Cinco jornais cinematográficos comerciais com cerca de oito minutos de duração forneciam um resumo das notícias da guerra: A Voz do Mundo / Paramount News; 20thCentury-Fox Atualidades / Fox-Movietone News; Atualidades RKO-Pathé / RKO-Pathé News; Noticiário Universal / Universal Newsreel; e Notícias do Dia / News of the Day (ex-Metroton Atualidades / Hearst Metrotone News), realizado pela MGM. Em 1942, a Warner pensou em produzir o seu jornal cinematográfico, mas depois desistiu da idéia e comprou o Pathé News da RKO, que passou a se chamar Warner-Pathé.
A cobertura feita pelos cine-jornais estava sob rigoroso contrôle militar. Os cinegrafistas civís tiveram de usar farda e viver sob as mesmas condições dos oficiais comissionados. A liberdade de movimento e autorização para filmar ficavam ao arbítrio das autoridades militares. Os editores dos newsreels sujeitaram-se a todos os constrangimentos, não apenas por razões patrióticas, mas porque dependiam da liberalidade das forças armadas para segurança, informação, transporte, acesso e, algumas vezes, até filme virgem.
Nos primeiros dias da guerra, quando a América estava às tontas, tanto no campo de batalha como na exploração da mídia, o registro dos combates feitos pelos cine-jornais era tardio e tímido. Prejudicados pela demora com que chegavam às telas e pela censura militar, os cine-jornais eram também reprimidos por uma incerteza editorial a respeito de como mostrar a guerra na frente doméstica. Sem contar com cenas contundentes da luta e das baixas dos soldados americanos que ela acarretava, os editores inicialmente apresentavam a guerra mais como uma campanha gloriosa do que como um serviço sórdido.
Somente no final de 1943, os dois problemas foram resolvidos. Representantes dos cinco jornais cinematográficos entraram em um acordo com o Exército, pelo qual os negativos das cenas de combate seriam enviados “por um avião bem veloz” diretamente a Washington (ignorando Londres) para serem revelados e censurados. O material seria então “rapidamente liberado para exibição nos cinemas”. O novo sistema entrou em vigor imediatamente. As cenas da campanha da Sicília chegaram aos cinemas em um tempo recorde de dez dias após o verdadeiro desembarque. O outro obstáculo foi superado pela intervenção pessoal do presidente Roosevelt. Em setembro de 1943 (porque, é claro, o curso do conflito havia mudado favoravelmente para os aliados), ele ordenou aos militares que mostrassem o lado realístico “embora cruciante” da guerra, inclusive as imagens dos americanos mortos nas batalhas
Para os exibidores, os newsreels atualizados e dramáticos adquiriram subitamente um poder de bilheteria por si próprios. Ansiosas para reconhecer na tela um filho, marido ou pai, as mulheres acorriam avidamente aos cinemas, para ver os jornais cinematográficos. A Voz do Mundo providenciava para os familiares dos combatentes ampliações dos fotogramas nos quais apareciam seus filhos, pais e maridos, enquanto os gerentes dos cinemas das cidades pequenas comumente os obsequiavam com sessões privadas após o expediente. Os exibidores passavam por situações embaraçosas quando várias meninas pediam clipes do mesmo pracinha ou a progenitora de um soldado morto tinha um ataque de nervos dentro da sala de projeção ao reconhecer na tela o seu filho.
Duas revistas cinematográficas ofereciam uma cobertura mais extensa sobre os acontecimentos. A mais conhecida era A Marcha do Tempo / The March of Time, lançada em 1935 pela Time Inc., produzida por Louis de Rochemont, distribuída pela 20thCentury-Fox, e narrada pela voz inconfundível de Westbrook Van Voorhis (“Time … marches on!”) que revolucionou os conceitos existentes de jornalismo fílmico e durante 16 anos causou um grande impacto sobre o público americano e internacional. A partir de outubro de 1942, a RKO lançou uma revista concorrente, Assim é a América / This is America, na qual muitos episódios foram dirigidos por Richard Fleischer e por Slavo Vorkapich, o mestre da sequência de montagem. A quantidade de programação era suficientemente generosa para manter a existência de newsreels houses (v.g. as cadeias Trans-Lux, Telenews, Newsreel Theatres, Embassy), cinemas devotados exclusivamente a notícias e informação.
