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FORMAÇÃO DA INDÚSTRIA CINEMATOGRÁFICA AMERICANA I

No dia 14 de abril de 1894, o primeiro salão de cinetoscópios foi inaugurado pelos irmãos Holland no nº 1155 da Broadway em Nova York, marcando o início comercial da indústria do cinema nos Estados Unidos.

Thomas Alva Edison

William Kennedy Laurie Dickson

O cinetoscópio era uma máquina na qual um filme de 50 pés (=15,25m) de comprimento e 35 mm de largura, com duração de mais ou menos 20 segundos, podia ser visto por uma pessoa de cada vez, olhando pela abertura de uma caixa de 1,40m de altura. Essa máquina e a câmera que a supria de filmes, denominada cinetógrafo, foram aperfeiçoadas nos laboratórios de Thomas Alva Edison perto de West Orange, New Jersey, pelo seu assistente William Kennedy Laurie Dickson, que foi auxiliado por Charles A. Brown e depois William Heise.

O Cinetoscópio

Entre os primeiros filmes, feitos no estúdio apelidado de “Black Maria” (porque diziam que se assemelhava a um carro de presos ou camburão), incluiam-se: Blacksmith Scene, mostrando três empregados de Edison martelando em uma bigorna e passando uma garrafa de cerveja entre si enquanto trabalham; Edison Kinetoscopic Record of a Sneeze, um close-up de outro empregado de Edison, Fred Otto, encarando a câmera no processo de espirrar; Sandow the Strongman, o famoso homem forte austríaco Eugene Sandow exercitando seus músculos privilegiados em várias posições; Annabelle Butterfly Dance e Annabelle Serpentine Dance executadas por Annabelle Moore; Carmencita Spanish Dance, com a espanhola Carmencita (que havia se tornado uma estrela no vaudeville) exibindo-se em uma dança provocante diante da câmera etc.

Black Maria

Blacksmith Scene

Record of a Sneeze

Eugene Sandow

Annabelle Butterfly Dance

Carmencita

Os salões de cinetoscópios continham duas fileiras de cinco máquinas. O espectador pagava 25 centavos, e ia passando de uma máquina para outra, cada qual com um filme diferente. Se quisesse ver os filmes das dez máquinas, pagava o dobro do ingresso, que logo foi substituído por um sistema automático, no qual o espectador colocava uma moeda na máquina para fazê-la funcionar. Os filmes eram bem primitivos, tanto no conteúdo quanto na forma, mostrando, na sua maioria, performances rápidas de artistas do vaudeville ou do circo, captadas por uma câmera estática. Os cinetoscópios também foram instalados em galerias, verdadeiros centros de diversão (penny arcades) nos quais outros dispositivos de entretenimento, inclusive fonógrafos e máquinas caça-níqueis, custavam um penny, ou seja, um centavo.

Salão de cinetoscópio

A Edison Manufacturing Company começou vendendo os cinetoscópios no mercado aberto. Após algum tempo, um consórcio de empreendedores, que se tornou conhecido como Kinetoscope Company, tendo à frente Norman C. Raff e Frank R. Gammon, adquiriu os direitos para a venda de franquias territoriais nos Estados Unidos e Canadá. Ao mesmo tempo, Frank Z. Maguire e Joseph D. Baucus obtiveram permissão para vender e explorar os cinetoscópios no exterior. Eles fundaram a Continental Commerce Company e iniciaram suas atividades em Londres, expandindo-as em seguida para outras cidades européias.

Corbett x Courtney

Um terceiro grupo, denominado Kinetoscope Exhibition Company, formado por Woodville Latham, seus filhos Otway e Gray e Enoch J. Rector, entrou em negociação com Edison para mostrar lutas de boxe nos cinetoscópios. Utilizando máquinas maiores, com a capacidade aumentada para 150 pés (=45,72m), a firma alcançou muito sucesso com a apresentação do combate entre o campeão de pesos pesados James Corbett e Peter Courtney – cada máquina exibindo um assalto. Corbett, o pugilista bonitão e elegante apelidado de Gentleman Jim, foi a primeira celebridade do mundo a assinar um contrato de exclusividade para o cinema (ou quase-cinema). Ficou decidido que a luta deveria ter precisamente seis assaltos de um minuto cada um e que o sexto assalto deveria ser concluído com um belo nocaute dado pelo astro, James Corbett. Este combate arranjado com antecedência foi o predecessor da construção dramática de um filme, o primeiro passo para fazer as coisas acontecerem para a câmera, em vez de simplesmente filmar os acontecimentos.

Cinetofone

Os negócios com o cinetoscópio prosperaram durante algum tempo, mas logo as vendas começaram a cair. Edison tentou reerguê-las com o lançamento do cinetofone, combinando o cinetoscópio como o fonógrafo, também inventado por ele em 1877. No cinetofone, o espectador olhava as imagens e escutava simultaneamente, através de um fone de ouvido, uma gravação mal sincronizada de um acompanhamento musical. Os assuntos eram sempre danças ou números musicais. Por exemplo, em um filme nunca exibido comercialmente, identificado como Dickson Experimental Sound Film, vemos W. K. L. Dickson tocando violino e dois homens dançando. Entretanto, o cinetofone não obteve o sucesso esperado.

As encomendas do cinetoscópio diminuiram não somente porque o invento deixara de ser uma novidade como também porque outros interesssados na sua exploração, tanto no âmbito doméstico quanto no exterior, haviam obtido imitações das máquinas e as venderam a preços baixos, causando prejuízo aos investidores originais.

Os Irmãos Lumière

Àquela altura, pelos esforços simultâneos dos irmãos Auguste e Louis Lumière (cinematógrafo) na França; Robert William Paul (teatrógrafo, depois denominado animatógrafo) na Inglaterra; Max Skladanowsky (bioscópio) na Alemanha; Woodville Latham, seus filhos Otway e Gray e Enoch J. Rector, auxiliados por W.K.L. Dickson e Eugene Lauste (eidoloscópio); C. Francis Jenkins e Thomas Armat (fantoscópio / vitascópio); W.K.L. Dickson (biógrafo), Edison (projetoscópio ou cinetoscópio projetor) nos Estados Unidos, o projetor de filmes se tornou uma realidade comercial dois anos depois da inauguração do cinetoscópio, surgindo ainda outros  projetores no mercado norteamericano como: magniscope (Edward Hill Amet), kalatechnoscope (William Paley), cineograph (Lubin), polyscope (Selig), optigraph (Enterprise Optical Company), cameragraph (Nicholas Power), projectograph (Nicholas Dresser) etc.

A primeira apresentação de filmes projetados nos Estados Unidos deu-se no dia 21 de abril de 1895, na Frankfort Street em Nova York, nos escritórios da Lambda Company (depois denominada Eidoloscope Company), que passou a explorar o eidoloscópio. Este invento teve o mérito de utilizar um pequeno dispositivo, que resolveu o problema prático da ruptura dos filmes de um certo tamanho, porém a qualidade da projeção era insatisfatória e, abalada por divergências internas, a empresa não conseguiu sobreviver.

VItascópio

Koster and Bial’s Music Hall

O primeiro projetor de sucesso no país foi o vitascópio, que estreou no dia 23 de abril de 1896 no Koster and Bial’s Music Hall na rua 34 com Broadway em Nova York. Entre as seis cenas mostradas, salientou-se Rough Sea at Dover, filmada  na Inglaterra por Birt Acres. Embora anunciado como a “última maravilha” de Edison, ele fora na verdade inventado por C. Francis Jenkins e Thomas Armat. Após uma desavença entre esses dois inventores, Armat se tornou dono exclusivo da patente do fantoscópio – como era denominado o aparelho, antes de ser aperfeiçoado por Armat  e receber a denominação de vitascópio – e fez um acordo com Raff, Gammon e Edison. Este comprometeu-se a fabricar as máquinas e a fornecer os filmes. Raff e Gammon, entendendo que os investidores e o público aguardavam pelo projetor que Edison lhes prometera em várias ocasiões, queriam ligar o nome do famoso inventor ao vitascópio, porque assim teria melhores condições de prosperar comercialmente. Armat e Edison concordaram. Doravante o aparelho ficou conhecido como o “vitascópio de Edison” e um dos filmes mais populares foi The May Irwin Kiss, com dois atores do teatro, May Irwin e John C. Rice, reencenando o climax da comédia musical “The Widow Jones”, quando a viúva e Billie Bikes se beijam.

Thomas Armat

Francis Jenkins

May Irwin Kiss

Em 29 de junho, apenas dois meses após a estréia do vitascópio, o cinematógrafo dos irmãos Lumière foi lançado no Keith’s Union Square Theatre. A máquina inventada por Auguste e Louis Lumière e exibida publicamente pela primeira vez em 28 de dezembro de 1895 no Grand Café do Boulevard des Capucines em Paris, era mais versátil (usada como câmera, projetor e copiadora) e portátil (relativamente leve e acionada manualmente, não dependendo de uma fonte de eletricidade). A facilidade de deslocamento do cinematógrafo permitia a filmagem de cenas de regiões distantes e exóticas e personagens importantes de todo o mundo. Por outro lado, com a câmera / projetor / copiadora, os cinegrafistas dos Lumière podiam filmar instantâneoss nos próprios lugares onde estivessem, tirar cópia dos filmes e exibí-los no mesmo dia, à noite. Esses filmes “de viagens” e de “atualidades locais” deram à firma francesa uma evidente vantagem em termos de competição.

