VICTOR FLEMING

Ele era um cineasta de personalidade forte, mas não deixou uma visão pessoal do mundo ou a marca de um estilo inconfundível nos seus filmes. Embora não fôsse um simples técnico e gozasse de certa autonomia criativa, funcionou sempre como um artesão competente e confiável dentro do sistema de estúdio, assinando algumas obras de prestígio para a MGM nos mais variados gêneros. Era conhecido no estúdio como “Mr. Fix-It”, pois tinha uma habilidade incrível para solucionar qualquer problema de produção.

Victor Fleming

Victor Lonzo Fleming (1889-1949), filho de William Richard Lonzo e Eva (cujo sobrenome de nascença era Hartman), nasceu em uma tenda de campanha no Banbury Ranch, onde moravam os operários das instalações de poços de água na região como seu pai. O rancho ficava perto de onde é hoje La Cañada Flintridge, cidade do condado de Los Angeles, situada a noroeste de Pasadena.

O pai de Victor morreu quando ele tinha quatro anos de idade. Sua mãe casou-se de novo, desta vez com um fazendeiro próspero, Victor saiu do colégio aos quatorze anos de idade e se tornou sucessivamente: mecânico de automóveis, motorista de taxi e, finalmente, chofer particular de um milionário. Nesta ocasião, conheceu o diretor de cinema pioneiro Allan Dawn.

Victor Fleming e os Oscars de … E O Vento Levou

Dwan teve um problema no carro que havia comprado e nenhum mecânico de Santa Barbara conseguia consertá-lo. Marshall Neilan (futuro diretor favorito de Mary Pickford), que trabalhava sob as ordens de Dwan na American Film Manufacturing Company (conhecida como Flying A por causa de seu logotipo) lhe disse que conhecia um chofer de uma família rica, que sabia tudo sobre automóveis. Quando encontraram Fleming na mansão onde trabalhava, ele estava atirando com uma pistola em um alvo na garagem. Sem olhar para Dwan e Neilan, ele disse: “Uma de suas válvulas está emperrada”. Enquanto Fleming estava consertando o carro, Dwan circulou pela garagem e viu em um canto um punhado de equipamentos fotográficos e máquinas fotográficas. “Você se interessa por fotografia?, ele disse. Fleming respondeu que sim e mostrou algumas fotos bonitas que havia tirado. Dawn lhe perguntou se gostaria de entrar para a indústria de cinema e ser um fotógrafo. Fleming respondeu “Bem, sua proposta parece boa, mas eu tenho que comer – vocês pagam para isso?” Dwan disse sim e o convite foi aceito.

Porém o primeiro trabalho regular de Fleming na Flying A foi simplesmente o de conduzir o elenco e os técnicos de carro para a locação. Depois, Roy Overbaugh, o diretor de fotografia da companhia, colocou-o no laboratório de revelação de filmes, do qual ele foi promovido para assistente do cameraman. Em 1915, quando Dwan foi para a Fine Arts Film Company  (Prod.) / Triangle Film Corporation  (Dist.) levou Fleming consigo e os dois trabalharam juntos em vários filmes de Douglas Fairbanks. Em fevereiro de 1917, Fairbanks anunciou a formação da Douglas Fairbanks Pictures Corporation (cujos filmes seriam distribuídos pela Famous Players Lasky – Artcraft Film Corporation) e contratou Fleming como cameraman. Após ter terminado mais um filme de Fairbanks, Querendo Agarrar a Lua / Reaching for the Moon /1917 (Dir: John Emerson), Fleming foi convocado pelo Exército e prestou serviço no Serviço Fotográfico do Signal Corps durante a Primeira Guerra Mundial. Após o armistício, ele foi escolhido para acompanhar como cameraman o Presidente Wilson na Conferência da Paz na Europa.

