OS FILMES DE FICÇÃO CIENTÍFICA DOS ANOS 50- I

Os filmes de ficção científica tornaram-se um grande gênero hollywoodiano nos anos 50, repercutindo a ansiedade e o medo do povo americano diante da possibilidade de um holocausto nuclear ou uma invasão comunista da América. Este medo foi expresso de várias formas, tais como alienígenas usando o controle da mente, mutantes monstruosos desencadeados por precipitações radioativas, terríveis efeitos da radiação sobre a vida humana, e cientistas obcecados por experiências perigosas.

Nenhum outro gênero na história do cinema se desenvolveu e se multiplicou tão rapidamente em um período tão curto. Até então os filmes de ficção científica de Hollywood haviam sido limitados aos seriados nos anos 30-40 (v. g. Buck Rogers  / 1939; Flash Gordon / 1940). O gênero só deslanchou em 1950 por diversas razões. Em primeiro lugar, como era em grande medida uma resposta à ansiedade nuclear, esta ansiedade recebeu um grande impulso quando os russos testaram com sucesso um bomba atômica em 1949. Em segundo lugar, a literatura de ficção cientifica representada por autores com Robert A. Heinlein e Ray Bradbury e pelo escritor e editor John W. Campbell Jr., estava crescendo no início dos anos 50. Em terceiro lugar, o sucesso de bilheteria dos filmes de ficção científica em 1950 e 1951 levou a um aumento de produção nos anos futuros como é típico dos ciclos de Hollywood. Em quarto lugar, o relançamento exitoso do King Kong de 1933 em 1952 demonstrou ainda mais o apetite do público pela ficção científica  – e deve ter influenciado os filmes de ficção científica dos anos 50 relacionados com o sub gênero de mutantes e monstros.

Outros acontecimentos contemporâneos que inspiraram os realizadores de filmes de ficção científica foram os avistamentos de objetos voadores não identificados (UFO) e o início da viagem especial. Os UFOs foram relatados desde 1947 perto de Roswell, New Mexico e no Estado de Washington, e os avistamentos continuaram durante os anos 50. A viagem especial tornou-se uma realidade em 4 de outubro de 1957 quando a União Soviética lançou o Sputnik. Esta demonstração de proeza científica e tecnológica pelos soviéticos deu início a uma nova onda de pânico e paranóia nos Estados Unidos.

Como a indústria de Hollywood havia sofrido reversões econômicas devido à decisão anti-truste e à popularidade da televisão, os estúdios menores e as companhias produtoras independentes acharam que era mais fácil obter recursos financeiros para projetos de orçamento relativamente pequeno.  Embora os filmes de ficção científica de grande orçamento como O Dia em que a Terra Parou  / The Day the Earth Stood Still /1951 fossem comercializados para adultos, os filmes de orçamento pequeno eram agressivamente comercializados para adolescentes e cinemas drive-in. Mais filmes B de ficção científica produzidos por realizadores independentes como Roger Corman ou produtores como Samuel Z. Arkoff e James H. Nicholson da American International Pictures foram exibidos em cinemas drive-in do que qualquer outro gênero.

Quatro grandes temas podem ser percebidos nos filmes de ficção científica dos anos 50: 1. Viagem Extraterrestre. 2. Invasão e Infiltração Alienígenas. 3. Mutantes, Metamorfoses e Ressurreição de Espécies Extintas. 4. Quase Aniquilação ou o Fim da Terra. Cada um destes temas se relaciona, pelo menos indiretamente, aos eventos mundiais dos anos 50 e refletem o medo e a ansiedade da era atômica e da Guerra Fria.

