Arquivo mensais:janeiro 2022

SÉRIES DO CINEMA AMERICANO CLÁSSICO II

JEEVES

Mordomo erudito (Arthur Treacher) e seu frívolo patrão, Bertie Wooster (David Niven), personagens criados por P.G. Woodehouse; porém o roteiro não tem semelhança com nenhum romance do referido autor. Uma continuação foi lançada em 1937 com Treacher no papel de Jeeves mas sem o personagem de Bertie, porque David Niven era contratado de Samuel Goldwyn, que o havia emprestado para a 20thCentury-Fox apenas para um filme. 1936 – Thank You, Jeeves! Dir: Arthur Greville Collins.  1937 – Step Lively Jeeves Dir: Eugene Forde.

JIGGS AND MAGGIE

Baseada na história em quadrinhos de George Mc Manus cujo tema era simples: Jiggs, ex-carpinteiro, e sua esposa Maggie, ex-lavadeira, tornavam-se subitamente milionários graças a um prêmio da loteria; enquanto Maggie procurava esquecer suas origens sociais, Jiggs só pensava em se encontrar com seus velhos amigos dos tempos difíceis em um botequim, para jogar cartas. Joe Yale (pai do ator Mickey Rooney na vida real) e Renie Riano personificam os dois personagens de McManus, que no Brasil tiveram os nomes de Pafúncio e Marocas. Monogram. 1946 – Bringing Up Father (Vida Apertada) Dir: Edward F. Cline. 1948 – Jiggs and Maggie in Court (Pafúncio e Marocas em Apuros) Dir: William Beaudine; Jiggs and Maggie in Society (Marcas, a Gostosona) Dir: Edward F. Cline. 1949 – Jiggs and Maggie in Jackpot Jitters (Pafúncio e Marocas na Televisão) Dir: William Beaudine. 1950 – Jiggs and Maggie Out West (A Voz do Espírito) Dir: William Beaudine.

JOE PALOOKA

Baseada no pugilista das histórias em quadrinhos, criado em 1928 por Ham Fisher. O personagem esteve antes no rádio (1932), no filme Palooka / Palooka (1934, interpretado por Stuart Erwin, e em nove curtas-metragens da Vitaphone (1936-37) sob os traços de Robert Norton.  Joe Palooka (Joe Kirkwood Jr.) era não só campeão de boxe como também um rapaz ingênuo de bons sentimentos e talvez este lado humano do lutador tenha sido a causa de sua popularidade. O outro personagem fixo chamava-se Knobby Walsh, o treinador manhoso de Joe, vivido por Leon Errol e depois por William Frawley em Ou Tudo ou Nada e James Gleason nos dois últimos filmes da série. Monogram. 1946 – Joe Palooka, Champ (Joe Sopapo Campeão) Dir: Reginald LeBorg; Gentleman Joe Palooka (Joe Sopapo. Granfino) Dir: Cyril Endfield. 1947 – Joe Palooka in the Knockout (Joe Sopapo não é de briga) Dir: Reginald LeBorg. 1948 – Fighting Mad ou Joe Palooka in Fighting Mad (Comprando Briga) Dir: Reginald LeBorg; Winner Take All (Ou Tudo ou Nada) Dir: Reginald LeBorg. 1949 – Joe Palooka in the Big Fight (Pistoleiros do Ringue) Dir: Cyril Endfield; Joe Palooka in the Counterpunch Dir: Reginald LeBorg. 1950 – Joe Palooka Meets Humphrey (Lua de Mel a Socos) Dir: Jean Yarbrough; Joe Palooka in Humphrey Takes a Chance Dir: Jean Yarbrough; Joe Palooka in the Squared Circle (Murros de Ouro) Dir: Reginald LeBorg. 1951 – Joe Palooka in Triple Cross (Joe Sopapo, Detetive) Dir: Reginald Le Borg.

JONES FAMILY

Em 1936, a 2Oth Century-Fox lançou uma pequena comédia doméstica, Every Saturday Night, sobre as atribulações de uma famíia do interior chamada Evers. Os mesmos personagens, Papai Evers (Jed Prouty), Mrs. Evers (Spring Byington) e Granny (Florence Roberts) foram usados novamente em Educating Father, que inaugurou a série, mas com os sobrenomes mudados para Jones. O casal Jones tinha três filhos, vividos por Kenneth Howell, George Ernest e Bill Mahan em ordem decrescente; uma filha adolescente (June Carlson); e uma filha adulta, encarnada alternadamente por June Lang, Shirley Deane e Joan Valerie. No filme Vamos ao Prado, surgiu um namorado (Russell Gleason) para a filha mais velha. 1936 – Educating Father Dir: James Tinling; Back to Nature (Ciganos à Moderna) Dir: James Tinling. 1937 – Off to the Races (Vamos ao Prado) Dir: Frank Strayer; Borrowing Trouble Dir: Frank Strayer; Hot Water Dir: Frank Strayer. 1937 – Big Business Dir: Frank Strayer. 1938 – Love on a Budget Dir: Herbert I. Leeds; A Trip to Paris (Uma Viagem a Paris) Dir: Malcolm St. Clair; Safety in Numbers (Sururu em Família) Dir: Malcolm St. Clair; Down on the Farm Dir: Malcolm St. Clair; Everybody´s Baby Dir: Mal St. Clair. 1939 – Quick Millions (A Família Jones em Novas Aventuras) Dir: Malcolm St. Clair; The Jones Family in Hollywood (A Família Jones em Hollywood) Dir: Malcolm St. Clair; Too Busy to Work Dir: Otto Brower. 1940 -Young as You Feel (Risonhos e felizes) Dir: Malcolm St. Clair; On Their Own Dir: Otto Brower.

JUNGLE JIM

Sabendo que Johhnny Weissmuller deixara os filmes de Tarzan, o produtor Sam Katzman convidou-o para estrelar esta série, baseada nas histórias em quadrinhos de Alex Raymond sobre o intrépido caçador branco na África. Nas suas aventuras, ele estava sempre cercado por animais de estimação: o corvo Caw caw, o cachorro Skipper e a chimpanzé Tamba. Nos três últimos filmes da série o nome Jim das Selvas foi retirado e Weissmuller interpretou a si mesmo. Columbia. 1948 – Jungle Jim (Jim das Selvas) Dir: William Berke. 1949 – The Lost Tribe (Tribo Perdida) Dir: William Berke. 1950 – Captive Girl (A Lagoa dos Mortos) Dir: William Berke; Mark of the Gorilla (A Marca do Gorila) Dir: William Berke; Pygmy Island (A Ilha dos Pigmeus) Dir: William Berke. 1951 – Fury of the Congo (Fúria no Congo) Dir: William Berke; Jungle Manhunt (Cacique Branco) Dir: Lew Landers.1952 – Jungle Jim in the Forbidden Land (Terra Proibida) Dir: Lew Landers; Voodoo Tiger (O Tigre Sagrado) Dir: Spencer G. Bennet. 1953 – Savage Mutiny (Tulonga, a Ilha Condenada) Dir: Spencer G. Benne; Valley of the Headhunters (Vale dos Canibais) Dir: William Berke; Killer Ape (O Gorila Assassino) Dir: Spencer G. Bennet. 1954 – Jungle Man-Eaters (Caçadores de Cabeças) Dir: Lee Sholem; Cannibal Attack (O Homem Crocodilo) Dir: Lee Sholem. 1955 – Jungle Moon Men (Deusa da Lua) Dir: Charles S. Gould; Devil Goddess (A Deusa Pagã) Dir: Spencer G. Bennet.

LASSIE

Em 1943, a MGM produziu o filme Lassie Come Home (A Força do Coração). No filme, um cão chamado Pal aparecia com o Lassie; Roddy MacDowall era Joe Carracglough, cujo pai desempregado (Donald Crisp teve que vender o animal de estimação da família para o Duque de Rudling (Nigel Bruce); e Elizabeth fazia o papel da neta do duque, Priscilla, que percebe que o animal sente a falta de seus donos e o ajuda fugir. O filme, indicado para o Oscar de Melhor Fotografia em cores, deu origem à série. 1945 – Son of Lassie (O Filho de Lassie) Dir: S. Sylvan Simon. 1946 – Courage of Lassie (A Coragem de Lassie) Dir: Fred M. Wilcox. 1948 – Hills of Home (O Mundo de Lassie) Dir: Fred M. Wilcox. 1949 – The Sun Comes Up (Sol da Manhã) Dir: Richard Thorpe; Challenge of Lassie (O Desafio de Lassie) Dir: Richard Thorpe.

LITTLE TOUGH GUYS

Rapazes dos cortiços de Nova York. Universal. 1938 – Little Tough Guys (Vidas Mal Traçadas) Dir: Harold Young; Little Tough Guys in Society (Os Bambas na Alta Sociedade) Dir: Erle C. Kenton. 1939 – Newsboys Home (A Casa do Jornaleiro) Dir: Harold Young; Code of the Streets (Código das Ruas) Dir: Harold Young; Call a Messenger (Chame um Mensageiro) Dir: Arthur Lubin). 1940 – You’re Not So Tough (Valentes de Ocasião) Dir: Joe May; Give Us Wings (Deem-nos Asas) Dir: Charles Lamont. 1941 – Mob Town (Os Bambas) Dir: William Nigh; Hit the Rooad Dir: Joe May. 1942 – Tough as They Come (Ardil Perigoso) Dir: William Nigh. 1943 – Mug Town Dir: Ray Taylor; Keep´em Slugging Dir: Christy Cabanne.

LUM AND ABNER

Oriunda do rádio com Chester Laucke e Norris Goff retomando seus personagens   Columbus “Lum” Edwards e Abner Peabody, dois jovens com aparência de velhos, donos do armazém geral de Pine Ridge, Arkansas que é o centro da vida da cidade. RKO.

1940 – Dreaming Out Loud Dir: Harold Young. 1942 – Bashful Bachelor Dir: Malcolm St. Clair. 1943 – Two Weeks to Live Dir: Malcolm St. Clair; So This is Washington Dir: Raymond McCarey. 1945 – Partners in Time Dir: William Nigh.

MA AND PA KETTLE

Quando o romance de Betty MacDonald foi transformado no filme O Ovo e Eu / The Egg and I /1947, estrelado por Claudette Colbert e Fred MacMurray, este teve um êxito inesperado e originou esta série sertaneja muito popular. O filme girava em torno de um casal da cidade que decidiu criar galinhas, mas verificou que a vida na fazenda não era o que eles esperavam. Os coadjuvantes Marjorie Main e Percy Kilbridge conquistaram o público como dois roceiros de meia-idade e se tornaram os astros de sua própria série. Marjorie interpretava uma fazendeira gabola com uma voz estridente, que mantinha o senso de humor apesar da pobreza, de treze filhos, e de um marido indolente, vivido por Kilbridge. Este foi substituído por Parker Fenelly no último filme da série. Por seu trabalho no filme Marjorie recebeu uma indicação para o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante.1949 – Ma and Pa Kettle (Nem Tudo Que Reluz é Ouro) Dir: Charles Lamont. 1950 – Ma and Pa Kettle Go to Town (Nas Altas Rodas) Dir: Charles Lamont. 1951 – Ma and Pa Kettle Back on the Farm (Chega de Encrencas) Dir: Edward Segdwick. 1952 – Ma and Pa Kettle at the Fair (Caindo na Farra) Dir: Charles Barton. 1953 – Ma and Pa Kettle on Vacation Dir: Charles Barton. 1954 – Ma and Pa Kettle at Home Dir: Charles Barton. 1955 – Ma and Pa Kettle at Waikiki (Sassaricando de Sarong) Dir: Lee Sholem. 1956 – The Kettles in the Ozarks (Sarilho do Barulho) Dir: Charles Lamont.1957 – The Kettles on Old Macdonald´s Farm Dir: Virgil Vogel.

