Robert Bresson (Bromont-Lamothe, 1907- Paris, 1999) situou-se em uma posição excepcional no cinema francês e mundial tanto por suas obras como por sua personalidade. Era um caso particular, um cineasta fechado em si mesmo, que nunca fez a menor concessão na busca do seu ideal estilístico, de fazer um cinema despojado e austero, uma forma de antiespetáculo cinematográfico, para exprimir plasticamente o seu universo trágico.
Bresson estudou no Lycée Lakanal de Sceaux e foi fotógrafo e pintor, antes de trabalhar no cinema. Aos 32 anos atuou como dialoguista de C’était un Musician, 1933 (Dir: Fred Zelnick, Maurice Gleize). Em 1934, dirigiu Les Affaires Publiques, média-metragem burlesco-surrealista envolvendo o chefe de governo de um país fictício, interpretado pelo palhaço Béby. Foi co-roteirista de Les Jumeaux de Brighton / 1936 (Dir: Claude Heymann) e Courrier Sud / 1937 (Dir: Pierre Billon), e assistente de Henri Diamant-Berger em La Vierge Folle / 1938, e de René Clair em um filme inacabado (Air Pur / 1939). Em 1943, realizou seu primeiro longa-metragem, Anjos das Ruas / Les Anges du Peché, e, logo em seguida, As Damas do Bois de Boulogne (na TV) / Les Dames du Bois de Boulogne / 1945, filmes que ainda foram feitos dentro do “cinema de qualidade” da época, porém já demonstrando o rigor e a sobriedade de sua escritura.
Suas próximas obras evidenciaram, mais do que nunca, o seu gosto pela perfeição levado à extrema minúcia e a sua preocupação em captar a beleza de uma aventura humana interior. Era um cineasta exigente, altivo, interessado em encontrar uma forma libertada dos códigos narrativos, forjados no começo do sonoro. “O que eu busco”, disse ele, “não é tanto a expressão por gestos, a palavra, a mímica, mas, sim, a expressão pelo rítmo e pela combinação das imagens”.
Neste artigo prestamos uma homenagem ao grande cineasta, relembrando alguns de seus melhores filmes:
ANJOS DAS RUAS / LES ANGES DU PÉCHÉ.
Para se tornar uma religiosa, Anne-Marie (Renée Faure) escolhe o convento das Irmãs de Béthanie, consagrado à reabilitação de detentas. Thérése (Jany Holt), uma ex-detenta, mata o amante por vingança e se refugia no convento. Anne-Marie acolhe-a com alegria. Pouco depois, Anne-Marie se recusa a fazer uma penitência, que considera injusta, e é expulsa da ordem. As irmãs a descobrem inanimada sobre a tumba do fundador do convento, onde vinha rezar todas as noites. Anne-Marie não tem forças para pronunciar os seus votos definitivos. Thérèse os pronuncia em seu nome e depois se entrega à polícia.
Recusando-se a proporcionar ao público um espetáculo, Bresson consagrou seu filme inteiramente ao drama interior de Anne-Marie e de Thérèse. Há também um aspecto documentário – os detalhes da vida conventual espalhados ao longo da narrativa, como a tomada de hábito, sorteio das sentenças, capítulo das culpas, recreação no claustro ou no jardim, conselho do convento, trabalho das religiosas etc. -, mas ele é sempre secundário. Serve apenas como pano de fundo de um conflito espiritual. A conversão de Thérese por Anne-Marie é o verdadeiro tema do filme. O diretor descarta tudo o que não se relaciona com esse confronto com um rigor pouco visto no cinema.
DAMAS DO BOIS DE BOULOGNE, AS (TV) / LES DAMES DU BOIS DE BOULOGNE.