Cinematógrafo

Ainda no mesmo ano, em 12 de outubro, foi lançado o biógrafo, pela American Mutoscope Company, depois renomeada American Mutoscope and Biograph Company, e frequentemente chamada de Biograph. Essa companhia foi fundada em 1895 por Elias B. Koopman, Harry N. Marvin, Herman Cassler e o ex-empregado de Edison, W.K.L. Dickson, e fabricou uma máquina denominada mutoscópio (que usava cartões com imagens fotográficas em vez de tiras de filmes), para competir com o cinetoscópio. Quando o negócio dos cinetoscópios começou a enfrentar dificuldades, o grupo K.M.C.D. (como eles se intitulavam usando as iniciais de seus últimos nomes), construiu o biógrafo, um projetor capaz de mostrar imagens significativamente maiores (70 mm) e mais nítidas do que as de seus precursores.

Mutoscópio

Biógrafo

No momento em que a viabilidade comercial da projeção de filmes ficou comprovada, Edison construiu o seu próprio projetor (projetoscópio ou cinetoscópio projetor) e se separou de Raff e Gammon, vendendo seu aparelho para qualquer pessoa e sem restrições geográficas. Este lance audacioso assinalou o retorno de um Edison mais agressivo. Seus advogados propuseram uma série de ações judiciais contra os concorrentes, alegando que todos os inventores e fabricantes de equipamentos fílmicos e todos os produtores dos Estados Unidos estavam operando com infringência dos direitos de patente que seu constituinte havia assegurado para o cinetoscópio. As principais companhias produtoras (além da Edison e da Biograph surgiram a Vitagraph, Selig, Lubin, Kalem, Essanay etc.), por sua vez, possuíam suas patentes e sustentavam que poderiam continuar operando sem o consentimento de Edison. Elas contestaram as ações de Edison e ao mesmo tempo litigaram entre si, resultando uma enxurrada de processos. Assim se iniciou a chamada Guerra das Patentes, que duraria 11 anos, de 1897 a 1908.

O vitascópio e o cinematógrafo foram inaugurados em teatros de vaudeville como uma das atrações do espetáculo – uma dúzia de filmes, ainda bem curtos, compondo um dos oito números de variedades do programa. Nos anos 1890, foram formados os circuitos tipo Keith, Pantages, Orpheum etc. que, para manterem seus teatros cheios, buscavam sempre novidades.  Como os números que agradavam mais eram os espetáculos visuais – marionetes, produção de sombras com as mãos, “atores” imóveis em poses recriando quadros ou estátuas famosos, apresentação de lanternas mágicas – era natural que os filmes fossem incluídos nos programas.

As companhias que exploravam os projetores foram atraídas pelo vaudeville porque este permitia acesso fácil a um grande público receptivo, notadamente da classe média. Centenas de teatros de costa a costa divertiam mais de um milhão de pessoas por semana, dispensando aquelas empresas de gastarem seu capital de investimento na construção de prédios. O vaudeville ajudou a popularizar os filmes através dos Estados Unidos e serviu como campo de experimentação para os futuros líderes da indústria do cinema.

Historiadores – como Tom Gunning – descrevem esse “cinema e atrações”como um cinema essencialmente “exibicionista”, pois dava mais ênfase à exibição do que à narração.  A maioria dos filmes feitos nesse período eram atualidades ou filmes de truques, nos quais as técnicas da câmera lenta, movimento invertido, substituição etc. eram usadas para encenar núneros de “mágica”. Somente em 1906 a percentagem de filmes narrativos (story films) começou a crescer. Ao contrário dos filmes de atualidades, que dependiam da ocorrência ocasional de acontecimentos reais, os filmes que continham elementos ficcionais podiam ser criados pelos próprios estúdios, garantindo a regularidade da produção. Em 1908, 98% dos filmes contavam histórias.

É preciso esclarecer que os teatros de variedades não foram os únicos locais de projeção de filmes. Exibidores itinerantes percorriam as cidades do interior, exibindo filmes em tendas, circos, parques de diversão, escolas, clubes etc.  Em 1896, Lyman H. Howe organiza a primeira exibição itinerante de fimes pelo interior do país. O maior problema (salvo no caso do cinematógrafo) era o da eletricidade, pois a corrente ou voltagem do motor que fazia o projetor funcionar era quese sempre incompatível como o sistema elétrico de determinadas municipalidades. Em certos casos, a força tinha de ser puxada das linhas de bonde. Como os bondes necessitavam de uma voltagem alta, o projetor ficava sobrecarregado, submetendo o projecionista a choques dolorosos. Em muitas cidades simplesmente não havia eletricidade.

Tallys Electric Theater

Nos grandes centros urbanos, outros empreendedores preferiram transformar os antigos salões de cinetoscópios nos chamados electric theaters, theatoriumse, mais frequentemente, nickelodeons(uma referência ao preço da entrada de cinco centavos), que foram os primeiros cinemas, dedicados exclusivamente à exibição de filmes. Em 1902, Thomas L. Tally inaugurou o Electric Theater em Los Angeles e logo outros cinemas “elétricos” se espalharam pelo país. Entretanto, em 1905, inicialmente nas cidades industriais do Meio-Oeste como Pittsburgh e Chicago, foram abertas, respectivamente por Harry Davis e Eugene Cline, as primeiras salas que ficaram conhecidas como nickelodeons. Muitos futuros magnatas da indústria de cinema (incluindo Carl Laemmle, Louis B. Mayer, Adolph Zukor e William Fox) começaram suas carreiras como donos ou gerentes de nickelodeons.

Hale’s Tour

Uma outra forma de exibição de filmes, que surgiu simultâneamente como os nickelodeons, foi idealizada por George C. Hale, ex-comandante do Corpo de Bombeiros de Kansas City. Hale construiu uma sala como se fosse um vagão ferroviário, decorada internamente como um carro de passageiros, incluindo o bilheteiro. Essa atração, chamada Hale’s Tour and Scenes of the World, começava com uma batida de sinos e o balanço mecânico da sala, simulando o movimento de um trem. As luzes se apagavam e filmes de paisagens, que haviam sido filmadas da plataforma traseira de uma composição verdadeira em alta velocidade, apareciam na tela.  A ilusão de viagem então era produzida para o deleite dos espectadores.

O espetáculo no nickelodeon durava cerca de uma hora e começava em geral com canções ou hinos patrióticos, ilustrados por slides coloridos de lanterna mágica (stereopticon), mostrando as letras das canções e poses de modelos representando trechos das mesmas. Quando um cantor cantava o estribilho dos hinos, a platéia era convidada a participar. Após essas illustrated songs, vinha uma série de filmes de um rolo (10 minutos), alguns já contando uma história ou condensando contos, poemas, óperas ou clássicos da literatura.

 

A música dos nickelodeons era executada ao vivo, geralmente por um pianista / organista ou por pianos, órgãos ou orquestras mecânicos, controlados da cabine de projeção. Algumas salas melhores tinham ainda um pequeno conjunto de cordas e uma equipe de contra-regras providenciando os efeitos sonoros. Outras, apresentavam o filme com atores atrás da tela, recitando os diálogos sincronizados com as imagens (havia uma companhia especializada neste serviço, a Humanophone Company) ou ao lado da tela, explicando a narrativa. Os gerentes que não podiam pagar narradores colocavam à disposição do público, no saguão, as sinopses enviadas pelos produtores na forma de boletins impresssos.

O pianista ou organista, acompanhava a ação do filme, antecipando uma cena de amor, uma perseguição cômica, uma cena de morte ou a corrida para o resgate do herói ou heroína no final da trama. Quando os produtores começaram a distribuir partituras para os músicos acompanharem os filmes, muitos músicos as rejeitaram e continuaram a tocar de acordo como o seu própro gosto ou da platéia. Os músicos e a platéia podiam assim alterar inteiramente o clima e o significado de uma cena. Um drama sério podia ser transformado em uma farsa.

O programa costumava ser interrompido por slides pedindo “As mulheres que estejam de chapéu, queiram por favor retirá-los, para que os outros possam ver. Ou: “Por favor, não ande pesadamente – o assoalho pode ceder”. Ou ainda: Não é permitido falar alto ou assobiar”. No intervalo, um outro aviso comunicava aos espectadores que não seria permitido o assédio a mulheres desacompanhadas: “Se você for molestada enquanto estiver aqui, por favor informe à gerência”. Havia também frequentes interrupções para reparar o filme que se rompia  – acompanhadas por vaias, aplausos e o barulho de pés batendo no chão.