MAISIE

Maisie Ravier, corista do Brooklyn, mulher independente que sabia se defender em qualquer parte do mundo que os roteiristas escolhessem como ambiente para as suas aventuras. Como se tratava de produções modestas, utilizando as retroprojeções e os cenários de interiores para determinar os variados locais onde as histórias se passavam, os filmes contavam quase que exclusivamente com a vivacidade e simpatia de Ann Sothern para sustentá-los. Além de exibir o talento da atriz, a série oferecia um estudo interessante sobre a emancipação da mulher americana durante a Segunda Guerra Mundial, simbolizada pela destemida e dinâmica show girl. MGM. 1939 – Maisie (Teimosa e Bonita) Dir: Edwin L. Marin. 1940 – Congo Maisie (Mademnoiselle Maisie) Dir: H. C. Potter; Gold Rush Maisie (Peripécias de Maisie) Dir: Edwin L. Marin. 1941 – Maisie Was a Lady (Maisie na Alta Roda) Dir: Edwin L. Marin; Ringside Maisie (Perigo Louro) Dir: Edwin L. Marin. 1942 – Maisie Gets Her Man (Amor à Segunda Vista) Dir: Roy Del Ruth. 1943 – Swing Shift Maisie (Sabotadora Romântica) Dir: Norman McLeod. 1944 – Maisie Goes to Reno (Por Conta de Cupido) Dir: Harry Beaumont. 1946 – Up Goes Maisie (or Fim, Muher) Dir: Harry Beaumont. 1947 – Undercover Maisie (A Loura Detetive) Dir: Harry Beaumont.

MEXICAN SPITFIRE

A RKO escolheu Lupe Velez para estrelar esta série em tom de farsa sobre a vulcânica mexicana e ela se saiu muito bem no papel, transferindo toda a sua verve e energia para a personagem temperamental. A seu lado o estúdio colocou Leon Errol, o veterano cômico de “pernas de borracha” do Ziegfeld Follies, que interpetou simultaneamente o Tio Matt e Lord Epping, o falso aristocrata inglês sempre distraído e fraco das pernas. 1939 – The Girl from Mexico (De Cabelinho nas Ventas) Dir: Leslie Goodwins; Mexican Spitfire (Quando a Mulher Vira Bicho) Dir: Leslie Goodwins. 1940 – Mexican Spitfire Out West (Quando Macacos se Encontram) Dir: Leslie Goodwins. 1941 – Mexcan Spitfire´s Baby (O Bebê da Carmelita) Dir: Leslie Goodwins. 1942 – Mexican Spitfire at Sea (Forrobodó em Alto Mar) Dir: Leslie Goodwins; Mexican Spirtfire´s Elephant (O Elefante de Carmelita) Dir: Leslie Goodwins; Mexcan Spitfire Sees a Ghost (Aquele Careca Voltou) Dir: Leslie Goodwins. 1943 – Mexican Spitfire´s Blessed Event (O Bebê da Discórdia) Dir: Leslie Goodwins.

MR.BELVEDERE

O arrogante autointitulado gênio Lynn Belvedere, criado pela romancista Gwen Davenport, chegou ao cinema no filme da 20thCentury-Fox Ama Seca por Acaso / Sitting Pretty / 1948. O personagem fez muito sucesso (proporcionando inclusive uma indicação ao Oscar para Clifton Webb), sucedendo-se duas continuações.1949 – Mr. Belvedere Goes to College (O Gênio no Colégio) Dir: Elliott Nugent. 1951 – Mr. Belvedere Rings the Bell (O Gênio no Asilo) Dir: Henry Koster.

PENROD

O personagem Penrod, saiu do livro de Booth Tarkington para a tela, onde foi interpretado por Billie Mauch, um dos gêmeos Mauch. Seu irmão Bobby aparece nos dois outros filmes da série. Ambos ficaram muito conhecidos pela sua participação em O Príncipe e o Mendigo / The Prince and the Pauper / 1937, produzido pela Warner Bos., também responsável pela realização da série.  1937 – Penrod and Sam (Pequenos Mosqueteiros) Dir: William McGann. 1938 – Penrod and His Twin Brother (Detetives do Barulho) Dir: William McGann; Penrod´s Double Trouble (Duplo Apuro de Penrod) Dir: Lewis Seiler.

ROAD TO

Bob Hope, Bing Crosby e Dorothy Lamour são os astros desta série de comédias musicais, cuja ação se passa em vários lugares do mundo, cheias de referências a outros atores de Hollywood e graçolas sobre a Paramount, o estúdio responsável por todos os filmes com exceção de Dois Errados no Espaço /The Road to Hong Kong/ 1962, produzido por Melvin Frank na Inglaterra, no qual Dorothy Lamour faz apenas uma rápida aparição. Ocorrem também momentos frequentes em que Hope quebra a quarta parede e se dirige diretamente ao público e a sátira de alguns gêneros cinematográficos populares da época. 1940 – Road to Singapore (A Sereia das Ilhas) Dir: Victor Schertzinger. 1941 – Road to Zanzibar (Tentação de Zanzibar) Dir: Victor Schertzinger. 1942 – Road to Morocco (A Sedulção de Marrocos) Dir: David Butler. 1946 – Road to Utopia (Dois Malandros e uma Garota) Dir: Hal Walker.1947 – Road to Rio (A Caminho do Rio) Dir: Norman Z. McLeod. 1952 – Road to Bali (De Tanga e de Sarong) Dir: Hal Walker. 1962 – Road to Hong Kong (Dois Errados no Espaço) Dir: Norman Panama.

RUSTY

O cão pastor alemão Rusty apareceu na tela pela primeira vez em Adventures of Rusty (Rusty) Dir: Paul Burnford, produzido pela Columbia em 1945. Neste filme o cão que atuou como Rusty foi Ace the Wonder Dog conhecido por sua participação no seriado O Fantasma Voador / The Phantom / 1943 como Devil (chamado de Capeto nos quadrinhos publicados no Brasil), fiel companheiro do famoso herói mascarado. Um ano depois, o estúdio deu início à série, desta vez tendo o  cão Flame como Rusty e mantendo Ted Donaldson como o seu proprietário, o menino Danny Mitchell. Donaldson e Flame estiveram também em uma série de curta metragem intitulada My Pal. 1946 – The Return of Rusty (Fidelidade) Dir: William Castle.1947 – The Son of Rusty (O Filho de Rusty) Dir: William Castle; For the Love of Rusty (Aventuras de Rusty) Dir: John Sturges. 1948 – My Dog Rusty (O Coração de Rusty) Dir: Lew Landers; Rusty Leads the Way (Rusty e a Ceguinha) Dir: Will Jason. 1949 – Rusty Saves a Life (Rusty Salva uma Vida) Dir: Seymour Friedman; Rusty´s Birthday (Aniversário de Rusty) Dir: Seymour Friedman.

SCATTERGOOD BAINES

Personagem criado por Clarence Budington e oriundo do rádio, Scattergood (Guy Kibbee), dono de uma loja de ferragens na pequena cidade de Cold River é um homem bondoso e altruista, que usa a psicologia e os poderes de persuasão para fazer com que as pessoas façam o que é melhor para elas. RKO. 1941 – Scattergood Baines (O Velho Conselheiro) Dir: Christy Cabanne; Scattergood Pulls the Strings (Sábio de Rio Frio) Dir: Christy Cabanne; Scattergood Baines Meets Broadway (O Rústico e a Tentadora) Dir: Christy Cabanne. 1942 – Scattergood Rides High (O Filósofo da Roça); Scattergood Survives a Murder (O Mistério da Gata Preta) Dir: Christy C-banne. 1943 – Cinderella Swings It (O Canto da Vitória) Dir: Christy Cabanne.

SNUFFY SMITH

Em 1919 o cartunista Billy DeBeck criou o personagem Barney Google, homenzinho simplório e irritadiço de nariz bulboso e bigode espesso que passava a maior parte do seu tempo em ambientes esportivos e sempre com problemas financeiros. Em 1934, Barney encontra nas montanhas do Kentucky a figura de Snuffy Smith, outro baixinho, alcoólatra inveterado. Quando DeBeck morreu, seu assistente Frank Lasswell assumiu a tira e reduziu a participação de Barney nas histórias. Em 1928, Barney Hellum (ator sueco cujo verdadeiro nome era Bjarne Fredrik Hellum) interpretou Barney Google em uma série de 12 curtas-metragens produzida pela FBO. Em 1942, a Monogram lançou dois longas-metragens baseados nos quadrinhos: Private Snuffy Smith ou Snuffy Smith Yardbird Dir: Edward Cline; Hillbilly Blitzgrieg Dir: Roy Mack.Bob Duncan interpretou Snuffy em ambos os filmes e Cliff Nazarro apareceu como Barney no segundo filme.

TARZAN

Desde 1918 foram feitos vários filmes com o personagem criado por Edgar Rice Burroughs, mas foi a série classe A da MGM (1932-1942), reunindo a dupla Johnny Weissmuller – Maureen O´Sullivan que teve maior prestígio. Em 1943, Weissmuller transferiu-se para RKO, onde fez seis filmes B como Homem-Macaco até ser substituído por Lex Barker em 1949. MGM: 1932 – Tarzan, The Ape Man (Tarzan, o Filho das Selvas) Dir: W. S. Van Dyke. 1933 – Tarzan and His Mate (A Companheira de Tarzan) Dir: Cedric Gibbons. 1936 – Tarzan Escapes (A Fuga de Tarzan) Dir: Richard Thorpe. 1939 – Tarzan Finds a Son (O Filho de Tarzan) Dir: Richard Thorpe. Tarzan´s Secret Treasure (O Tesouro de Tarzan) Dir: Richard Thorpe. 1942 – Tarzan´s New York Adventure (Tarzan contra o Mundo) Dir: Richard Thorpe (MGM). RKO: 1943 – Tarzan Triumphs (Tarzan, o Vingador) Dir: William Thiele; Tarzan´s Desert Mystery (Tarzan e o Terror do Deserto) Dir: William Thiele. 1945 – Tarzan and the Amazons (Tarzan e as Amazonas) Dir: Kurt Neumann. 1946 – Tarzan and the Leopard Woman (Tarzan e a Mulher Leopardo) Dir: Kurt Neumann; 1947 – Tarzan and the Huntress (Tarzan e a Caçadora) Dir: Kurt Neuman. 1948 -Tarzan and the Mermaids (Tarzan e as Sereias) Dir: Robert Florey. 1949 – Tarzan´s Magic Fountain (Tarzan e a Montanha Secreta) Dir: Lee Sholem. 1950 – Tarzann and the Slave Girl (Tarzan e a Escrava) Dir: Lee Sholem. 1951 – Tarzan´s Peril (Tarzan na Terra Selvagem) Dir: Byron Haskin.v 1952 – Tarzan´s Savage Fury (Tarzan e a Fúria Selvagem) Dir: Cyril Endfield. 1953 – Tarzan and the She-Devil (Tarzan e a Mulher-Diaba) Dir: Kurt Neumann.

TAILSPIN TOMMY

As aventuras de “Tailspin” Tommy, o intrépido aviador das histórias em quadrinhos de Hal Forrest, publicadas a partir de 1928, já havia inspirado dois seriados da Universal (O Rei das Nuvenes / Tailspin Tommy / 1934 e O Grande Mistério Aéreo / Tailspin Tommy in the Great Air Mystery, protagonizados respectivamente por Maurice Murphy e Clark Williams. Quatro anos depois, a Monogram produziu esta série com o mesmo personagem, agora interpretado por John Trent, jovem ator que havia sido piloto de verdade. Os outros personagens fixos eram o mecânico Skeeter (Milburn Stone) e Betty Lou Barnes (Marjorie Reynolds), também aviadora, companheiros de Tommy na Three Point Airlines. 1939 – Mystery Plane (O Avião Misterioso) Dir: George Waggner; Stunt Pilot (O Piloto Temerário) Dir: GeorgeWaggner; Sky Patrol (Patrulha Noturna) Dir:Hoeard Bretherton; Danger Flight (Escoteiros do Ar) Dir: Howard Bretherton.

TOPPER

Criado no romance de Thorne Smith, o personagem apareceu pela primeira vez no filme Topper / A Dupla do Outro Mundo /1937, dirigido por Norman Z. McLeod, produzido por Hal Roach e distribuído pela MGM. Cosmo Topper (Roland Young) era um banqueiro tímido vítima das diabruras de um casal de fantasmas, Marion Kerby (Constance Bennett) e George Kerby (Cary Grant,) que morreu em um acidente de carro. Esta comédia fantástica teve duas continuações distribuídas pela United Artists com o mesmo Roland Young no papel principal, mas sem a presença de George Kerby no primeiro e com outro espírito feminino interpretado por Joan Blondell no segundo filme. Billie Burke era Mrs. Topper e Alan Mowbray, o mordomo Wilikins (ausente no terceiro filme). Roland Young foi indicado para o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante. 1939 – Topper Takes a Trip (Marido Mal-Assombrado (Dir: Norman Z. McLeod. 1941 – Topper Returns (A Volta do Fantasa) Dir: Roy Del Ruth.