O filme sobre viagem extraterrestre mais importante foi Destino à Lua / Destination Moon / 1950, vagamente baseado em uma história de Robert A. Heinlein, “Rocketship Galileo”, produzido por George Pal, dirigido por Irving Pichel e distribuído pela Eagle-Lion, fez com que a idéia de uma viagem espacial fosse não somente plausível mas também fascinante. A história é simples. Temendo que uma nação menos benigna do que os Estados Unidos pudesse assumir o controle da Lua, o General Thayer (Tom Powers) convence o empresário Jim Barnes (John Archer) a financiar uma expedição ao nosso satélite em foguete movido por energia atômica, o Luna. A tripulação incluia: Barnes, como piloto; Dr. Charles Cargraves (Warner Anderson), o cientista que projetou o motor do foguete; Thayer como co-piloto; e o técnico em electrônica e especialista em rádio Joe Sweeney (Dick Wesson). O orçamento do filme ($586,000) não era muito alto, mas deu para cobrir os elementos necessários: Technicolor, bons efeitos especiais (Lee Zavitz) e precisão técnica. Para garantir autenticidade, Pal empregou como consultores técnicos físicos e engenheiros e o eminente ilustrador científico Chesley Bonestell. O desenhista de produção Ernst Fegté ganhou um prêmio da Academia. Pal queria realismo documentário para o filme e portanto este é altamente técnico e bastante profético do verdadeiro pouso na Lua, que ocorreu em 1969. Foi inserida uma sequência de animação produzida por Walter Lantz na qual Woody Woodpecker explica a teoria da viagem por foguete.

Outros filmes sobre o mesmo assunto foram Da Terra à Lua / Rocketship X-M /  1950 e Voando para Marte / Flight to Mars / 1951.

Da Terra à Lua, escrito, produzido, e dirigido por Kurt Neumann (com script adicional de Dalton Trumbo – não creditado) para a Lippert Pictures (Robert L. Lippert) foi o primeiro filme de ficção científica dos anos 50 a enfatizar que a humanidade poderia se aniquilar em uma guerra nuclear; entretanto, neste caso, a humanidade estava em Marte. Uma expedição americana composta pelos astronautas Coronel Floyd Graham (Lloyd Bridges), Dra. Lisa Van Horn (Osa Massen), Dr. Carl Eckstrom (John Emery), Major William Corrigan (Noah Beery Jr.) e Harry Chamberlain (Hugh O’Brien) a caminho da Lua é desviada por meteoros para Marte, onde a tripulação descobre que a civilização foi varrida por armas atômicas. Os marcianos sobreviventes, cegos, horrivelmente desfigurados e enlouquecidos, voltaram à Idade da Pedra. Vivendo como trogloditas, eles matam o Dr. Eckstrom e o Major Corrigan. Um terceiro homem, Harry Chamberlain, é ferido. Os outros dois Floyd e Lisa conseguem chegar à sua espaçonave com o homem ferido e rumar para a Terra, porém os três morrem em um pouso forçado, mas não antes de transmitir pelo rádio a sua descoberta. O Dr. Fleming (Morris Ankrum) o outro responsável responsável pela expedição, anuncia planos para  RX-M II imediatamente. Para todas as cenas em Marte o filme foi tingido em vermelho rosado.

Outro vôo para fora de nosso planeta teve lugar no filme Voando para Marte / Flight To Mars, dirigido por Lesley Selander em Cinecolor, produzido por Walter Mirisch e distribuído pela Monogram. Desta vez, dois cientistas Dr. Lane e Professor Jackson (John Litel, Richard Gaines); um engenheiro, Jim Barker (Arthur Franz) e sua assistente Carol (Virginia Huston); e um jornalista, Steve Abbott (Cameron Mitchell) fazem um pouso forçado em Marte, onde os marcianos, cuja aparência se assemelha à dos terráqueos, vivem uma vida subterrânea confortável. O líder dos marcianos, Ikron (Morris Ankrum) fala inglês fluentemente, que ele aprendeu escutando transmissões de rádio e televisão da Terra. Embora de início eles pareçam amigáveis, os marcianos desejam tomar posse do foguete dos terráqueos, fazer alguns milhares deles e partir para a conquista da Terra, pois seu suprimento de Corium  (material não existente inventado para o filme) se exauriu e logo Marte se tornará inabitável, mesmo no subterrâneo. A maioria de seus governantes decide manter os visitantes prisioneiros, mas estes têm simpatizantes entre os marcianos e logo um plano é armado para introduzir os terráqueos e dois de seus aliados marcianos Alita (Marguerite Chapman) e Tillamar (Robert Barrat) na espaçonave interditada e escapar para a Terra.