Hélène (Maria Casarès), uma jovem viúva, fica sabendo que seu amante, Jean (Paul Bernard), não a ama mais. Eles se separam amigavelmente, mas Hélène só pensa em se vingar. Ela faz com que Jean encontre por acaso no Bois de Boulogne uma dançarina, Agnès (Elina Labourdette), filha de Madame D (Lucienne Bogaert), uma de suas antigas relações mundanas, que agora está na pobreza. Para sobreviver e sustentar a mãe, Agnès se prostitui. Hélène procura tornar esses encontros de Agnès com outros homens mais frequentes. Agnès e Jean se casam. No final da cerimônia, Hélène revela a verdade para Jean: o anjo de pureza é uma mulher perdida.
Bresson transpôs para os anos 40 uma anedota contada por Diderot no século XVIII em seu romance filosófico Jacques le Fataliste. De uma aventura licenciosa apresentada como um estudo de costumes, ele quís fazer uma tragédia moderna, descartando toda ressonância social. O cineasta se interessou mais pelas maquinações de uma mulher despeitada. O tema do filme é o triunfo do amor sobre o ódio. A vingança de Hélène é insuficiente para abafar o amor que surge entre Jean e Agnès. Na encenação, persiste o estilo jansenista do diretor: as paredes brancas e nuas, a iluminação bem contrastada, as portas, as janelas, as vidraças que encerram Hélène como uma prisão – a prisão do seu orgulho, de sua paixão, de sua vingança.
LE JOURNAL D ‘UN CURÉ DE CAMPAGNE.
O vigário da aldeia de Ambricourt (Claude Laydu) chega à sua primeira paróquia com um imenso fervor sacerdotal. Seus esforços para conhecer os paroquianos são mal acolhidos por eles, aos quais não inspira confiança e não consegue se impor. Doente, ele encontra na pessoa do vigário (Armand Guibert) de Torcy, uma aldeia vizinha, o conforto moral de que necessita para a sua solidão. Seu zelo, sua fé lhe permitem salvar a alma da condessa de Ambricourt (Marie-Monique Arkell), porém desperta o ódio do conde (Jean Riveyre) e de sua filha, Chantal (Nicole Ladmiral), que o caluniam.
A ação se desenrola graças às introspecções que o padre coloca no seu diário. Cada uma das frases é recitada por ele ao mesmo tempo que a imagem mostra os fatos e transmite o seu estado d’alma. Fazendo-nos ouvir a sua voz como um refrão, Bresson intensifica a sua intimidade e a sua solidão e nos faz sentir com maior emoção o seu drama interior. A mensagem essencial do filme é a aventura espiritual do jovem pároco, isolado no meio dos homens e diante de Deus. Seu “solilóquio angustiado” e as diversas etapas do seu calvário são transmitidos com a precisão de um mecanismo de relógio por um cineasta empenhado em ampliar os limites da criação artística.
UM CONDENADO À MORTE ESCAPOU / UN CONDAMNÉ À MORT SE’ST ECHAPPÉ.
Em 1943, preso pelos alemães por atos de resistência, o tenente Fontaine (François Leterrier) é conduzido para o forte de Montluc em Lyon. Ele é encarcerado e, obstinadamente, prepara uma fuga. Convocado para a sede da Gestapo, as autoridades lhe informam sobre sua condenação à morte. Ao retornar à prisão, Fontaine verifica que colocaram um outro prisioneiro na sua cela: Jost (Charles Le Clainche)e, um jovem Waffen-SS preso por deserção. Após certa hesitação, ele confia em Jost e os dois conseguem escapar, transpondo o muro. Fontaine e Jost, livres, desaparecem na noite.
Fontaine está inteiramente concentrado na realização de seu destino bem determinado, que é a sua fuga. Esse homem de coragem, mas também orgulhoso, parece mais preocupado em provar a si mesmo o poder de sua vontade, que ele pode conseguir o que todos não conseguiram, do que com a perspectiva de sua execução. Bresson nos mostra a sua evasão, longamente amadurecida entre as paredes de uma cela, pacientemente preparada, não somente pelas mãos, mas também pelo controle emocional do prisioneiro. O suspense não consiste na expectativa do que vai se passar, mas no desejo de saber como o herói vai se conduzir. É um filme “sem ornamentos”, sem gritos, sem cenas patéticas, feito de gestos e ruídos, de silêncios e sussurros.
