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PRIMÓRDIOS DO DESENVOLVIMENTO DA CULTURA POPULAR AMERICANA E O CINEMA

“Em novembro de 1829, cerca de doze mil pessoas, muitas das quais pagaram para ter uma boa vista, assistiram o famoso saltador de cachoeiras Sam Patch pular de um andaime nas águas turbulentas das cachoeiras do rio Genesee no norte do Estado de Nova York. Foi seu último salto. Bêbado, antes de pular, não sobreviveu. Ele dificilmente poderia ter adivinhado que este salto marcaria um momento simbólico na história da cultura popular americana. Quando Patch pulou no vazio, o entretenimento americano estava entrando em uma nova era turbulenta”.

É com este trecho que o professor de História da Washington State University, LeRoy Ashby, inicia o prólogo do seu livro admirável de 648 páginas, With Amusement for All – A History of American Popular Culture Since 1830 (ed. University Press of Kentucky, 2006), no qual faz uma síntese interpretativa de quase dois séculos do entretenimento de massa nos Estados Unidos. Esta obra magnífica, que recomendo entusiasticamente, inspirou o presente artigo, no qual modestamente, aponto como os diversos tipos de entretenimento abordados na primeira parte do livro foram aproveitados pelo cinema.

 Jim Crow

Em 1832, Thomas Dartmouth Rice, ex-jovem aprendiz de carpinteiro com o rosto pintado de preto, eletrizou um público barulhento de trabalhadores girando seu corpo em um palco do Bowery com um movimento curioso, espasmódico e cantando: “Weel about and turn about, / And dojis so; / Eb´ry time I weel about, I jump Jim Crow”. Um ano depois, o editor de jornal Benjamin Day, de vinte três anos, lançou um jornal – New York Sun – que era cerca de um terço do tamanho dos outros jornais, vendido pelo preço incrivelmente baixo de um centavo (one penny), e destacava assassinatos sensacionais, tragédias e fofocas. E, em meados de 1835, Phineas Taylor Barnum, rapaz de vinte e cinco anos, refugiado do negócio de produtos secos, exibiu Joice Heth, escrava cega, decrépita, parcialmente paralítica, que supostamente tinha 161 anos e havia amamentado e cuidado do “querido Pequeno George” Washington, primeiro presidente da nação.

Assim, no início dos anos 1830, tomou forma o arcabouço para a cultura popular moderna nos Estados Unidos. Os alicerces deste mundo emergente de entretenimentos baratos, acessíveis, e indisciplinados incluíam o blackface minstrelsy (show de menestréis com o rosto pintado de preto contendo estereótipos raciais) que a performance de Rice como Jim Crow elevou a novos níveis de popularidade; a penny press, que anunciou uma revolução na indústria gráfica americana; e “o show business”, como Barnum o apelidou e que ele, mais do que ninguém ajudou a definir.

Os shows de menestréis abriram as portas para Stephen Foster, pioneiro da música popular americana, autor da memorável “Oh! Susannah”, cuja letra foi escrita no dialeto blackface: “I Come from Alabama / With my banjo on my knee / It´s gwine to Lou’siana / My true lub to see”, ou seja, “I come to Alabama with my banjo on my knee / I´m going to Lousiana for my true love to see”. Como consequência da fama de Rice, a partir de 1838, Jim Crow tornou-se um termo pejorativo para o afro-americano e, a partir desta data, as leis de segregação racial ficaram conhecidas como “Jim Crow Laws”.

Exibindo um gênio absoluto para a publicidade, Barnum traçou diversas estratégias para divulgar a exibição de Joice Heth e se defender dos críticos. Trabalhando com Levi Lyman, que havia contratado como assistente, programou encontros de religiosos com Heth, mostrando-lhe certidões de batismo que ele e Lyman haviam falsificado. Ao mesmo tempo, aproveitou as acusações de que Heth era, de fato, uma fraude. Publicou histórias nos jornais e encenou incidentes sugerindo que ela era na verdade feita de osso de baleia e borracha e que a voz de sua engenhoca vinha de um ventríloco. Como Barnum disse, sorrindo: “Muitas pessoas que a tinham visto estavam igualmente desejosos de uma segunda visão, a fim de determinar se haviam sido ou não enganados”. Se eles pagaram uma ou duas vezes, o empresário espertalhão colheu os dividendos.