Os shows em acampamentos eram organizados em quatro circuitos: o Circuito da Vitória, com salas de primeira classe em cerca de setecentos quartéis do exército e base navais; o Circuito Azul, com lugares para espetáculos em 1.150 acampamentos; o Circuito dos Hospitais e o Circuito Toca da Raposa (que era o circuito do exterior). Antes de a guerra terminar, mais de dois mil artistas tinham cruzado os mares para divertir as tropas aliadas. Os dois que mais viajaram foram Paulette Goddard e Joe E. Brown. A popularidade do “Boca Larga” era seguida de perto por Bob Hope, mas Joe E. Brown foi o primeiro a ir ao Alasca, às ilhas Aleutas, ao Sudoeste do Pacífico e aos teatros de operação da China, Birmânia e Índia e, em 1944, proclamaram-no “Pai de todos os homens no além-mar”.
Lena Horne costumava atuar nos shows em acampamentos, cantando para soldados e concedendo autógrafos. Em Fort Huachuca, ela visitou a 92nd Infantary Division, onde se ofereciam dois espetáculos – um para os oficiais e soldados brancos e outro para os soldados negros e prisioneiros de guerra alemães. Alguns shows eram integrados, embora poucos. Certo dia, Lena causou sensação quando, depois de ser avisada sobre os shows separados, ela se apresentou para os recrutas negros e para os prisioneiros, e depois foi embora, sem se mostrar para os oficiais e soldados brancos.
Entre Pearl Harbor e o Dia da Vitória, o Hollywood Victory Committee programou 119 excursões no exterior, 2.700 eventos em hospitais, 3.050 eventos em acampamentos e 2.500 eventos de venda de bônus. Ao todo, 53.000 aparições foram feitas durante e logo após a guerra por mais de 4.100 indivíduos.
Em 1942, o Army-Navy Relief Fund organizou a Hollywood Victory Caravan, com o objetivo de levantar dinheiro para as famílias dos homens mortos no além mar. Era a maior coleção de celebridades de Hollywood jamais reunida até então, percorrendo o país em um trem de dezessete vagões. Entre elas estavam: Desi Arnaz, Joan Bennett, Joan Blondell, Charles Boyer, James Cagney, Claudette Colbert, Bing Crosby, Olivia de Havilland, Cary Grant, Charlotte Greenwood, Bert Lahr, Stan Laurel e Oliver Hardy, Groucho Marx, Frank McHugh, Merle Oberon, Pat O’Brien, Eleanor Powell, a mezzo-soprano Rise Stevens, Spencer Tracy – e, é claro, Bob Hope e seus leais companheiros, Frances Langford e Jerry Colonna.
Dois outros métodos de entretenimento das tropas na frente doméstica mercem ser mencionados. Um, a concessão de ingressos de cinema gratuitos para os homens e mulheres de uniforme; o outro, a legendária Hollywood Canteen, concebida por Bette Davis e John Garfield. A cantina acolheu mais de dois milhões de soldados. Toda noite uma grande orquestra tocava, e os homens de uniforme podiam dançar com Bette, Hedy Lamarr, Betty Grable, Olivia de Havilland, Marlene Dietrich, Joan Crawford e dezenas de outras estrelas glamourosas. As atrizes também serviam as mesas e lavavam pratos, sem receberem qualquer pagamento. Outras atuavam como enfermeiras ou visitavam os feridos nos hospitais, ouviam relatos dos soldados de licença ou dos que retornavam ao lar, e vendiam bônus de guerra, percorrendo todo o país, para incentivar os cidadãos a investirem na defesa. Carole Lombard morreu em um desastre de avião, em uma dessas campanhas.
Como informou Orlando de Barros no seu livro “A Guerra dos Artistas” (2010), no final de 1942, instalou-se no Brasil a primeira USO Canteen como o nome de Cantina do Marinheiro Norte-Americano, servindo principalmente para os marujos dos navios que operavam com a Marinha brasileira na defesa do Atlântico Sul. Depois surgiram outras, nas bases americanas de Salvador, Maceió, Recife, Natal, Fortaleza, São Luis e Belém, com nove agências ao todo.