PICKPOCKET / PICKPOCKET.
No hipódromo de Longchamp. Michel (Martin Lassalle) é preso por furto e depois solto por falta de provas. Pouco depois, em um café, ele sustenta para o comissário de polícia sua teoria segundo a qual certos seres superiores deveriam ter o direito de infringir as leis. Michel se torna um exímio batedor de carteiras. Quando seus cúmplices são presos, ele revela sua vida de ladrão para Jeanne (Marika Green), uma jovem que cuidava de sua mãe, e parte para o exterior. Ao retornar, encontra Jeanne com um filho de seu amigo Jacques (Pierre Leymarie), que a abandonara. Para ajudá-la, Michel começa a trabalhar, mas um dia não resiste e volta a furtar.
A aventura exterior é a aventura das mãos do punguista. Ela o arrasta para a aventura interior. Por caminhos estranhos as proezas manuais do batedor de carteiras reunirão duas almas que nunca teriam se conhecido. Quando Jeanne vai visitá-lo na penitenciária, Michel abraça-a através da grade do parlatório e lhe diz: “Oh, Jeanne, para finalmente estar com você, que caminho estranho tive que tomar”. Esse caminho, que levou a um resultado espiritual, passa pelos furtos, e Bresson mostra, com uma minúcia maníaca, os atos dos delito praticados pelo ladrão. Todo o filme é um balé de mãos comentado por uma voz, que é a voz de um jovem cujo orgulho foi vencido pelo amor. A influência de Crime e Castigo de Dostoiweski é bem nítida.
A GRANDE TESTEMUNHA / AU HAZARD BALTHAZAR.
Três meninos parisenses em férias e uma menina do país basco brincam com um filhote de asno, que batizam de Balthazar. A menina chama-se Marie e um, dos meninos, Jacques. Uma das irmãs de Jacques está doente. Quando as férias terminam, Jacques e sua família deixam a aldeia. Os anos passam, a irmã de Jacques morre. O pai de Marie, um ex-professor, é encarregado de administrar a fazenda que pertence ao pai de Jacques. Marie (Anne Wiazemsky) fica com Balthazar. Já adulta, ela conhece Gérard (François Lafarge), um jovem delinquente e seu bando. Acusado injustamente de malversações, o pai de Marie (Philipe Asselin) se vê obrigado a prestar contas ao proprietário da fazenda. Jacques (Walter Green) volta à aldeia para desfazer o mal entendido ocorrido entre seu pai e o pai de Marie. Porém o orgulho ferido deste último faz com que sua missão fracasse. Maria sofre com a partida de Jacques. Ela abandona Balthazar. Vendido para o padeiro (François Sullerot), pai de Gérard, o asno é utilizado para transportar o pão, que seu filho entrega. Este maltrata Balthazar, o burro derruba a carroça e foge. Gérard seduz Marie. A mãe de Gérard (Marie-Claire Fremont) o protege, mas quer que ele deixe de ver Marie. Gérard deve se apresentar à polícia a propósito de um assassinato. Um vagabundo, alcoólatra, Arnold (Jean-Claude Guilbert), também é convocado pelo mesmo motivo. Arnold é espancado por Gérard e seu bando, que o acusam de ser o verdadeiro assassino. Arnold cuida de Balthazar que, doente, deve ser abatido. Balthazar fica curado e transporta turistas que Arnold guia através dos caminhos escarpados. Mais uma vez maltratado pelo seu dono, Balthazar foge e vai parar em um circo, onde se torna uma atração: “o asno sábio”. Arnold recebe uma herança, oferece bebida para todos em um bistrô da aldeia e depois morre, ao cair de seu cavalo. Marie foge de Gérard, pede asilo a um comerciante de grãos (Pierre Klossowski). Desgostosa com a ganância e o egoismo deste homem, ela retorna para a casa de seus pais que, entrementes, recuperaram Balthazar. Jacques volta a procurar Marie e os dois jovens decidem se casar. Marie vai à procura de Gérard para romper definitivamente com ele. Insultada por todo o bando, ela é abandonada, nua, em um imóvel vazio. Marie desaparece para sempre. Seu pai morre. No curso de uma procissão, Balthazar é encarregado de conduzir as relíquias. Gérard usa Balthazar para fazer contrabando, mas é surpreendido à noite pelo guardas aduaneiros. Balthazar recebe uma bala perdida e vai morrer tranquilamente em um prado no meio de um rebanho de ovelhas.