Outros filmes sobre viagens extraterrestres foram feitos durante a década mas, realizado com maiores valores de produção e atores mais famosos, o melhor foi Planeta Proibido / Forbidden Planet / 1956, lançado pela MGM em CinemaScope e Eastman Color e dirigido por Fred McLeod Wilcox. Baseado vagamente na peça “The Tempest”. de William Shakespeare (Prospero torna-se Morbius, Miranda torna-se Altamira, e Robby e o monstro ocupam o lugar de Ariel e Caliban respectivament) e escrito por Cyril Hume, sua ação transcorre no século 23 no planeta Altair – IV, onde uma missão militar americana chega em um disco voador suntuoso, o C-57-D, em busca de sobreviventes de um vôo anterior de vinte anos atrás. Os únicos sobreviventes no planeta são o Dr. Edward Morbius (Walter Pidgeon) e sua filha Altaira (Anne Francis) que vivem em uma casa de alta tecnologia com um robô espantoso chamado Robby, que tem força sobrehumana. Os americanos ficam sabendo que uma super raça, conhecida como Krel, havia habitado Altair – IV, porém seus membros foram destruídos quando seus próprios ids subconscientes voltaram-se contra eles. Além disso, um monstro invisível espreita o planeta, matando alguns americanos. O monstro é uma projeção do id invejoso do Dr. Morbius: uma criatura separada, seu eu mal que fica furioso com a atenção do comandante John J. Adams (Leslie Nielsen) para com sua filha. Para protegê-la, Morbius explode Altair – IV (e a si próprio) enquanto os americanos escapam com Altaira e Robby. Este robô simpático  – que trazia um ator dentro dele (Frankie Carpenter, Frankie Darro) e cuja voz era de Marvin Miller – apareceu mais uma vez em O Menino Invisível / The Invisible Boy / 1957, em parte porque custou caro para ser construído e a MGM se sentiu na obrigação de usá-lo novamente. O design soberbo foi obra dos diretores de arte Arthur Lonergan, Irving Block, Mentor Huebner, Arnold Gilespie (também responsável pela equipe de efeitos especiais) e algumas sugestões do chefe do departamento de arte da MGM Cedric Gibbons. Robert Kinoshita desenhou e construiu Robby e os efeitos de animação foram feitos por técnicos do Walt Disney Studios sob a direção Joshua Meador.

Dois dos filmes mais notáveis sobre invasão e infiltração alienígena foram lançados em 1951: O Monstro do Ártico/ The Thing from Another World e O Dia em que a Terra Parou / The Day The Earth Stood Still.

Em O Monstro do Ártico, produção da Winchester Pictures de Howard Hawks, distribuída pela RKO Radio (provavelmente dirigida por Christian Nyby sob supervisão de Hawks), com roteiro de Charles Lederer e Ben Hecht (não creditado) inspirado em uma história de John Campbell, Jr, “ Who Goes There?”, o Capitão Patrick Hendry (Kenneth Tobey) da Fôrça Aérea e seus homens; um repórter, Ned Scott (Douglas Spencer); um grupo de cientistas liderados pelo Dr. Arthur Carrington (Robert Cornthwaite); e uma secretária, Nikki (Margaret Sheridan), descobrem no Polo Norte, os vestígios de uma nave espacial enterrada no gêlo.  Ao tentarem tirá-la do gêlo, a nave explode. Perto dali eles encontram um corpo de mais de dois metros de altura congelado. Eles o levam para uma estufa e descobrem que ele não é um homem mas uma espécie de vegetal humanóide evoluido, que se alimenta de sangue. Em vez de usar efeitos especiais, o filme mete medo porque a criatura (James Arness) somente é vista nas sombras e em uma escuridão claustrofóbica, deixando os detalhes para a nossa imaginação. A trilha sonora assustadora de Dimitri Tiomkin aumenta os calafrios. A equipe de militares derrota o invasor malévolo, porém eles têm que resistir ao cientista, que deseja preservá-lo para estudo. No final, após o monstro ter sido torrado por uma armadilha elétrica, o cientista pede desculpas por sua falta de cautela e o repórter adverte o mundo a  “continuar observando os céus”.

