LATINOS NO CINEMA AMERICANO CLÁSSICO IV

Carlos Thompson

Carlos Thompson

CARLOS THOMPSON (1923-1990). Local de nascimento: Santa Fe, Argentina. Nome verdadeiro: Juan Carlos Mundin-Shaffer. De ascendência germano-suiça, desde a infância desejava ser romancista. Passou seus anos de formação em Nova York, onde seu pai trabalhava como correspondente latino americano para a rádio CBS. Voltou para a Argentina, a fim de cursar a Universidade de Buenos Aires e lá foi apresentado a um produtor de cinema, que o estimulou a seguir uma carreira de ator. Depois de participar de uma dezena de filmes argentines, interpretando pequenos papéis, atingiu o estrelato com Angústia de Amor / La de los ojos color del tiempo / 1952 com Mirtha Legrand; El Túnel / 1952 com Laura Hidalgo; Paixão Desnuda / La Pasión Desnuda / 1953 com Maria Félix (no seu único filme argentino) e Uma Mulher Chamada Margarida / La Mujer de las Camelias / 1954 com Zully Moreno. No Festival do Cinema Uruguaio de 1952, Thompson conheceu Yvonne De Carlo que o persuadiu a ir para Hollywood.

latinos IV La pasion desnuda poster

latinos IV carlos Thompson la mujer de las camelias posterAntes de filmar Uma Mulher Chamada Margarida, ele fez com Yvonne O Forte da Coragem / Fort Algiers / 1953, seguindo-se mais três filmes americanos: Paixão e Carne / Flame and the Flesh / 1954 com Lana Turner e Pier Angeli, O Vale dos Reis / Valley of the Kings / 1954 com Robert Taylor e Eleanor Parker e Chama Imortal / Magic Fire / 1955 com Yvonne De Carlo, Rita Gam e Valentina Cortese.

Lana Turner e Carlos Thompson em A Carne e o Diabo

Lana Turner e Carlos Thompson em Paixão e Carne

Carlos Thompson, Robert Taylor e Eleanor Parker em O Vale dos Reis

Carlos Thompson, Robert Taylor e Eleanor Parker em O Vale dos Reis

latinos IV CarlosThompson magic Fire posterApós esse interlúdio hollywoodiano, Thompson trabalhou em mais de uma dúzia de filmes alemães (destacando-se Francisca / Auf Wiedersehen, Franciska / 1957 e A Senhora do Mundo / Die Herrin der Welt / 1960) e em um ou outro filme de outra nacionalidade (merecendo realce o filme austríaco A Leviana Inocente / Die Halbzaate / 1959 com Romy Schenider e sua mãe Magda Schneider e a excelente comédia de guerra francêsa A Farsa do Amor e da Guerra / La Vie de Château / 1966, seu filme derradeiro, interpretando o ofical alemão, Major Klopstcok, ao lado de Catherine Deneuve, Pierre Brasseur, Philipe Noiret.

Carlos Thompson e Romy Schneider em A leviana Inocente

Carlos Thompson e Romy Schneider em A Leviana Inocente

Nos final dos anos sessenta,Thompson deixou o cinema, para se dedicar à literature, sua primeira paixão, e escreveu um livro de sucesso, “The Assassination of Winston Churchill” (1969). Ele se casou com Lili Palmer, pouco após esta ter se divorciado de Rex Harrison em 1957. Lili faleceu em 1986 e, quatro anos depois, Thompson matou-se em Buenos Aires com um tiro na cabeça.

Raquel Torres

Raquel Torres

 RAQUEL TORRES (1908-1987). Local de nascimento: Hermosillo. México. Nome verdadeiro: Paula Marie Osterman. Filha de pai alemão e de mãe de origem franco-espanhola, depois que sua progenitora faleceu, ela e a irmã, Renee, foram colocadas no colégio interno de um convento. Paula sonhava em ser atriz e quando seu pai soube que a MGM estava buscando uma desconhecida para interpreter o papel principal em um filme de grande orçamento, ele deixou que ela fizesse o teste. Paula foi aprovada, ganhou um novo nome e uma carreira no cinema. Como Raquel Torres, ela partiu para as Ilhas Marquesas, a fim de atuar com Monte Blue, em Deus Branco / White Shadows of the South Seas / 1928, o primeiro filme sincronizado (som em disco) da MGM com música e efeitos sonoros.

