): Idílio Proibido / The Fountain / 1934. FN: Pesadelo / Nightmare / 1942 como James, o mordomo de Abbington; Amarga Esperança / They Live By Night / 1948 como o juiz de paz Hawkins; Numa Noite Sombria / Manhandled / 1949 como Charlie, o receptor de jóias; Cinzas Que Queimam / On Dangerous Ground / 1951 como  Xerife Carrey ; A Morte Ronda o Cais / 99 River  Street / 1953 como Waldo Daggett, diretor de teatro para o qual Linda / Evelyn Keyes, a amiga de Ernie Driscoll / John Payne, faz um teste para ser aprovada como atriz.

Will Wright em A Dália Azul

WRIGHT, WILL (1894-1962). Nasceu em San Francisco, Califórnia. Nome verdadeiro: William Henry Wright. Estréia no cinema: Cupido Perigoso / Blondie Plays Cupid / 1940. FN: A Dália Azul / The Blue Dahlia / 1946 como “Dad” Newell, o velho detetive do hotel, o assassino da esposa do herói de guerra Johnny Morrison / Alan Ladd;  Amarga Esperança / They Live By Night / 1948 como Mobley, o irmão alcoólatra de  de Chicanaw / Howard Da Silva, um dos fugitivos da penitenciária; Ato de Violência / Act of Violence / 1949 como Pop, o velho que aluga barcos e cabines no lago.

FILMES AMERICANOS EM VÁRIAS VERSÕES OU FALADOS EM ESPANHOL

Ao irromper o Cinema Sonoro, as grandes companhias americanas ficaram com receio de perder o vasto mercado de língua não-inglesa. Os espectadores europeus eram muito importantes para Hollywood. Daí a idéia de fazerem produções americanas nos idiomas desses fregueses.

Jesse L. Lasky, explicou, na época, as vantagens do sistema: “Compramos os direitos de adaptação de um livro, peça ou história que achamos que vai agradar às platéias internacionais. A preparação do filme, ou melhor, a elaboração do roteiro, construção dos cenários, confecção dos vestuários, estabelecimento das posições de câmera, etc, são realizados pelos diversos setores deonosso estúdio. Então mandamos fazer réplicas desse filme faladas nos idiomas de vários países e interpretadas por atores locais. O filme sai por um custo mínimo, porque todo o trabalho preparatório é executado apenas uma vez”.

Kaufman Astoria Studios

As primeiras versões foram feitas em Hollywood e nos estúdios Kaufman Astoria em Nova York explorando o potencial do cantor-ator francês Maurice Chevalier para a produção bilíngue. Ele impressionou os parisienses em La Chanson de Paris / 1929 – tal como havia feito na versão original, Innocents of Paris-, e nos subsequentes La Parade d’Amour (Alvorada do Amor / The Love Parade / 1929, Le Petit Café (O Café do Felisberto / Playboy of Paris / 1930, La Grande Mare (Um Romance de Veneza / The Big Pond / 1930. Diante desse sucesso, Adolph Zukor resolveu abrir uma nova subsidiária de sua companhia em Paris, a Paramount – Continental Films (Société Ciné-Studio-Continental), cuja direção foi entregue a Robert T. Kane, gerente geral do Astoria Studios. A firma americana alugou e reformou um estúdio da Gaumont  (que havia sido de L. Aubert) na Rue des Réservois em Saint-Maurice, bem no limite com Joinville-le-Pont, transformando-o em uma gigantesca fábrica de imagens, verdadeira Babel, pois alguns filmes chegaram a ter versões em até 14 ou 15 idiomas.

Para ilustrar o que foi dito, Paramount on Parade / 1930 teve nada menos do que onze versões (francesa, espanhola, tcheca, holandesa, polonesa, italiana, romena, japonesa, húngara, sueca e dinamarquesa). No Brasil, foram exibidas a original e a espanhola (Galas de la Paramount), ambas com o título em português de Paramount em Grande Gala. Outro filme americano, Sarah and Son / 1930, aqui exibido como Sarah e Seu Filho, teve uma versão italiana (Il Richiamo del Cuore), espanhola (Toda Una Vida), sueca (Hjärtats röst), polonesa (Glos Serca), francesa (Toute Sa Vie) e portuguesa (A Canção do Berço), esta também exibida entre nós. Mais um exemplo: Half-Way to Heaven / 1929, que recebeu o título brasileiro de No Caminho do Céu, teve versão francesa (A Mi Chemin du Ciel), alemã (Der Sprung ins Nichts), espanhola (Sombras de Circo) e sueca (Halvvägs till himlen).

 

As cenas eram sucessivamente encenadas nos mesmos cenários com atores e diretores das mais diversas nacionalidades – Alberto Cavalcanti, Marc Allegret, Jean de Limur, René Guissart, Roger Capellani, Louis Mercanton, Louis Gasnier, André Chotin, René Marteris, Charles de Rochefort, Leo Mitler, E. W. Emo, Dimitri Buchowetski, Harry Lachman, Felix Basch, Gustaf Bergman, Karel Anton, Mario Camerini, Phil de Esco, Benito Perojo, Adelqui Millar, Jorge Infante – em febril atividade.

Antes de a “usina” de Saint Maurice-Joinville ficar completamente equipada, a Paramount havia começado a fazer curtas-metragens francêses musicados para complemento de programa nos estúdios da Gaumont da Rue de la Villete, mobilizando atrações do teatro de variedades e dos cabarés, da canção popular e do circo. Ali se reuniam os atores Marguerite Moreno, Pauley, Saint-Granier, Jean Mercanton, Robert Burnier, Marcel Vallée, Dalio, Prince, Dorival, Koval, Jeanne Fusier-Gir, Clara Tambour, Dréan, Tré-Ki, Biscot, Boucot, Bach, Dandy, Tramel, Charles Avril, Madeleine Guitty e Derville; os cabaretistas René Dorin e Betove; as cantoras Lucienne Boyer, Jeanne Aubert e Yvonne Guillet; os pianistas Wienet e Doucet; os palhaços Porto e Cairoli.