Quando foi dispensado do Signal Corps, Fleming assumiu a direção de fotografia  do primeiro filme de Fairbanks da United Artists, S. M. o Ianque / His Majesty the American / 1919 (Dir: Joseph Henabery). No mesmo ano, estreou como diretor com O Supersticioso / When The Clouds Roll By, mistura de comédia, fantasia e aventura bem divertida e tecnicamente inovadora, sobre a então corrente obsessão pela psicanálise. Na trama, Fairbanks é Daniel Boone Brown, modesto empregado de uma firma de investimentos que sofre de superstições autodestrutivas e vem a ser vítima das experiências psiquiátricas-neurológicas de um charlatão sinistro, Dr. Ulrich Metz (Herbert Grimwood), na verdade um louco foragido do asilo. No percurso da intriga, Daniel liberta-se da superstição, pratica atos de coragem durante uma enchente, desmascara um bandido ex-admirador de uma linda garota (Kathleen Clifford), por quem se apaixona.

Fleming dirigiu também a terceira produção de Fairbanks da United Artists, Ousadia Hereditária / The Mollycoddle / 1920, outra boa mistura de comédia, fantasia e aventura, que apresentava o ator como Richard Marshall V, rapaz nascido no Arizona, mas que usava bengala, monóculo e piteira em contraste marcante com a longa linhagem de seus bravos antepassados pioneiros, um típico “Mollycoddle”  (Sujeito Mimado), como  diziam. Ao retornar de Monte Carlo para sua terra natal, ele é confundido como agente do serviço secreto por contrabandistas, liderados por Henry Van Holkar (Wallace Beery) e, no decorrer dos acontecimentos, demonstra sua valentia, conquistando o coração de Virginia Hale (Ruth Renick), a verdadeira agente, que estava atrás de Val Holkar. Não é preciso lembrar que tanto em O Superticioso quanto em Ousadia Hereditária Fairbanks tem oportunidade de demonstrar sua admirável qualidade atlética.

John Emerson e Anita Loos à esq., Fleming sentado, Basil Sydney e May Collins à direita na filmagem de O Valente Americano

A carreira de Fleming continuou com três filmes para a Emerson-Loos Productions, companhia fundada pelos roteiristas John Emerson e Anita Loos, que também haviam trabalhado para Fairbanks (Emerson inclusive como diretor): 1921 – Medicina Amorosa / Mama’s Affair com Constance Talmadge, Emancipação da Mulher / Woman’s Place com Constance Talmadge. 1922 – O Valente Americano / Red Hot Romance com Basil Sydney, May Collins e 17 filmes para a Paramount: 1922 – The Lane That Had no Turning com Agnes Ayres, Quem Agrada, Triunfa / Anna Ascends com Alice Brady, Robert Ellis 1923 – Escrava e Soberana / Dark Secrets com Dorothy Dalton, Robert Ellis, A Lei dos Livres / The Law of the Lawless com Dorothy Dalton, Richard Dix, Ódios e Afeições / To The Last Man com Lois Wilson e Richard Dix, Cidades e Serras / The Call of the Canyon com Lois Wilson, Richard Dix e Noah Beery (estes dois westerns com Lois Wilson e Richard Dix, adaptações de histórias de Zane Grey, foram um grande sucesso). 1924 – O Código dos Homens do Mar / Code of the Sea com Rod La Rocque, Jacqueline Logan. Mãos Magnânimas / Empty Hands com Norma Shearer, Jack Holt. 1925 – A Carga da Caravela do Mal / The Devil’s Cargo com Wallace Beery, Pauline Starke, A Destemida Diana / Adventure com Pauline Starke, Tom Moore e Wallace Beery, Grande é o Poder do Amor / A Son of His Father com Bessie Love, Warner Baxter, Maldição Gloriosa ou Lord Jim / Lord Jim com Percy Marmont, Shirley Mason e Noah Beery. 1926 – Justiça dos Homens, Justiça de Deus / The Blind Goddess com Jack Holt, Ernest Torrence e Esther Ralston, Provocação de Amor / Mantrap com Clara Bow, Ernest Torrence e Percy Marmont. 1927 – Os Libertadores ou Irmãos na Luta, Irmãos no Amor / The Rough Riders com Noah Beery, Charles Farrell, George Bancroft e Mary Astor, Hula / Hula com Clara Bow, Clive Brook, A Tentação da Carne / The Way of All Flesh com Emil Jannings, Belle Bennett. Por sua interpretação neste filme e em A Última Ordem / The Last Command de Josef von Sternberg, Jannings ganhou o Oscar de Melhor Ator.