Pouco tempo depois, surgia a similar brasileira, A Cantina do Combatente, instalada na Avenida Venezuela 204 próximo da Rádio Nacional. Ali ocorriam shows variados com artistas do palco e do rádio e eram oferecidos vários serviços aos nossos soldados de terra, mar e ar, como lanches, refrescos, cigarros, barbearia, livros, jogos e outras diversões, tudo coordenado pela Legião Brasileira de Assistência, comandada pela então primeira-dama do nosso país, Sra. Darcy Vargas. A Cantina do Combatente também se espalhou por outras cidades do território nacional e, em 23 de novembro de 1943 (cf. jornal “Correio da Manhã”), a contralto húngara Ilona Massey (parceira de Nelson Eddy em Balalaika / Balalaika / 1939) apresentou-se na Cantina do Rio de Janeiro, e foi filmada por Gregg Toland. Em outra oportunidade, foi o cantor mexicano Pedro Vargas que se apresentou na Cantina.
Em 1943, através do Treasury Department Bond Sales Drive, inúmeros artistas participaram das famosas excursões Stars Over America para a venda de bônus em pré-estréias, e os cinemas serviram ainda como centros coletores dos materiais estratégicos escassos. Pelo final de 1944, haviam arrecadado mais de 162 mil toneladas de metais vitalmente necessários. Pete Smith fez um short muito interessante, Ferro Velho / Scrap Happy / 1943, contando a história de curiosos pedaços de metal que foram encontrados nas pilhas de ferro-velho para a vitória. O governo organizou outra grande tournée para a venda de bônus, esta intitulada apenas Cavalcade, envolvendo vários artistas inclusive Fred Astaire, James Cagney, Judy Garland, Mickey Rooney, Greer Garson, Harpo Marx, Kathryn Grayson, Betty Hutton o pianista José Iturbi, Paul Henreid, Dick Powell e Kay Kyser e sua banda.
Apesar das limitações quanto aos gastos e à censura exercida pelo governo, a produção não perdeu o seu ritmo, e a indústria prosperava, na medida em que o índice de audiência se elevava e crescia a procura de novos filmes. A queda do desemprego, a afluência de mulheres assalariadas, as longas horas de trabalho devido à economia de guerra criando a necessidade de diversão, a dificuldade de se achar atividades recreativas alternativas devido ao racionamento, foram algumas das causas do aumento da frequência.
A guerra, entretanto, trouxe um certo número de problemas. Um cálculo feito no final de 1944, quando o número de empregados de estúdio servindo nas forças armadas chegou ao máximo, indicou que mais de seis mil deles haviam se juntado às forças armadas, incluindo 1.500 atores, 230 roteiristas, e 143 diretores. A Metro perdeu 1.090 para o serviço militar, a Fox 755, a Warner 720, a Paramount 525, a Universal 418, a Columbia 289, a RKO 224, a Republic 134 e a Monogram 129. Os setores de distribuição e exibição perderam mais mão-de-obra masculina para os militares (e fábricas) do que o setor da produção. Durante o primeiro ano da guerra a distribuição perdeu 4.500 empregados para o serviço militar e a exibição algo em torno de 18.000. Em março de 1943, a Warner anunciou que tinha o primeiro cinema nos Estados Unidos com um quadro de funcionários inteiramente feminino.
Outras restrições de tempo de Guerra afetaram a disponibilidade de filme virgem, materiais de construção (especialmente aço e madeira serrada) e transporte. A economia de filme virgem foi imposta principalmente pela necessidade de uma certa quantidade de película para se realizar filmes de treinamento, porém a indústria se adaptou rapidamente, diminuindo o número de tomadas nas filmagens e de cópias, estendendo o tempo de exibição, recorrendo a reprises. As restrições quanto aos materiais de construção aplicavam-se primordialmente à edificação de cenários e reformas nas salas de exibição, mas os estúdios desenvolveram métodos de reciclagem de cenários e aumentaram a filmagem em locação.