VAN DINE MYSTERY

Série de curta-mertragem (aproximadamente 20 mins.) da Warner Bros., escrita por S. S. Van Dine, com Donald Meek como o criminologista Dr. Crabtree e John Hamilton como o Inspetor Carr. Meek só não aparece em The Campus Mystery. 1931 – The Clyde Mystery Dir: Arthur Hurley; The Wall Street Mystery Dir: Arthur Hurley; The Week-End Mystery Dir: Arthur Hurley; 1932 – The Cole Case Dir: Joseph Henabery; The Crane Poison Case Dir: Joseph Henabery; The Side Show Mystery Dir: Joseph Henabery; The Studio Murder Mystery Dir: Joseph Henabery; The Campus Mystery Dir: Joseph Henabery; Murder in the Pullman Dir: Joseph Henabery; The Trans-Atlantic Mystery Dir: Joseph Henabery; The Symphony Murder Mystery Dir: Joseph Henabery; The Skull Murder Mystery Dir: Joseph Henabery.

WEAVER BROTHERS AND ELVIRY

Os Weavers começaram sua carreira em espetáculos de variedades itinerantes, indo depois para o vaudeville e se apresentando finalmente no rádio, onde alcançaram fama nacional como “The Arkansas Travellers”. O Grupo havia feito um filme na Warner Bros., Tudo Dança / Swing Your Lady / 1938, mas foi mais bem aproveitado na Republic. A série transmitia um humor bucólico que passava sutilmente a mensagem de que uma família rústica, honesta e dedicada podia superar as maquinações de pessoas sofisticadas, gananciosas e sem escrúpulos. No esquema usado pela Republic, Leon “Abner” Weaver, filósofo da roça, era apoiado pelo irmão, Frank “Cicero”, patomimo mudo e por June “Elviry”, moça com talento musical. Todos tinham inclinação para a música, de modo que cada filme continha interlúdios de música sertaneja romântica. 1938 – Dawn in “Arkansaw” (Forasteiros da Comarca) Dir: Nick Grinde. 1939 – Jeepers Creepers (Onde o Ouro Não é Lei) Dir: Frank McDonald. 1940 -In Old Missouri (No Velho Missouri) Dir:Frank McDonald; Gand Old Opry (Música, Maestro) Dir: Frank McDonald; Friendly Neighbours (Amigos de Verdade) Dir: Nick Grinde.  1941 – Arkansas Judge (O Juiz de Arkansas) Dir: Frank McDonald; Mountain Moonlight (Herança Inesperada) Dir: Nick Grinde; Tuxedo Junction (Erros de Adolescência) Dir: Frank McDonald. 1942 – Shepherd of the Ozarks (O Tenente e a Enfermeira) Dir: Frank McDonald; The Old Homestead Dir: Frank McDonald; Mountain Rhythm (Colégio do Bom Tom) Dir: Frank McDonald.

WHISTLING

O apresentador e ator de um programa de rádio policial Wally “The Fox” Benton (Red Skelton) e sua noiva Carol Lambert (Ann Rutherford), como detetives amadores, envolvem-se em complicações com criminosos. 1941 – Whistling in the Dark (Herdeiro em Apuros) Dir: S. Sylvan Simon. 1942 – Whistling in Dixie (O Sherloque no Ar) Dir: S. Sylvan Simon. 1943 – Whistling in Brooklyn (Sherloque Assustado) Dir: S. Sylvan Simon.

SÉRIES DO CINEMA AMERICANO CLÁSSICO I

Muitas vezes os filmes B constituiam-se em séries, ou seja, um grupo de filmes, cada qual contando uma história diferente, porém conservando sempre os mesmos personagens centrais e a ambientação geral. As séries (series) distinguiam-se dos seriados (serials), das continuações (sequels) e dos filmes de curta-metragem (shorts). Elas às vezes eram mais continuações do que series e abrangiam os mais variados gêneros cinematográficos. Algumas séries eram tipicamente classe A e outras não tiveram continuidade, encerrando-se no segundo filme. As séries foram usadas como um terreno de prova para muitos talentos jovens.

Em 5 de fevereiro de 2010 publiquei neste blogue Curtas-Metragens na Hollywood dos Anos 30 / 40 mencionando algumas séries famosas neste formato como OS PERALTAS / OUR GANG, OS CHOFERES DE PRAÇA / TAXI BOYS e THE BOY FRIENDS.

Em 16 de novembro de 2010 publiquei As Séries Policiais Americanas dos anos 30-40 (BIG TOWN, BOSTON BLACKIE, BULLDOG DRUMMOND, CHARLIE CHAN, CRIME CLUB, DEAD END KIDS, DICK TRACY, ELLERY QUEEN, THE FALCON, HILDEGARD WITHERS, HOOVER, I LOVE A MYSTERY, JOEL AND GERDA SLOANE, JOHN J. MALONE, KITTY O ´DAY, LONE WOLF, MICHAEL SHAYNE, MR. DISTRICT ATTORNEY, MR. MOTO, MR. WONG, NANCY DREW, NERO WOLFE, NICK CARTER, NOVELAS DE MIGNON EBERHARDT, PERRY MASON. ROVING REPORTERS, THE SAINT, THE SHADOW, SHERLOCK HOLMES, SOPHIE LANG, THE THIN MAN, TORCHY BLANE, THE WHISTLER, WHISTLING) deixando para uma outra oportunidade as pertencentes a outros gêneros. Neste artigo apresento estas séries, com exceção das séries no gênero western, ficando novamente excluídas também as séries do cinema mudo e de animação.

ANDY HARDY

Adolescente típico do interior (Mickey Rooney), filho do juiz James Hardy (Lionel Barrymore) em Uma Questão de Família / A Family Affair / 1937, filme que deu origem à série na qual Lewis Stone ficou com o papel do juiz. Entre os outros atores fixos do elenco: Fay Holden como a mãe de Andy, Cecilia Parker como Marian, sua irmã mais velha, Ann Rutherford como Polly Benedict, a namorada de Andy e a tia Milly (Sara Haden). As histórias giravam em torno dos problemas comuns em uma família de pequena comunidade idealizada (Carver) do interior dos EUA. MGM. 1937 – A Family Affair (Uma Questão de Família) Dir: George B. Seitz; You´re Only Young Once (Aproveite a Mocidade) Dir: George B. Seitz. 1938 – Judge Hardy´s Children (Amor de Criançola) Dir: George B. Seitz; Love Finds Andy Hardy (O Amor Encontra Andy Hardy). Dir: George B. Seitz; Out West with the Hardys (Andy Hardy Cowboy) Dir: George B. Seitz. 1939. The Hardys Ride High (Andy Hardy Milionário) Dir: George B. Seitz; Andy Hardy Gets Spring Fever (Andy Hardy é o Tal) Dir: W. S. Van Dyke; Judge Hardy and Son (Andy Hardy Banca o Sherlock) Dir: George B. Seitz. 1940 – Andy Hardy meets Debutante (Andy Hardy e a Granfina) Dir: George B. Seitz. 1941 – Andy Hardy´s Private Secretary (A Secretária de Andy Hardy) Dir: George B. Seitz; Life Begins for Andy Hardy (Andy Hardy Cava a Vida) Dir: George B. Seitz. 1942 – The Courtship of Andy Hardy (O Idílio de Andy Hardy). Dir: George B. Seitz; Andy Hardy´s Double Life (A Dupla Vida de Andy Hardy) Dir: George B. Seitz. 1944 – Andy Hardy´s Blonde Trouble (Andy Hardy Prefere as Louras. Dir: George B. Seitz. 1946 – Love Laughs at Andy Hardy (A Paixão de Andy Hardy) Dir: Willis Goldbeck. 1958 – Andy Hardy Comes Home (A Volta de Andy Hardy) Dir: Howard W. Koch.

ANNABEL

Atriz temperamental em decadência, Annabel Allison (Lucille Ball), envolve-se em confusões armadas pelo seu superentusiástico agente de publicidade Lanny Morgan (Jack Oakie). RKO. 1938 – The Affairs of Annabel (Apuros de Annabel) Dir: Ben Stolof; Annabel Takes a Tour (Tournée de Annabel) Dir: Lew Landers.

BABY SANDY.

Bebê precoce em confusões familiares. Sandy, interpretada por Sandra Lea Henville, era a Shirley Temple da Universal. 1939 – East Side of Heaven (Caído do Céu) Dir: David Butler; Unexpected Father (Pai Inexperiente) Dir: Charles Lamont; Little Accident (Pequeno Acidente) Dir: Charles Lamont). 1940 – Sandy is a Lady (Senhorita Sandy) Dir: Charles Lamont); Sandy Gets Her Man (Prêmio de Cupido) Dir: Otis Garrett. 1941 – Bachelor Daddy (Papaizinho Solteirão) Dir: Harold Young; Melody Lane (Estrada da Alegria) Dir: Charles Lamont. 1942 – Johnny Doughboy (Ela Quer Ser Mulher) Dir:  John H. Auer.

BIG TOWN GIRLS

Peripécias de uma dupla de garotas desempregadas Terry Wilson e Judy Davis (Lynn Bari e June Lang). No segundo filme entrou June Gale no lugar de June Lang. 20th Century-Fox. 1938 – Meet the Girls. Dir: Eugene Forde; Pardon Our Nerve (Desculpe Nossa Ousadia) Dir: Bruce Humberstone.

BILL AND SALLY REARDON

Detetive Bill Rearden (Melvyn Douglas) cuja esposa, Sally (Joan Blondell) se mete também a investigar crimes. No segundo filme entrou Virginia Bruce no lugar de Joan Blondell. Columbia. 1938 – There´s Always a Woman (Sempre a Mulher) Dir: Alexander Hall; There´s That Woman Again (Segura esta Mulher) Dir: Alexander Hall.

BLONDIE.

Aventuras e desventuras de um casal da classe média suburbana, Blondie (Penny Singleton) e Dagwood Bumstead (Arthur Lake)., conhecidos no Brasil como Florisbela e Pancrácio. Outros personagens fixos eram: Baby Dumping (Larry Simms / Jujuba), J. C. Dithers (Jonathan Hale), o irascível patrão de Dagwood, e a cadela Daisy. Oriunda dos quadrinhos de Murat “Chic” Young.  Columbia. 1938 – Blondie (Florisbela) Dir: Frank R. Strayer. 1939 -Blondie Meets the Boss (Florisbela Secretária) Dir: Frank R. Strayer; Blondie Takes a Vacation (Florisbela em Férias) Dir: Frank R. Strayer; Blondie Brings Up Baby (Florisbela Domestica o Baby) Dir: Frank R. Strayer. 1940 – Blondie on a Budget (Florisbela quer o Divórcio) Dir: Frank R. Strayer; Blondie Has Servant Trouble (Florisbela Boa Vida) Dir: Frank R. Strayer; Blondie Plays Cupid (Cupido Perigoso) Dir: Frank R. Strayer. 1941 – Blondie Goes Latin (Familia do Barulho) Dir: Frank R. Strayer; Blondie in Society (Bancando a Granfina) Dir: Frank R. Strayer. 1942 – Blondie Goes to College Dir: Frank R. Strayer; Blondie´s Blessed Event (Um Papai em Apuros) Dir: Frank R. Strayer; Blondie for Victory (Esposas em Pé de Guerra) Dir: Frank R. Strayer.1943 – It´s a Great Life Dir: Frank R. Strayer; Footlight Glamour. 1945 – Leave it to Blondie (Donativo Desastroso) Dir: Frank R. Strayer; Life with Blondie Dir: Abby Berlin. 1946 – Blondie Knows Best Dir: Abby Berlin. 1947 – Blondie´s Big Moment Dir: Abby Berlin; Blondie´s Holiday Dir: Abby Berlin; Blondie in the Dough Dir: Abby Berlin. Blondie´s Anniversary Dir: Abby Berlin. 1948 – Blondie´s Secret Dir: Edward Bernds; Blondie´s Reward Dir: Abby Berlin. 1949 – Blondie´s Big Deal Dir: Edward Bernds; Blondie Hits the Jackpot Dir: Edward Bernds. 1950 – Blondie´s Hero Dirt: Edward Bernds; Beware of Blondie Dir: Edward Bernds.

BOMBA

A mesmo tempo em que a Columbia iniciava a sua série Jim das Selvas com o ex-Tarzan Johnny Weissmuller, o produtor Walter Mirisch resolveu levar para as telas as aventuras criadas por Roy Rockwood nos anos vinte sobre um garoto das selvas. Mirisch contratou o jovem Johnny Sheffield, então com 18 anos, que havia interpretado o papel de Boy nos filmes de Tarzan.  Entre os animais que acompanhavam Bomba, o chimpanzé Kimba era o que mais divertia a criançada.

