MARIKA ROKK

maio 30, 2024

Ela estava entre as estrelas mais famosas e queridas do Cinema do Terceiro Reich, compensando sua capacidade interpretativa limitada com uma energia ilimitada e atletismo enquanto seus filmes ofereciam outras atrações como cenários e figurinos luxuosos e fotografia em cores.

Marika Rökk

Marie Karoline Rökk (1913-2004) nasceu em Cairo no Egito, filha de um arquiteto e empreiteiro húngaro. Passou a segunda infância em Budapest, onde teve aulas de dança e, em 1924, sua família mudou-se para Paris. Juntando-se ao conjunto de dança “The Hoffman Girls” quando tinha onze anos de idade, sua primeira apresentação pública foi no Moulin Rouge. Marika passou os anos vinte excursionando por Nova York, Berlim, Monte Carlo, Cannes, Londres e Paris. Em Budapest e Viena ganhou as manchetes atuando em operetas e comédias musicais.

Sua primeira experiência no cinema foi como uma dançarina, aparecendo em duas comédias britânicas sob a direção de Monty Banks, Kiss me Sergeant e Why Sailors Leave Home, ambas de 1930. Subsequentemente estrelou dois filmes húngaros Csókolj meg, édes! / 1931 e Kisértetek vonata /1933, antes de ser contratada pela Ufa em 1935. Seu primeiro filme alemão foi o drama passado num circo dirigido por Werner Hochbaum, Cavalaria LIgeira / Leichte Kavallerie / 1935, seguido pela sua primeira colaboração com o diretor Georg Jacoby na comédia Rapsódia Húngara / Heisses Blut / 1936.

Marika em Gasparone

Marika em Eine Nacht im Mai

Marika em Kora Terry

Marika e Willy Fritsch em Frauen sind doch bessere Diplomaten

Jacoby se tornou o diretor favorito de Marika e também seu primeiro marido. Eles formaram uma parceira criativa até o final dos anos cinquenta. Jacoby dirigiu mais 16 de seus filmes: O Estudante Mendigo / Der Bettelstudent /1936; Ritmo Ardente / Und du mein schatz fährst mit / 1937; Gasparone / Gasparone / 1937; Eine Nacht im Mai / 1938; Kora Terry / 1940; Frauen sind doch bessere Diplomaten / 1941; Tanz mit dem Kaiser / 1941; Die Frau meiner Träume / 1944; Férias no Danúbio / Kinder der Donau / 1950; Sensation in San Remo / 1951; Die Czardasfürstin / 1951; Maske in Blau / 1953; Die geschiedene Frau / 1953; Noites no Papagaio VerdeNachts im grünen Kakadu / 1957; A Rainha do Palco / Bühne frei für Marika / 1958; Adorável Mentirosa / Die Nacht vor der Premiere / 1959. Seus filmes geralmente reciclavam a mesma fórmula básica dos musicais de Hollywood, terminando sempre com um número final espetacular.

Marika em Alô, Janine!

O parceiro mais agradável de Marika foi o ator neerlandês Johannes Heesters, especialmente em O Estudante Mendigo, Gasparone e Alô Janine! / Hallo Janine / 1939, este último dirigido por Carl Boese. Ela interpretou um papel duplo como duas irmãs gêmeas em Kora Terry e contracenou com Willy Fritsch no primeiro filme alemão em cores (Agfacolor) Frauen sind doch bessere Diplomaten. Ocasionalmente Marika foi vista em filmes de outros gêneros ou papéis mais sérios como, por exemplo, no drama de amor totalmente imaginário envolvendo Tchaikovsky, Noite de Baile / Es war eine rauschende Ballnacht / 1939, ao lado de Zarah Leander e Hans Stuwe (Tchaikovsky).

Inicialmente proibida de trabalhar na Alemanha e Austria após a Segunda Guerra Mundial, Marika retomou sua carreira em Viena em 1948. Com Jacoby como diretor e muitas vezes dividindo o estrelato com Heesters, ela fez filmes na Alemanha Ocidental a partir de 1951, revivendo sua personalidade na tela em Die Czardas fürstin e A Rainha do Palco. Jacoby faleceu em 1964 e, em 1968, Marika contraiu matrimômino com o ator austríaco de etnia húngara, Fred Raul (que estava no elenco de trê filmes dela, Noites do Papagaio Verde, A Rainha do Palco e Adorável Mentirosa) e os dois ficaram juntos até a morte dele em 1985.

Marika ainda em forma em Hello, Dolly!

Embora sua carreira tivesse declinado em grande parte no final dos anos 50 e definitivamente encerrada no início dos anos 60, ela continuou mantendo sua presença nos palcos em numerosas operetas e musicais, destacando-se sobretudo o papel principal no musical de Jerry Herman, “Hello, Dolly!”. Nunca abandonando seu forte sotaque húngaro, que era uma marca registrada dela, Marika anunciou cosméticos em comerciais e apareceu em vários programas de televisão.

Parodiando sua imagem alegre de estrela, Marika fez uma última aparição cinematográfica na comédia Schloss Königswald / 1987, ao lado de outras divas veteranas do cinema alemão como Camila Horn, Marianne Hoppe e Carola Höhn.

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