As limitações de transporte incluiam racionamento de gasolina, falta de pneus, limite de velocidade etc., prejudicando a distribuição de cópias, o deslocamento dos espectadores e, após um breve incremento, determinando o fim da filmagem em locação. Blecautes foram impostos pelo governo aos cinemas situados na faixa litorânea e nos principais centros de produção industrial, e o Office of Civilian Defense obrigou-os a treinar pessoal e a instalar um equipamento especial no caso da ocorrência de um ataque aéreo.
Apesar das limitações quanto aos gastos e à censura exercida pelo governo, a produção cinematográfica não perdia o seu ritmo, e a indústria prosperava, na medida em que o índice de audiência se elevava e crescia a procura de novos filmes. A arma de guerra mais poderosa do arsenal de Hollywood foi o seu negócio normal, o filme de longa-metragem comercial. De 1942 a 1945, Hollywood desenvolveu um esforço notável para ajudar o governo a exaltar o patriotismo e manter o ódio contra o inimigo. Na maioria dos filmes de ficção, havia sempre uma mensagem explícita ou subentendida, expondo as virtudes da democracia ou a selvageria dos regimes totalitários. Os Estados Unidos e os Aliados eram os heróis; os japoneses, os alemães e os italianos, os vilões. Os primeiros lutando por algo chamado “liberdade”, que o outro lado tentava suprimir.
Narrados com fluência e impregnados de glamour e escapismo, raramente esses filmes procuravam estudar com honestidade e realismo os homens envolvidos no conflito ou se aprofundar nos efeitos destes sobre as populacões dos países litigantes. Não há dúvida de que foram realizados alguns filmes originais e de bom nível artístico, porém a maior parte ficou restrita à formula e à propaganda.
Os “temas de guerra” podiam aparecer em qualquer gênero, porém havia algumas fórmulas específicas dominantes: o filme de combate (v.g. Nossos Mortos Serão Vingados / Wake Island / 1942, Um Punhado de Bravos / Objective Burma! / 1942, Sahara / Sahara / 1943, A Patrulha de Bataan / Bataan / 1943, Águias Americanas / Air Force / 1943, Guadalcanal / Guadalcanal Diary / 1943, Rumo a Tóquio / Destination Tokyo / 1943, Mergulho no Inferno / Crash Dive / 1943, Sargento Imortal / Immortal Sergeant / 1943, Comboio para o Leste / Action in the North Atlantic / 1943, Assim é a Glória / Salute to the Marines / 1943, Corvetas em Ação / Corvette K-225 / 1943, O Piloto #5 / Pilot #5 / 1943, Trinta Segundos sobre Tóquio / Thirty Seconds Over Tokyo / 1944, Uma Asa e Uma Prece / Wing and a Prayer / 1944, Inferno no Pacífico / Marine Raiders / 1944, Também Somos Seres Humanos / The Story of I. Joe / 1945, Um Passeio ao Sol / A Walk in the Sun / 1945, Fomos os Sacrificados / They Were Expendable / 1945, Espírito Indomável / Back to Bataan / 1945);
filme sobre a frente doméstica, envolvendo o recrutamento ou treinamento dos combatentes (v.g. Pode Ser … Ou Está Difícil / You’re in the Army Now / 1941, Águias de Fogo / Thunderbirds / 1942, Private Snuffy Smith / 1942, Nas Asas da Glória / Canal Zone / 1942, Artilheiro Aéreo / Aerial Gunner / 1943, Bombardeiro / Bombardier / 1943, Gung Ho! / Gung Ho! / 1943, Destróier / Destroyer / 1943, Dois no Céu / A Guy Named Joe / 1943, Às Portas do Inferno / Stand By for Action / 1942, Não Posso Querer-te / There’s Something About a Soldier / 1943, Encontro nos Céus / Winged Victory / 1944, Senhor Recruta / See Here Private Hargrove / 1944, Mr. Winkle Vai para a Guerra / Mr. Winkle Goes to War / 1944, O Rompe Nuvens / This Man’s Navy / 1945);