Monogram. 1949 – Bomba, the Jungle Boy (Bomba, o Filho das Selvas) Dir: Ford Beebe; Bomba on Panther Island (Bomba e a Pantera Negra) Dir: Ford Beebe. 1950 – The Lost Volcano (O Tesouro do Vulcão) Dir: Ford Beebe; Bomba and the Hidden City (Bomba e a Escrava) Dir: Ford Beebe. 1951 – The Lion Hunters (Bomba, Caçador de Leões) Dir: Ford Beebe; Bomba and the Elephant Stampede (A Vingança dos Elefantes) Dir: Ford Beebe. 1952 – African Treasure (Bomba e o Tesouro Africano) Dir: Ford Beebe; Bomba and the Jungle Girl (A Selva do Terror) Dir: Ford Beebe. 1953 – Safari Drums (Tambores Selvagens) Dir: Ford Beebe. 1954 – The Golden Idol (O Ídolo de Ouro) Dir: Ford Beebe; Killer Leopard (Leopardo Assassino) Dir: Ford Beebe. 1955 – Lord of the Jungle (O Soberano das Selvas) Dir: Ford Beebe.

BOWERY BOYS

Rapazes dos cortiços de Nova York. O grupo (Billy Halop, Leo Gorcey, Huntz Hall, Bobby Jordan, Gabriel Dell, Billy Benedict, David Gorcey, Bernard Punsley, Bernard Gorcey) apareceu originariamente no filme Beco sem Saída / Dead End / 1937 e depois nesta série e nas séries Dead End Kids, East Side Kids e Little Tough Guys, acompanhados por outros atores como Hally Chester, Jackie Searl, Frankie Thomas, Harris Berger, ou “Sunshine Sammy” Morrison).  Monogram. 1946 – In Fast Company (Chauffeurs e Gângsteres) Dir: Del Lord; Bowery Bombshell (Um Invento Engenhoso) Dir: Phil Karlson; Live Wires (Cadáver Esperto) Dir: Phil Karlson. Spook Busters (Cientistas da Fuzarca) Dir: William Beaudine; Mr. Hex (Macumba) Dir: Cyril Endfield. 1947 – Bowery Bookaroos (O Tesouro Maldito) Dir: Willaim Beaudine; Hard Boiled Mahoney (Os Anjos e a Necromante) Dir: William Beaudine; New Hounds (Aposta de Má Fé) Dir: William Beaudine; Angel´s Alley (Os Anjos do Beco) Dir: William Beaudine. 1948 – Jinx Money (Guarda Chuva Fatal) Dir: William Beaudine; Smugglers Cove (Herança Atrapalhada) Dir: William Beaudine; Trouble Makers (Mexeriqueiros) Dir: Reginald Le Borg. 1949 – Angels in Disguise (Anjos Disfarçados) Dir: Jean Yarbrough; Blonde Dynamite (Loura de 18 Quilates) Dir: William Beaudine; Fighting Fools (Demônios Turbulentos) Dir: Reginald Le Borg; Hold That Baby (Garoto da Fortuna) Dir: Reginald Le Borg; Master Minds (O Profeta da Terra) Dir: Jean Yarbrough. 1950 – Blues Busters (Os Anjos no Cabaré) Dir: William Beaudine; Lucky Losers (Felizardos no Azar) Dir: William Beaudine; Triple Trouble (Na Pele do Lobo) Dir: Jean Yarbrough. 1951 – Bowery Battalion (Os Anjos e os Espiões) Dir: William Beaudine; Crazy Over Horses (Veio, Viu e Venceu) Dir: William Beaudine; Ghost Chasers (Caçadores de Fantasmas) Dir: William Beaudine; Let´s Go Navy (Somos da Marinha) Dir: William Beaudine. 1952 – Feudin´Fools (Fazendeiros Fracassados) Dir: William Beaudine; Here Come the Marines (Fuzileiros da Fuzarca) Dir: William Beaudine; Hold That Line (Aguenta a Mão) Dir: William Beaudine; No Holds Barred (Vale Tudo) Dir: William Beaudine // Allied Artists. 1953 – Clipped Wings (Anjos Aéreos) Dir: Edward Bernds; Jalopy (Corrida às Avessas) Dir: William Beaudine; Loose in London (O Fidalgo da Favela) Dir: Edward Bernds; Private Eyes (Sherlock de Meia Tigela) Dir: Edward Bernds. 1954 – Bowery Boys Meet the Monsters (Os Anjos e os Monstros) Dir: Edward Bernds; jungle Gents (Cavaleiros das Selvas) Dir: Edward Bernds; Paris Playboys (Farristas de Paris) Dir: William Beaudine. 1955 – Bowery to Bagdad (Bobos em Bagdad) Dir: Edward Bernds; High Society (Anjos Granfinos) Dir: William Beaudine; Jail Busters (Escola de Vigaristas) Dir: William Beaudine; Spy Chasers (Espiando Espiões) Dir: Edward Bernds. 1956 – Dig That Uranium (Cômicos Atômicos) Dir: Edward Bernds; Crashing Las Vegas (Dsbancando a Roleta) Dir: Jean Yarbrough; Fighting Trouble (Meliantes de Ocasião) Dir: George Blair; Hot Shots (Os Reis da Bagunça) Dir: Jean Yarbrough. 1957 – Spook Chasers (Perseguindo Fantasmas) Dir: George Blair; Hold That Hipnotist (Os Macumbeiros) Dir: Austen Jewell; Looking for Danger Dir: Austen Jewell. 1958 – Up in Smoke Dir: William Beaudine; In the Money Dir: William Beaudine.

“BRASS” BANCROFT

Agente Secreto do FBI (Ronald Reagan) e seu parceiro Gabby Waters (Eddie Foy Jr.). Warner Bros. 1939 – Secret Service of the Air (Serviço Secreto Aéreo) Dir: Noel Smith. 1939 – Code of the Secret Service (Código do Serviço Secreto) Dir: Noel Smith; Smashing the Money Ring (Dinheiro Falso) Dir: Terry Morse. 1940 – Murder in the Air (Desmascarados) Dir: Lewis Seiler.

CAMERA DAREDEVILS

Cinegrafista de cinejornais Steve Mitchell (interpretado sucessivamente por Brian Donlevy e Preston Foster) e seu auxiliar Waldo Winkler (Wally Vernon). 20thCentury-Fox. 1938 – Sharpshooters (Salvando um Reino) Dir: James Tinling. 1939 – Chasing Danger (Cortejando a Morte) Dir: Ricardo Cortez.

CAPPY RICKS

Velho industrial irascível, personagem criado pelo romancista Peter B. Kyne interpretado sucessivamente por Robert McWade, Walter Brennan e Charles Winninger). Republic. 1935 – Cappy Rickes Returns (A Volta do Capitão Ricks) Dir: Mack V. Wright. 1937 – Affairs of Cappy Ricks Dir: Ralph Staub; The Go Getter (Querer é Poder) Dir: Busby Berkeley.

COHENS AND KELLYS

Rivalidades entre um casal de judeus (George Sidney – Vera Gordon) e um casal de irlandeses (Charles Murray – Kate Price) em um bairro pobre de Nova York. Universal. 1926 – The Cohens and Kellys (Ai, que Vizinhos) Dir: Harry Pollard. 1928 -The Cohens and Kellys in Paris (Dois Forasteiros em Paris) Dir: William Beaudine. 1929 – The Cohens and Kellys in Atlantic City (Cohens e Kellys em Apuros) Dir: William James Craft. 1930 – The Cohens and Kellys in Scotland (Forasteiros na Escócia) Dir: William James Craft; The Cohens and Kellys in Africa (Forasteiros na África) Dir: Vin Moore. 1932 – The Cohen and Kellys in Hollywood (Forasteiros em Hollywood) Dir: John Francis Dillon. 1933 – Cohens and Kellys in Trouble (Abraços Traiçoeiros) Dir: George Stevnes.

DEAD END KIDS

Rapazes dos cortiços de Nova York. Warner Bros. 1938 – Crime School (No Limiar do Crime) Dir: Lewis Seiler; Angels with Dirty Faces (Anjos de Cara Suja) Dir: Michael Curtiz. 1939 – They Made Me a Criminal (Tornaram-me um Criminoso) Dir: Busby Berkeley; Hell´s Kitchen (Sucursal do Inferno) Dir: Lewis Seiler e E.A. Dupont.; Angels Wash Their Faces (Os Anjos de Cara Limpa); The Dead End Kids on Dress Parade (Os Anjos Acertam o Passo) Dir: William Clements.

DR. CHRISTIAN

Médico do Interior, Dr. Paul Christian (Jean Hersholt), e seus vizinhos na cidade mítica de River´s End, no Minnesota. Outros personagens fixos: Mrs. Hastings (Maude Eburne), a governanta do Dr. Christian; a enfermeira Judy Pierce (Dorothy Lovett) e Roy Davis (Robert Baldwyn), farmacêutico namorado de Judy. Personagem oriundo de um programa de rádio estreado na CBS em 1937. RKO. 1939 Meet Dr. Christian (Consciência de Médico) Dir: Bernard Vorhaus. 1940 – The Courageous Dr. Christian (Corajoso Dr. Christian) Dir: Bernard Vorhaus; Dr. Christian Meets the Women (Médico contra Charlatão) Dir: William McGann; Remedy for Riches (Remédio para a Riqueza) Dir: Erle C. Kentyon. 1941 – Melody for Three (Melodia para Três) Dir: Erle C. Kenton; They Meet Again Dir: Erle C. Kenton.

DR.DAFOE

Baseada em um personagem real, o obstreta canadense Allan Roy Dafoe, responsável pelo parto das cinco gêmeas Dione. Jean Hersholt faz o papel do Dr. John Luke e as quíntuplas fazem o papel de si mesmas. 20thCentury-Fox. 1936 – The Country Doctor (O Médico da Aldeia) Dir: Henry King; Reunion (Cinco Gêmeas da Fortuna) Dir: Norman Taurog. 1938 – Five of a Kind (Cinco do Mesmo Naipe) Dir: Herbert I. Leeds.

DR. GILLESPIE

Continuação da série Dr. Kildare focalizando seu mentor, Dr. Gillespie (Lionel Barrymore). MGM. 1942 – Calling Dr. Gillespie (Dr. Gillespie em Perigo) Dir: Harold S. Bucquet. 1943 – Dr. Gillespie´s New Assistant (O Assistente do Dr. Gillespie) Dir: Willis Goldbeck; Dr. Gillespie Criminal Case (A Volta da Noiva) Dir: Willis Goldbeck. 1944 – Three Men in White (Os Três Homens de Branco) Dir: Willis Golbeck; Between Two Women (Beije-me Doutor) Dir: Willis Goldbeck. 1947 – Dark Delusion (O Segredo de Cynthia) Dir: Willis Goldbeck.

DR.KILDARE

O herói é um jovem interno no Hospital Blair. O personagem do jovem médico criado por Max Brand apareceu originariamente no filme Escravos do Dever / Interns Can´t Take Money / 1937 da Paramount com Joel McCrea como James Kildare. Na série, Lew Ayres assumiu o lugar de McCrea e Lionel Barrymore era seu mentor,  o Dr. Gillespie. Outros personagens fixos: Mary Lamont, enfermeira e namorada do Dr. Kildare (Laraine Day); Joe Wayman, o chofer da ambulância (Nat Pendleton); Dr. Stephen KIldare (Samuel S. Hins) e Mrs. Martha Kildare (Emma Dunn), progenitores do Dr. Kildare. 1938 – Young Dr. Kildare (O Jovem Dr. Kildare) Dir: Harold S. Bucquet. 1939 – Calling Dr. Kildare (Chamem o Dr. Kildare) Dir: Harold S. Bucquet; The Secret of Dr. Kildare (O Segredo do Dr. Kildare) Dir: Harold S. Bucquet. 1940 – Dr. Kildare Strangest Case (O Estranho Caso do Dr. Kildare) Dir: Harold S. Bucquet; Dr. Kildare Goes Home (O Dilema do Dr. Kildare) Dir: Harold S. Bucquet; Dr. Kildare ´s Crisis (A Vitória do Dr. Kildare) Dir: Harold S. Bucquet. 1941 – The People vs. Dr. Kildare (Minha Vida é Tua) Dir: Harold S. Bucquet; Dr. Kildare´s Wedding Day (Sonhos Dissipados) Dir: Harold S. Bucquet. 1942 – Dr. Kildare´s Victory (Seu Grande Triunfo) Dir: Harold S. Bucquet.