Raquel Torres e  em Sombras Brancas

Raquel Torres e Monte Blue em Deus Branco

Raquel Torre e em The Sea bat

Raquel Torres e Charles Bickford em Monstro Marinho

Raquel era a jovem polinésia Fayaway que, em uma cena encantadora, o Dr. Matthew Lord (Monte Blue) ensinava a assobiar. Em seguida, ela fez na MGM mais quatro filmes: A Ponte de San Luis Rey / The Bridge at San Luis Rey / 1929 com Lili Damita, Don Alvarado e Duncan Renaldo, O Estafeta / The Desert Ryder / 1929, western com Tim McCoy, Monstro Marinho / The Sea Bat / 1930 com Charles Bickford e Nils Asther e Jeca de Hollywood / Estrellados, v. esp. de Free and Easy com Buster Keaton; na Warner, Don Juan do México / Under a Texas Moon / 1930 com Frank Fay, Myrna Loy e Armida; na Tiffany, Aloha / Aloha; na Columbia, Tapeando os Vivos / So This is Africa / 1933 com a dupla Wheeler e Woolsey e The Woman I Stole / 1933 com Jack Holt e Fay Wray; na Paramount, O Diabo a Quatro / Duck Soup / 1933 com os Irmãos Marx.

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Raquel com Wheeler e Olsey em

Raquel com Wheeler e Olsey em Tapeando os Vivos

Raquel Torres e Grouch Marx em DUx Soup

Raquel Torres e Grouch Marx em O Diabo a Quatro

Pode-se dizer que sua breve carreira terminou com o filme que ela fez no Reino Unido, Red Wagon / 1933, dirigido por Paul L. Stein porque, depois deste, participou apenas de um short, Star Night at the Cocoanut Grove e de Amores de uma Diva / Go West Young Man, estrelado por Mae West, em uma ligeira aparição, sem ser creditada. Raquell casou-se com Jon Hall depois de ter se divorciado do corrector de valores mobiliários Stephen Ames, seu primeiro marido.

Lupita Tovar

Lupita Tovar

 LUPITA TOVAR (1910 – ). Local de nascimento: Matías Romero, Oaxaca, México. Nome verdadeiro: María de Guadalupe Tovar. Criada com muito rigor e educada em um colégio de freiras, nunca pensou em ser atriz. Entretanto, aos 16 anos de idade, mudou para uma nova escola, onde pôde ter aulas de ginástica e de dança. Certo dia, o documentarista Robert Flaherty, que tinha ido ao México, visitou a escola e, quando viu María dançando, convidou-a para concorrer no Concurso de Beleza Fotogênica promovido pela Fox. Ela ganhou o primeiro prêmio no certame e, depois de certa relutância por parte de seu pai, assinou contrato de sete anos, com direito de opção de seis em seis mêses, com aquela companhia. Lupita estreou na tela participando, em papéis ínfimos, de quatro filmes da Fox: A Mulher Enigma / The Veiled Woman / 1929, estrelado pela brasileira Lia Torá, Rua Alegre / Joy Street / 1929, A Guarda Negra / The Black Watch / 1929 e O Mundo às Avessas / The Cockeyed World / 1929, neste último, sem ser creditada.

Carlos Villarias e Lupita Tovar na versão esp. de Dracula

Carlos Villarias e Lupita Tovar na versão esp. de Dracula

latinos IV lupita Tovar ala sobre el chaco poster

Quando veio o cinema falado, o contrato de Lupita não foi renovado, porque a a Fox estava dando preferência para atores oriundos do teatro. Ao saber que a Universal estava dublando filmes em idiomas diferentes, Lupita procurou o estúdio de Carl Laemmle e, por intermédio do produtor Paul Kohner, começou a estrelar versões espanholas de filmes americanos (A Vontade do Morto / La Voluntad del Muerto, v. esp. de The Cat Creeps / 1930 com Antonio Moreno; Dracula, v. esp. (não exibida no Brasil) de Drácula / Dracula / 1931, sua interpretação mais lembrada ao lado de Carlos Villarias; Alas sobre el Chaco, v. esp. de Tempestade sobre os Andes / Storm over the Andes / 1935 com Antonio Moreno. Ela fez também em papéis principais: Carne de Cabaret, v. esp. de Ten Cents a Dance / 1931, na Columbia; O Audaz Conquistador / Yankee Don / 1931 com Richard Talmadge; El Tenorio del Harem / 1931, v. esp. da comédia curta de Slim Summerville, Arabian Knights / 1931 acrescida de material filmado extra, para compor um longa-metragem; A Lei da Fronteira / Border Law / 1931, com Buck Jones / 1932; Santa / 1932; Vidas Rotas / 1935, na Espanha;