filme sobre enfermeiras ou mulheres e/ou engenheiros prestando serviços militares (v.g. Coragem de Mulher / Parachute Nurse / 1942, She’s in the Army / 1942, Asas da Vitória / Wings for the Eagle / 1942, Aurora Sangrenta / Cry Havoc / 1943, A Legião Branca / So Proudly We Hail / 1943, Estrada da Vitória / Alaska Highway / 1943, Amazonas dos Ares / Ladies Courageous / 1944, Romance dos Sete Mares / The Fighting Seabees 1944, Eramos Três Mulheres / Keep Your Powder Dry / 1945);
filme pró-Rússia (v.g. Missão em Moscou / Mission to Moscow / 1943, Estrela do Norte / The North Star / 1943, Canção da Russia / Song of Russia / 1943, Quando a Neve Tornar a Cair / Days of Glory / 1944, Três Heroínas Russas / Three Russian Girls / 1944, O Menino de Stalingrado / The Boy from Stalingrad / 1943, Alma Russa / Counter-Attack / 1945);
filme pró-China (v.g. No Caminho de Burma / A Yank in the Burma Road / 1942, China Inconquistável / Lady from Chungking / 1942, Paixão Oriental / China Girl / 1942, Irmãos em Armas / China / 1943, A Estirpe do Dragão / Dragon Seed / 1944, Tormenta na China / China’s Litte Devils / 1945, Sob o Céu da China / China Sky / 1945);
e / ou paródias devastadoras do Terceito Reich (v. g. Ao Diabo com Hitler / The Devil With Hitler /1942, Mais Forte que Hitler / That Nazsty Nuisance / 1943, Hitler, Dead or Alive / 1943);
revistas musicais recreativas (v.g. Coquetel de Estrelas / Star Spangled Rhythm / 1942, Regresso Retumbante / When Johnny Comes Marching Home / 1942, Forja de Heróis / This is the Army / 1943, Noivas de Tio Sam / Stage Door Canteen / 1943; Graças a Minha Boa Estrela / Thank Your Lucky Stars / 1943, A Filha do Comandante / Thousands Cheer / 1943, Epopéia da Alegria / Follow the Boys / 1944, A Preferida / Pin Up Girl, Tentação da Sereia / Here Come the Waves / 1944, Quatro Moças num Jipe / Four Jills in a Jeep / 1944, Um Sonho de Hollywood / Hollywood Canteen / 1944, Marujos do Amor / Anchors Aweigh / 1945);
biografias (v.g. O Gênio do Mal ou O Inimigo das Mulheres / Enemy of Women / 1944, Pelo Vale das Sombras / The Story of Dr. Wassell / 1944);
filme sobre crimes, situações românticas ou de perigo em ambiente de guerra (v.g. Dentro de Shanghai / Halfway to Shanghai / 1942, Ainda Serás Minha / Somewhere I’ll Find You / 1942, A Estranha Morte de Adolf Hitler / The Strange Death of Adolf Hitler / 1943, Um Barco e Nove Destinos / Lifeboat / 1944, Ela Quase Matou Hitler / Passport to Destiny / 1944, O Ponteiro da Saudade / The Clock / 1945);
filme sobre a redenção de um soldado ou condenado à morte por atos de heroismo (v.g. Sacrifício de Pai / Flight Lieutenant / 1942, Inimigos Amistosos / Friendly Enemies / 1942, O Impostor / The Impostor / 1943, Três Dias de Glória / Uncertain Glory / 1943, Varrendo os Mares / Minesweeper / 1943);
filme sobre recordações de figuras da Guerra da Espanha ou da Primeira Guerra Mundial (v.g. Por Quem os Sinos Dobram / For Whom the Bell Tolls / 1943, Wilson / Wilson / 1944);
filme de selva envolvendo nazistas (A Sereia das Selvas / Jungle Siren / 1942, Tiger Fangs / 1943);