EAST SIDE KIDS

Rapazes dos cortiços de Nova York. Monogram. 1940 – East Side Kids Dir: Robert Hill; Boys of the City (Os Anjos no Castelo Misterioso) Dir: Joseph H. Lewis; That Gang of Mine Dir: Joseph H. Lewis. 1941 – Pride of the Bowery (Os Anjos Pintam o Sete) Dir: Joseph H. Lewis; Flying High (Voando Alto) Dir: William West; Bowery Blitzgrieg Dir: Wallace Fox; Spooks Run Wild (Drácula e os Anjos) Dir: Phil Rosen. 1942 – Mr. Wise Guy (Os Anjos e os Gangsters) Dir: William Nigh; Let´s Get Tough (Os Anjos contra o Dragão) Dir: Wallace Fox; Smart Alecks Dir: Wallace Fox; Neath Brooklyn Bridge (Os Anjos Abafam a Banca) Dir: Wallace Fox. 1943 – Clancy Street Boys Dir: William Beaudine; Ghosts on the Loose (Fantasmas às Soltas) Dir: William Beaudine; Kid Dynamite (Anjos Endiabrados) Dir: Wallace Fox; Mr. Muggs Steps Out Dir: William Beaudine. 1944 – Block Busters Dir: Wallace Fox; Bowery Champs (Campeões de Arrabalde) Dir: William Beaudine; Follow the Leader Dir: William Beaudine; Million Dollar Kid (Tesouro Maldito) Dir: Wallace Fox. 1945 – Million Dollar Kid (Tesouro Maldito) Dir: Wallace Fox; Come Out Fighting (O Rei do Ring) Dir: William Beaudine; Docks of New York (Docas de Nova York) Dir: Wallace Fox; Mr. Muggs Rides Again (O Grande Prêmio) Dir: Wallace Fox.

FIVE LITTLE PEPPERS

Baseada nas histórias de Margaret Sidney (pseudônimo de Harriet Mulford Stone Lothrop). Edith Fellow encabeçava o elenco como Polly, a irmã mais velha que cuidava das outras crianças (Tommy Bod, Charles Peck, Jimmy Leake e Dorothy Ann Sease), enquanto a mãe viúva, Mrs. Pepper (Dorothy Peterson, se esforçava para sustentar a família como costureira. Columbia. 1939 – Five Little Peppers and How They Grew (As Cinco Pimentinhas) Dir: Charles Barton. 1940 – Five Little Peppers at Home (Cinco Pimentinhas e Cia.) Dir: Charles Barton; Out West with the Peppers (As Cinco Pimentinhas no Oeste) Dir: Charles Barton; Five Little Peppers in Trouble (A Rebelião das Pimentinhas) Dir: Charles Barton.

FRANCIS

A amizade do Segundo Tenente do Exército Peter Stirling (Donald O´Connor) e seu mulo falante. O ator Chill Wills emprestou a voz para Francis, dando-lhe um sotaque bem apropriado. A premissa maior, e o encanto de Francis, era o de que ele podia não só falar articuladamente como possuir uma boa quantidade de bom senso e de sabedoria, fazendo com que seu companheiro Peter parecesse um idiota. No último exemplar da série Wills foi substituído por Paul Fress e O’Connor por Mickey Rooney. Universal. 1949 – Francis (… E o mulo falou). Dir: Arthur Lubin. 1951 – Francis Goes to the Races (Francis nas Corridas) Dir: Arthur Lubin. 1952 – Francis Goes to West Point (Francis na Academia) Dir: Arthur Lubin.1953 – Francis Covers the Big Town (Francis, o Detetive) Dir: Arthur Lubin. 1954 – Francis Joins the Wacs (Francis entre as Boas) Dir: Arthur Lubin. 1955 – Francis in the Navy (Francis na Marinha) Dir: Arthur Lubin.1956 – Francis in the Haunted House (Francis entre os Fantasmas) Dir: Charles Lamont.

FU MANCHU

Mestre do crime oriental (Warner Oland). Criação de Sax Rohmer. No último exemplar da série Olan foi substituído por Boris Karloff. Tornou-se uma série radiofônica na CBS em 1932.Paramount. 1929 – The Mysterious Dr. Fu Manchu (O Misterioso Dr. Fu Manchu) Dir: Rowland V. Lee. 1930 – The Return of Dr. Fu Manchu (O Ressuscitado) Dir: Rowland V. Lee. 1931 – Daughter of the Dragon (A Filha do Dragão) Dir: Lloyd Corrigan. 1932 – The Mask of Fu Manchu (A Máscara de Fu Manchu) Dir: Charles Vidor, Charles Brabin.

GAMBINI SPORTS FILMS

Pai de família numerosa, Papa Luigi Gambini (Henry Armetta), esposa (Inez Palange) e filhos, Tony (Johnnie Pirrone Jr.) e Rosa (Eleanor Virzie), em histórias passadas no meio esportivo. 20thCeNtury-Fox. 1938 – Speed to Burn (O Relâmpago da Pista) Dir: Otto Brower; Road Demon (Pista da Morte) Dir: Otto Brower.1939 – Winner Take All (O Cowboy Lutador) Dir: Otto Brower.

GAS HOUSE KIDS

Grupo de meninos rebeldes do bairro Gas House em Nova York com destaque para Carl “Alfafa” Switzer da série Os Peraltas / Our Gang. PRC. 1946 – Gas House Kids Dir: Sam Newfield. 1947 – Gas House Kids Goes West Dir: William Beaudine; Gas House Kids in Hollywood Dir: Edward Cahn.

GASOLINE ALLEY

Baseada nos quadrinhos de Frank D. King focalizando uma família residente na cidade de Gasoline Alley: Walt Wallet (Don Beddoe), sua esposa Phyllis (Madelon Baker), seu filho natural Corky (Jimmy Lydon), o adotado Skeezix (Scotty Becket), e a filha Judy (Patty Brady). 1951 – Gasoline Alley Dir: Edward Bernds; Corky of Gasoline Alley (O Primo Malandro) Dir: Edward Bernds.

GILDERSLEEVE

Personagem de dois programas de rádio (secundário em Fibber McGee and Molly e principal em The Great Gildersleeve) Throckmorton P. Gildersleeve (Harold Peary) passou para a tela em quatro filmes da RKO. Ele era solteirão e tinha dois sobrinhos, o pestinha Leroy e a adolescente Marjorie (interpretados no cinema pela ordem por Freddie Mercer e Nancy Gates) e morava em “Summerfield”. 1942 The Great Gildersleeve (Então Casa ou Não casa?) Dir: Gordon Douglas. 1943 – Gildersleeve´s Bad day (Gildersleeve Está Com Azar) Dir: Gordon Douglas; Gildersleeve on Broadway Dir: Gordon Douglas. 1944 – Gildersleeve´s Ghost Dir: Gordon Douglas.

HENRY ALDRICH

Personagem oriundo de uma peça teatral de Clifford Smitth e conhecido também pelo rádio. Rapazinho da classe média do interior, foi interpretado no cinema por Jackie Cooper nos dois primeiros filmes da série e substituído por Jimmy Lindon nos restantes. Paramount. 1939 – What a Life (A Vida Começa ao Quatorze) Dir: Ted Reed. 1941 – Life with Henry (Henry está na Berlinda) Dir: Ted Reed; Henry for President (Candidato Gaiato) Dir: Hugh Bennett. 1942 – Henry and Dizzy Dir: Hugh Bennett. 1943 – Henry Aldrich, Editor Dir: Hugh Bennett; Henry Aldrich Gets Glamour (A Tentação das Garotas) Dir: Hugh Bennett; Henry Aldrich Swings Ir Dir: Hugh Bennett. 1944 – Henry Aldrich, Boy Scout Dir: Hugh Bennett; Henry Aldrich Plays Cupid (Bancando o Cupido) Dir: Hugh Bennett; Henry Aldrich ´s Little Secret Dir: Hugh Bennett.

HIGGINS FAMILY, THE

Família do Interior nos moldes das apresentadas na série Andy Hardy da MGM e da Jones Family da 20thCentury-Fox, com James Gleason, sua esposa Lucille e seu filho Russel como Joe, Lillian e Sydney Higgins nos sete primeiros filmes. Nos dois últimos eles foram substituídos respectivamente por Roscoe Karns, Ruth Donnelly e Harry Davenport, que interpretava o avô, cedeu lugar para Spencer Charters.  A fórmula era bem simples: o pai se envolvia em uma situação impossívelpor causa da estupidez da esposa e da sua própria ignorância, orgulho ou falta de precaução; depois, a família se reuniae vencia as dificuldades, quase sempre em um desfecho contendo um elemento de pastelão. Republic. 1938 – The Higgins Family (A Família de Minha Mulher) Dir: Gus Meins. 1939 – My Wife Relatives Dir: Gus Meins; Should Husbands Work? (Deixem os Maridos Trabalhar) Dir: Gus Meins. 1939 -The Covered Trailer Dir: Gus Meins. 1940 – Money to Burn (Pobres Milionários) Dir: Gus Meins; Grandpa Goes to Town (Grande Jornada) Dir: Gus Meins; Earl of Puddlestone (O Segredo do Conde) Dir: Gus Meins; Meet the Missus (Mulher Ciumenta) Dir: Gus Meins. 1941 – Petticoat Politics (Política de Saias) Dir: Erle C. Kenton.

 

OS FILMES DE BERNARD BLIER

Ele atravessou mais de meio século trabalhando como coadjuvante ou em papéis principais em quase duzentos filmes de longa-metragem, escolhido muitas vezes por grandes cineastas que reconheceram seu talento e o ajudaram a se distinguir como um dos grandes atores do cinema francês.

Bernard Blier

Bernard Blier (1916 -1989) nasceu em Buenos Aires na Argentina, filho de Suzanne e Jules Blier. Seu pai era veterinário e estava neste país a serviço do exército francês durante a Primeira Guerra Mundial com a missão de reagrupar cavalos semi-selvagens e enviá-los de navio para Europa. De volta à França, a família se instalou em Paris, onde Bernard estudou no liceu Condorcet, e apaixonou pela literatura, devorando os romances de Alexandre Dumas, Gustave Flaubert, Victor Hugo e sobretudo “Le Petit Chose” de Alphonse Daudet, romance semi-autobiográfico do escritor no qual são transpostas suas recordações como professor em Alès.

Aos doze anos de idade quando Bernard viu pela primeira vez Pierre Fresnay na Comédie-Française, ficou impressionando com a força de sua composição e com a ovação ininterrupta que ele recebeu do público, e decidiu que iria ser ator. Sua vocação foi impulsionada pelos seus pais, pois Jules e Suzanne levavam regularmente seus filhos para ver grandes atores do palco como Louis Jouvet ou Charles Dullin. Ele, por sua vez, encontrava sempre uma maneira de penetrar nos bastidores do L´Éuropéen e ver desfilar, gratuitamente, todas as vedetes do music hall, que se apresentavam nesta casa de espetáculos de Paris.

Ao terminar os estudos secundários, sempre sonhando em entrar para o Conservatório, Bernard começou seu aprendizado de ator atuando em companhias de pequeno porte e frequentando cursos de arte dramática entre eles a Escola de Teatro fundada por Raymond Rouleau, Julien Bertheau e Jean-Louis Barrault. Raymond Rouleau foi o primeiro mentor de Bernard Blier e foi sob sua direção, como figurante, que ele estreou no cinema no filme Trois…Six…Neuf / 1936, conseguindo ao mesmo tempo ser admitido no Conservatório como ouvinte do curso de Louis Jouvet. Ele continuou como acteur de complément nos cinco filmes seguintes dos quais participou (Mulher Fatal / Gribouille de Marc Allégret; Atração da Carne / Le Messager (dir: R. Rouleau); O Segredo da Linha Maginot / Double Crime sur la ligne Maginot (Dir: Félix Gandera); A Dama de Malacca / / La Dame de Malacca (Dir: Marc Allégret), L ´Habit Vert (Dir: Roger Richebé), todos de 1937) e finalmente, em 17 de novembro de1937, Bernard Blier foi admitido como aluno regular na classe de Louis Jouvet.