Cena de La Donna Bianca

As atividades da Paramount de Saint Maurice-Joinville começaram com versões dos seguintes filmes americanos: A Carta / The Letter / 129 (Dir: Jean de Limur, com Jeanne Eagels, Herbert Marshall), filmado em três versões: La Lettre / 1930; La Carta / 1930, Weib im Dschungel / 1930 e La Donna Bianca / 1930; Mentiras de Mulher / The Lady Lies / 1929 (Dir: Hobart Henley, com Claudette Colbert, Walter Huston), filmado em cinco versões:  Une Femme a Menti / 1930, Doña Mentiras / 1930, Seine Freudin Annette / 1930, Perché no? / 1930, Vi tva / 1930; No Caminho do Céu / Half-Way to Heaven / 1929 (Dir: George Abbot, com Buddy Rogers, Jean Arthur, Paul Lukas, filmado em quatro versões cf. acima; A República / The Laughing Lady / 1929 (Dir: Victor Schertzinger, com Ruth Chatterton, Clive Brook), filmado em quatro versões: A Dama que Ri / 1931, Den Farliga liken / 1930, A Kacagó asszony / 1930, Kobietu, która sie smieje / 1931; Sarah and Son / 1930 (Dir: Dorothy Arner, com Ruth Chatterton, Fredric March, filmado em seis versões cf. acima, sendo que uma versão alemã, Wiegenlied / 1930 foi dublada em Hollywood; Homicida Manslaughter / 1930 (Dir: George Abbot, com Claudette Colbert, Fredric March, filmado em quatro versões: Le Réquisitoire / 1930, La Incorregible / 1930, Leichtsinnige Jugend / 1930, Lika Inför lagen / 1931; Coragem de Amar / The Virtuous Sin / 1930 (Dir: George Cukor, Louis Gasnier, com Walter Huston, Kay Francis, Kenneth McKenna, filmado em três versões: Le Rebelle / 1930, Die Nachtder Entscheidung / 1931 e Generalen / 1931; O Segredo do Médico / The Doctor’s Secret / 1929 (Dir: William C. de Mille, com Ruth Chatterton, H. B. Warner, John Loder), filmado em sete versões: Le Secret du docteur / 1930, El Secreto del doctor / 1930; Tajemstvi Lékarova / 1930, Az Arvos titka / 1930, Il Segreto del dottore / 1930; Tajemnica lekarza / 1930, Doktorns  hemilighet / 1930; Paramount on Parade / 1930 (com diversos diretores e artistas), cf. acima;  Noivado de Ambição / The Devil’s Holiday / 1930 (Dir: Edmund Goulding, com Nancy Carroll, Phillips Holmes, fimado em cinco versões: Les Vacances di diable / 1930, La Fiesta del diablo / 1931, Sonntag des lebens / 19309; La Vacanza del diavolo / 1931, En Kvinnes morgondag / 1931; Doce como Mel Honey / 1930 (Dir: Wesley Ruggles, com Nancy Carroll, Skeets Gallagher, ZaSu Pitts, filmado em quatro versões:  Chérie / 1930, Salga de la cocina / 1931, Jede Frau hat ewas / 1930, Kärlek maste vi ha / 1931;  O Melhor da Vida / Laughter / 1930 (Dir: Harry D’Abbadie D’Arrast, com Nancy Carroll, Fredric March), filmado em  quatro versões: Rive gauche / 1931, Lo Mejor es réir 1931, Die Männer um Lucie 1931, A Mulher que ri / 1931; Minha Noite de Núpcias / Her Wedding Night / 1930 (Dir: Frank Tuttle, com Clara Bow, Ralph Forbes, Charles Ruggles, Skeets Gallagher, Rosita Moreno), filmado em quatro versões: Marion-nous / 1931, Su noche de bodas / 1931, Ich heirate meinen Mann / 1931, A Minha Noite de Núpcias / 1931; Maneiras de Amar/ Fashions in Love / 1929 (Dir: Victor Schertzinger, com Adolphe Menjou, Fay Compton), filmado em duas versões: Delphin / 1931, Das Konzert / 1931; Nothing But the Truth / 1929 (Dir: Victor Schertzinger, com  Richard Dix, filmado três versões: Rien que la vérité / 1931, La Pura verdad / 1931, Die Nackte Wahrheit /1931);  Por Detrás da Máscara / Behind the Make-Up / 1930 (Dir: Robert Milton, Dorothy Arzner, com William Powell, Fay Wray, Hal Skelly), filmado em uma versão: Maquillage / 1932.

Um punhado de astros e estrelas de vários lugares se alternaram diante das câmeras com grande pressa e agitação. Para se ter uma ídéia do cosmopolitismo basta citar alguns nomes: Marcelle Chantal, Meg Lamounier, Cora Lynn (depois conhecida como Edwige Feuillère), Mona Goya, Fernand Gravey, Maurice Chevalier, Thomy Bourdelle, Olga Tschekowa, Conrad Veidt, Camilla Horn, Walter Rilla, Dita Parlo, Tony D’Algy, Roberto Rey, Elvire Popescu, Imperio Argentina, Karin Swanstrom, Sven Gabo, Ian Covescu, Beatriz Costa, Corina Freire, sem esquecermos o “Príncipe do Teatro Brasileiro”, Leopoldo Fróes.