A maioria dos nickelodeons  empregava apenas um projecionista, que trabalhava 12 horas por dia em condições insalubres (a cabine era uma verdadeira fornalha) e perigosas (o nitrato dos filmes inflamava-se facilmente) e ainda tinha de varrer a sala, colocar os cartazes de propaganda na rua antes de começar a sessão, apanhar os filmes na distribuidora ou na estação de trem, e devolver os que já tinham sido usados. Algumas vezes, o projecionista mudava a velocidade do filme ou o passava de trás para a frente, para divertir o público. O projecionista não somente desepenhava um papel criativo crucial, como também era um técnico altamente habilidoso, que podia facilmente se tornar um cameraman: Edwin S. Porter, Billy Bitzer e Albert Smith, por exemplo, estavam entre os muitos projecionistas americanos que mais tarde se tornaram operadores de câmera.

Cabine Projeção em um Nickelodeon

O preço baixo dos ingressos e a duração breve do programa atraíram para os nickelodeons as classes trabalhadoras, nas quais se incluiam os imigrantes. Elas, que haviam conhecido apenas as galerias dos teatros, subitamente sentavam-se na platéia, compartilhando uma experiência coletiva em igualdade de condições com as diferentes classes socioeconômicas de que se compunha o público.

Entretanto, os donos das salas preferiam acolher as classes de maior renda e com mais tempo livre para o lazer, que só viam os filmes nos espetáculos de vaudeville suntuosos (big time vaudeville), em museus de curiosidades como o Eden Musee de Nova York, em programas patrocinados por organizações religiosas ou nas palestras ilustradas (geralmente sobre viagens) de certos conferencistas. Alguns empresários construíram espaços mais limpos e confortáveis que, pelo preço de 10 centavos ou mais, ofereciam um programa misto de filmes e números de vaudeville bem simples, executados por um ou dois artistas por causa da exiguidade de espaço (small time vaudeville). Como vimos anteriormente, já havia existido vaudeville com filmes. A mudança agora estava nas proporções: os filmes foram cada vez mais ocupando a maior parte do programa.

Enoch J. Rector

Corbett x Fitzsimmons

Quando o programa único se tornou comum durante os anos 1897-1898, dois gêneros distintos se impuzeram: lutas de boxe e representações dramáticas da paixão de Cristo (passion plays). O filme de luta de boxe mais famoso foi The Corbett-Fitzsimmons Fight rodado por Enoch. J. Rector com 3 câmeras usando um filme de 63mm (tela larga) e exibido pelo projetor Veriscope, construído especialmente para esta filmagem. Muito conhecida foi a reprodução do drama bíblico tradicionalmente encenado em Ober-Ammergau na Alemanha, produzida por Richard Hollaman (presidente do Eden Museen), dirigida por Henry C. Vincent e fotografada por William Paley no terraço do Grand Central Palace em Nova York.

Passion Play

Até 1912, o cinema ainda era uma pequena indústria, e não se podia distinguir uma organização da produção, da distribuição e da exibição. Os filmes eram vendidos diretamente aos exibidores. Um exibidor pagava 50 dólares ou mais por um filme, que ele exibia até que saturasse o mercado ou que o filme ficasse danificado. Esse método de distribuição obviamente não encorajava a expansão da indústria, pois os custos dos filmes permaneciam relativamente altos em comparação como o seu potencial para gerar renda. Quando a demanda aumentou, os exibidores perceberam que tinham de mudar seus produtos várias vezes por semana e até diariamente. Um meio de superar o problema foi trocar filmes entre eles, para dividir os custos; mas a solução final só ocorreu quando foram criadas as distribuidoras. Harry e Herbert Miles, em San Francisco, organizaram a primeira distribuidora em 1903. Eles compravam um lote de filmes e o alugavam aos exibidores por um quinto do preço do catálogo. A idéia funcionou, para satisfação de todos, e, em 1907, 150 distribuidoras estavam em operação, servindo a todas as áreas do país.

Além das grandes empresas, havia centenas de firmas empenhadas em produzir filmes, importá-los da Europa, ou ainda distribuir e comercializar os filmes domésticos  ou estrangeiros. Outras firmas e particulares se consagraram a inventar  e vender câmeras, projetores e outros instrumentos para fotografar, revelar, copiar e exibir filmes.Uma das práticas comuns era o duping de negativos: um distribuidor ou exibidor alugava uma cópia positiva, mandava para um laboratório clandestino e tirava um negativo fotografado do positivo. Para evitar essa prática, alguns produtores tentaram por algum tempo o expediente de pintar suas marcas nos cenários (e até em árvores, quando a cena era filmada em exteriores) e fotografá-las nas suas produções, esperando – em vão – que o reconhecimento pelo público do seu produto pudesse amendrontar os “espertos”. A marca da Vitagraph era um “V” alado; a da Lubin, uma campainha; a Biograph usava um AB; a Kalem, um sol etc.

Outros exibidores ardilosos, que possuíam mais de um nickelodeon, alugavam um filme para exibição em uma de suas salas, mas planejavam a programação de duas ou mais salas de modo que um boy pudesse ir de bicicleta de uma sala para outra com o filme debaixo do braço. Assim, a sala A exibia um filme às sete horas; a sala B, às oito; a sala C, às nove e, com sorte, o filme chegava à sala D às dez. Ou seja, eles só pagavam o aluguel referente à exibição em uma sala.

Em dezembro de 1908, depois de muitas brigas envolvendo centenas de processos, os representantes das nove companhias principais – Edison, Biograph, Vitagraph (J. Stuart Blackton, Albert E. Smith, William T. Rock), Essanay (George K. Spoor, Gilbert M. Anderson), Kalem (George Kleine, Samuel Long, Frank Marion), Selig (William N. Selig), Lubin (Sigmund Lubin) e as firmas francesas Pathé Frères e Star Film / Méliès (pois os Lumière já haviam saído do Mercado) – juntamente com a Kleine Optical de George Kleine, um importador de filmes, compreendendo que estavam gastando uma fortuna com custos judiciais e que com essa guerra a indústria não podia progredir, assinaram um acôrdo de paz.

Líderes da Motion Picture Patents Company

Sob a liderança conjunta de Edison-Biograph, as companhias se associaram em um consórcio intitulado Motion Picture Patents Company – MPPC e fizeram um pool de 16 patentes pertencentes a todos os produtores, que cobriam filmes, câmeras e projetores, estabelecendo o pagamento de royalties em troca de licenças para o uso dessas patentes. O consórcio entrou em acordo com a Eastman Kodak, a única fabricante de filme virgem de 35 mm de qualidade comercial nos Estados Unidos, que passou a vender sua matéria-prima somente para as produtoras licenciadas. Estas só poderiam alugar (a MPPC acabou com a venda, inclusive para evitar a circulação de cópias estragadas) seus filmes para as distribuidoras licenciadas. As distribuidoras, por sua vez, só poderiam relocar os filmes para os exibidores licenciados. E estes só poderiam usar os projetores patenteados. Toda distribuidora  e exibidor que infringisse essas regras seria excluído do consórcio.

Apesar dessa primeira tentativa de concentração, os produtores e distribuidores independentes continuaram seus negócios, facilitados pela procura crescente de filmes. Um distribuidor de Chicago, Carl Laemmle, desligou-se do truste, importando filmes de produtores europeus não comprometidos com a MPPC e formando sua companhia produtora, Independent Motion Picture Company (IMP), na qual usava o filme virgem dos Lumière então disponível nos Estados Unidos. Além da IMP, surgiram outras companhias independentes como a Centaur (David Horsley); Crescent (Fred Balshofer); New York Motion Picture Company (Fred Balshofer, Adam Kessel, Charles Bauman) com as marcas registradas Bison e depois Kay Bee; Thanhouser (Edwin Thanhouser); Powers (Pat Powers); Nestor (David Horsley); Defender (Wiliam Swanson, Edwin S. Porter, Joseph Engel) com a marca Rex Pictures; American Film Manufacturing (John R. Freuler, Samuel Hutchinson) com a marca Flying A, oferecendo também as comédias Beauty e Vogue, os westerns Mustang e os dramas Clipper; Champion (Mark Dintenfass); Solax (Alice e Herbert Blaché); Majestic (Harry Aitken, Thomas Cochrane); Reliance (Charles Baumann, Adam Kessel); Keystone (Mack Sennett) etc.

Para entrar no mercado, o movimento independente decidiu enfrentar o truste nos seus próprios termos, ou seja, oferecendo programas completos de filmes de um rolo aos cinemas. Foi criada uma distribuidora nacional, Motion Picture Distributing and Sales Company, que depois se dividiria em duas distribuidoras rivais, a Mutual-Film Supply Company (organizada por John R. Freuler e Harry Aitken) e a Universal Film Manufacturing Company (sob a liderança de Carl Laemmle), cada qual com uma dúzia de produtores alinhados com elas, garantindo o suprimento regular do produto. Os programas podiam ser compostos por uma comédia, um western, possivelmente um documentário, e um drama – fornecidos pelos diversos produtores, cada qual especializado em um tipo de filme.