Louis Jouvet e Bernard Blier em Entrée des Artistes

Ao se aproximar o final da década de trinta Blier começou fazer pequenos papéis inclusive em filmes muito importantes como os assinalados em negrito: 1938 – Grisou / Les hommes sans soleil (Dir: Maurice de Canonge); Altitude 3200 (Dir: Jean Benoît Lévy); Entrée des Artistes (Dir: Marc Allégret); Le Ruisseau (Dir: Maurice Lehmann, Claude Autant-Lara); Place de la Concorde (Dir: Carl Lamac); Hotel do Norte / Hôtel du Nord (Dir Marcel Carné); Accord Final (Dir: I.R. Bay (Ignacy Rosenkranz). 1939 – Quartier Latin (Dir: Pierre Colombier); Trágico Amanhecer / Le Jour se lève (Dir: Marcel Carné). No filme de Allégret ele era Pesconi, um dos alunos do professor Lambertin (Louis Jouvet) no Conservatório e nos filmes de Carné, marcava sua presença respectivamente como o operador de eclusa Prosper e o operário Gaston. Em 1938 Jean Renoir pensou em Blier para interpretar Pecqueux, o mecânico da locomotiva companheiro de Jacques Lantier (Jean Gabin) em A Bêsta Humana / La Bête Humaine; porém depois mudou de idéia achando que Blier era muito jovem para o papel, que acabou sendo de Julien Carette.

Bernard Blier (à direita) em Hotel do Norte

Marcel Pérès, Jacqueline Laurent e Bernard Blier em Trágico Amanhecer

Justamente quando a carreira de Blier no cinema estava decolando, ele foi convocado para servir o exército. Mobilizado em 1939, serviu em um regimento de infantaria. Capturado pelos alemães, foi enviado para o Stalag XVIIA. Após duas tentativas de fuga frustradas, graças à cumplicidade de um oficial austríaco benevolente, conseguiu ser transferido para o Stalag XVIIB, de onde foi libertado em virtude de um programa de repatriação médica de conveniência, convencendo as autoridades locais de que era médico veterinário e seria mais útil livre do que preso. Ele conseguiu isso colocando seu nome em um papel timbrado em branco que seu pai lhe enviou dissimulado em uma caixa de biscoitos, no qual constava sua condição de veterinário.

Nos anos quarenta Blier apareceu em cenas breves, mas também em papéis de coadjuvante mais destacados e papéis principais, sobressaindo nos filmes em negrito: 1940 – Les Musiciens du ciel (Dir: Georges Lacombe). 1941 – A Noite de Dezembro / La Nuit de décembre (Dir: Kurt Bernhardt); L ´Enfer des anges (Dir: Christian-Jaque); O Assassinato de Papai Noel (na TV) / L´Assassinat du Père Noël (Dir: Christian-Jaque); Premier Bal (Dir: Christian-Jaque); Le pavillon brûle (Dir: Jacques de Baroncelli). 1942 – Caprices (Dir: Léo Joannon); O Casamento de Chiffon / Le Mariage de Chiffon (Dir: Claude Autant-Lara); La Symphonie fantastique (Dir: Christian-Jaque); A Noite Fantástica (na TV) / La Nuit fantastique (Dir: Marcel L´Herbier); La Femme que j´ai plus aimé (Dir: Robert Vernay); Le journal tombe à cinq heures (Dir: Georges Lacombe); Romance à trois (Dir: Roger Richebe); Os Amores de Carmen / Carmen (Dir: Christian Jaque). 1943 – Marie-Martine / Marie Martine (Dir: Albert Valentin); Domino (Dir: Roger Richebé); Les Petites du quai aux Fleurs (Dir: Marc Allégret); Je suis avec toi (Dir: Henri Decoin). 1944 – Farandole (Dir: André Zwoboda). 1945 – Seul dans la nuit (Dir: Christian Stengel); Monsieur Grégoire s ´evade (Dir: Jacques Daniel-Normand). 1946 – Messieurs Ludovic (Dir: Jean-Paul le Chanois); Le Café du Cadran (Dir: Jean Gehret). 1947 Crime em Paris / Quai des Orfèvres (Dir: Henri-Georges Clouzot); Escravas do Amor / Dédée d´Anvers (Dir: Yves Allégret). 1948 – Les Casse-pieds (Dir: Jean Dréville); D´homme à hommes (Christian-Jaque); Retour à la vie (esquete Le retour de tante Emma (Dir: André Cayatte); L´École buissonnère (Dir: Jean-Paul Le Chanois); A Cínica / Manèges (Dir: Yves Allégret); Monseigneur (Dir: Roger Richebé); La Souricière (Dir: Henri Calef).

Bernard Blier e Suzy Delair em Crime em Paris

Bernard Blier e Marcel Dalio em Escravas do Amor

Bernard Blier em L´École Bouissonière

Jane Marken, Simone Signoret e Bernard Blier em A Cínica

Bernard Blier em Monseigneur

No filme de Clouzot Blier era Maurice Martineau, o pianista casado com a cantora de music-hall Jenny Lamour (Suzy Delair) que, movido pelo ciúme, acaba sendo suspeito de ter assassinado um velho produtor libidinoso (Charles Dullin) com o qual sua esposa tivera um encontro. Nos filmes de Allégret, Blier interpretava respectivamente M. René, dono de um bar, que ajuda a prostituta Dédée (Simone Signoret) a eliminar seu rufião (Marcel Dalio), responsável pela morte do homem por quem ela se apaixonara e Robert, dono de uma escola de equitação enganado várias vezes por sua mulher Dora (Simone Signoret), que se acidentou quando ia se encontrar com seu último amante e corre o risco de ficar paralítica. Em L´École buissonière Blier era M.  Pascal, o novo professor de uma pequena cidade do interior da Provença no princípio dos anos vinte, cuja concepção liberal da educação perturba o conservadorismo de seu predecessor, do prefeito e dos vereadores, que vão tentar afugentá-lo; porém a conspiração organizada contra ele fracassa diante do sucesso de seus alunos. Em Monseigneur Blier era o serralheiro Louis Mennechain acolhido por um grupo de aristocratas convencidos por um historiador trapaceiro (Fernand Ledoux) de que era o único descendente autêntico de Luis XVI. Nesta excelente comédia com enredo original, inspirado no famoso enigma da evasão de Louis XVII da prisão do Templo e o aparecimento de falsos delfins, Blier teve certamente a melhor de interpretação de toda a sua carreira. Ele soube expressar com espantosa habilidade as diferentes facetas de sua personagem que, após um período de estupefação e ceticismo, vai tomando gosto pelo papel de rei, com um desembaraço e uma naturalidade saborosos.

Nos anos cinquenta, Blier continuou trabalhando muito, com destaque para os personagens que interpretou nos filmes em negrito: 1950 – L´Invité du mardi (Dir: Jacques Deval); Les Anciens de Saint Loup (Dir: Georges Lampin); Lembranças do Pecado / Souvenirs perdus, esquete Le violon (Dir: Christian-Jaque); O Último Endereço / … Sans laisser d´addresse (Dir: Jean-Paul Le Chanois). 1951 – La Maison Bonnadieu (Dir: Carlo Rim); Agence matrimoniale (Dir: Jean-Paul Le Chanois). 1952 – Je l ái été trois fois! (Dir: Sacha Guitry); Suivez cet homme! (Dir: Georges Lampin). 1953 – Antes do Dilúvio / Avant le déluge (Dir: André Cayatte); Segredos de Alcova / Secrets d ´alcove, esquete Le lit de la Pompadour (Dir: Jean Delannoy). 1954 – Scènes de ménage (Dir: André Berthomieu). 1955 – O Processo Negro / Le Dossier noir (Dir: André Cayatte); Les Hussards (Dir: Alex Joffé); Prigioneri del male (Dir: Mario Costa). 1956 – Crime e Castigo / Crime et Châtiment (Dir: Georges Lampin); Minha Mulher vem aí / L ´Homme à l´impermeable (Dir: Julien Duvivier). 1957 – Os Covardes também amam / Retour de manivelle (Dir: Denys de La Patellière); Os Miseráveis / Les Misérables (Dir: Jean-Paul Le Chanois); Uma tal Condessa (na TV) / Quand la femme s´en mêle (Dir: Yves Allégret); Tudo aconteceu numa Noite / La Bonne Tisane (Dir: Hervé Bromberger); Sans famille (Dir: André Michel); Escola de Mundanas / L´École des cocotes (Dir: Jacqueline Audry). 1958 – En légitime défense (Dir: André Bertomieu); A Gata / La Chatte (Dir: Henri Decoin); Le Joueur (Dir: Claude Autant-Lara); A Volúpia do Poder / Les Grandes Familles (Dir: Denys de La Patellère); Arquimedes o vagabundo / Archimède le clochard (Dir: Gilles Grangier; Marie-Octobre (na TV) / Marie Octobre (Dir: Julien Duvivier). 1959 – Le Secret du Chevalier d ´Éon (Dir: Jacqueline Audry); A Grande Guerra / La grande guerra (Dir: Mario Monicelli); Os Olhos do Amor / Les Yeux de l´amour (Dir: Denys de La Patellère); Marche ou crève (Dir: Georges Lautner).

Danièle Delorme e Bernard Blier em Endereço Desconhecido

Bernard Blier e Jean Gabin em Os Miseráveis

Jean Desailly, Jean Gabin e Bernard Blier em A Volúpia do Poder

Em O Último Endereço Blier era o chofer de taxi Émile Gauthier que ajudava uma jovem provinciana (Danièle Delorme) a encontrar o pai de seu filho em Paris. Em Os Miseráveis assumiu os traços do inflexível Inspetor Javert, perseguidor implacável de Jean Valjean (Jean Gabin) e em A Volúpia do Poder aparecia como Simon Lachaume, assistente desonesto de Noel Schoudler (Jean Gabin), chefe autocrático de empresas familiares diversificadas que incluiam um banco, um jornal e uma refinaria de açúcar.

Bernard Blier e Renée Faure em O Presidente

Bernard Blier e Jean Gabin em Le cave se Rebiffe

Bernard Blier, Danièle Delorme, Henri Cremieux em O Sétimo Jurado

Lino Ventura, Bernard Blier e Francis Blanche  em O Testamento de um Gângster

Nos anos sessenta, o incansável ator esteve ainda mais vezes diante das câmeras inclusive sob as ordens de diretores italianos e pela primeira vez do seu filho Bertrand Blier: 1960 – L´Ennemi dans l´ombre (Dir: Charles Gérard); O Corcunda de Roma / Il Gobbo (Dir: Carlo Lizzani); Mais forte que o Amor / Arrêtez les tambours (Dir: Georges Lautner); Crime em Monte Carlo / Crimen (Dir: Mario Camerini); O Presidente / Le Président (Dir: Henri Vernueil); La Famile Fenouillard (Dir: Yves Robert (não creditado). 1961 – Os Amores de um rei / Vive Henry IV … vive l ´amour (Dir: Claude Autant-Lara); O Rei dos Falsários / Le cave se rebiffe (Dir: Gilles Grangier); Monocle, o Agente Secreto / Le Monocle noir (Dir:Georges Lautner); Legenda Heróica / I brigante italiani (Dir: Mario Camerini); Operação Barra de Ouro / En plein cirage (Dir: Georges Lautner); Mulher na Estrada / Les Petits Matins (Dir: Jacqueline Audry); O Sétimo Jurado / Le Septième Juré (Dir: George Lautner). 1962 – Marco Polo (Dir: Christian-Jaque); Mathias Sandorf (Dir: Georges Lautner); Pourquoi Paris? (Dir: Denys de La Patellìere); Les Saintes – Nitouches (Dir: Pierre Montazel); Germinal (Dir: Yves Allégret). 1963 – Os Companheiros / I compagni (Dir: Mario Monicelli); O Magnífico Aventureiro / Il magnifico avventuriero (Dir: Riccardo Freda); O Testamento de um Gângster / Les Tontons flingueurs (Dir: Georges Lautner); Amor à francesa / La Bonne Soupe (Robert Tomas); Alta Infidelidade / Alta infedeltà (Dir: esquete Gente Morderna (Dir: Mario Monicelli); 100000 dólares ao sol / Cent mille dollars au soleil (Dir: Henri Verneuil). 1964 – A Caça ao Homem / La Chasse à l ´homme (Dir: Édouard Molinaro); La Chance et l´Amour esquete Une chance explosive (Dir: Bertrand Tavernier); O Magnífico Traído / Il magnifico cornuto (Dir: Antonio Pietrangeli); Os Supersecretas / Les Barbouzes (Dir: Georges Lautner). 1965 – Quand passent les faisons (Dir: Édouard Molinaro); Os Gozadores / Les Bons Vivants / Un grand seigneur esquetes La fermeture e Le procès (Dir: Gilles Grangier); Casanova 70 / Casanova 70. (Dir: Mario Monicelli); Traído …Por uma Questão de Honra / Una questione d´onore (Dir: Luigi Zampa); Crime Quase Perfeito / Delitto quase perfetto (Dir: Mario Camerini); Duello nel mondo (Dir: Georges Combet e Luigi Scattini. 1966 – 100 ragazze per um play boy (Dir: Michael Pfleghar); Le Grand Restaurant (Dir: Jacques Besnard); Du mou dans la gâchette (Dir: Louis Grospierre); A Ordem é Matar / Peau d´espion (Dir: Édouard Molinaro); Un idiot à Paris (Dir: Serge Korber); Si j ´étais um espion (Dir: Bertrand Blier). 1967 – O Estrangeiro / Lo straniero (Dir: Luchino Visconti); Le Fou du labo 4 (Jacques Besnard); O assassino tem as horas contadas / Coplan sauve as peau (Dir: Yves Boisset); Os Amantes de Carolina / Caroline chérie (Dir: Denys de La Patellière). 1968 – As Doces Assaltantes / Faux pas prendre les canards du Bon Dieu pour des canards sauvages (Dir: Michel Audiard); Conseguirão nossos heróis encontrar o amigo misteriosamente desaparecido na África? / Riusciranno i nostri eroi a ritrovare  l´amico misteriosamente scomparso in Africa? (Dir: Ettore Scola; Quarta parete (Dir: Adriano Bolzoni). 1969 – Appelez-moi Mathilde (Dir: Pierre Mondy); Meu tio Benjamim / Mon oncle Benjamin (Dir: Édouard Molinaro); Ela não bebe, não fuma, não paquera, mas… / Elle boit pas, elle fume pas, elle drague pas … mais ele cause! (Dir:  Michel Audiard). Distinguiram-se suas atuações em dois filmes excelentes, O Presidente como Philippe Chalamont, chefe de gabinete sem escrúpulos do presidente do Conselho da República, Emile Beaufort (Jean Gabin), e seu opositor político e O Sétimo Jurado, como o farmacêutico Grégoire Duval escolhido como jurado no julgamento de um jovem que foi acusado do crime que ele cometeu. Vale mencionar também sua contribuição para o sucesso comercial de O Testamento de um Gangster como o mafioso Volfoni.