Entretanto, a Paramount não fez apenas versões múltiplas de filmes americanos e curtas-metragens musicados no idioma francês, mas também longas-metragens no idioma original, principalmente franceses e espanhóis, mas também suecos, alemães, italianos, poloneses, tchecos, húngaros, romenos. Harry Waldman no seu livro  “Paramount in Paris – 300 Films Produced at the Joinville Studios, 1930-1933, with Credits and Biographies” (Scarecrow Press, 1998), dá a relação completa deles, juntamente com os títulos dos curtas. Para não entendiar os leitores, menciono apenas alguns exemplos dos franceses e espanhóis, que são mais conhecidos, depois de confrontá-los com os dados de outra excelente publicação, Histoire du Cinéma Français – encyclopedie des films 1929-1934, da série editada por Maurice Bessy e Raymond Chirat para a Cinémathèque Royale de Belgique (Pygmalion / Gérard Watelet, 1995). Franceses: Un Trou dans le Mur / 1930 (Dir: René Barberis), com Marguerite Moreno, Pierre Brasseur, Jean Murat; Cabelereiro para Senhoras / Coiffeur pour Dames/ 1931 (Dir: René Guissart), com Mona Goya, Fernand Gravey; Uma Viuvinha Indecisa / Une Faible Femme / 1932 (Dir: Max de Vaucorbeil), com Meg Lemonnier, André Luguet; Paris, eu te amo / Il est charmant / 1931 (Dir: Louis Mercanton), com Meg Lemonier, Henri Garat, Viviane Romance; Marius / 1931 (Alexander Korda e Marcel Pagnol, também co-produtor), com Raimu, Orane Demazis, Pierre Fresnay; Topaze / 1932 (Dir: Louis Gasnier), com Louis Jouvet, Edwige Feuillère; Tu Serás Duquesa! / Tu seras duchesse / 1931 (Dir: René Guissart), com Marie Glory, Fernand Gravey. Espanhóis: Espera Coração! / Espérame / 1932 (Dir: Louis Gasnier), com Carlos Gardel; Luzes de Buenos Aires / Las Luces de Buenos Aires / 1931 (Dir: Adelqui Millar), com Carlos Gardel; Melodia de Arrabalde / Melodía de Arrabal / 1933 (Dir: Louis Gasnier), com Carlos Gardel.

 

Além da Paramount, outras companhias também fizeram versões em várias línguas, mas meu propósito é abordar apenas os filmes falados em espanhol, que foram as mais importantes numericamente e das quais havia três espécies: versões produzidas quase simultaneamente com os originais americanos; refilmagens de filmes mudos; filmes produzidos diretamente em espanhol.

Conforme Alfonso Pinto, pesquisador que se debruçou sobre esse “Negligenciado Capítulo da História do Cinema Americano” (Films in Review, march 1974), quando o Cinema Falado ainda era uma novidade, a RKO dublou Rio Rita / Rio Rita / 1929 em espanhol e a Pathé acompanhou-a, fazendo o mesmo com Her Private Affair / 1929. A Universal, cuja dublagem em castelhano de Broadway / Broadway / 1929 foi um fracasso, produziu diretamente nessa língua dois filmes de um rolo com Jose Bohr (Blanco y Negro e Una Noche en Hollywood) e um de dois rolos com Hector Sarno (La Ultima Cena). A RKO então tentou usar uma voz off screen, narrando o essencial da intriga, mas o público não aprovou.

No que diz respeito às versões coube a uma companhia independente, Sono Art-World Wide, dar o passo decisivo, no início dos anos 30, com Sombras de Glória / Sombras de Gloria, no qual atores e técnicos repetiam as palavras e as tomadas do original americano, Blaze O’Glory / 1929.

A MGM, Paramount, Fox e outras companhias logo a seguiram, formando núcleos de produção especializados e contratando celebridades dos palcos bem como atraentes novatos latino-americanos. Entre muitos outros artistas, estavam os espanhóis Rosita Moreno, Conchita Montenegro, Rosita Diaz Gimeno, Catalina Bárcena, Amália Muñoz, Luana Alcaniz, Soledade Jimenez, Rosita Ballesteros, Maria Alba (ex-Miss Espanha levada para Hollywood por ter ganho o primeiro prêmio em um concurso de fotogenia promovido pela Fox em 1927), Ernesto Vilches e José Crespo (oriundos do teatro), Andrès de Segurola (cantor de ópera e descobridor de Deanna Durbin), Antonio Moreno (veterano latin lover da cena muda americana); os mexicanos Ramon Pereda, Lupita Tovar, José Mojica, Ramon Novarro e Luiz Alonso (Gilbert Roland), estes dois últimos galãs desde a época silenciosa da cinematografia ianque; o cançonetista chileno Roberto Rey; os portugueses Tony e Helena D’Algy e os argentinos Vicente Padula, Imperio Argentina, Carlos Gardel (nascido em Toulouse, França, mas glória da nação portenha) e Mona Maris, que já atuara nos cinemas inglês, francês e alemão nos anos 20 e foi encorajada a partir para a América por Dolores Del Rio. Além desses, Barry Norton e George Lewis tinham nome americano porém o primeiro, chamado na realidade Alfredo Bireben, era argentino e o segundo, registrado como Jorge, mexicano. Lewis, mais tarde, estaria em evidência nos palpitantes seriados da Republic.