 

Pouco antes da criação da distribuidora dos independentes, o truste havia constituído a General Film Company, uma subsidiária para organizar, em base nacional, a distribuição de filmes licenciados. A General Film comprou a maioria das distribuidoras e eliminou muitas outras, cassando a liberação de filmes para elas. Apenas uma distribuidora resistiu – a Greater New York Film Rental Company, de William Fox. Fox recusou-se a vender sua firma, começou a produzir filmes e entrou com uma ação contra a MPPC. Esta ação não foi decisiva para a derrota do truste, porém desencadeou o caso United States vs. Motion Pictures Patents Company, que iria dissolver formalmente o monopólio em 1918 com base na Lei Sherman Antitruste.

A decisão final, porém, foi quase irrelevante, pois o truste já havia sido derrotado por outros fatores: 1. A deserção da Eastman Kodak, que voltou a vender seus filmes virgens também para os independentes; 2. A perda de suas receitas no exterior devido ao início das hostilidades da Primeira Guerra Mundial; 3. A sua política de não aceitar financiamento dos banqueiros de Wall Street, confiando demais nos próprios recursos; 4. A animosidade entre os licenciados; 5. A competição acirrada com os independentes.

A batalha entre o truste e os independentes para controlar um mercado imensamente lucrativo e em crescimento gerou resultados positivos para o desenvolvimento de toda a indústria cinematográfica: 1. A introdução do estrelismo (star system) e do filme de longa-metragem (feature film); 2. A construção de cinemas maiores e mais luxuosos (movie palaces); e 3. A transferência do centro de produção para Holywood.

 

 

CONTRIBUIÇÃO HÚNGARA PARA O CINEMA MUNDIAL CLÁSSICO II

ATRIZES:

Elisabeth Bergner

Elisabeth Bergner (1897-1986). Trabalhou na Alemanha, Inglaterra, quase sempre sob a direção de seu marido Paul Czinner. Fimes:  Nju-Eine unverstande Frau/ 1924 com Emil Jannings, Conrad Veidt; Der Geiger von Florenz/ 1926 com Conrad Veidt, Nora Gregor; Amores de Duquesa/ 1927 com Agnes Esterházy; Doña Juana/ 1938 com Walter Rilla; Fräulein Else/ 1929 com Albert Basserman; Catarina , a Grande/ The Rise of Catherine the Great/ 1934 com Douglas Fairbanks Jr., Flora Robson; Contudo És Meu/ Escape Me Never/ 1935 com Hugh Sinclar; Como Gosteis/ As You Like It/ 1936 com Laurence Olivier; Lábios Pecadores/ Dreaming Lips/ 1937 com Raymond Massey; Vida Roubada / Stolen Life / 1939 com Michael RedgaveParis Está Chamando/ Paris Calling  /1941 com Randolph Scott (Dir: Edwin L. Marin).

Eva Gabor

Eva Gabor (1919-1995). Nome verdadeiro: Éva Gábor.  Trabalhou nos EUA. Filmes: Aterrisagem Forçada/ Forced Landing/ 1941 com Richard Arlen (Dir: Gordon Wiles); Pecado de Amor/ Song of Surrender/1949 com Wanda Hendrix, Claude Rains (Dir: Mitchell Leisen ; A Máscara do Mágico/ The Mad Magician/ 1954 com Vincent Price (Dir: John Brahm); A Última Vez Que Ví Paris/ The Last Time I SawParis/ 1954 com Elizabeth Taylor, Van Johnson, Walter Pidgeon (Dir: Richard Brooks); Artistas e Modelos/ Artists and Models/ 1955 com Jerry Lewis, Dean Martin, Shirley MacLaine (Dir: Frank Tashlin);  aparição não creditada em A Marca da Maldade/ Touch of Evil/ 1958  (Dir: Orson Welles).

Eva Todor

Eva Todor (1919-2017). Nome verdadeiro: Éva Fodor. A grande estrela do teatro brasileiro, trabalhou em Portugal, Brasil. Filmes: Os Dois Ladrões/ 1960 com Oscarito, Cyll Farney (Dir: Carlos Manga); Pão Amor e …  Totobola/ 1964 com Perla Cristal (Dir: Henrique Campos). Nos anos 2003 e 2008 (que estão fora do período clássico de que estamos tratanto, mas, só por curiosidade), Eva participou ainda de Xuxa Abracadrabra com Xuxa Meneghel (Dir: Moacyr Góes) e Meu Nome Não é Johnny/ 2008 com Selton Melo (Dur: Mauro Lima).

Franciska Gaal

Franciska Gaal (1903-1973). Nome verdadeiro: Franciska Silberspitz. Trabalhou na Alemanha, Áustria, EUA. Filmes: Pimenta Malagueta/ Paprika/ 1932 com Paul Hörbiger (Dir: Carl Boese); Mãezinha / Kleine Mutti / 1935 com Bandi (Dir: Herman Kösterlitz; Desfile de Primavera/ Früjahrsparade/ 1934 com Paul Hörbiger (Dir: Géza von Bolváry); Eva de Calças/ Peter/ 1934 com Felix Bressart (Dir: Herman Kösterlitz); A Pequena Encantada/ Csibi der Fratz/ 1934 com Herbert Hubner (Dir: Max Neufeld, Richard Eichberg); A Pequena Endiabrada/ Fräulein Lilli/1936 com Hans Jaray (Dir: Hans Behrendt); Lafitte, o Corsário/ The Buccaneer/ 1938 com Fredric March (Dir: Cecil B. DeMille); Três Horas de Amor/ The Girl Downstairs/ 1938 com Franchot Tone (Dir: Norman Taurog); Lua de Mel em Paris/Paris Honeymoon/ 1939 com Bing Crosby, Shirley Ross, Edward Everett Horton (Dir: Frank Tuttle).

Ica von Lenkeffy

Ica von Lenkeffy (1896-1955). Trabalhou na Alemanha, Austria, França. Filmes: Boccacios Liebesnächte/ 1920 com Paul Lukas (Dir: Michael Kertesz); Othello/ 1922 com Emil Jannings, Werner Krauss (Dir: Dimitri Buchowetzki); Die Erbin vonTordis/ 1924 com Paul Hartmann (Dir: Robert Dinesen); Fräulein Fran/ 1928 com Renati Renee, Albert von Kestern (Dir: Hans Theyer); Yvette/ 1928 com Thomy Bourdelle, Blanche Bernis (Dir: Alberto Cavalcanti); Souris d’Hôtel/ 1929 com Suzanne Delmas, Arthur Pusey (Dir: Adelqui Millar).

Ilona Massey

Ilona Massey (1910-1974). Nome verdadeiro: Ilona Hajmássy. Trabalhou na Áustria, EUA. Anunciada como “a nova Dietrich”. Filmes: Der Himmel auf Erden/ 1935 com Heinz Rühman (Dir: E. W. Emo); Zirkus Saran/ 1935 com Leo Slezak (Dir: E. W. Emo);Rosalie/ Rosalie/ 1937 com Nelson Eddy, Eleanor Powell   (Dir: W. S. Van Dyke); Balalaika/ Balalaika/ 1939 com Nelson Eddy (Dir: Reinhold Schunzel): Serenata do Amor/ New Wine/ 1941 com Alan Curtis  (Dir: Reinhold Schunzel); Sedutora Intrigante/ International Lady/ 1941 com George Brent (Dir: Tim Whelan); Espião Invisível/ Invisible Agent/ 1942 com John Hall, Peter Lorre; Frankenstein  encontra o Lobishomem/ Frankenstein Meets the Wolf Man/ 1943 com Patrick Knowles, Bela Lugosi, Lon Chaney Jr. (Dir: Roy William Neill); Romance no México/ Holiday in Mexico/ 1947 com Walter Pidgeon, Jane Powell (Dir: George Sidney);   Canção de Duas Vidas/ Northwest Outpost/ 1947  com Nelson Eddy (Dir: Allan Dwan); Os Salteadores/ The Plunderers/ 1948 com Rod Cameron (Dir: Joseph Kane); Loucos de Amor/ Love Happy/ 1949 com os Irmãos Marx (Dir: David Miller).

Kate von Nagy

Käthe von Nagy (1904-1973). Nome verdadeiro: Ekaterina Nagy von Cziser. Trabalhou na Itália, Alemanha, França, Áustria. Filmes: Rotaie / 1929 com Mauricio D’Ancora(Dir: Mario Camerini); Noite / Ich bei Tag und du bei Nacht/ 1932 com Willy Fritsch (Dir: Ludwig Berger); Quero Ser Uma Grande Dama/ Un Jour Viendra/ 1934 com Jean-Pierre Aumont – versão francesa de Einmal eine grosse Dame sein/ 1934 (Dir: Gerhard Lamprecht); Rosas Vienenses/ Der juge Baron Neuhaus  / 1934 com Viktor de Kowa (Dir: Gustav Ucicky); Turandot / Turandot / 1935 com Pierre Blanchar – versão francêsa de Prizessin Turandot/ 1934 (Dir: Gerhard Lamprecht); Glória de um Império/ La Route Imperiale/ 1935 com Pierre Richard-Willm (Dir: Marcel L’Herbier);  Cargaison Blanche/ 1937 com Jean-Pierre Aumont, Jules Berry (Dir: Robert Siodmak).