Gary Cooper e Lupe Velez em A Canção do Lobo

Gary Cooper e Mary Brian em Agora ou Nunca

 

Antes de fazer seus três filmes derradeiros na Paramount em 1929 – Rosa da Irlanda ou Rosa Irlandesa / Abie’s Irish Rose com Charles “Buddy” Rogers, Nancy Carroll, A Canção do Lobo / Wolf Song com Gary Cooper, Lupe Velez e Louis Wolheim e Agora ou Nunca / The Virginian com Gary Cooper, Walter Huston, Mary Brian e Richard Arlen -, Fleming foi emprestado para Samuel Goldwyn, assumindo a direção de O Despertar do Amor ou O Despertar de uma Mulher / The Awakening com Vilma Banky e Walter Byron. Em A Canção do Lobo e Agora ou Nunca, seu primeiro filme falado, Fleming criou a personalidade cinematográfica de Gary Cooper e o ajudou a se tornar um astro.

David O. Selznick, então produtor da Paramount, queria reunir Fleming e Cooper novamente, mas Fleming preferiu aceitar a oferta da Fox, onde fez em 1930 Argila Humana / Common Clay com Constance Bennett, Lew Ayres e Renegados / Renegades com Warner Baxter, Myrna Loy, Noah Beery e Bela Lugosi. Este ano de trabalho na Fox ajudou Fleming a consolidar seu domínio sobre a tecnologia do som e a restabelecer sua amizade com Douglas Fairbanks, dirigindo com ele um travelogue cômico de longa-metragem intitulado Around the World in Eighty Minutes with Douglas Fairbanks / 1931, que consistia em cenas filmadas no Havaí, Japão, Hong Kong, China, Filipinas, Cambodja, Tailândia e India. Cenas adicionais foram filmadas no estúdio de Fairbanks em West Hollywood, incluindo animação (o camondongo Mickey dançando ao som de uma música tailandesa) e efeitos visuais, (entre eles  Fairbanks no tapete voador de O Ladrão de Bagdad / The Thief  of Bagdad / 1924, que ele utiliza como um deus ex machina da narrativa para transportá-lo de volta a Hollywood no final dos 80 minutos de sua aventura através do mund). Além de Fleming, a equipe contava com o treinador de Fairbanks, Chuck Lewis, com o diretor de fotografia Henry Sharp e com o roteirista Robert E. Sherwood. Os atores Sessue Hayakawa e Sojin (o príncipe mongol de O Ladrão de Bagdad) encontravam-se com os viajantes no Japão.

Em outubro de 1931, Fleming  recebeu proposta para se tornar um diretor da MGM, iniciando-se assim uma aliança diretor-estúdio e uma parceria roteirista-diretor (Fleming-John L. Mahin), que se estenderia para a maioria dos filmes sonoros de Fleming. Entre 1932 e 1943 Fleming fez filmes de qualidade artística variada, assinalados a seguir os melhores em negrito: 1932 – … E O Mundo Marcha / The Wet Parade com Dorothy Jordan, Lewis Stone, Robert Young, Lewis Stone; Terra de Paixão / Red Dust com Clark Gable, Jean Harlow, Mary Astor, Gene Raymond. 1933 – A Irmã Branca / The White Sister com Helen Hayes, Clark Gable, Lewis Stone, Edward Arnold.  Mademoiselle Dinamite / Bombshell com Jean Harlow, Lee Tracy, Franchot Tone, Pat O’Brien. 1934 – A Ilha do Tesouro / Treasure Island com Wallace Beery, Jackie Cooper, Nigel Bruce, Lionel Barrymore, Lewis Stone. 1935 – Tentação dos Outros / Reckless com Jean Harlow, William Powell, Franchot Tone. 1937 – Marujo Intrépido / Captain Courageous com Spencer Tracy, Lionel Barrymore, Freddie Bartholomew, Melvyn Douglas, Mickey Rooney. 1938 – Piloto de Provas / Test Pilot com Clark Gable, Myrna Loy, Spencer Tracy, Lionel Barrymore. 1939 – O Mägico de Oz / The Wizard of Oz com Judy Garland, Frank Morgan, Ray Bolger, Bert Lahr, Jack Haley, Billie Burke, Margaret Hamilton.  . … E O Vento Levou / Gone With the Windcom Clark Gable, Vivien Leigh, Leslie Howard, Olivia de Havilland, Thomas Mitchel, Hattie McDaniell. 1941 – O Médico e o Monstro / Dr. Jekyll and Mr. Hyde. Com Spencer Tracy, Ingrid Bergman, Lana Turner, Donald Crisp, Ian Hunter 1954 – Bôemios Errantes / Tortilla Flat com Spencer Tracy, Hedy Lamarr, John Garfield, Frank Morgan, Akim Tamiroff. 1942 – Dois no Céu / A Guy Named Joe / 1943 com Spencer Tracy, Irene Dunne, Van Johnson, Lionel Barrymore.