Eis uma amostra de alguns filmes: Sombras de Glória / Sombras de Gloria / 1930 (v. Blaze O’Glory / 1930); Assim é a Vida / Asi Es la Vida / 1930 (v. What a Man / 1930), La Fuerza del Querer ou La Gran Pelea / 1930 (v. The Big Fight / 1930); Hollywood, Cidade do Sonho / Hollywood, Ciudad de Ensueno/ 1931, todos da Sono-Art-World Wide. Jeca de Hollywood Estrellados / 1930 (v. Free and Easy / 1930); Ladrão Irresistível / Monsieur le Fox / 1930 (v. Man of the North / 1930); Olympia / Si el Emperador Supiera  /1930 (v. His Glorious Night / 1929), Ordinário, Marche! / De Frente, Marchen! / 1930 (v. Doughboys / 1930), Wu-Li- Chang / Wu-Li- Chang / 1920 (v. Mr. Wu/ 1927): El Proceso de Mary Dugan / 1930 (v. The Trial of Mary Dugan / 1929); Sevilha de Meus Amores  / Sevilla de Mis Amores / 1930 (v. Call of the Flesh / 1930); El Presidio / 1930 (v. The Big House / 1930); Sua Última Noite / Su Ultima Noche / 1931 (v. The Gay  Deceiver / 1926): En Cada Puerto un Amor  / 1931 (v. Way for a Sailor / 1930); La Fruta Amarga / 1931 (v. Min and Bill / 1930); Cheri Bibi / 1931 (v. The Phantom of Paris / 1931); La Mujer X / 1931 (v. Madame X / 1929); Duas Noites / Dos Noches / 1931), Produções da MGM. O Homem Mau / El Hombre Malo / 1930 (v. The Bad Man); La Dama Atrevida / 1931 (Lady Who Dared / 1931), produções da First National. La Llama Sagrada /1931 (v. The Secret Flame / 1929); Los que Danzan / 1931 (v. Those Who Dance / 1900); A Cartomante / La Buenaventura / 1934; Cantor de Nápoles / El Cantante de Napoles / 1934, produções da Warner Bros. A Vontade do Morto / La Voluntad del Muerto / 1930 (v. The Cat Creeps / 1930); Oriente e Ocidente / Oriente y Occidente / 1930 (v. East is West / 1930); Don Juan Diplomatico / 1931 (v. The Boudoir Diplomat / 1930); Dracula / 1931 (v. Dracula / 1931); Resurreccion / 1931 (v. Ressurrection / 1931); Símbolo Materno / Tres Amores / 1934; Alas Sobre el Chaco / 1935 (v. Storm Over the Andes/ 1935), produções da Universal. Carne de Cabaret / 1931 (v. Ten Cents a Dance / 1931); El Codigo Penal / 1931 (v. The Criminal Code / 1931); El Pasado Acusa / 1931 (v. The Good Bad Girl / 1931); Hombres En Mi Vida / 1931 (v. Men in Her Life / 1931), produções da Columbia. Galas de la Paramount/ 1930 (v. Paramount on Parade / 1930); El Cuerpo del Delito / 1930 (v. The Benson Murder Case / 1930); Amor Audaz / Amor Audaz / 1930 (v.  Slightly Scarlet / 1930); O Ranzinza / Cascarrabias / 1930 (v. Grumpy / 1930); El Principe Gondolero / 1930; O Deus do Mar / El Dios del Mar / 1930 (v. The Sea God / 1930); Gente Alegre / Gente Alegre / 1931; El Comediante / 1931, produções da Paramount (USA). O Amor Obriga / Cuesta Abajo / 1934; O Tango na Broadway / El Tango en Broadway/1934; No Dia Que Me Queiras / El Dia Que Me Quieras / 1935;

Carlos Gardel e Rosita Moreno em Tango Bar

Tango Bar / Tango Bar/ 1935, produções da Exito Corp. Inc. / Paramount (NYC), todos com Carlos Gardel;  El Precio de un Beso / 1930 (v. One Mad Kiss / 1930); Argila Humana / Del Mismo Barro / 1930 (v. The Common Clay / 1930); O Barbeiro de Napoleão / El Barbero de Napoleon  / 1930 (Napoleon’s Barber/ 1928 featurette de 32 min. cantado e falado de John Ford); En Nombre de la Amistad / 1930 (Friendship/ 1929, short de 22 min de Eugene Walter); O Último dos Vargas / El Ultimo de los Vargas / 1930 (v. Last of the Douanes / 1930); O Domador de Mulheres / Ladron de Amor ou Cuando el Amor Ríe / 1930 (v. Love Gambler / 1922); O Corajoso / El Valiente / 1930 (The Valiant / 1929); Horizontes Nuevos ou La Gran Jornada / 1931 (v. The Big Trail / 1930); Camino del Infierno / 1931 (v. The Man Who Came Back / 1930); Esclavas de la Moda / 1931 (v. On Your Back / 1930); Príncipe sem Amor / Hay Que Casar al Principe / 1931 (v. Paid to Love / 1927); Conoces Tu Mujer? / 1931 (v. Don’t Bet on Wome / 1931); El Impostor / 1931 (v. Scotland Yard / 1930); Mama / 1931: A Lei do Harém / La Ley del Haren / 1931 (v. Fazil / 1928); Eram Treze / Eran Trece/ 1930 (v. Charlie Chan Carries On /1930); Corpo e Alma / Cuerpo y Alma / 1931; Cavalheiro da Noite / El Caballero de la Noche / 1932 (v. Dick Turpin); Meu Único Amor / Mi Ultimo Amor / 1932; Marido y Mujer / 1932 (v. Bad Girl / 1931); Primavera no Outono / Primavera  en Otoño / 1932; O Último Varão Sobre a Terra / El Ultimo Varon Sobre La Tierra / 1933 (v. It’s Great to be Alive); Uma Viúva Romântica / Una Viuda Romantica  / 1933; O Rei dos Ciganos / El Rey de los Gitanos / 1933; O Eterno Triângulo / Yo, Tu y Ella/ 1933; Não Deixes a Porta Aberta / No Dejes la Puerta Abierta / 1933 (v. Pleasure Cruise); Melodia Proibida / La Melodia Proibida / 1933; Entre a Cruz e a Espada / La Cruz y La Espada / 1933; La Ciudad de Carton / 1933; Granadeiros do Amor/ Granaderos del Amor/ 1934; O Capitão dos Cossacos/ Un Capitan de Cosacos / 1934: Dos Mas Un, Dos / 1934; As Fronteiras do Amor / Las Fronteras del Amor/ 1934; Nada Mais Que Uma Mulher / Nada mas Que una Mujer  / 1934 (v. Pursued / 1934); Senora Casada Necesita Marido / 1934; Julieta Compra un Hijo / 1935: Assegure  a Su Mujer / 1935; Angelina o El Honor de um Brigadier / 1935. Produções da Fox. Piernas de Seda / 1935 (v. Silk Legs); Te Quiero con Locura / 1935; Rosa de Francia / 1935, produções da 20thCentury-Fox. Alma de Gaucho / Alma de Gaucho / 1930, produção da Chris Phillis Prods. Charron, Gauchos y Manolas / 1930 (revista musical de 8 rolos produzida por Xavier Cugat), produção da Hollywood Spanish Pictures Co. La Jaula de los Leones / 1930; Las Campanas de Capistrano / 1930, produções da Ci-Ti-Go, distribuídas pela J. H. Hoffberg Company.