O Dia em que a Terra Parou, produzido por Julian Blaustein para a Twentieth Century-Fox e dirigido por Robert Wise, foi baseado em um conto de Harry Bates, “Farewell to the Master” e não tinha cenas no espaço. Os olhos do mundo convergem para Washinton D.C. onde disco voador pousou e, de dentro dele, emerge um alienígena com forma humana, Klaatu (Michael Rennie) e um enorme robô Gort. Quando Klaatu procura na sua roupa especial por um objeto que era nada mais que um presente para o presidente dos Estados Unidos, ele é alvejado por um soldado. Gort reage, destruindo todas as armas à vista. O alienígena deseja um contato com todos os líderes do mundo, mas é informado por um membro da Casa Branca de que isto é impensável. Klaatu foge do hospital e se esconde em uma pensão sob o nome de Mr. Carpenter. Lá ele conhece uma jovem viúva, Helen Benson (Patricia Neal) e seu filho Bobby (Billy Gray). Por indicação de Bobby, Klaatu procura o eminente cientista, professor Jacob Barnhardt (Sam Jaffe), ao qual revela sua identidade e explica suas preocupações: as armas nucleares estariam preocupando os habitantes de outros planetas. Ele pede que Barnhardt reuna membros importantes da comunidade científica internacional para que eles sejam os portadores de sua mensagem. Em uma demonstração não violenta de seus poderes, o alienígena interrompe toda eletricidade na Terra por trinta minutos mas, a contrário do que previa, ele é considerado uma ameaça ao país e começa a ser perseguido. Klaatu tenta chegar à sua espaçonave e é ferido mortalmente pelos militares. Agindo sob suas instruções, Helen procura a ajuda de Gort. O robô recolhe o corpo de Klaatu e o ressuscita. Antes de partir, dá um ultimato para aos cientistas reunidos próximos à espaçonave: outros planetas passaram a viver uma coexistência pacífica por causa da vigilância de robôs poderosos como Gort e a Terra deve ser juntar a eles, caso contrário será destruída. Locke Martin, um sujeito muito alto que era porteiro do Grauman’s Chinese Theater vestiu a roupa de Gort, mas só conseguia ficar dentro dela meia hora de cada vez, A trilha musical foi composta por Bernard Herrmann, usando violinos elétricos, contrabaixo e teremins. A fala mais famosa do filme está em uma de suas cenas mais excitantes. Klaatu foi alvejado e Helen ouve seu último desejo. Ele diz a ela o que ela deve dizer para Gort. Helen consegue chegar onde se encontra a nave especial. onde o gigante metálico está de pé, encerrado em um sólido bloco de um material plástico transparente. Ouve-se um ruído como se energia elétrica estivesse se produzindo. O ruído aumenta. A matéria plástica começa a se derreter. A cabeça de Gort está livre. Dois soldados avançam para ele, porém são desintegrados por faíscas de luz projetadas de seu único ôlho. O material plástico de suas pernas começa a se derreter. Ele se move em direção a Helen, derrubando uma fileira de cadeiras, que haviam sido colocadas para a reunião com Barnhardt e se inclina sobre a mulher apavorada, que está agachada contra uma parede de metal. O visor de Gort se abre, o raio de cristal dentro dele começa a cintilar, e ela finalmente consegue gritar: “Klaatu barada nikto!”

Os filmes sobre invasão ou iniltração alienígena que se seguiram eram mais apavorantes. Os invasores, mesmo quando não pretendiam fazer nenhum mal, eram frequentemente marcianos perigosos ou monstros com uma inteligência superior, capazes de controlar os humanos em proveito próprio ou de uma destruição em massa.

Veio do Espaço  / It Came From Outer Space, dirigido por Jack Arnold para a Universal, lançado em 1953, foi o primeiro filme em 3-D de um grande estúdio, apresentado em uma tela larga com som estereofônico e também o primeiro no gênero ficção científica produzido por William Alland (lembram-se dele como o repórter que nós acompanhamos durante o desenrolar de Cidadão Kane?). Baseado em uma história de Ray Bradbury, “The Meteor”, ele tem início quando, em uma pequena cidade do Arizona, o astrônomo amador John Putnam (Richard Carlson) e sua noiva Ellen Fields (Barbara Rush) assistem à queda de uma nave especial, que parece um meteoro, logo coberta por um deslizamento de terra. Os alienígenas são xenomorfos, seres ectoplasmáticos capazes de assumir a identidade de outros mas, no seu estado natural, parecem globos oculares gigantes. Estes seres estranhos assumem a identidade de pessoas da cidade apenas porque precisam consertar sua nave para seguir viagem sem serem percebidos e temem que os humanos lhes façam mal. Eventualmente, a população tenta destruí-los, mas Putnam os protege na confrontação final, explicando: “Eles não confiam em nós porque o que nós não compreendemos, nós destruimos”. Em algumas cenas, o diretor Jack Arnold cria belas composições ameaçadoras como aquela tomada de um alienígena duplicata do personagem de Barbara Rush no topo de uma montanha. Este filme é um tanto inusitado pelo fato de que não há forças militares, somente um xerife (Charles Drake), para lutar contra os invasores, que deixam a Terra ilesos.