Lucy Doraine

Lucy Doraine (1898-1989). Nome verdadeiro: Ilona Kovács. Trabalhou na Áustria. Alemanha, EUA. Filmes: Cherchez la Femme/ Herzogin Satanellacom Alphons Fryland (Dir: Michael Curtiz como Michael Kertész); Sodoma e Gomorra/ Sodom und Gomorrha/ 1922 com Victor Varconi (Dir: Michael Curtiz como Mihaly Kertész); Desilusão/ Finale der Liebe/ 1925 com Nils Asher (Dir: Felix Basch); Der Prinz und die Tänzerin/ 1926 com Hans Albers (Dir: Richard Eichberg); A Última Cartada/ Eheskandal im House Fromont/ 1927 com Nora Gregor (Dir: A. W. Sanberg); Adoração/ Adoration  / 1928 com Billie Dove, Antonio Moreno (Dir: Frank Lloyd); Christina / Christina/ 1929 com Janet Gaynor, Charles Morton (Dir: W. K. Howard).

Lya de Putti

Lya de Putti (1897 -1931. Nome verdadeiro: Amália Putti. Trabalhou na Alemanha, Inglaterra, EUA. Filmes: Othello/Othelllo/ 1922 com Emil Jannings (Dir: Dimitri Buchowetski); Phantom/ 1922 com Alfred Abel, Lil Dagover (Dir: F. W. Murnau); Terra em Fogo/ Der brennende Acker/ 1922 com Werner Krauss, Eugen Klöpfer (Dir: F. W. Murnau); Varieté/Varieté/ 1925 com Emil Jannings (Dir: E.A. Dupont); Romance de Comediantes/ Komödianten/ 1925 com Eugen Klöpfler (Dir: Karl Grune); Tristezas de Satanás/ The Sorrows of Satan/ 1926 com Adolphe Menjou, Carol Dempster (Dir: D. W. Griffith); Manon Lescaut/ Manon/ 1926 com Vladimir Bajdarov (Dir: Arthur Robinson); A Dama Escarlate/ The Scarlet Lady/ 1928 com Don Alvarado, Warner Oland (Dir: Alan Crosland); Almas das Ruas/ The / 1929 com Lars Hanson (Dir: Arthur Robison).

Maria Corda

Maria Corda (1898-1976). Nome verdadeiro: Mária Antónia Farkas. Trabalhou na Áustria, Itália, Alemanha, Inglaterra, EUA. Filmes: Samson und Delila/ 1922 com Franz Herterich (Dir: Alexander Korda); Lua de Israel/ Die Slavenkönigin/ 1924 com Adelqui Millar, Arlette Marchal  (Dir: Michael Curtiz como Michael Courtice); Os Últimos Dias de Pompéia/ Gli Ultimi Giorni di Pompei/ 1926 com Victor Varconi, Rina De Liguoro (Dir: Carmine Gallone, Amleto Palermi);  A Vida Privada de Helenade Tróia/ The Private Life of Helen of Troy/ 1927 com Lewis Stone, Ricardo Cortez  (Dir: Alexander Korda); O Amor e o Demônio/ Love and the Devil  / 1929 com Milton Sills (Dir:  Alexander Korda).

Marika Rokk

Marika Rokk (1913-2004). Nascida no Cairo, mas criada em Budapeste. Nome verdadeiro: Marie Karoly Charlotte Rökk. Trabalhou na Inglaterra, Alemanha. Filmes: Why Sailors Leave Home/ 1930 com Leslie Fuller (Dir: Monty Banks); O Estudante Mendigo/ Der Bettelstudentcom Fritz Kemper (Dir: Georg Jacoby); Gasparone/ Gasparone  / 1937 com Johannes Heesters (Dir: Georg Jacoby); Ritmo Ardente/ Und du maien Schatz fährst mit (de)/ 1937 com Hans Sönker (Dir: Georg Jacoby); Alô, Janine !/ Hello Janine/ 1939 com Johannes Heester (Dir: Carl Boese); Noite de Baile/ Es war eine raushende Ballnacht/ 1939 com Zarah Leander, Hans Stüwe (Dir: Carl Froelich); Kora Terry/ 1940 com Will Quadflieg (Dir: Georg Jacoby); Frauen sind doch bessere Diplomaten/ 1941 com Willy Fritsch (Dir: Georg Jacoby).

Sacy von Blondell

Sacy von Blondel(1897-1983). Nome verdadeiro: Megyery Sári. Trabalhou na Alemanha. Filmes: Ramara(série Phantomas)/ 1916 com Erich Kaiser-Titz (Dir: Ernst Matray); Im Reich der Zwerge/ 1916 com Grete Weixler (Dir: Louis Neher); Verworrene Wege/ 1918 com Bruno Ziener (Dir: Eugen Illés); Das Testament des Joe Sivers/ 1922 com Hans Albers (Dir: Conrad Wiene); Der böse Geist/ 1922 com Hans Albers (Dir: Carl Wilhelm); Jeremias/ 1922 com Carl de V. Hundt (Dir: Eugen Illés).

Vilma Banky

Vilma Bánky (1910-1991). Nome verdadeiro: Vilma Koncsics. Trabalhou na   Alemanha, EUA. Filmes:Das schöne Abenteuer / 1924 com Manfred Noa (Dir: Georg Alexander); O Anjo das Sombras/ The Dark Angelcom Ronald Colman (Dir: George Fitzmaurice); O Águia / The Eagle/ 1925 com Rudolph Valentino (Dir: Clarence Brown); O Filho do Sheik/ Son of the Sheik/ 1926 com Rudolph valentine (Dir: George Fitzmaurice); Beijo Ardente/ The Winning of Barbara Worth/ 1926 com Ronald Colman, Gary Cooper (Dir: Henry King); A Noite de Amor/ The Night of Love/ 1927 com Ronald Colman (Dir: George Fitzmaurice); A Chama do Amor/ The Magic Flame/ 1927 com Ronald Colman (Dir: Henry King); Dois Amantes/ TwoLovers/ 1928 com Ronald Colman (Dir: Fred Niblo); O Despertar de uma Mulher/ The Awakening/ 1928 com Walter Byron (Dir: Victor Fleming); Mulher Ideal/ Lady to Love/ 1930 com Edward G. Robinson (Dir: Victor Sjostrom).

Zsa Zsa Gabor

Zsa Zsa Gabor (1917-2016). Nome verdadeiro: Sári Gábor. Trabalhou nos EUA, Alemanha, França, Inglaterra. Filmes: Moulin Rouge/ Moulin Rouge/ 1952 com Jose Ferrer (Dir: John Huston);Lili/ Lili/ 1953 com Leslie Caron (Dir: Charles Walters); O Inimigo Público nº1/ L’Enemi Public nº1 / 1953 com Fernandel (Dir: Henri Verneuil); Luz e Sangue/ Sang et Lumières/ 1953 com Daniel Gélin (Dir: Georges Rouquier); O Rei do Circo / Three Ring Circus / 1954 com Dean Martin, Jerry Lewis(Dir: Joseph Pevney);Destruí Minha Própria Vida/ Death of a Scoundrel/ 1956 com George Sanders, Yvonne De Carlo (Dir: Charles Martin); The Man Who Wouldn’t Talk/ 1957 com Anna Neagle (Dir: Herbert Wilcox); A Marca da Maldade/ Touch of Evil/ 1958  com Charlton Heston, Janet Leigh (Dir: Orson Welles); Rebelião dos Planetas/ Queen of Outer Space/ 1958 com Eric Fleming (Dir: Edward Bernds); Pela Primeira Vez/ For The First Time/ 1959 com Mario Lanza (Dir: Rudoph Mate).

ATORES:

Bela Lugosi

Bela Lugosi (1882-1956). Nome verdadeiro: Béla Ferenc Dezsö Blaskó. Trabalhou na Alemanha e EUA. Filmes: Der Januskopf / 1920 com Conrad Veidt (Dir: F. W. Murnau); Drácula / Dracula/ 1932 com Helen Chandler, David Manners (Dir: Tod Browning); Chandu, o Mágico/ Chandu the Magician/ 1932 com Edmund Lowe, Irene Ware (Dir: William Cameron Menzies);O Gato Preto/ The Black Cat/ 1934 com Boris Karloff (Dir: Edgar G. Ulmer); A Volta de Chandu/ The Return of Chandu/ 1934 com Maria Alba (Dir: Ray Taylor); As 12 Moedas de Confúcio/ The Mysterious Mr. Wong/ 1934 com Wallace Ford (Dir: William Nigh); A Marca do Vampiro/ Mark of the Vampire/ 1935 com Lionel Barrymore, Elizabeth Allan (Dir: Tod Browning); O Corvo/ The Raven/ 1935 com Boris Karloff (Dir: Lew Landers); O Filho de Frankenstein/ Son of Frankenstein/ 1939 com Boris Karloff, Basil Rathbone (Dir: Rowland V. Lee); Ninotchka/ Ninotchka/ 1939 com Greta Garbo, Melvyn Douglas (Dir: Ernst Lubitsch); O Lobishomem/ The Werewolf/ 1941  com Claude Rains, Lon Chaney Jr. (Dir: George Waggner); O Túmulo Vazio/ The Body Snatcher/ 1945 com Boris Karloff, Henry Daniell (Dir: Robert Wise).