Envolvidos com a espécie de filmes dos quais estou falando, encontravam-se ainda os brasileiros Lia Torá (Hollywood, Cidade dos Sonhos, Don Juan Diplomatico, Eram Treze) e Raul Roulien (Eram Treze, Primavera no Outono, Não Deixes a Porta Aberta, O Último Varão Sobre a Terra, Granadeiros do Amor, Assegure a Su Mujer, Piernas de Seda, Te Quiero con Locura).

Porém o mais famoso foi Jose Mojica (El precio de un Beso, O Domador de Mulheres, Príncipe sem Amor, A Lei do Harém, Cavalheiro da NoiteMeu Único Amor, O Rei dos CiganosMelodia Proibida, Entre a Cruz e a EspadaO Capitão dos Cossacos, As Fronteiras do Amor), o mexicano com um nome amazônico, Crescenciano Abel Exaltación de la Cruz José de Jesus Mojica Montenegro y Chavari, tenor e ator que se tornou monge franciscano. Já como frade, Mojica participou do primeiro programa televisionado no Brasil em 29 de julho de 1950.

A princípio se pensou que a América Latina, com produção cinematográfica regular praticamente inexistente, e incapaz de competir com a dos Estados Unidos, fosse um mercado fabuloso para a exportação dos hablados en español. Para surpresa de todos, porém, os filmes falados em inglês eram muito bem aceitos pelo público não só latino, como mundial, e os “ídolos da tela” norte-americanos  eram tão queridos pelos fãs, que os executivos dos estúdios logo perceberam a desnecessidade das versões estrangeiras.

Em 1931, a produção das réplicas espanholas já começava a diminuir, a não ser na Fox, pois essa firma mantinha bons intérpretes e roteiristas sob contrato no departamento estrangeiro e decidiu manter os filmes produzidos diretamente no idioma de Cervantes, por mais algum tempo.

CONEXÃO CINEMA – ÉPOCA DE OURO DO TELEDRAMA NORTE- AMERICANO

Orson Welles repetindo com Betty Grable os papéis de Oscar Jaffe e Lily Garland, que John Barrymore e Carole Lombard interpretaram no cinema, na comédia Suprema Conquista / Twentieth Century/ 1934, dirigida por Howard Hawks; Laurence Olivier no papel do pintor Charles Strickland, que George Sanders fizera sob as ordens de Albert Lewin em Um Gôsto e Seis Vinténs A Moon and Six Pence / 1942; Ingrid Bergman como a preceptora Miss Giddens, que Deborah Kerr personificara em Os Inocentes / The Turn of the Screw / 1961, dirigido por Jack Clayton. Estes foram momentos inesquecíveis que somente os telespectadores americanos dos anos 50 tiveram o privilégio de assistir.

Betty Grable e Orson Welles em Twentieth Century

Naquela ocasião surgiram inúmeros teleteatros, genericamente denominados de “anthology series”, que eram constituídos de adaptações de peças teatrais, romances, contos ou textos escritos especialmente para a TV; eles eram feitos ao vivo, com poucos recursos, em um tempo exíguo e em estúdios apertados mas, graças ao concurso de intérpretes já consagrados nos palcos e o talento de uma nova geração de autores, diretores e atores, atingiram um nível artístico tão elevado que o período em que permaneceram no ar foi cognominado de Época de Ouro do Teledrama. Neste artigo, menciono alguns dos numerosos teleteatros, para dar uma idéia da conexão com o cinema.