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latinos IV LUpita Tovar AnOLdSpanish Custom poster

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Lupita Tovar e Gene Autry em South of the Border

Lupita Tovar e Gene Autry em South of the Border

latinos IV lupita Tovar el corrreo del Tzar poster

Fanfarronadas / The Invader ou The Old Spanish Custom / 1936, com Buster Keaton, no Reino Unido; Marihuana / 1936, no México; El Capitan Tormenta / v. esp. de Captain Calamity / 1936; El Rosario de Amozoc / 1938 e Maria / 1938, no México; Valentia de Gringo / The Fighting Gringo / 1939, com George O’Brien, na RKO; Miguel Strogoff, El Correo del Zar /1944, no México; O Médico Destemido / The Crime Doctor’s Courage / 1945, com Warner Baxter. Em outros filmes, Lupita teve papéis pequenos ou médios: A Leste de Bornéo / East of Borneo / 1931; Bloqueio / Blockade / 1938; Fúria nas Selvas / Tropic Fury / 1939 na Universal; South of the Border / 1939, estrelado por Gene Autry; Inferno Verde / Green Hell / 1940; O Galante Aventureiro / The Westerner / 1940 (não creditada); Two Gun Sheriff / 1943, western de Don “Red” Barry; Ressurreição / Resurección / 1943. Assinalam-se ainda na sua filmografia dois shorts: Estamos em Paris / 1931 (v. esp. de Parisian Gaieties) com Slim Summerville, e Gun to Gun / 1944, um dos oito westerns de 20 min. da série Santa Fe Trail da Warner, ao lado de Robert Shayne. Lupita casou-se com Paul Kohner e tiveram dois filhos, Pancho e Susan, que se tornou a atriz Susan Kohner. Paul abriu sua agência de talentos em 1938 e representou grandes personalidades de Hollywood.

Lupe Velez

Lupe Velez

 LUPE VELEZ (1908-1944). Local do nascimento: San Luis Potosí, México. Nome verdadeiro: Maria Guadalupe Villalobos Vélez. Filha de um coronel das forças armadas do ditador Porfirio Diaz e de uma cantora, estudou em um convento em San Antonio, no Texas, e foi aí que aprendeu a falar inglês. Após ter completado quinze anos de idade, e seu pai ter desaparecido durante a Revolução Mexicana, ela deixou o convento, e voltou para o México. Lupe e sua irmã Josefina foram apresentadas por sua mãe à estrela popular do Teatro de Revista, María Conesa, “La Gatita Blanca”, que lhes deu a chance de cantar e dançar o shimmy “Oh Charley, My Boy” no meio de um dos seus espetáculos. Em 1924, Aurelio Campos, jovem pianista e amigo das irãs Velez, recomendou Lupe aos produtores teatrais Carlos Ortega e Manuel Castro Padilla, que estavam preparando uma revista no Regis Theatre. Eles deram a Lupe a primeira oportunidade na companhia, depois de ter sido inicialmente rejeitada por causa de sua pouca idade, em favor de vedetes mais experientes como Celia Montalvan (a Josépha de Toni / Toni / 1935 de Jean Renoir) e Delia Magaña (futura atriz do cinema mexicano). Em 1925, o show Bataclan chegou de Paris comandado por Madame Rasimí e causou sensação no Esperanza Iris Theater.

Lupe

Lupe

Este sucesso levou alguns empreendedores a lançar a paródia, “Mexican Rataplan” com Lupe Velez na frente do elenco. Lupe causou furor, cantando a dançando com um rebolado estonteante, coberta de pedrarias e penas, e logo se firmou como uma das principais estrelas do vaudeville no México. Um amigo da família, Frank Woodward, indicou Lupe ao ator Richard Bennett (pai de Joan e Constance Bennett), bastante conhecido no teatro americano, que precisava de uma jovem com as características de Lupe para a peça “The Dove”. Lupe foi para Los Angeles, mas não conseguiu o papel. Na Califórnia, ela conheceu a comediante Fanny Brice. Esta promoveu sua carreira como dançarina e mencionou seu nome para Florenz Ziegdfeld em Nova York. Quando Lupe estava prestes a partir para Manhattan, recebeu um telefonema de Harry Rapf da MGM, que a convidou para fazer um tese cinematográfico. Hal Roach, viu o teste de Lupe e a contratou, colocando-a em duas comédias curtas: What Women Did for Me / 1927 com Charley Chase e Cuidado com os Marujos / Sailors Beware / 1927, ao lado de Oliver Hardy, Stan Laurel e Anita Garvin.