Bernard Blier em Loiro Alto do Sapato Preto

Bernard Blier e Patrick Dewaere. em Série Noire

Bernard Blier, Gérard Depardieu e Jean Carmet em Buffet Froid

Bernard Blier em Tomara que seja Mulher

Na fase final de sua carreira, abrangendo os anos setenta e parte dos oitenta, Blier demonstrou seu grande talento principalmente nos filmes que estão em negrito: 1970 – Il furto è l´anima del commercio …!? (Dir: Bruno Corbucci); Le Distrait (Dir: Pierre Richard); Le Cri du cormoran, le soir au-dessus des jonques (Dir: Michel Audiard); Laisse aller … c´est une valse (Dir: Georges Lautner). 1971 – Jo, o Diabólico / Jo (Dir: Jean GIrault); O Super Macho / Homo eroticus (Dir: Marco Vicario); Como Agarrar um Espião / Catch Me a Spy (Dir: Dick Clement); Boccacio (Dir: Bruno Coerbucci); Le Tueur (Dir: Denys de La Patellìere. 1972 – Tout le monde il est beau, tout le monde il est gentil (Dir: Jean Yanne; Ela não fala …  Atira! / Elle cause plus, elle flingue (Dir: Michel Audiard); Loiro Alto do Sapato Preto / Le Gran Blond avec une chaussure noire (Dir: Yves Robert); Moi y´en a vouloir des sous (Dir: Jean Yanne). 1973 – Je sais rien, mais je dirai tout (Dir: Pierre Richard); Quando o Sangue não é nosso (na TV) / Par le sang des autres (Dir: Marc Simenon); Os Chineses em Paris (na TV) / Les Chinois à Paris (Dir: Jean Yanne); A Mão Amputada (na TV) / La Main à couper (Dir: Étienne Pèrier). 1974 – Processo per direttissima (Dir: Lucio de Caro); Il piatto piange (Dir: Paolo Nuzzi); Bons baisers … à lundi (Dir: Michel Audiard); C ´est pas parce qu ´on a rien à dire qu´il faut ferner sa gueule … (Dir: Jacques Besnard); Ce cher Victor (Dir: Robin Davis). 1975 – Meus Caros Amigos / Amici miei (Dir: Mario Monicelli); C ´est dur pour tou le monde (Dir: Christian Gion); Le Faux-cul (Dir: Roger Hanin); Calmos (Dir: Bertrand Blier). 1976 – Nuit d ´or (Dir: Serge Moati); Ânsia de VIngança / Le Corps de mon ennemi (Dir: Henri Verneuil). 1977 – La Fuite en avant / Le Compromis (Dir: Christian Zerbib). 1978 Série noire, exibido somente no Cine Clube da Maison de France na Semana do Cinema e da TV Francesa (Dir: Alain Corneau). 1979 – Il Malato immaginario (Dir: Tonino Cervi); Coquetel de Assassinos / Buffet froid (Dir: Bertrand Blier); Voltati Eugenio (Dir: Luigi Comencini). 1981 – Il turno (Dir: Tonino Cervi); Passione d´amore (Dir: Ettore Scala); Pétrole! Pétrole! (Christian Gion). 1983 – Cuore – Lembranças do Coração / Cuore (Dir: Luigi Comencini). 1984 – As duas vidas de Matttia Pascal / Le due vite di Mattia Pascal (Dir: Mario Monicelli); Ça  n´arrive qu´a moi (Dir: Francis Perrin); Scemo di guerra (Dir: Dino Risi). 1985 – Amici miei atto 3 (Dir: Nanni Loy); Tomara que seja mulher / Speriamo che sia femmina (Dir: Mario Monicelli). 1986 – Je hais les acteurs (Dir: Gérard Krawczyk); Twist again à Moscou (Dir: Jean-Marie Poiré); Sotto il ristorante cinese (Dir: Bruno Bozzetto). 1987 – Os Possessos / Les Possédés (Dir: Andrzej Wajda); I picari (Dir: Mario Monicelli); Kinski Pagannini (Dir: Klaus Kinski; Migrations / La guerre la plus glorieuse (Dir: Aleksandar Petrovic). 1988 – Ada dans la jungle (Dir: Gérard Zingg); Mangeclous (Dir: Moshé Mizrahi); Una botta di vita (Dir: Enrico Oldoini).

Em Loiro Alto de Sapato Preto, Blier faz o papel de Milan, auxiliar imediato do chefe de um serviço secreto, que cobiça o posto de seu superior hierárquico (Jean Rochefort); porém este lhe prepara uma armadilha, usando um tímido violinista (Pierre Richard), o tal Loiro Alto. Em Série Noire, Blier foi indicado para o César por sua intepretação como Staplin, patrão chantagista do vendedor ambulante que se transformara em assassino (Patrick Dewaere). Em Coquetel de Assassinos, Blier é o Inspetor de polícia Morvandiaux, empenhado em uma investigação envolvendo um rapaz desempregado que acredita ter cometido um crime (Gérard Depardieu) e o assassino paranóico (Jean Carmet) da esposa deste. Em 1986, Blier ganhou o prêmio David di Donatello (Oscar do Cinema Italiano) como melhor ator não protagonista por sua atuação como Gugo, octogenário totalmente caduco, tio do personagem interpretado por Phillippe Noiret em Tomara que seja mulher. No ano seguinte, festejou seu meio século de cinema, longevidade profissional somente superada por Charles Vanel entre os atores franceses que ainda estavam em atividade.

Bernard Blier recebendo seu César pelas mãos de Michel Serrault

Em 1 de janeiro de 1989, ele foi promovido ao grau de oficial da Legion d´Honneur. Dois meses mais tarde recebeu um Cesar honorário (Oscar do Cinema Francês) e durante a cerimônia de entrega do prêmio pelas mãos de seu ex-aluno Michel Serrault, recebeu uma ovação da plateia em pé por mais de cinco minutos. Muito enfraquecido e magro,  trocou umas palavras engraçadas com um Serrault que mal continha sua emoção e suas lágrimas e depois se foi. Faleceu três semanas mais tarde, em 29 de março de 1989, em consequência de um câncer na Clinique du Val d´Or em Saint Cloud.

OTTO PREMINGER II

Em 1953 Otto Preminger fez sua estréia como produtor-diretor independente com Ingênua Até certo Ponto / The Moon is Blue, adaptação cinematográfica da peça de Hugh Herbert que havia dirigido na Broadway. Nos mesmos cenários Preminger filmou também uma versão alemã intitulada Die Jungfrau auf dem Dach com Johanna Matz, Hardy Krüger e Johannes Heesters nos papéis de Maggie McNamara, William Holden e David Niven. O filme foi desaprovado pelo Código Hays, órgão responsável pela autocensura de Hollywood e pela Legião Católica da Decência, mas Preminger decidiu lançá-lo assim mesmo. Sua rebeldia representou o início do fim do Código e ajudou Hollywood a se livrar dos seus valores antiquados.

Desde que assinou seu novo contrato com a Fox, Preminger evitou assumir algum novo compromisso, mas quando Zanuck chamou-o para dirigir O Rio das Almas Perdidas / River of No Return / 1954, ele gostou da história, aprovou a escolha dos dois atores principais (Robert Mitchum, Marilyn Monroe) e achou quer seria uma oportunidade de filmar em CinemaScope, formato no qual se tornaria um mestre. Após O Rio das Almas Perdidas, Preminger decidiu que nunca mais trabalharia como empregado de um estúdio e, de fato, até o final de sua carreira cinematográfica, ele só faria dois filmes para outro produtor.

 Sua trajetória fílmica a partir de então se dividiria em duas fases: a primeira, mais fértil artisticamente, vai de 1954 a 1965, incluindo os seguintes filmes, dentre os quais destaco como melhores aqueles que estão assinalados em negrito: 1954 – Carmen Jones / Carmen Jones. 1955 O Homem do Braço de Ouro / The Man with the Golden Arm; Seu Último Comando / The Court Martial of Billy Mitchell, drama biográfico sobre o julgamento do militar (Gary Cooper) que em 1925 denunciou o estado precário da Força Aérea americana e previu o ataque japonês de 1941 (Prod: Milton Sperling). 1957 – Santa Joana / Saint Joan, drama histórico baseado na peça de Bernard Shaw com Jean Seberg, como Joana D´Arc e Richard Widmark como Carlos VII). 1958 – Bom Dia Tristeza / Bonjour Tristesse. 1959 – Anatomia de um Crime / Anatomy of a Crime; Porgy e Bess / Porgy and Bess, drama musical baseado na ópera de George Gerswhin com Sidney Poitier e Dorothy Dandridge (Prod: Samuel Goldwyn). 1960 Exodus / Exodus, drama histórico sobre a fundação do Estado de Israel com roteiro abertamente creditado de Dalton Trumbo em um desafio à Lista Negra de Hollywood. 1962Tempestade sobre Washington / Advise and Consent. 1963 O Cardeal / The Cardinal, drama (indicado para o Oscar de melhor Filme) sobre a ascenção de um irlandês católico (Tom Tryon) do sacerdócio para o Colégio de Cardeais.  1965 – Primeira Vitória / In Harm´s Way, drama de guerra com John Wayne, Kirk Douglas, Patricia Neal, Tom Tryon, Jill Haworth, Paula Prentiss, Brandon de Wilde e participação de Dana Andres, Burgess Meredith, Franchot Tone, Henry Fonda, focalizando a Marinha e seus oficiais do ataque japonês a Pearl Harbor ao primeiro ano do envolvimento dos EUA no Segundo Conflito Mundial; Bunny Lake Desapareceu / Bunny Lake is Missing.