José Ferrer caracterizado como Cyrano conversa com o produtor Fred Coe

Philco Television Playhouse (1948-1956), comandado pelo jovem produtor Fred Coe, entrou no ar em 3 de outubro de 1948 e apresentou ”Cyrano de Bergerac” com José Ferrer como Cyrano, papel que o ator repetiria na tela grande no filme de 1950 (Dir: Michael Gordon). Três anos depois, estreou o Philco-Goodyear Television Playhouse no qual foram programados entre outros:  “Marty” de Paddy Chayefsky, com Rod Steiger como o acanhado açougueiro e Nancy Marchand como a garota que traz o amor para a sua vida insípida, papéis depois interpretados por Ernest Borgnine e Julie Harris no filme de 1955 (Dir: Delbert Mann); “A Cattered Affair” outra telepeça de Paddy Chayefsky com Thelma Ritter como a dona-de-casa às voltas com o casamento da filha, papel que depois coube a Bettte Davis no filme do mesmo nome aqui chamado de A Festa do Casamento / 1956 (Dir: Richard Brooks);  “Counselllor-at-Law” com Paul Muni no papel que fôra entregue a John Barrymore no filme de 1933 dirigido por William Wyler (conhecido aqui como O Conselheiro); “A Man is Ten Feet Tall”,  texto escrito por Robert Alan Aurthur com Martim Balsam, Don Murray e Sidney Poitier que no cinema intitulou-se Um Homem Tem Três Metros de Altura Edge of the City / 1957 (Dir: Martin Ritt) e contou com John Cassavetes, Sidney Poitier e Jack Warden no elenco. Além de Chayefsky e Aurthur, Tad Mosel, Horton Foote, N. Richard Nash, William Templeton, Sumner Locke Elliott, David Shaw, Gore Vidal, Arnold Schulman, Calder Willingham escreveram para o Philco-Goodyear e proporcionaram à televisão alguns de seus melhores momentos. Em 1955, o teleteatro foi reintitulado The Alcoa Hour. As três séries eram essencialmente a mesma, sendo a única diferença o nome do patrocinador. Entre os diretores encontramos nomes que depois se distinguiram no cinema: Delbert Mann, Robert Mulligan, Arthur Penn etc.

Franchot Tone (no centro)  em uma cena de Twelve Angry Men

O que Fred Coe era para o Playhouse, Worthington Miner foi para o Studio One( 1948 -1958) mas, enquanto Coe se concentrava nos escritores e seus scripts, Miner colocava a ênfase principalmente no impacto visual de suas produções, nas inovações dramáticas e técnicas de câmera ousadas e imaginativas . O Studio One surgiu em 7 de novembro de 1948 com “The Storm”, estrelado por Margaret Sullavan. Foi o início de um longa temporada, que usufruiu da destreza de produtores e diretores como Felix Jackson, Gordon Duff, Alex March, Robert Herridge, Herbert Brodkin, Norman Felton, Paul Nickell, Franklin Schaffner e Robert Mullligan.  No Studio One, Reginald Rose brilhou com seu original “Twelve Angry Men”, no qual despontavam os doze jurados, Franchot Tone, Robert Cummings, Edward Arnold, Walter Abel, Paul Hartman, George Voskovec, John Beal, Lee Philips, Norman Fell, Joseph Sweeney, Bart Burns e Will West. O espetáculo foi ao ar em 1954, dirigido por Franklin Schaffner e subsequentemente filmado em 1957 com o mesmo título em inglês e intitulado no Brasil, Doze Homens e Uma Sentença. No cinema, o diretor foi Sidney Lumet e a composição do júri também mudou, tendo à frente Henry Fonda, a quem coube o papel de Franchot Tone.

Grace Kelly em The Kill

Por curiosidade, foi no Studio One que Grace Kelly deu seus primeiros passos como atriz no melodrama “The Kill” e, muito antes de Julie Andrews, Mary Wickes foi Mary Poppins ao lado de E. G. Marshall e Valerie Cossart como Mr. e Mrs. Banks. Vale notar ainda uma versão de “The Scarlet Letter” com Mary Sinclair como Hester Prynne sob direção de Franklin Schaffner e uma versão do romance de George Orwell, “Nineteen Eighty-Four”, com Eddie Albert, que levou à transposição cinematográfica em 1956 com Edmond O’Brien, infelizmente ausente das marquises de nossos cinemas.

Ossie Davies e Everett Sloane em Emperor Jones

Kraft Television Theatre (1947-1958) foi o primeiro teledrama que surgiu na televisão em 7 de maio de 1947 e transmitiu duas peças de uma hora ao vivo por semana por cerca de um ano – o único a realizar esta façanha. Foram ao todo 650 peças, empregando algo como 4 mil atores e atrizes. O Kraft jogou no ar, por exemplo, a telepeça “Patterns” de autoria de Rod Sterling, dirigida por Fielder Cook, com Ed Begley, Everett Sloane e Richard Kiley como os principais participantes do jogo pelo poder em uma grande empresa. A telepeça foi considerada um clássico da televisão e depois refeita em 1956 como filme, recebendo o título brasileiro de História de um Egoísta. Fielder Cook dirigiu também a adaptação cinematográfica, Begley e Sloane continuaram nos seus papéis originais e Van Heflin substituiu Richard Kiley como Fred Staples.

Outras apresentações admiráveis foram: uma encenação ambiciosa do naufrágio do Titanic, “A Night to Remember” dirigida por George Roy Hill, contando com 107 atores, 31 cenários, e 7 câmeras e “The Sea is Boiling Hot” focalizando um aviador americano Shimon Wincelberg (Earl Holliman) e um soldado japonês (Sessue Hayakawa) retidos em uma pequena ilha do Pacífico durante a Segunda Guerra Mundial.  Estes dois teledramas foram alvo de adaptações cinematográficas, pela ordem: Somente Deuspor Testemunha / A Night to Remember / 1958 com Kenneth Moore (Dir: Roy Ward Baker); Inferno no Pacífico/ Hell in the Pacific/ 1958 com Toshiro Mifune e Lee Marvin. O Kraft mostrou ainda  “Emperor Jones” de Eugene O’Neill, com Ossie Davis no papel que Paul Robeson havia interpretado na tela em O Imperador Jones / The Emperor Jones / 1933 e James Dean em “A Long Time Till Dawn”, “Keep our Honor Bright” e “Prologue for Glory”, antes de “estourar” no cinema.