Em 1841, Barnum comprou um museu no centro de Manhattan onde exibiu “curiosidades humanas”, ou “aberrações”, tais como mulheres barbadas, indivíduos sem pernas, albinos, gigantes e anões. Uma exibição muito popular foi um jogador de xadrez mecanizado que os espectadores poderiam se perguntar se era realmente uma máquina pensante ou um glorioso embuste. Até que um jornal de Fidadélfia expôs o truque. Porém o astucioso empreendedor percebeu que, mesmo depois que o segredo foi revelado, ainda podia ser uma fonte de lucro. “De vez em quando”, ele lembrava, “alguém gritava ‘farsante’ e ‘charlatão’, porém tanto melhor para mim.  Isto ajudava a me promover”. Com esta lição em mente, Barnum cultivou sua crescente reputação como “o príncipe dos charlatões”, termo que ele orgulhosamente aplicou a si mesmo.

Barnum e Stratton

A emergência de uma classe média com um extenso conjunto de valores e crenças influenciou profundamente a cultura popular e, para cortejá-la e adquirir mais respeitabilidade, Barnum apresentou como nova atração um anão, Charles S. Stratton, lançando-o como General Tom Thumb (General Pequeno Polegar). Sob cuidadosa tutela de Barnum, Tom tornou-se muito popular, cantando, dançando e imitando uma variedade de personagens como Cupido, Hércules e Napoleão. Depois, Barnum contratou outro anão, George Washington Morrison Nutt, que ele apelidou de “Prince of the Lilliputs” (Príncipe dos Liliputianos) e uma cantora suiça Jenny Lind, anunciando-a como “The Swedish Nightingale “(A Rouxinol Suiça). No início dos anos 1880, Barnum, e seu novo sócio, James A. Bailey, ofereceram ao público “The Greatest Show on Earth” – o famoso circo itinerante de três picadeiros, que se uniria mais tarde com seu rival, o Ringling Brothers – cuja principal atração era um elefante africano chamado Jumbo, símbolo da tendência de Barnum à extravagância.

Em 1883, William F. “Buffalo Bill” Cody inaugurou o seu Buffalo Bill´s Wild West Show, trazendo uma excitante e romantizada adaptação do Oeste Americano para um público que muitas vezes conhecia pouco a região. O circo de Cody logo se tornou fenômeno nacional – e depois internacional – combinando competições de rodeio com produções teatrais dramáticas que celebravam a “conquista do Oeste”, incluindo nativos americanos autênticos, reconstituições de batalhas nas fronteiras, e exibições de búfalos, cavalos selvagens, e até leões das montanhas.

Mickey Rooney e Judy Garland em Sangue de Artista

No cinema de Hollywod houve três abordagens da vida e obra de Stephen Foster: Melodias Inolvidáveis / Harmony Lane / 1935; O Coração de um Trovador / Swanee River / 1939 (com Al Jolson cantando “Oh! Susannah”) e Minha Vida te Pertence / I Dream of Jeanie / 1921. Em Sangue de Artista / Babes in Arms / 1939, Mickey Rooney e Judy Garland arrazaram cantando “Oh! Susannah” com o rosto pintado de preto. Podemos lembrar ainda O Seresteiro / Oh! Susannah / 1936, western de Gene Autry, no qual a canção de Foster é ouvida como parte de uma coletânea durante a apresentação dos créditos e no final do filme, tocada no acordeão de Smiley Burnette. Al Jolson em O Cantor de Jazz / The Jazz Singer / 1927; Eddie Cantor em Whoopee! / Whoopee / 1930; a pequenina Shirley Temple em A Pequena Rebelde / The Littlest Rebel / 1935); Judy Garland em Diabinho de Saias / Everybody Sing / 1938; Bing Crosby em Duas Semanas de Prazer / Holiday Inn / 1942; Joe E. Brown em Um Rapaz Delicado / The Daring Young Man /1942; Os Três Patetas na comédia curta Uncivil Warbirds / 1946 e até Bugs Bunny (Coelho Pernalonga) e Elmer Fudd (Hortelino Troca-Letra) surgiram telas com o rosto pintado de preto. Em Dias Felizes / Happy Days / 1929, o campeão de boxe Jim Corbett atuou como interlocutor em um show de menestréis e, em 1941, foi realizado um short, Minstrel Days, da série Broadway Brevities da Warner, utilizando tomadas de arquivo com cenas de filmes com Al Jolson e Eddie CantorYes Sir, Mr. Bones / 1951 mostra um menino que se encontra em um retiro de velhos artistas menestréis e procura saber sobre seu passado, sucedendo-se retrospectos dos velhos tempos.