Balthazar, um asno belo e doce, transforma-se em vítima expiatória dos vícios e da estupidez dos humanos, com os quais se vê envolvido pelo acaso. Passando de um dono para outro, sendo bem ou mal tratado por um malfeitor perverso, como animal inteligente em um circo, como companheiro de um vagabundo, e como bêsta de carga de um velho avarento que o deixa sem alimento, o asno é sempre uma testemunha silenciosa da vida dos personagens que o cercam. O destino da pequena Marie é comparável ao de Balthazar. Ela é o seu duplo, uma criatura frágil cuja existência oscila entre o carinho e o sofrimento, e que sofre a violência dos outros, a incompreensão da mãe, o orgulho e o masoquismo do pai, a maldade do amante, a cupidez, o cinismo do comerciante de grãos. Neste seu filme mais simples e puro, no qual a sobriedade nas imagens corresponde a uma exemplificação extrema das situações, Bresson usa a elipse, os ruídos e uma sonata de Schubert ao narrar o percurso do sofrimento do burro e da adolescente e, quando se encerra o percurso, sentimos uma profunda tristeza.
MOUCHETTE, A VIRGEM POSSUÍDA / MOUCHETTE.
Mouchette (Nadine Nortier) de 14 anos, leva uma vida de pobreza, cuidando de sua mãe tuberculosa (Marie Cardinal), de seu irmão bebê, em uma casa de um único cômodo, onde ainda mora seu pai (Paul Hebert), um contrabandista alcoólatra e brutal, e um outro irmão adolescente. Na aldeia, ela é repudiada por suas colegas, maltratada pela professora, zombada pelos rapazes na rua. Uma noite, durante um temporal, Mouchette se perde na floresta onde o caçador furtivo Arsène (Jean-Claude Guilbert), tendo provavelmente assassinado um guarda florestal chamado de Père Mathieu(Jean Vimenet), a obriga a lhe servir de álibi, antes de levá-la para a sua cabana e, depois de um ataque de epilepsia e sob efeito do álcool, violentá-la. Voltando para casa, Mouchette tenta contar tudo para a mãe, que morre antes de ouví-la. Logo depois, descobre que Arsène mentira, apenas brigara com o guarda por uma mulher que ambos desejavam. Solitária, infeliz e abandonada por todos, repelida pela mulher do guarda, pela dona do armazém, pela zeladora dos mortos, ela descobre que a morte é um sinônimo de libertação e vai ao seu encontro, enrolada em um vestido de mousseline branca, parecendo um véu de noiva. Como se estivesse brincando, ela se deixa rolar pela ribanceira, uma, duas vêzes. Na terceira, seu corpo desaparece nas águas de um lago. E quando a superficie do lago se acalma, ouve-se o Magnificat de Claudio Monteverdi.
Dezesseis anos após Le Journal d ‘un Curé de Campagne, Bresson leva novamente à tela um romance de George Bernanos (La Nouvelle Histoire de Mouchette), situando-o na época contemporânea. Com o estilo sóbrio e sêco de seus filmes precedentes, o cineasta retrata, através de uma trama sombria e sórdida, a trajetória para a morte de uma adolescente que, tal como o asno Bathazar (de A Grande Testemunha), descobre a crueldade do mundo. Ambos são vítimas dos vícios humanos, mas Mouchette reage, ela não se resigna e se revolta. Notamos isso, por exemplo, quando ela joga torrões de terra nas suas colegas de classe, pela maneira com que rejeita o “croissant de piedade” da dona do armazém, quando esfrega seus tamancos sujos no tapete da zeladora dos mortos ou quando diz “Merde” para seu pai, ao sair de casa. Mouchette só tem um breve momento de felicidade, quando, no brinquedo de auto pista no parque de diversões, esbarra o seu carro contra o carro dos outros e aí simpatiza com um rapaz que dirige um deles – alegria bruscamente interrompida, ao ser esbofeteada e arrastada dalí à fôrça pelo pai. Condenada à solidão e à miséria, Mouchette sente necessidade de amar, o que explica a ternura quase maternal com que cuida de Arsène, quando ele fica doente e talvez amor, quando ele a estupra.