James Dean em A Long Time till Dawn

Robert Montgomery Presents (1950-1957) teve como produtor, mestre de cerimônia e algumas vêzes astro, o veterano ator e diretor de cinema Robert Montgomery e mudava de título conforme seu patrocinador; por exemplo, quando foi patrocinado pelos cigarros Lucky Strike, chamava-se Robert Montgomery Presents Lucky Strike Cigarettes. A série ofereceu alguns originais, mas se apoiava mais fortemente na adaptações de filmes de Hollywood como Vitória Amarga / Dark Victory / 1939; A Carta / The Letter / 1940; Rebecca, a Mulher Inesquecível / Rebecca / 1940 e inclusive um filme que Montgomery estrelou e dirigiu: Do Lôdo Brotou Uma Flor/ Ride The Pink Horse / 1947. Cliff Robertson e Elizabeth Montgomery, a filha de Robert, estrearam como intérpretes nesta série e James Dean foi visto em “Harvest” como filho da personagem interpretada pela veterana Dorothy Gish.

Farley Granger em Incident in an Alley

S. Steel Hour (1953-1963) entrava no ar, uma semana sim outra não, sob o patrocínio do Theatre Guild. Os episódios contaram com a contribuição de autores notáveis como Ira Levin, Richard Maibaum e Rod Serling e atores como Farley Granger em “Incident In An Alley”, como um guarda recruta torturado por um sentimento de culpa após ter matado um menino que estava fugindo da cena de um crime e Julie Harris em “A Wind in the South”, drama passado na Irlanda, estrelado por Julie Harris como uma jovem solteirona, cuja vida é transformada por alguns americanos que chegam à estalagem onde ela trabalha. O programa também produziu versões musicais de uma hora de duração de “The Adventures of Tom Sawyer” e “The Adventures of Huckleberry Finn”, romances famosos de Mark Twain. Entre os artistas convidados, grandes nomes do cinema: Tallulah Bankhead, Dolores del Rio, Rex Harrison, Peter Lorre.

Boris Karloff e Julie Harris em The Lark

Hallmark Hall of Fame (1951-2011), originariamente intitulado Hallmark Television Playhouse, era patrocinado por Hallmark Cards, companhia de Kansas City fabricante de cartões de visita. Foi a série antológica mais longa na história da televisão. De 1954 em diante, todas as suas produções foram transmitidas em cores. Embora tivesse apresentado musicais, óperas e outros tipos de espetáculos, seu maior sucesso foi com o drama, especialmente com adaptações de clássicos da literatura ou da dramaturgia e, em anos recentes, peças históricas. Eis aqui parte da lista: duas produções diferentes de “Hamlet”, uma estrelada por Maurice Evans e outra por Richard Chamberlain; “Macbeth” com Maurice Evans e Judith Anderson; “Man and Superman”, de Bernard Shaw, com Maurice Evans e Joan Greenwood; “Born Yesterday” com Mary Martin no papel de Billie Dawn interpretado na tela por Judy Holiday no filme de 1950,  aqui intitulado Nascida Ontem; “The Lark”, adaptação de Lillian Hellman da peça de Jean Anouilh, com Julie Harris como Joana D’Arc e Boris Karloff como Cauchon; “The Green Pastures”, a fábula de Marc Connelly, com William Warfield no papel  entregue a Rex Ingram na versão para o cinema de 1936, exibida em nosso país como Mais Próximo do Céu.

Mel Ferrer e Audrey Hepburn em Mayerling

Para a estréia de Producers’ Showcase (1954 -1957), Otto Preminger produziu e dirigiu “Tonight at 8.30”, trio de peças de um ato de Noel Coward com um elenco que incluía Ginger Rogers, Trevor Howard, Gig Young, Ilka Chase e Gloria Vanderbilt.  Humphrey Bogart e Lauren Bacall fizeram sua primeira intervenção na TV em  “The Petrified Forest”, dirigidos por Delbert Mann. Bogart reassumiu o papel de Duke Mantee, que havia criado no palco em 1935 e repetido no cinema em 1936 no filme aqui conhecido como A Floresta Petrificada enquanto Bacall entrava no lugar do personagem de Bette Davis e Henry Fonda no de Leslie Howard; William Wyler estreou na tela pequena com “The Letter”, mesma história do filme intitulado aqui A Carta, que ele realizou em 1940 com Bette Davis, Herbert Marshall, James Stephenson e Gale Sondergaard, contando desta vez com os atores Siobhán McKenna, John Mills, Michael Rennie e Anna May Wong. Anatole Litvak fez sua intervenção no vídeo com “Mayerling” tendo como intérpretes principais Audrey Hepburn e Mel Ferrer. Litvak também dirigiu o filme de 1936 com Charles Boyer e Danielle Darrieux, intitulado Mayerling em nosso território. Outras atrações de destaque foram: “Our Town”, adaptação musical da  peça de Thornton Wilder que fôra levada ao cinema em  1940 com William Holden e Martha Scott e passou nos nossos cinemas como Nossa Cidade; “Caesar and Cleopatra”  com um cast incrível: Claire Bloom, Sir Cedric Hardwicke, Jack Hawkins, Judith Anderson, Farley Granger, Anthony Quayle, Thomas Gomez entre outros. No cinema, a peça de Bernard Shaw  surgira em 1948 com Claude Rains, Vivien Leigh, Stewart Granger, Michael Rennie, Francis L. Sullivan, Cecil Parker e, em “pontas”, Roger Moore (soldado romano) e Jean Simmons (harpista); “Dodsworth”, com Fredric March, Claire Trevor e Geraldine Fitzgerald, adaptação da peça de Sinclair Lewis levada à tela em 1936 por William Wyler com Walter Huston, Ruth Chatterton e Mary Astor, recebendo aqui o título de Fogo de Outono; “Cyrano de Bergerac” com José Ferrer recriando seu papel do palco e da tela, desta vez tendo como parceiros Claire Bloom e Christopher Plummer; o filme passou no nosso país em 1950 com o mesmo título original.