Jean Harlow e Clark Cable em Terra de paixão

Fleming dirige Terra de Paixão

Terra de Paixão é um melodrama romântico pre-code, misturado com exotismo colonial e comédia, cuja ação transcorre em uma plantação de borracha na Indochina. Dennis Carson (Clark Gable), dono de um seringal, envolve-se amorosamente com uma prostituta exuberante, Vantine (Jean Harlow) e depois com Barbara Willis, esposa sofisticada de Gary Willis (Gene Raymond), engenheiro que trabalha para ele. Convocado para substituir Jacques Feyder, Fleming explorou muito bem a sexualidade insolente de Harlow e a virilidade de Gable, mas quem transmitiu mais sensualidade foi Mary Astor. O filme consolidou a ascenção de Clark Gable para o estrelato.

Jean Harlow e Lee Tracy em Mademoiselle Dinamite

Mademoiselle Dinamite é uma sátira do sistema hollywoodiano, excessivamente falada, mas muito divertida, com alguns inside jokes memoráveis e um compasso ultra acelerado. O filme focaliza uma estrela de cinema, Lola Burns (Jean Harlow), que sonha em mudar de vida. Explorada por sua família, que dilapida seu patrimônio e por um assessor de imprensa superzeloso E. J. “Space Halon (Lee Tracy), que alimenta os jornais com falsos escândalos, para manter sua cliente sempre em evidência,  Lola deseja ter uma existência normal. Quando pretende se casar com um playboy (Franchot Tone) – que odeia cinema, e portanto não a conhecia -, Halon, secretamente apaixonado por ela, dá um jeito de frustrar seu projeto matrimonial e trazê-la de volta para a Usina de Sonhos.

Jackie Cooper e Wallace Beery e m A Ilha do Tesouro

A Ilha do Tesouro é um clássico do cinema de aventura, sem dúvida a melhor adaptação do romance de Robert Louis Stevenson, por sua fidelidade à trama e ao espírito da obra literária, pelos valores de produção e sobretudo pela interpretação truculenta de Wallace Beery como Long John Silver, um vilão com o qual a gente acaba simpatizando. A câmera procura explorar bastante o personagem e as tomadas em que aparece se alongam demasiadamente prejudicando um pouco a cadência do espetáculo, mas não o impede de ser atraente.

Spencer Tracy e Freddie Bartholomew em Marujo Intrépido

Marujo Intrépido é um esplêndida história de iniciação, baseada no livro de Rudyard Kipling, soberbamente encenada por Fleming. O jovem Harvey Cheyne Jr. (Freddie Bartholomew), filho mimado insuportável de um milionário viúvo (Melvyn Douglas) cai no mar durante um cruzeiro com o pai, é recolhido por um barco de pesca, faz amizade com um pescador português chamado Manuel (Spencer Tracy) e, em contato com este homem humilde e a tripulação, recebe lições de vida, mudando sua  maneira de ser. Spencer Tracy esmerou-se na sua composição do pescador Manuel (chegando até a cantar duas cantigas de marinheiro) e arrebatou o Oscar de Melhor Ator. tendo também havido indicação para Melhor Filme e Melhor Roteiro. Fleming mostra muito bem o cotidiano de um barco de pesca e capta belos e empolgantes instantâneos das cenas marítimas.