Dorothy Dandridge e Harry Belafonte em Carmen Jones

Carmen Jones. Drama baseado em um espetáculo musical da Broadway de Oscar Hammerstein II e não diretamente da ópera de Georges Bizet e as interpretações das melodias são mais jazzísticas do que líricas, muito embora os atores tivessem sido dublados por cantores líricos. A ação foi transposta do ambiente antigo de Sevilha para os EUA nos dias da Segunda Guerra Mundial, onde a intriga se desenrola não mais em uma fábrica de tabaco, mas em uma fábrica de paraquedas do Exército integrada somente por operárias negras e guarnecida por uma unidade militar também composta inteiramente por negros. Carmen ainda se chama Carmen e continua impetuosa e sensual, mas em vez de cigana vadia é uma operária relapsa; Don José (Harry Belafonte) é ainda um cabo do exército, porém com o nome de Joe; e o toureiro Escamillo torna-se um campeão de boxe chamado Husky Miller (Joe Adams).  Preminger mantém o espírito da ópera trágica e ardente de Bizet, aproveita com discernimento a música maravilhosa do compositor francês e as letras e canções de Hammerstein, e faz uma utilização audaciosa do CinemaScope contando com uma fotografia em cores soberba de Sam Leavitt / Albert Myers, devendo ser mencionada ainda a atuação de Dorothy Dandridge (indicada para o Oscar de Melhor Atriz) e a abertura bem moderna de Saul Bass.

KIm Novak e Frank Sinatra em O Homem do Braço de Ouro

O Homem do Braço de Ouro. Drama baseado em um romance de Nelson Algren, contando a história dolorosa de Frankie Machine (Frank Sinatra), croupier de um cassino clandestino de Chicago, que luta com todas as suas forças para renunciar ao vício da heroína. Após uma estadia de seis meses em um centro de desintoxicação, ele decide mudar de vida, tornando-se baterista em um grupo de jazz. Sua esposa Zosh (Eleanor Parker) foi vitimada em um acidente de carro ocasionado por Frankie e não pode caminhar. Tomado por um sentimento de culpa, ele não ousa abandoná-la, embora se sinta atraído por Molly (Kim Novak), uma dançarina de boate que lhe dá apoio moral. Aborrecimentos com a polícia e com os traficantes reconduzem-no ao antigo vício. Zosh, que se finge de paralítica para manter o marido sob seu controle, mata acidentalmente o fornecedor de entorpecente Louie (Darrin McGavin) e Frankie é suspeito do crime. Ele se refugia no apartamento de Molly, que o tranca em um quarto e consegue desintoxicá-lo. Zosh, interrogada pela polícia, sentindo-se desmascarada, se atira do alto de um prédio. Frankie poderá então refazer sua vida com Molly. Preminger conduz a narrativa em um ritmo vivo, forjando cenas excitantes como aquele em que ele estende o braço para que lhe seja aplicada a droga ou as cenas no quarto de Molly onde ele se isola na sua tentativa de vencer sua dependência. O caráter trágico do enredo é acentuado pelos cenários tristes e miseráveis de Joseph C. Wright, pela fotografia fortemente contrastada de Sam Leavitt, pelo tema musical de Elmer Bernstein e pela abertura criativa de Saul Bass. Sinatra é um intérprete espantoso nas suas crises de delírio, seus sofrimentos e seus gritos quando é privado do entorpecente. Sinatra, Joe Wright e Bernstein foram indicados para o Oscar.

Jean Seberg, David Niven e Deborah Kerr em Bom Dia, Tristeza

Bom Dia, Tristeza. Adaptação do best seller de Françoise Sagan relatando em flashbacks o drama de Cécile (Jean Seberg), jovem mimada que vive uma vida livre e dissoluta na companhia do pai viúvo, Raymond (David Niven), e de uma das namoradas dele, Elsa (Mylène Demongeot), na “Côte d´Azur”. Suas existências superficiais em busca de prazer são ameaçadas até que a chegada de Anne (Deborah Kerr), amiga da ex-mulher de Raymond reaparece. Quando Raymond propõe casamento a Anne, Cécile percebe que sua vida vai mudar por completo e, para se libertar da futura madrasta, arma uma intriga, usando seu namorado Philippe (Geoffey Horne) e Elsa, ocasionando uma tragédia. Preminger teve a idéia inteligente de usar a fotografia em preto e branco para mostrar o tempo presente triste em Paris, passado quase todo nos bistrôs e nas caves, e o technicolor para exprimir o passado alegre na Riviera Francesa. Também arguta foi a utilização da música de Georges Auric e a aparição discreta de Juliette Greco em uma boate cantando “Bonjour Tristesse” e suscitando as memórias de Cécile.  Estas se encerram com as lágrimas escorrendo pelo seu rosto enquanto ela o cobre de creme após mais uma noitada de vida falsa, mas agora angustiada pelo remorso e com um sentimento de tristeza que não a deixará jamais. Notável a abertura de Saul Bass, onde as pétalas de uma flor se transformam em lágrimas.

James Stewart e Ben Gazarra em Anatomia de um Crime

Anatomia de um Crime. Drama de tribunal passado em uma pequena cidade do Michigan, onde o advogado Paul Biegler (James Stewart), ex-promotor público que perdeu sua reeleição, assessorado por seu colega alcoólatra Parnell McCarthy (Arthur O´Connell) e sua secretária sarcástica Maida (Eve Arden), aceita a defesa do tenente Frederick Manion (Ben Gazarra), soldado arrogante acusado da morte de um homem que, segundo ele alega, violentara sua mulher, Laura (Lee Remick). Depois de uma verdadeira batalha judicial, Biegler obtém sua absolvição usando o argumento do “impulso irresistível”. Embora longo e muito dialogado o espetáculo mantém a atenção do princípio ao fim graças ao interesse do assunto versando sobre tema sexual, ao valor dos intérpretes, à boa fotografia de Sam Leavitt, à música maravilhosa de Duke Ellington e principalmente à habilidade diretorial de Preminger, valendo mencionar ainda a abertura como sempre soberba de Saul Bass com aquele corpo quebrado. O filme, indicado ao Oscar, faz uma autópsia do sistema judiciário americano, suscitando questão importante como a fragilidade de uma justiça para a qual não existe uma verdade objetiva. E contém ainda um tema secundário: a vitória pessoal do trio do escritório: Biegler retoma seu gôsto pela advocacia, McCarth para de beber e Maida fica feliz em ter ajudado os dois. Houve indicações ao Oscar também para James Stewart (Melhor Ator), Arthur O´Connell e George C. Scott, que faz o papel do promotor público (Melhor Ator Coadjuvante), Sam Leavitt (Melhor Fotografia em preto e branco), Wendell Mayes (Melhor Roteiro Adaptado) e Louis R. Loeffler (Melhor Montagem).

Cena de Exodus

Exodus. Drama histórico grandiloquente (e com evidente parti pris), baseado no livro de Leon Uris sobre a criação de Israel, com roteiro de Dalton Trumbo, ousadamente creditado em um desafio à Lista Negra de Hollywod.  O filme acompanha a aventura do navio Exodus que conduz refugiados para a nova pátria, a oposição entre dois movimentos judeus, um pacifista (o Hagana), outro terrorista (o Irgun), a luta contra os ingleses e o início do conflito com os árabes. Preminger conduz o espetáculo com muita segurança, abordando com inteligência cinematográfica tanto as cenas de ação política ou de violência quanto as cenas românticas (entre Ari Ben Canaan / Paul Newman e Kitty Fremont / Eva Marie Saint). Ele como sempre emprega a tela larga de maneira admirável, notadamente nas cenas com muitos figurantes e mantém o espetáculo em constante excitação. Ernest Gold ganhou o Oscar de Melhor Música e Sal Mineo e Sam Leavitt foram indicados respectivamente para o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante e Melhor Fotografia em cores.

Charles Laughton e Walter Pidgeon em Tempestade sobre Washington

Tempestade sobre Washington. Drama político baseado em um romance de Allen Drury, ganhador do Pulitzer Prize, descreve com lucidez e sob forma de reportagem o desenrolar da nomeação de um Secretário de Estado, Robert Leffingwell (Henry Fonda), que deve ser sabatinado pelo Senado.  Os inimigos do candidato, tendo à frente um velho senador reacionário da Carolina do Sul, Seabright Cooley (Charles Laughton), tentam desacreditá-lo, acusando-o de ter pertencido a uma célula comunista. Preminger apresenta uma reflexão amarga e desiludida sobre a mecânica do poder e a manipulação política nos Estados Unidos, penetrando no interior do Capitólio para  mostrar com força dramática as maquinações que são tramadas nos seus corredores – incluindo campanha de difamação, falsos testemunhos, barganhas e chantagem – que podem levar até à morte. O cineasta mantém o filme permanentemente tenso até o final surpreendente apoiado por uma equipe técnica competente e pelo elenco de grandes atores veteranos (além de Fonda e Laughton, Walter Pidgeon, Peter Lawford, Gene Tierney, Franchot Tone, Lew Ayres, Burgess Meredith).

 

Tom Tryon e John Huston em O Cardeal

O Cardeal. Drama de dimensão épica baseado no romance de Henry Morton Robinson acompanhando o caminho espiritual de Stephen Fermoyle (Tom Tryon) que, no momento de sua nomeação como Cardeal em 1939, lembra-se das etapas principais de sua vida, passando por problemas dentro e fora da Igreja desde sua ordenação como padre em 1917. Este itinerário engloba uma vasta quantidade de espaços, de experiências, de conflitos históricos e particulares  – v. g. além de Roma, episódios em Boston, com o problema familiar de sua irmã ( Carol Lynley) querendo casar-se com um rapaz  judeu e se tornando mãe solteira;  no Canadá, com o padre Halley em estado terminal; em Viena, com o quase romance – quando provisoriamente secularizado – com uma moça austríaca sua aluna, Annemarie (Romy Schneider); na Georgia, com a defesa do padre negro  (Ossie Davis) e a Ku-Klux-Khan; novamente em Viena com o Cardeal Innitzer (Josef Meinrad) e os nazistas – , sem que esta constante deslocação no espaço e no tempo prejudique a unidade narrativa. Preminger expõe os fatos objetivamente, mostrando virtudes e defeitos da Igreja, em um estilo visual composto por belas composições pictóricas e seus famosos planos longos enquanto uma música linda de Jerome Moross fornece um clima solene à narrativa. Em papéis coadjuvantes vemos o diretor John Huston e dois ex-galãs de épocas distintas, Tullio Carminatti e Raf Vallone. Preminger recebeu sua segunda indicação ao Oscar de Melhor Direção e John Huston, Leon Shamroy, Lyle Wheeler, Louis R. Loeffler e Donald Brooks também foram indicados respectivamente para Melhor Ator Coadjuvante, Fotografia, Direção de Arte, Montagem e Figurinos.

Carol Lynley em Bunny Lake Desapareceu

Bunny Lake Desapareceu. Drama psicológico e de mistério tendo como ponto de partida o desaparecimento de uma menina, Bunny Lake, filha de uma mãe solteira, Ann Lake (Carol Lynley), que vive sob o domínio afetivo de seu irmão Stephen (Keir Dullea). A Polícia inicia uma investigação, mas o tenente Newhouse (Laurence Olivier) não encontra nenhum traço da criança. O policial segue várias pistas falsas encontrando tipos excêntricos (interpretados pelos atores veteranos britânicos Noel Coward, Martita Hunt, Finlay Currie) e acaba se perguntando se a menina realmente existe. Progressivamente começamos a duvidar dos personagens. Anna Lake é louca? E o irmão? Qual é a dele? O suspense vai crescendo até um final inesperado evocando de modo sutil um assunto tabu. Um dos pontos altos do filme é a fotografia em preto e branco (Denys Coop) das locações e interiores de Londres, sobressaíndo a sequência do hospital de bonecas no porão com Ann segurando uma lamparina de óleo. Outros  trunfos da realização são a partitura de Paul Glass, apresentada de um modo inventivo pelo diretor e a participação de Laurence Olivier, compondo com incomparável destreza o papel do inspetor gentil  e metódico que conduz a apuração dos fatos.

A segunda e derradeira fase da trajetória fílmica de Otto Preminger a partir de 1954 é um período de declínio criativo e comercial e vai 1967 a 1979, incluindo os seguintes filmes: 1967 – O Incerto Amanhã / Harry Sundow. 1968 – Skidoo Se Faz A Dois / Skidoo. 1970 – Dize-me Que Me Amas / Tell Me That You Love Me, Junie Moon. 1971 – Amigo É Pra Essas Coisas / Such Good Frends. 1975 – Setembro Negro / Rosebud.1979 – O Fator Humano / The Human Factor.

Este final de carreira melancólico e seu comportamento intimidativo em relação às suas equipes especialmente atores com menos experiência foram os pontos fracos do percurso cinematográfico de Otto Preminger porém, pelo conjunto de seu legado artístico como diretor e seu pioneirismo como produtor independente e corajoso merece ser sempre lembrado como um grande cineasta.