Já os alienígenas de Os Invasores de Marte / Invaders from Mars / 1953 – produzido pela National Pictures, dirigido pelo desenhista de produção William Cameron Menzies e distribuído pela Twentieth Century-Fox em Eastmancolor – queriam fazer o mal, porque implantaram rádios nos pescoços dos cidadãos, tornando-os frios, sem emoção, escravos usados para destruir as armas e estações de pesquisa dos Estados Unidos. O filme é visto pelo olhos de Jimmy Hunt (David MacLean), um menino de doze anos de idade, de uma pequena cidade da Califórnia, que desperta de noite e vê uma nave espacial marciana pousar e afundar em uma área arenosa. Os marcianos são verdes muito altos com rostos rígidos sem emoção e olhos arregalados. Eles são controlados por uma inteligência suprema desencarnada na forma de uma cabeça em um globo de vidro e pretendem sabotar a construção de um foguete nuclear. Sem conseguir convencer a população de que os marcianos chegaram e estão se apropriando das pessoas, inclusive de seus pais (Leif Erickson, Hillary Brooke), o menino persuade uma psicóloga, Dra. Pat Blake (Helena Carter), um cientista, Dr. Stuart Kelston (Arthur Franz) e um oficial do exército, Coronel Fielding (Morris Ankrum): este então destrói os marcianos e sua espaçonave com explosivos. No final do filme, Jimmy acorda e ficamos sabendo que tudo não passou de um sonho, e aí ele vê uma nave espacial no céu. Jimmy estará para sempre à mercê de um mundo de pesadêlo de invasores marcianos / comunistas. O score deRaoul Kraushaar é muito inventivo. Usando um côro de 16 vozes, ele criou um som sobrenatural diferente de qualquer outro filme de ficção científica. Curiosamente a silenciosa mas poderosa Inteligência Marciana dentro do globo foi interpretada pela atriz anã Luce Potter (nome artístico da mexicana Luz Villalobo).

Em Guerra Entre Planetas / This Island Earth / 1955, produzido por William Alland, em Technicolor, distribuído pela Universal-International e dirigido por Joseph M. Newman, um alienígena, Exeter (Jeff Morrow), do planeta Metaluna, situado a milhões de anos luz da Terra, captura dois cientistas nucleares, Dr. Cal Meacham (Rex Reason) e Dra. Ruth Adams (Faith Domergue) e os transporta para seu planeta, que está se desintegrando. É preciso uma nova fonte de energia atômica, para instalar uma camada de isolamento em torno de Metaluna, a fim de protegê-lo do ataque contínuo do mais poderoso planeta Zahgon; entretanto, o alienígena e os cientistas americanos chegam tarde demais, pois o inimigo explodiu ogivas nucleares em Metaluna. Embora tecnológica e intelectualmente mais avançados do que os terráqueos, os metalunos têm um sistema social cheio de regras, imposto por um ditador, The Monitor (Douglas Spencer), que exige obediência completa. Os dissidentes são lobotomizados. Os Mutantes, monstros grotescos meio-insetos, meio-homens, são seus escravos. Com a ajuda de Exeter, os cientistas sequestrados voltam para a Terra mais devotados ao sistema político americano e convencidos da necessidade de um arsenal atômico forte, para dissuadir qualquer ataque da União Soviética. Esta é a mensagem do filme.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Um comentário em “OS FILMES DE FICÇÃO CIENTÍFICA DOS ANOS 50- I

  1. WILLIAM MORAES CORREA

    Esses são clássicos fantásticos do cinema, mas amos ter a certeza de que é norte-americano ou estadunidense. Americano é todo aquele que em da América, que é um continente, não um país. A América vai do Alasca ao Chile.

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