Spencer Tracy em O Médico e o Monstro

Ingrid Bergman, Spencer Tracy e Lana Turner posam para uma foto de publicidade de O Médico e o Monstro Monstro

O Médico e o Monstro é uma adaptação do romance de Robert Louis Stevenson menos delirante e criativa do que a realizada por Rouben Mamoulian e focalizando mais o aspecto psicológico do que o físico. A transformação do médico quando ele ingere a droga que o transformará em um monstro é um sonho freudiano. Entre seus méritos merecem destaque a fotografia (Joseph Ruttenberg indicado ao Oscar), principalmente a iluminação das cenas noturnas nas ruas de Londres; a interpretação de Tracy como Dr. Jekyll e das duas atrizes que contracenam com ele (louvando-se a idéia da inversão do duplo papel feminino: Lana Turner como Beatrix, a noiva rica e nobre do Dr. Jekyll e Ingrid Bergman como Ivy, a jovem garçonete); e a força emocional que o diretor dá ao relato.

Fleming dirige O Mágico de Oz

Cena de O Mägico de Oz

Fleming dirige Clark Gable e Vivien Leigh em … E O Vento Levou

Clark Gable e Vivien Leigh em … E O Vento Levou

O Mágico de Oz e … E O Vento Levou, como se sabe, não são totalmente de Fleming, mas foi ele que realizou a maior parte destas duas produções dispendiosas e ultra complicadas, enfrentando todas as dificuldades com sua energia e seu profissionalismo. Fleming  inclusive acumulou  a direção de … E O Vento Levou com a supervisão da montagem de O Mágico de Oz e é preciso lembrar também seu trabalho não creditado no socorro a várias filmagens em 1938: retakes de Fibra de Campeão / The Crowd Roars /1938; substituição de Jack Conway, que caiu doente em A Grande Valsa / The Great Waltz e, em 1940: retakes de Com os Braços Abertos / Boys Town / 1940. Embora seis diretores tivessem trabalhado em  … E O Vento Levou, Fleming foi o único creditado, porque assim constava no seu contrato. Entretanto, muita gente em Holywood achou que foi uma injustiça ele ter recebido o crédito sozinho, assim como o Oscar de Melhor Diretor.

Henry Fonda e  Janet Gaynor  em Amor Singelo

Em 1935, Fleming realizou um filme para a Fox, Amor Singelo / The Farmer Takes a Wife, não por ter sido emprestado pela MGM, mas como free lancer. Tal como fez com Gary Cooper e Clark Gable, ele ajudou o ator Henry Fonda (no início de sua carreira no cinema) a mostrar o seu charme para a câmera. Os outros filmes de Fleming para a MGM nos anos quarenta (Boêmios Errantes / Tortilla Flat / 1942, Dois no Ceú / A Guy Named Joe / 1943, Aventura / Aventura / 1945) são entediantes e Joana D’Arc / Joan of Arc  / 1948, que ele fez para a Sierra Pictures (cujos sócios  principais eram Walter Wanger, Fleming e Ingrid Bergman), nas palavras do próprio diretor, foi um desastre – embora tivesse recebido sete indicações para o Oscar e conquistado duas: Melhor Figurino e Fotografia em cores.

Ingrid Bergman em Joana D’Arc

Logo após a estréia de Joana D’Arc, Fleming morreu a caminho do hospital, vitimado por um ataque cardíaco. Apesar de ter sido um conquistador de belas estrelas (sua lista de amantes é  impressionantel), muitos anos depois de um breve casamento aos vinte anos com uma menina de dezesseis, Clara West Strouse, ele contraiu matrimônio em 1933 com Lucille Rosson. O casal teve duas filhas, e permaneceu em tranquilidade doméstica até o falecimento dele, aos 59 anos, em 1949. Mesmo quando Fleming teve seu caso amoroso com Ingrid Bergman, a única mulher que mereceu sua atenção depois de casado.

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