Wallace Beery e Adolphe Menjou em O Rei do Blefe

O cinema se lembrou de Barnum em O Rei do Blefe / The Mighty Barnum / 1934 com Wallace Beery no papel título, sendo que Beery já havia personificado Barnum em Dama Virtuosa / A Ladie´s Morals / 1930, filme sobre Jenny Lind, interpretada por Grace Moore, renomada cantora lírica do Metropolitan Opera House, que se tornou também atriz. E não há dúvida de que Cecil B. DeMille se inspirou nele e no seu circo para realizar O Maior Espetáculo da Terra / The Greatest Show on Earth / 1952.

James Ellison (à esquerda ao lado de Gary Cooper) em Jornadas Heróicas

Buffalo Bill Cody apareceu, ainda moço (James Ellison) em Jornadas Heróicas / The Plainsman / 1936 e já mais velho (Louis Calhern) em Bonita e Valente / Annie Get Your Gun / 1950; mas o filme que traçou sua biografia completa foi Buffalo Bill / Buffalo Bill / 1944, interpretado por Joel McCrea. Neste artigo não pretendo oferecer filmografias completas, citando apenas alguns filmes – todos do período áureo de Hollywood – sobre cada assunto; de modo que, sobre Buffalo Bill, vou apenas acrescentar: o seriado As Aventuras de Bufffalo Bill / Battling with Buffalo Bill / 1931 (com Tom Tyler), o western B O Jovem Buffalo Bill / 1940 (com Roy Rogers) e As Aventuras de Buffalo Bill / Pony Express / 1953 (com Charlton Heston).

Prosseguindo na primeira parte do seu estudo, o professor Ashby aponta o surgimento de outros entretenimentos de massa como a comercialização da celebração do Natal e do Dia dos Namorados, as lutas de boxe (incrementadas pela popularidade de John L. Sullivan, o grande campeão de peso-pesados até ser derrotado pelo “Gentleman Jim” Corbett); o basebol; o rugby (futebol americano) universitário, o teatro burlesco, o vaudeville e os parques de diversão.

Thomas Mitchell, Donna Reed e James Stewart em A Felicidade Não se Compra 

O filme mais famoso sobre o Natal é, sem dúvida, A Felicidade não se Compra / It´s a Wonderful Life / 1946, emocionante drama sobrenatural dirigido por Frank Capra, que se passa numa véspera de Natal e foi baseado em um conto de Philip Van Doren Stern, The Greatest Gift, por sua vez remotamente inspirado em A Christmas Carol de Charles Dickens. Em segundo lugar, podemos citar os também notáveis Noite de Natal / Christmas Carol / 1938 (este uma versão direta da novela de Dickens) e De Ilusão Também se Vive / Miracle on 34th Street / 1947. Sobre o Dia dos Namorados só encontrei O Massacre de Chicago / St. Valentine´s Days Massacre / 1967, drama criminal de Roger Corman sobre o massacre da quadrilha de Bugs Moran pelo bando de Al Capone que ocorreu em Chicago no ano de 1929 naquele feriado comemorado nos EUA em 14 de fevereiro.

Errol Flynn em O Ídolo do Público

Filmes sobre o ambiente de lutas de boxe no cinema houve vários, destacando-se: O Ídolo do Público / Gentleman Jim / 1942 (no qual estão os já citados John L. Sullivan e “Gentleman Jim” Corbett, interpretados respectivamente por Ward Bond e Errol Flynn); Corpo e Alma / Body and Soul / 1947; Punhos de Campeão / The Set-Up / 1948; O Invencível / Champion / 1949; Marcado pela Sarjeta / Somebody Up There Likes Me / 1956 (cinebiografia do grande nocauteador Rocky Marciano, interpretado por Paul Newman); A Trágica Farsa / The Harder They Fall / 1956 (com a participação de Max Baer e Jersey Joe Walcott); Requiem para um Lutador / Requiem for a Heavyweight / 1962 (com a presença no elenco de Jack Dempsey e Cassius Clay / Muhammad Ali).