Cornel Wilde

Cornel Wilde (1912-1989). Nome verdadeiro: Kornél Lajos Weisz. Trabalhou nos EUA., Itália. Filmes: À Noite Sonhamos/ A Song to Remember/ 1945 com Merle Oberon, Paul Muni (Dir: Charles Vidor), Aladim e a Princesa de Bagdad/ A Tousand and One Nights/ 1945 com Evelyn Keyes (Dir: Alfred E. Green): Amar Foi Minha Ruína/ Leave Her To Heaven/ 1945 com Gene Tierney, Jeanne Crain (Dir: John M. Stahl); O Filho de Robin Hood/ The Bandit of Sherwood Forest/ 1946 com Anita Louise (Dir:  Henry Levin, George Sherman); Noites de Verão/ Centennial Summer/ 1946 com Jeanne Crain, Linda Darnell (Dir: Otto Preminger); Entre o Amor e o PecadoForever Amber/ 1947 com Linda Darnell (Dir: Otto Preminger); A Taverna do Caminho/ Road House/ 1948  com Ida Lupino, Richard Widmark  (Dir: Jean Negulesco): O Maior Espetáculo da Terra/ The Greatest Show on Earth/ 1952 com Betty Hutton (Dir: Cecil B. DeMille): Os Filhos dos Mosqueteiros/ At Swords Point/ 1952 com  Maureen O’Hara (Dir: Lewis Allen); O Império do Crime/ The Big Combo/ 1955 com Richard Conte, Jean Wallace  (Dir: Joseph H. Lewis); As Aventuras de Omar Khayyam/ Omar Khayyam/ 1957  com Depra Paget, Michael Rennie (Dir: William Dierterle); Constantino e a Cruz/ Costantino il grande/ 1961 com Belinda lee, Massimo Serato (Dir: Lionello De Felice); A Prova do Leão/ The Naked Prey/ 1965 (Dir: Cornel Wilde); Desembarque Sangrento / Beach Red/ 1967 (Dir: Cornel Wilde). Além destes dois últimos filmes, Cornel Wilde dirigiu mais seis:  Ódio Entre Irmãos/ Storm Fear/ 1955; O Trampolim do Diabo/ The Devil’s Hairpin/ 1957, Fogo em Maracaibo / Maracaibo/ 1958; Lancelot, o Cavaleiro de Ferro/ Lancelot and Guinevere/ 1963; A Mais Cruel Batalha/ No Blade of Grass/ 1970 e O Tesouro dos Tubarões/ Shark’s Treasure/ 1975.

Harry Houdini

Harry Houdini (1874-1926). Nome verdadeiro: Erik Weisz. Trabalhou nos EUA. Filmes: O Homem de Aço/ The Master Mystery/ 1918; O Salto da Morte/ The GrimGame/ 1919; A Ilha do Terror/ Terror Island/ 1920; O Imortal/ The Man fromBeyond/ 1921. Houdini dirigiu e atuou em Holdane of the Secret Service/ 1923.

Joe Penner

Joe Penner (1904-1941). Nome verdadeiro: József Pintér. Trabalhou mos EUA. Filmes: Mocidade e Música/ College Rhthym/ 1934 com Jack Oakie (Dir: Norman Taurog); Colégio do Sapequismo/Collegiate/ 1936 com Jack Oakie, Frances Langford (Dir: Ralph Murphy); Caras Novas de 1937/ New Faces of 1937com Milton Berle (dir: Leigh Jason); A Alma da Festa/ The Life of the Party/ 1937 com Gene Raymond (Dir: William A. Seiter): Um Susto e Uma Corrida/ Go Chase Yourself/ 1938 com Lucille Ball (Dir: Edward F. Cline); Na Reta de Chegada/ The Day the Bookies Wept/ 1939 com Betty Grable (Dir: Leslie Goodwins); Os Gregos Eram Assim/ The Boys from Syracuse/ 1940 com Allan Jones, Irene Hervey, Martha Raye (Dir: Edward Sutherland).

Paul Horbiger

Paul Hörbiger (1894-1981). Trabalhou na Alemanha, Áustria, Inglaterra. Filmes: Redenção/ Liebelei / 1927 com Magda Schneider (Dir: Max Ophuls); Os Espiões/ Spione/ 1928 com Rudolf Klein- Rogge, Willy Fritsch (Dir: Fritz Lang); Rapsódia Húngara/ Ungarishe Rhapsodie/ 1928 com Lil Dagover, Willy Fritsch (Dir: Hans Schwarz); Flor do Asfalto/ Asphalt / 1929 com Gustav Frölich (Dir: Joe May); Dois Corações ao Compasso de Valsa/ Zwei Hergzen im ¾ Takt/1934 com Willi Forst, Walter Jenssen (Dir: Géza von Bolváry); O Congresso Dança/ Der Kongress tanzt/ 1931 com Lilian Harvey, Willy Fritsch, Conrad Veidt (Dir: Erik Charrell); A Princesa das Czardas/ Die Czardas fürstin/ 1934 com Martha Eggerth (Dir: Georg Jacoby);  Meu Coração Te ChamaMein Herz ruft nach dir/ 1934 com Jan Kiepura, Mártha Eggerth (Dir: Carmine Gallone); Valsa do Amor/ Königwalzer/ 1935 com Curd Jurgens, Carola Höhn (Dir: Herbert Maish); Wen die Götter lieben/ 1936 com Hans Holt (Dir: Karl Hartl);   Die Grosse Liebe/ 1942 com Zarah Leander, Viktor Staal (Dir: Rolf Hansen); As Três Meninas de Schubert/ Drei Mäderl um Schubert/ 1936 com Greti Theimer (Dir: E. W. Emo); O Terceiro Homem/ The Third Man/ 1948 com Joseph Cotten, Orson Welles, Alida Valli (Dir Orson Welles).

Paul Lukas e Jennifer Jones

Paul Lukas (1894-1971). Nome verdadeiro: Pál Lukács. Trabalhou na Áustria, Alemanha, Inglaterra, EUA. Filmes: Samson und Delila/ 1922 com Maria Corda (Dir: Alexander Korda); Anjo Pecador/ Shopworn Angel com Nancy Carroll, Gary Cooper (Dir: Richard Wallace); Ruas da Cidade/ City Streets/ 1930 com Gary Cooper, Sylvia Sidney (Dir: Rouben Mamoulian); A Dama Errante/ A Passport to Hell/ com Elissa Landi (Dir: Frank Lloyd); Fogo de Outono/Dodsworth/ 1936 com Walter Huston, Ruth Chatterton (Dir: William Wyler); A Dama Oculta/ The Lady Vanishes/ 1938 com Michael Redgrave, Margaret Lockwood (Dir: Alfred Hitchcock); Confissões de um Espião Nazista/ Confessions of a Nazi Spy/ 1939  com Edward G. Robinson, George Sanders, Francis Lederer; Horas deTormentaWatch on the Rhine/ 1943 com Bette Davis (Dir: Herman Shumlin); Endereço Desconhecido/ Address Unknown/ 1944 com Mady Christians (Dir: William Cameron Menzies); Expresso para Berlim / Berlin Express/ 1948 com Merle Oberon, Robert Ryan (Dir: Jacques Tourneur);  Vinte Mil Léguas Submarinas/ 20.000 Miles Under the Sea/ 1954 com Kirk Douglas, James Mason (Dir: Richard Fleischer); Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse/ The Four Horsemen of the Apocalypse/ 1962 com Glenn Ford, Ingrid Thulin, Paul Henreid, Charles Boyer (Dir: Vincente Minnelli); Lord Jim/ Lord Jim/ 1965 com Peter O’Toole (Dir: Richard Brooks).

Peter Lorre

Peter Lorre (1904-1964). Nome verdadeiro: Lásló Löwenstein. Trabalhou na Alemanha, Inglaterra, EUA. Filmes:  M- O Vampiro de Dusseldorf  / M- Eine stadt sucht einem Mörder/ 1931 com Otto Wernicke (Dir: Fritz Lang); O Homem Que Sabia Demais/ The Man Who Knew Too Much/ 1934 com Leslie Banks (Dir: Alfred Hitchcock); Dr.Gogol, o Médico Louco/ Mad Love/ 1935 com Frances Drake, Colin Clive (Dir: Karl Freund); Assassino sem Culpa/ Crime and Punishment/ 1935 com Edward Arnold (Dir: Josef von Sternberg); Relíquia Macabra/ The Maltese Falcon/ 1941 com Humprey Bogart, Mary Astor (Dir: John Huston); Máscara de Fogo/ Face Behind the Mask/ 1941 com Evelyn Keyes (Dir: Robert Florey); Casablanca/ Casablanca/ 1942 com Humphrey Bogart, Ingrid Bergman, Paul Henreid (Dir: Michael Curtiz): Máscara de Dimitrios/ The Mask of Dimitrios/ 1944 com Sidney Greenstreet, Zachary Scott (Dir: Jean Negulesco); Três Desconhecidos/ Three Strangers/ 1946 com Sidney Greenstreet, Geraldine Fitzgerald (Dir: Jean Negulesco); Justiça Tardia/ The Verdict/ 1946 com Sidney Greenstreet (Dir: Don Siegel). Lorre protagonizou a série Mr. Moto e dirigiu um filme: Der Verlorene/ 1951, no qual atuou também como ator.