Lupe Velez e Douglas Fairbanks em O Gaucho

Lupe Velez e Douglas Fairbanks em O Gaucho

Lupe Velez e William "Stage" Boyd em Melodia do Amor

Lupe Velez  em Melodia do Amor

Gary Cooper e Lupe Velez em A Canção do Lobo

Gary Cooper e Lupe Velez em A Canção do Lobo

Lon Chaney e Lupe Velez em Sedução

Lon Chaney e Lupe Velez em Sedução

 

Monte Blue e Lupe Velez em

Monte Blue e Lupe Velez em Mulher de Vontade

Henry King dirige Lupe Velez em Porto do Inferno

Henry King dirige Lupe Velez em Porto do Inferno

No mesmo ano, um caçador de talentos levou Lupe à presença de Douglas Fairbanks e este lhe deu o papel da Garota das Montanhas em O Gaucho / O Gaucho / 1927, tendo sido também testadas Myrna Loy, Fay Wray, Raquel Torres e Loretta Young. Seguiram-se quatro filmes importantes na sua carreira: Frêmito de Amor / Stand and Deliver / 1928 (Dir: Donald Crisp), A Melodia do Amor / Lady of the Pavements / 1929 (Dir: D.W. Griffith), A Canção do Lobo / The Wolf Song (Dir: Victor Fleming) e Sedução / Where East is East / 1929 (Dir: Tod Browning), com Lupe, sempre no papel principal, ao lado respectivamente de Rod La Roque, William “Stage” Boyd, Gary Cooper e Lon Chaney. Depois de mais quatro filmes americanos de prestígio, Mulher de Vontade / Tiger Rose / 1929 (Dir: George Fitzmaurice) com Monte Blue, Porto do Inferno / Hell Harbor / 1930 (Dir: Henry King)) com Jean Hersholt e Gibson Gowland, A Invernada / The Storm / 1930 (Dir: William Wyler) com William “Stage” Boyd e Proibida de Amar / East is West / 1930 (Dir: Monta Bell) com Lew Ayres e Edward G. Robison, Lupe fez duas versões espanholas de filmes americanos: Oriente e Ocidente / Oriente es Occidente / 1931, v.esp. de East is West com Barry Norton e Resurrección / 1931, v.esp. de Ressurrection com Gilbert Roland.

Warner Baxter e Lupe Velez em O Exilado

Warner Baxter e Lupe Velez em O Exilado

Walter Huston e Lupe Velez em Congo

Walter Huston e Lupe Velez em Congo

Em 1931, Lupe trabalhou ainda com Cecil B. DeMille em O Exilado / The Squaw Man e em Ressurreição / Resurrection, versão original de Resurrección, dirigida por Edwin Carewe. Em 1932, ela filmou Melodia Cubana / The Cuban Love Song com o excelente barítono Lawrence Tibbett e Congo / Kongo , a refilmagem de No Oeste de Zanzibar, um dos grandes sucessos de Lon Chaney-Tod Browning, além de participar de Hombres en su Vida, v.esp. de Men in her Life, Asa Partida / The Broken Wing e A Verdade Semi-Nua / The Half Naked Truth.

Lee Tracy e Lupe velez em A Verdade Semi-Nua

Lee Tracy e Lupe velez em A Verdade Semi-Nua

A partir desse final de 1932, seus filmes foram caindo de qualidade (Quente como Pimenta / Hot Pepper / 1933; Noites da Broadway / Mr. Broadway / 1934: Palooka / Palooka / 1934 e Dinamite … e nada Mais! / Strictly Dynamite / 1934, ambos com Jimmy Durante; Amor Selvagem / Laughing Boy / 1934; The Morals of Marcus / 1935 e Gypsy Melody / 1936, ambos produzidos no Reino Unido; Cortando as Vazas / High Flyers / 1937 com Wheeler e Woolsey (no qual Lupe faz deliciosas imitações de Dolores Del Rio, Simone Simon e Shirley Temple); La Zandunga / La Zandunga / 1938 com Arturo de Cordova, no México; e Stardust /1938, outra produção britânica.