Max Baer, Jack Dempsey e Primo Carnera emO Pugilista e a Favorita

Por curiosidade, três pugilistas campeões mundiais de peso-pesados, Max Baer, Primo Carnera e Jack Dempsey, trabalharam no filme O Pugilista e a Favorita / The Prizefighter and the Lady / 1933. Uma raridade foi o empate na conquista do Oscar de 1931-32 entre Fredrich March e Wallace Beery, este indicado por sua atuação em O Campeão / The Champ / 1932 (Dir: King Vidor), dramalhão sobre um ex-campeão de boxe decadente e beberão adorado pelo filho (Jackie Cooper). Outro filme passado em ambiente de boxe foi Talhado para Campeão / Kid Galahad / 1937, refilmado em 1962 como o mesmo título, tanto em inglês como em português, com Elvis Presley no papel anteriormente ocupado por Wayne Morris.

Gary Cooper em Ídolo, Amante e Herói

Talvez o melhor filme sobre basebol tenha sido Ídolo, Amante e Herói / The Pride of the Yankees / 1942 com Gary Cooper como o jogador “Lou” Gehrig que, vitimado por uma esclerose lateral miotrófica, teve que deixar prematuramente o esporte, falecendo aos 37 anos de idade. Vale lembrar o comovente discurso de despedida de Gehrig no Yankee Stadium e a presença de Babe Ruth e outros verdadeiros craques no elenco. Outro filme importante versando sobre o mesmo assunto, foi Sangue de Campeão / The Stratton Story / 1949, com James Stewart como o conhecido lançador Monty Stratton, cuja carreira chegou ao fim, quando teve a perna amputada. Podemos lembrar ainda, entre outros: Um Portento no Esporte / Casey at the Bat / 1927 com Wallace Beery; Vencendo o Medo / Fear Strikes Out / 1959, contando o drama de Jim Piersall, jogador que sofria de transtorno bipolar; Combinação Invencível / The Winning Team / 1952 com Ronald Reagan como Grover Cleveland Alexander; O Homem do Dia / The Pride of St. Louis / 1952 com Dan Dailey como Dizzy Dean. Vale a pena citar também um musical (Parceiro de Satanás / Damn Yankees / 1958) e uma comédia do “Boca Larga” Joe E. Brown (Esfarrapando Desculpas / Alibi Ike / 1935), ambos passados em ambiente de beisebol. E, sem dúvida, O Grande Babe Ruth / The Babe Ruth Story / 1948 com William Bendix no papel do imortal beisebolista. Recordo-me ainda de um musical dirigido por Busby Berkeley, A Bela Ditadora / Take Me Out to the Ball Game / 1949, sobre jogadores de basebol  (Frank Sinatra, Gene Kelly) que, fora da temporada esportiva, trabalham no vaudeville.

Harold Lloyd em O Calouro

O rugby (ou seu similar o futebol americano) foi representado no cinema americano clássico principalmente na comédia muda, O Calouro / The Freshman / 1925 com Harold Lloyd e em O Homem de Bronze / Jim Thorpe, All American / 1951 cinebiografia do famoso atleta descendente de índios (campeão de várias modalidades esportivas além do rugby), revivido na tela por Burt Lancaster. Cito também , sem a preocupação de fornecer uma lista completa:  Gênios da Pelota / Horse Feathers / 1932 com os Irmãos Marx; Agarrem essa Normalista/ Hold that Co-ed / 1938; Criador de Campeões / Knute Rockne All American / 1940, cinebiografia do famoso treinador da Universidade de Notre Dame, vivido por Pat O´Brien, que também deu vida a outro treinador (e herói da Primeira Guerra Mundial) Frank Cavanaugh em Forjador de Homens / The Iron Major / 1943; Papai foi um Craque / Father was a Fullback / 1949; Tormento de uma Glória / Easy Living / 1949; Ídolo Dourado / Saturday´s Hero / 1951; O Filhinho do Papai / That´s My Boy / 1951; Atalhos do Destino / Trouble Along the Way / 1953; Alma Invencível / All American / 1953;