Humphrey Bogart e S.Z. Sakall

S. Z. Sakall (1883-1965). Nome verdadeiro: Szöka Szakáli. Trabalhou na Alemanha, EUA. Filmes: Familientag im Hause Prellstein/ 1927 com Erika Glässner (Dir: Hans Steinhoff); Dois Corações ao Compasso de Valsa/ Zwei Herzen im Dreiviertel-Takt/ 1930 com Willi Forst, Walter Janssen (Dir: Géza von Bolvary); Frühlingsstimmen / 1933 com Adele Kem (Dir: Paul Fejos); Sinfonia do Amor/ Kaiserwalzer/ 1933 com Martha Eggert (Dir: Frederik Zelnik); Parada da Primavera/ Spring Parade/ 1940 com Deanna Durbin (Dir: Henry Koster); Uma Noite no Rio/ That Night in Rio/ 1941 com Alice Faye, Don Ameche , Carmen Miranda (Dir: Irving Cummings); Bola de Fogo/ Ball of Fire/ 1941 com Gary Cooper, Barbara Stanwyck (Dir: Howard Hawks); Sete Noivas/ Seven Sweethearts/ 1942 com Kathryn Grayson, Van Heflin, Marsha Hunt (Dir: Frank Borzage); As Irmãs Dolly/ The Dolly Sisters/ 1945 com Betty Grable, June Haver, John Payne (Dir: Irving Cummings); Bonequinha Linda/ Oh, You Beautiful Doll/ 1949 com Mark Stevens, June Haver (Dir: John M. Stahl); No, No Nanette/ Tea for Two/ 1950 com Doris Day, Gordon MacRae (Dir: David Butler); Montana, Terra Proibida/ Montana/ 1950 com Errol Flynn, Alexis Smith (Dir: Ray Enright).

Victor Varconi

Victor Varconi (1891-1976). Nome verdadeiro: Mihály Várkonyl. Trabalhou na Alemanha, Austria, Itália, EUA. Filmes: Herren der Mere/ 1922 com Maria Corda (Dir: Alexander Korda); Sodoma e Gomorra/ Sodom und Gomorrah/ 1922 com Lucy Doraine  (Dir: Mihály Kertész): Os Últimos Dias de Pompéia/ Gli Ultimi Giorni diPompei/ 196 com Rina De Liguoro (Dir: Carmine Gallone); O Barqueiro do Volga/ The Volga Boatman/ 1926 com William Boyd, Elinor Fair (Dir: Cecil B. DeMille); Rei dos Reis/ The King of Kings/ 1927 com H. B. Warner (Dir: Cecil B. DeMille);  A Divina Dama / The Divine Lady / 1929 com Corinne Griffith (Dir; Frank Lloyd);  Amor Eterno / Eternal Love/ 1929 com John Barrymore, Camilla Horn (Ernst Lubitsch); Der Rebell / 1932 com Luis Trenker, Luise Ullrich (Dir: Kurt Bernhardt, Edwin H. Knopf, Luis Trenker.

MÚSICOS:

Joseph Kosma

Joseph Kosma (1905-1969). Nome verdadeiro: József Kozma. Trabalhou na França. Filmes:  A Grande Ilusão/ La Grande Illuson/ 1937 com Pierre Fresnay, Erich von Strohein, Jean Gabin (Dir: Jean Renoir); A Besta Humana/ La Bête Humaine/ 1938 com Jean Gabin, Simone Simon (Dir: Jean Renoir); A Regra do Jogo / La Règle du Jeu/ 1939 com Marcel Dalio, Nora Gregor, Jean Renoir (Dir: Jean Renoir);Os Visitantes da Noite / Les Visiteurs du Soir/ 1942 com Alain Cuny, Arletty, Marie Déa, Jules Berry (Dir: Marcel Carné); Portas da Noite/ Les Portes de la Nuit/ 1946 com Pierre Brasseur, Yves Montand, Serge Reggiani (Dir: Marcel Carné); História de um Pecado/ Bethsabée / 1947 com Danielle Darrieux, Georges Marchal (Dir: Léonide Moguy); Os Amantes de Verona/ Les Amants de Vérone/1949 com Pierre Brasseur, Serge Reggiani, Anouk Aimée (Dir: André Cayatte); Lembranças do Pecado/ Souvenirs Perdus/ 1950 com Pierre Brasseur, Danièle Delorme, Edwige Feuillère, Gérard Philipe (Dir: Christian-Jaque); Mães Modernas/ Le Cas du Docteur Laurent/ 1957 com Jean Gabin, Nicole Courcel (Dir: Jean-Paul le Chanois).

Karl Hajos

Karl Hajos (1889-1950). Trabalhou nos EUA. Filmes: O Capanga de Hitler/ Hitler’s Madman/ 1943 com John Carradine, Patricia Morison, Alan Curtis (Dir: Douglas Sirk); O Que Matou Por Amor /Summer Storm/ 1944 com Linda Darnell, George Sanders (Dir: Douglas Sirk); Nevoeiro/ Fog Island/ 1945 com George Zucco, Lionel Atwill (Dir: Terry Morse); dois filmes da série The Falcon: Encontro com a Morte/ Appointment with Murder/ 1948 e Search for Danger/ 1949 ambos com John Calvert e direção de Jack Bernhard; Kill or Be Killed/ 1950 com Lawrence Tierney (Dir: Max Nossek).

Miklos Rosa

Miklós Rósza (1907-1995). Trabalhou na França, EUA, Inglaterra, EUA. Filmes: As Quatro Penas Brancas/ The Four Feathers/ 1939 com John Clements, June Duprez, Raph Richardson (Dir: Zoltan Korda); O Ladrão de Bagdad/ The Thief of Bagdad / 1940 comSabu, Conrad Veidt, John Justin, June Duprez (Dir: Ludwig Berger, Michael Powell, Tim Whelan);Cinco Covas no Egito / Five Graves to Cairo /1943 comFranchot Tone, Erich Von Stroheim, Anne Baxter (Dir: Billy Wilder);Pacto de Sangue/ Double Indemnity/ 1944 com Edward G. Robinson, Fred MacMurray, Barbara Stanwyck (Dir: Billy Wilder); Farrapo Humano/ The Lost Weekend/ 1945 com  Ray Milland. Jane Wyman (Dir: Billy Wilder); Quando Fala o Coração/ Spellbound/ 1945 com Gregory Peck, Ingrid Bergman (Dir: Alfred Hitchcock);Assassinos/ The Killers/ 1946 com Burt Lancaster, Ava Gardner, Edmond O’Brien (Dir: Robert Siodmak);Fatalidade/ A Double Life  / 1947 com Ronald Colman, Signe Hasso, Edmond O’Brien (Dir: George Cukor); O Segredo da Porta Fechada/ Secret Beyond the Door/ 1947;com Michael Redgrave, Joan Bennett (Dir: Fritz Lang);  Cidade Nua/ The Naked City/ 1948 com Don Taylor, Barry Fitzgerald, Howafrd Duff (Dir: Jules Dassin); Baixeza/ Criss Cross/ 1949 com Burt Lancaster, Yvonne De Carlo, Dan Duryea (Dir: Robert Siodmak); A Sedutora Madame Bovary/ Madame Bovary/1949 com Jennifer Jones, Van Heflin, James Mason (Dir: Vincente Minnelli);  O Segredo das Jóias / The Asphalt Jungle/ 1950 com  Sterling Hayden, Jean Hagen, Louis Calhern, Sam Jaffe (Dir: John Huston); Quo Vadis/ Quo Vadis/ 1951 com Robert Taylor, Deborah Kerr, Peter Ustinov (Dir: Mervyn Le Roy); Ivanhoé, o Vingador do Rei/ Ivanhoe/ 1952 com Robert Taylor, Elizabeth Taylor, George Sanders, Joan Fontaine (Dir: Richard Thorpe); O Tesouro de Barba Rubra/ Moonfleet/ 1955 com Stewart Granger, George Sanders (Dir: Fritz Lang); Sede de Viver/ Lust forLive/ 1956 com Kirk Douglas, Anthony Quinn (Dir: Vincente Minnelli); Ben-Hur/ Ben-Hur/ 1959 com Charlton Heston, Stephen Boyd, Jack Hawkins (Dir: William Wyler); El Cid  / El Cid/ 1961 com Charlton Heston, Sofia Loren, Raf Vallone, Geneviève Page (Dir: Anthony Mann); O Rei dos Reis/ King of Kings/ 1961 com Jeffrey Hunter, Siobhan McKenna, Hurd Hatfield, Viveca Lindfors (Dir: Nicholas Ray); A Vida Íntima de Sherlock Holmes/ The Private Life ofSherlock Holmes/ 1970 com Robert Stephens, Colin Blakely, Christopher Lee, Geneviève Page (Dir: Billy Wilder).