O ímpeto patriótico e propagandístico espalhou-se, não só por todos os gêneros cinematográficos, como também pelos diversos formatos, atingindo as séries (v.g. Tarzan, o Vingador / Tarzan Triumphs / 1943 (série Tarzan na RKO); Sherlock Holmes e a Arma Secreta / Sherlock Holmes and the Secret Weapon / 1942, Sherlock Holmes e a Voz do Terror / Sherlock Holmes and the Voice of Terror / 1942, Sherlock Holmes em Washington / Sherlock Holmes in Washington / 1943 (série Sherlock Holmes); Contrabando de Guerra / Enemy Agent Meets Ellery Queen / 1942 (série Ellery Queen); Charlie Chan no Serviço Secreto / Charlie Chan in the Secret Service / 1944 (série Charlie Chan); O Irmão do Falcão / The Falcon’s Brother / 1942 e O Falcão Contra-Ataca / The Falcon Strikes Back / 1943 (série The Falcon); Dama em Perigo / Counter Espionage / 1942, Passaporte para Suez / Passport to Suez (série Lone Wolf) / 1943, Sabotadora Romântica / Swing Swift Maisie / 1942 (série Maisie), Esposas em Pé de Guerra / Blondie for Victory / 1942 (série Blondie), Os Anjos contra o Dragão / Let’s Get Tough / 1942 (série East Side Kids), Secrets of the Underground / 1943 (série Mr.District Attorney), So This is Washington / 1943 (série Lum and Abner);
Durante a guerra, Hollywood produziu também filmes de mero escapismo ou para levantar a moral dos soldados e da população como, por exemplo, entre muitos outros, musicais de época (v.g. Turbilhão / Coney Island / 1943, Agora Seremos Felizes / Meet Me in St. Louis / 1944, Corações Enamorados / State Fair / 1945);
biografias musicais (v.g. A Canção de Dixie / Dixie / 1943, Tempestade de Ritmos / Stormy Weather / 1943, Melodia de Amor / Shine on Harvest Moon / 1944, Chispa de Fogo / Incendiary Blonde / 1945);
musicais tradicionais com astros como Betty Grable Bing Crosby,Betty Hutton Judy Garland, Gene Kelly, Kathryn Rita Hayworth, Fred Astaire, etc. e os musicais “aquáticos” com Esther Williams;
biografias (v.g. Ídolo, Amante e Herói / Pride of the Yankees / 1942, A Canção de Bernadette / Song of Bernadette /1943, Madame Curie / Madame Curie / 1943);
filmes de época tendo como protagonistas matriarcas poderosas (v.g. Parkington, a Mulher Inspiração / Mrs. Parkington / 1944, O Vale da Decisão / Valley of Decision / 1945;
Women’s pictures com Bette Davis (v.g. Estranha Passageira / Now Voyageur / 1942, Vaidosa / Mr. Skeffington / 1944);
histórias multigeracionais incorporando o ângulo histórico e da guerra (v.g. Na Noite do Passado / Random Harvest / 1942, Evocação / White Cliffs of Dover / 1944);
filmes com crianças ou animais (v.g. A Força do Coração / Lassie Come Home / 1943, A Mocidade é assim Mesmo / National Velvet / 1944);
melodramas românticos (v.g. Ver-te-ei Outra Vez / I’ll Be Seing You / 1945, O Seu Milagre de Amor / The Enchanted Cottage / 1945) ou psicológicos (v.g. Amar foi Minha Ruina / Leave Her to Heaven / 1945);
thrillers góticos (Suspeita / Suspicion / 1941, À Meia-Luz / Gaslight / 1944);
comédias (v.g. as da série Road to … com Bob Hope, Bing Crosby e Dorothy Lamour e as de Preston Sturges);
Em última análise, o cinema de Hollywood fez o que lhe foi pedido durante a Segunda Guerra Mundial. Ele auxiliou a campanha militar, disseminando informações sobre a luta armada e explicando ao público a sua razão de ser, emocionou o povo americano como nenhum outro meio foi capaz de fazer, continuou a divertir milhões de pessoa, demonstrando, de uma vez para sempre, o poder cultural dos filmes americanos.
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Professor, parabéns por esta fantástica documentação.
Espero poder receber , sempre, estas preciosidades.
Obrigado.
g alves
Obrigado José Maria. Espero continuar meu trabalho de divulgação do cinema clássico, agradando a leitores com a sua cultura cinematográfica e interesse em aprender cada vez mais, como eu estou aprendendo, ao fazer minhas pesquisas.