Anna Held

Eva Tanguay

O teatro burlesco foi introduzido nos EUA em 1868 por uma trupe de coristas chamada Lydia Thompson´s British Blondes. Era um show de variedades, reunindo vários elementos como caricatura, paródia, sátira, erotismo e strip-tease. Outra forma, mais respeitável de exibicionismo feminino encontrou expressão no final do século dezenove, em grande parte devido aos esforços iniciais de Florenz Ziegfeld Jr.: o vaudeville, forma de entretenimento popular que misturava números curtos de variedades, música e comédia, mágicas, canto, dança, acrobacias, performances de animais treinados e estereótipos étnicos). Umas de suas grandes atrações foram o musculoso Sandow; a formosa cantora Anna Held; a comediante um tanto robusta, Eva Tanguay, cujas canções picantes e trajes escassos encantavam o público;  e, principalmente, suas show girls, lindas coristas que desfilavam sensualmente diante de cenários suntuosos. Segundo apurei, a verdadeira Anna Held foi protagonista de Madame la Presidente / 1916, dirigido por Frank Lloyd.

Luise Rainer como Anna Held

No cinema destaca-se a cinebiografia Ziegfeld, o Criador de Estrelas / The Great Ziegfeld / 1936, na qual o empresário foi interpretado por William Powell e Luise Rainer era Anna Held. O filme conquistou o Oscar e Rainer recebeu a estatueta como Melhor Atriz. Powell repetiu seu papel em Ziegfeld Follies / Ziegfeld Folies / 1946, revista musical com um elenco all-star (Judy Garland, Lucille Ball, Fanny Brice, Fred Astaire e Gene Kelly dançando juntos, Red Skelton, Lena Horne, Cyd Charisse, Esther Williams e direção geral de Vincente Minnelli. A figura de Ziegfeld apareceu ainda em: Sonharei com Você / I´ll See You in My Dreams / 1951 com William Forrest como Ziegfeld; A História de Will Rogers / A The Story of Will Rogers / 1952 com Forrest novamente como Ziegfeld; Bem no Meu Coração / Deep in my Heart / 1954 com Paul Henreid como Ziegfeld. O Meu Amado / Rose of Washington Square / 1939 foi remotamente inspirado na vida de Fanny Brice, uma das estrelas do Ziegfeld Follies. Ziegfeld não aparece em um O Mundo é um Teatro / Ziegfeld Girl / 1941, que gira em torno de três garotas (Lana Turner, Hedy Lamarr, Judy Garland) escolhidas para participar de seus espetáculos.

O vaudeville ou o burlesco estiveram ainda presentes nas telas por exemplo em: Sangue de Artista / Babes in Arms / 1939; A Bela Lillian Russell / Lillian Russell / 1940; Idílio em Do-Re-MI / For Me and My Gal / 1942; A Canção da Vitória / Yankee Doodle Dandy / 1942; Melodia do Amor / Shine on Harvest Moon / 1944; Sonhos Dourados / The Jolson Story / 1946; Mentira Salvadora / Ladies of the Chorus / 1948; Malabaristas da Vida / Give my Regards to Broadway / 1948; Esquece Teus Pesares / April Showers / 1948; Crepúsculo de uma Glória / Look for the Silver Lining / 1949; Um Coringa e Sete Ases / The Seven Little Foys / 1955; Em Busca de um Sonho / Gypsy / 1962 , cinebiografia da dançarina Gypsy Rose Lee com Rosalind Russell no papel-título; Quando o Strip Tease Começou / The Night They Raided Minsky´s / 1968.

Cena de Solidão

O parque de diversões mais conhecido de Nova York é o Luna Park, situado em Coney Island, bairro situado a sudoeste do Brooklyn. Ele é famoso pela sua roda gigante (Wonder Wheel) e sua montanha russa (Cyclone) e foi inaugurado por um empresário do entretenimento brilhantemente inovador, Frederic W. hompson, em 16 de maio de 1903. No cinema, vários filmes têm cenas passadas em Coney Island, entre os quais destacamos os admiráveis Solidão / Lonesome /1928 de Paul Fejos e O Pequeno Fugitivo / Little Fugitive / 1953 de Morris Engel. que conta a história de uma criança sozinha no parque.

AC

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