O DINHEIRO / L’ARGENT.
Quando seu pai se recusa a aumentar sua mesada, Norbert (Marc Ernest Fourneau), recebe de seu amigo Martial (Bruno Lapeyre), uma nota falsa. Para conseguirem dinheiro de verdade, eles passam a nota em uma loja de artigos fotográficos. O dono da loja (Didier Bussy), verificando que o dinheiro era falso, desembaraça-se dele, transferindo-o para Yvon (Christian Patey), um jovem entregador de combustível. A partir daí, Yvon vai ser levado por uma série de acontecimentos, dos quais ele perde o contrôle: tendo entregado a nota falsa em um restaurante, ele é preso. Yvon retorna com dois policiais até à loja do comerciante, onde tudo começou mas, com a cumplicidade de seu jovem empregado Lucien, o dono da loja nega ter visto Yvon. Este é julgado, mas o tribunal lhe impõe uma pena mínima, deixando-o em liberdade. Yvon perde o emprêgo e se deixa levar por amigos a um assalto a um pequeno banco. A polícia o surpreende, ele é preso, e condenado. Sua mulher, Elise (Caroline Lang) vem lhe visitar e o faz saber depois, através de uma carta que o filho deles morreu e que ela não virá mais visitá-lo, porque espera “mudar de vida”. Yvon fica transtornado e resolve se suicidar, porém é socorrido a tempo. Ao sair da prisão, ele assassina um casal de hoteleiros, para roubar seu dinheiro. Depois, encontra uma senhora idosa (Sylvie Van den Elsen), que acabara de receber sua pensão. Ele a segue; ela lhe dá comida e o acolhe em sua casa. Finalmente, Yvon mata a mulher e toda a sua família com um machado e se entrega à polícia.
Inspirando-se em um conto de Tolstoi, mas aproximando mais os personagens do Dostoievski de “Crime e Castigo”, Bresson traduz no seu estilo minimalista “o caminho trágico do mal em uma alma atormentada”. O percurso de Yvon assemelha-se ao de Raskolnikov e Yvon parece o Michel de Pickpocket. Ambos transgridem as leis, mas enquanto Michel é autor desta transgressão, Yvon é envolvido em uma espiral que o leva ao Mal. Em um mundo corrompido pelo dinheiro, pelos falsos valores, vítima de várias desonestidades, após uma série de reações em cadeia costuradas pelo acaso, Yvon se torna um assassino. Neste drama retratado com muita ferocidade, o som tem um papel primordial, os ruídos são alucinantes: o barulho dos carros na rua e das grades da prisão, a escumadeira jogada no chão que bate contra uma parede, o chão de pedra da cela constantemente arranhado por Yvon, o copo de vinho perto do piano que cai e se espatifa …
FILMOGRAFIA
Anjos das Ruas / Les Anges du Peché / 1943
As Damas do Bois de Boulogne (TV) / Les Dames du Bois de Boulogne / 1945
Le Journal d’un Curé de Campagne / 1951
Um Condenado à Morte Escapou / Un Condamné à Mort s’est Échappé / 1956
Pickpocket / Pickpocket / 1959
Procès de Jeanne D’Arc / 1962
A Grande Testemunha / Au Hasard Balthazar / 1966
Mouchette, a Virgem Possuída / Mouchette / 1967
Une Femme Douce / 1969
Quatre Nuits d ‘un Rêveur /1971
Lancelot du Lac / 1974
Le Diable Probablement / 1977
O Dinheiro / L ‘Argent / 1983