DIRETORES DE ARTE:

Alexandre Trauner

Alexandre Trauner (1906-1993). Nome verdadeiro: Sandór Trau. Trabalhou na França, EUA. Filmes:  A Dama de Malaca/ La Dame de Malacca/ 1937 com Edwige Feuillère, Pierre Richard Willm (Dir: Marc Allégret); Família Exótica / Drôle de Drame / 1937 com Louis Jouvet, Françoise Rosay, Michel Simon; Cais das Sombras/ Quai des Brumes/1938 com Jean Gabin, Michèle Morgan, Michel Simon, Jean-Louis Barrault; Hotel do Norte/Hotel du Nord/ 1938 com Louis Jouvet, Annabella, Arletty, Jean-Pierre Aumont (os três dirigidos por Marcel Carné); Águas Tempestuosas/ Remorques/1941 com Jean Gabin, Michèle Morgan, Madeleine Renaud (Dir: Jean Grémillon); O Boulevard  do Crime / Les Enfants du Paradis/ 1945 com Jean-Louis Barrault, Arletty, Pierre Brasseur ;  Portas da Noite/ Les  Portes de la Nuit/ 1946 com Yves Montand, Pierre Brasseur, Serge Reggiani (ambos dirigidos por Marcel Carné); A Cínica/ Manèges / 1950 com Simone Signoret, Bernard Blier (Dir: YvesAllégret); Paixão Abrasadora /La Marie du Port/  1950 com Jean Gabin, Blanchette Brunoy, Nicole Courcel;  Juliette ou La Clef des Songes/ 1951 com Gérard Philipe, Suzanne Cloutier  (ambos dirigidos por Marcel Carné);  Otelo/ Othelo/ 1951 com Orson Welles, Suzane Cloutier, Michéal MacLiammóir (Dir: Orson Welles); Mais Forte que a Morte/ Act of Love/ 1953 com Kirk Douglas, Dany Robin, Gabrielle Dorziat (Dir: Anatole Litvak); Rififi/ Du Rififi Chez les Hommes/ 1955 com Jean Servais, Janine Darcey (Dir: Jules Dassin); A Voz do Sangue/ Behold a Pale Horse  / 1964 com Gregory Peck, Anthony Quinn, Omar Shariff (Dir: Fred Zinnemann); A Noite dos Generais/ The Night of the Generals/ 1967 com Peter O’ Toole, Omar Sharif (Dir: Anatole Litvak);  A Vida Íntima de Sherlock Holmes/ The Private Life of Sherlock Holmes/ 1970 com Robert Stephens, Colin Blakely, Christopher Lee, Geneviève Page (Dir: Billy Wilder); O Homem Que Queria Ser Rei /The Man Who Would be King / 1975 com Sean O’Connery, Michael Caine, Christopher Plummer (Dir: John Huston).

Ernö Metzner

Ernö Metzner (1892-1953). Trabalhou na Alemanha, Inglaterra, EUA. Filmes: Sumurun/ Sumurun/ 1920 com Pola Negri, Paul Wegener, Jenny Hasselquist (Dir: Ernst Lubitsch); Amores de Faraó/ Das Weib des Pharao/ 1922 com Emil Jannings, Dagny Servaes, Harry Liedtke (dir: Ernst Lubitsch); Geheimnisse einer Seele/ 1926 com Werne Krauss (Dir: G. W. Pabst); Tagebuch einer Verlorenen/ 1929 com Louise Brooks, Fritz Rasp (Dir: G. W. Pabst); Die weisse Hölle vom Piz Palú  / W. Pabst); Guerra! Flagelo de Deus/ Westfront 1918/ 1930 com Fritz Kampers, Gustav Diesel (Dir: G. W. Pabst); Kameradschaft/ 1931 com Alexander Granach, Fritz Kampers (Dir: G. W. Pabst); Atlântida/ L’Atlantide/ 1932 com Brigitte Hellm, Pierre Banchar (Dir: G. W. Pabst); O Tempo é uma Ilusão/ It Happened Tomorrow/ 1944 com Dick Powell, Linda Darnel, Jack Oakie (Dir: René Clair); Covardia/ The Macomber Affair/ 1947 com Gregory Peck, Joan Bennett, Robert Preston (Dir: Zoltan Korda).

Vincent Korda

Vincent Korda (1897-1979). Nome verdadeiro: Vincze Kellner. Irmão de Alexander e Zoltan Korda. Trabalhou na Inglaterra, França, EUA. Filmes: Marius/ 1931 com Pierre Fresnay, Raimu (Dir: Alexander Korda); Os Amores de Henrique VIII/ The Private Life of Henry VIII/1933 com Charles Laughton, Robert Donat (Dir: Alexander Korda); Catarina, a Grande / The Rise of Catherine the Great / 1934; O Pimpinela Escarlate/ The Scarlet Pimpernel/1934 com com Leslie Howard, Merle Oberon, Raymond Massey (Dir: Harold Young); Um Fantasma Camarada/ The Ghost Goes West/ 1935 cm Robert Donat, Jean Parker (Dir: René Clair); Rembrandt/Rembrandt/ 1936 com Charles Laughton, Gertrude Lawrence, Elsa Lanchester (Dir: Alexander Korda); Daqui a Cem Anos/ Things to Come/ 1936 com Raymond Massey, Ralph Richardson ( Dir: William Cameron Menzies);  As Quatro Penas Brancas/ The Four Feathers/ 1939 com Ralph Richardson, John Clements, June Duprez (Dir: Zoltan Korda); O Ladrão de Bagdad/ The Thief of Bagdad/ 1940 com Sabu, Conrad Veidt,  John Justin, June Duprez (Dir: Ludwig Berger, Michael Powell, Tim Whelan); O Ídolo Caído/ The Fallen Idol/ 1948 com Ralph Richardson, Michèle Morgan (Dir: Carol Reed); O Terceiro Homem/ The Third Man/ 1949 com Joseph Cotten, Alida Valli, Trevor Howard, Orson Welles (Dir: Orson Welles); Quando o Coração Floresce/ Summertime/ 1955 com Katharine Hepburn, Rossano Brazzi, Isa Miranda (Dir: David Lean).

William S. Darling

William S. Darling (1882-1963). Nome verdadeiro: Wilmos Béla Sandorház. Trabalhou nos EUA. Filmes: Sua Majestade a Mulher / Fig Leaves/ 1926 com George O’Brien, Olive Borden (Dir: Howard Hawks); Uma Garota em Cada Porto/ A Girl in Every Port/ 1928 com Victor MacLaglen, Louise Brooks (Dir: Howard Hawks); Os Quatro Diabos/ Four Devils/ 1928 com Janet Gaynor, Mary Duncan, Barry Norton (Dir: F. W. Murnau); O Passaporte Amarelo/ The Yellow Ticket/ 1931 com Elissa Kandi, Lionel Barrymore, Laurence Olivier (Dir: Raoul Walsh); Cavalgada/ Cavalcade/ 1933 com Diana Wyniard, Clive Brook (Dir: Frank Lloyd); Um Romance em Budapeste/ Zoo in Budapest/ 1933 com Loretta Young, Gene Raymond (Dir: Rowland V. Lee); Peregrinação/ Pilgrimage/ 1933 com Henrietta Grossman (Dir: John Ford); Paixão de Zíngaro/ Caravan/ 1934 com Charles Boyer, Loretta Young (Dir: Erik Charell); Nas Águas do Rio/ Steamboat by the Bend/ 1935 com Will Rogers, Anne Shirley (Dir: John Ford); O Prisioneiro da Ilha dos Tubarões/ The Prisoner of Shark Island/ 1936 com Warner Baxter, Gloria Stuart (Dir: John Ford); Sob Duas Bandeiras/ Under Two Flags/ 1936 com Ronald Colman, Claudette Colbert, Victor MacLaglen (Dir: Frank Lloyd); Lloyd’s de Londres/ Lloyds of London/ 1936 com Tyrone Power, Madeleine Carroll (Dir: Henry King); Na Velha Chicago/ In Old Chicago/ 1938 com Tyrone Power, Alice Faye, Don Ameche (Dir: Henry King); As Chuvas Chegaram/ The Rains Came/ 1939 com Tyrone Power, Myrna Loy, George Brent (Dir: Clarence Brown); As Chaves do Reino/ The Keys of the Kingdom/ 1944 com Gregory Peck, Thomas Mitchell, Vincent Price (Dir: John M. Stahl); Anna e o Rei do Sião/ Anna and the King of Siam/1946 com Irene Dunne, Rex Harrison, Linda Darnell (Dir: John Cromwell).