Jack Lemmon em The Day Lincoln Was Shot

Ford Star Jubilee (1955-1956), patrocinado pela Ford Motor Company, ofereceu, entre outros, a comédia-fantástica de Noel Coward, “Blithe Spirit”, com o próprio Coward, Claudette Colbert e Lauren Bacall recriando os papéis de Rex Harrison, Constance Cummings e Kay Hammond no filme de David Lean de 1945, aqui exibido como Uma Mulher do Outro Mundo; “The Day Lincoln Was Shot” com Jack Lemmon como John Wilkes Booth nesta dramatização de autoria de Jim Bishop; no elenco, Lillian Gish  como Mrs. Lincoln e Raymond Massey como Lincoln; “Twentieth Century” com uma dupla estranha, Orson Welles e Betty Grable, nos papéis vividos na tela por John Barrymore e Carole Lombard no filme que vimos em nossos cinemas como Suprema Conquista.

Omnibus (1952-1961), apresentado por Alastair Cooke, fazia jús ao seu título – foi um veículo para uma grande quantidade de passageiros, que podiam ser celebridades em discussões sobre Arte (v. g. Agnes DeMille Gene Kelly falando sobre dança; Frank Lloyd Wright sobre arquitetura) ou se apresentando como personagens famosos (v. g. Yul Brynner como François Villon; Orson Welles como King Lear; Christopher Plummer como Édipo; Peter Ustinov como Samuel Johnson; George C. Scott como Robespierre.

Playhouse 90(1956-1960) foi uma série de dramas semanais de 90 minutos que proporcionou teledramas de muito sucesso como “Requiem for a Heavyweight” com Jack Palance como o pugilista decaído e Keenan Wynn, Ed Wynn e Kim Hunter papéis interpretados por Anthony Quinn, Jackie Gleason, Mickey Rooney e Julie Harris posteriormente na versão fílmica de 1962, dirigida por Ralph Nelson e mostrada no Brasil como Requiem por um Lutador; “The Plot to Kill Stalin”, que suscitou protesto vigoroso dos russos, com Melvyn Douglas  (Stalin), Eli Wallach (seu assistente), E. G. Marshall (Beria), Thomas Gomez (Malenkov) e Luther Adler (Molotov), dirigidos por Delbert Mann; “The Days of Wine and Roses” com Piper Laurie e Cliff Robertson como os dois jovens  casados que se tornam ambos alcoólatras, dirigidos por John Frankenheimer. Na versão cinematográfica de 1962  aqui intitulada Vício Maldito, os atores principais eram Jack Lemmon e Lee Remick e o diretor, Blake Edwards; “Judgement at Nuremberg”, com um elenco diferente do filme de 1961 que vimos sob o nome de Julgamento em Nuremberg; por exemplo, Claude Rains no papel que iria caber a Spencer Tracy e Paul Lukas no papel que seria entregue a Burt Lancaster; “For Whom The Bell Tolls”, dirigido por Frankenheimer e com Maria Schell e Jason Robard, Jr. assumindo os papéis que Ingrid Bergman e Gary Cooper interpretaram no filme aqui lançado como  Por Quem os Sinos Dobram. O diretor mais assíduo da série foi John Frankenheimer (27 ep.) seguido por Franklin Schaffner (19 ep.) que, como os outros diretores, Sidney Lumet, George Roy Hill, Delbert Mann e Robert Mulligan, iriam brilhar nos anos sessenta em Hollywood.

Laurence Olivier em A Moon and Six Pence

Du Pont Show of the Month(1957-1961) concentrava-se mais nas adaptações de clássicos da literatura. Servindo-se de diretores como Sidney Lumet, Raph Nelson, Alex Segal e Robert Mulligan, levou ao ar, entre outros: ”Don Quixote” com Lee J. Cobb que inspirou várias versões cinematográficas antes (v. g.  a de G. W. Pabst com Feodor Chaliapin / 1933) e depois (v. g.  a de G. Kozintsev com Nikolay Cherkassov / 1957 e  a de Orson Welles com Francisco Riguera); “The Browning Version” com John Gieguld e Margaret Leighton nos papéis que Michael Redgrave e  Jean Kent interpretaram na versão fílmica de 1951 (Dir: Anthony Asquith), aqui exibida como Nunca Te Amei e Albert Finney e Greta Scacchi repetiriam na versão de 1994 (Dir: Mike Figgis); “Swiss Family Robinson” com Walter Pidgeon e Laraine Day como o casal Robinson que John Mill e Dorothy McGuire reviveriam no filme de 1960 aqui chamado de A Cidadela dos Robinson e que Thomas Mitchell e Edna Best já haviam personificado em Robinson Suiço / 1940;  “The Heiress”, adaptação do romance de Henry James com Julie Harris e Farley Granger  nos personagens vistos na tela grande no filme de William Wyler, Tarde Demais /  1949, sob os traços de Olivia de Havilland e Montgomery Clift; “The Devil and Daniel Webster” com Edward G. Robinson como Daniel Webster e David Wayne como o Diabo, papéis que couberam a  Edward Arnold e Walter Huston no filme de 1941, aqui intitulado O Homem Que Vendeu a Alma; “The Turn of the Screw” com Ingrid Bergman estreando na TV dirigida por John Frankenheimer, no papel que Deborah Kerr repetiria no filme de 1961, que foi aqui batizado de Os Inocentes; “The Moon and Six Pence” com Laurence Olivier, tendo como coadjuvantes Jessica Tandy e Geraldine Fitzgerald em uma produção caprichada sob as ordens de Robert Mulligan do romance de Somerset Maugham que já havia chegado ao cinema no filme de 1942, dirigido por Albert Lewin e chamado entre nós de Um Gôsto e Seis Vinténs.