Lupe com Laurel e Hardy em Festa de Hollywood

Lupe com Laurel e Hardy em Festa de Hollywood

Nessa fase, destacou-se apenas Festa de Hollywood / Hollywood Party / 1934, não pelo filme, que era ruim, mas pelo engraçadíssimo esquete da quebra de ovos entre Lupe, Stan Laurel e Oliver Hardy). Em 1939, Lupe estrelou uma comédia modesta na RKO Radio Pictures, De Cabelinho nas Ventas / The Girl from Mexico. No papel da ardente e irriquieta cantora mexicana Carmelita Fuentes, ela estabeleceu tal harmonia com o seu parceiro Leon Errol (tio Matt Lindsay / Lord Basil Elping  que a RK), mudando o nome da personagem para Carmelita Lindsay, fez logo uma sequência, Quando a Mulher Vira Bicho / Mexican Spitfire / 1940. Esta deu origem a uma série muito popular, da qual faziam parte: Quando Macacos Se Juntam / Mexican Spitfire Out West / 1940, O Bebê de Carmelita / The Mexican Spitfire’s Baby / 1941, Forrobodó em Alto Mar / Mexican Spitfire at Sea / 1942, Aquele Careca Voltou / Mexican Spitfire Sees a Ghost / 1942, O Elefante de Carmelita / Mexican Spifire’s Elephant / 1942 e O Bebê da Discórdia / Mexican Spitfire’s Blessed Event / 1943.

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Lupe Velez e Donald Woods em De Cabelinho nas Ventas

Lupe Velez e Donald Woods em De Cabelinho nas Ventas

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Lupe Velez e Leon Errol em Aquele Careca Voltou

Lupe Velez e Leon Errol em Aquele Careca Voltou

latinos IV Lupe Great IIIPOsterOs filmes dessa série rejuvenesceram a carreira de Lupe e ela apareceu também, em filmes de outras companhais (Madame La Zonga / Six Lessons from Madame La Zonga / 1941, Honolulu Lu / Honolulu Lu / 1941, Dois Romeus Enguiçados / Playmates / 1941, Ladie’s Day / 1943 e Torvelinho Feminino / Redhead from Manhattan / 1942).

Lupe Velez e Gary Cooper

Lupe Velez e Gary Cooper

Lupe Velez e Johnny Weissmuller

Lupe Velez e Johnny Weissmuller

Em 1944, ela retornou ao México, onde estrelou Naná, adaptação do romance de Émile Zola, que foi bem recebida pelo público. Seis mêses depois do lançamento do filme, Lupe cometeu suicídio. Ela teve vários amantes (John Gilbert, Errol Flynn, Arturo de Cordova etc.), mas seu romance mais divulgado foi com Gary Cooper. Ele teria sido o grande amor de sua vida. Quando ele rompeu o relacionamento, Lupe ficou muito abalada e, para aliviar seu sofrimento, casou-se com Johnny Weissmuller; porém este casamento foi muito conturbado e eles se separaram em 1939. O último caso amoroso de Lupe foi com o jovem playboy-ator Harald Ramond, de quem ela ficou grávida. Harald prometeu se casar com ela, mas depois mudou de idéia, e a abandonou. Católica devota, Lupe não quís fazer um aborto, e se matou.

Elena Verdugo

Elena Verdugo

 ELENA VERDUGO (1925 –   ). Local de nascimento: Paso Robles, Califórnia, EUA. Nome verdadeiro: Elena Angela Verdugo. Descendente direta de Don Jose Maria Verdugo, ao qual o Rei da Espanha outorgou uma das primeiras posses de terra na Califórnia há duzentos anos atrás, foi criada em Los Angeles, e começou a dançar quando ainda estava no jardim de infância. Ela teria estreado no cinema aos seis anos de idade no western Quadrilha da Morte / Cavalier of the West / 1931, estrelado por Harry Carey, sem ser creditada; porém tal informação não foi confirmada. Na sua adolescência, vamos encontrá-la, anônimamente, nos filmes da Twentieth Century Fox Serenata Tropical / Down Argentine Way / 1940; Sangue e Areia / Blood and Sand / 1941; A Formosa Bandida / Belle Starr / 1941; Defensores da Bandeira / To the Shores of Tripoli / 1942 e em um filme da Paramount, Sonho de Música / The Hard-Boiled Canary / 1941.

latinos IV Elena verdugo the Moon poster

Lon Chaney Jr. e Elena Verdugo em  A Mansão do Frankenstein

Lon Chaney Jr. e Elena Verdugo em A Mansão do Frankenstein

Somente em Um Gosto e Seis Vinténs / The Moon and Six Pence / 1942, Elena passou a ter seu nome escrito nos créditos e interpretou um papel com nome. Ela era Ata, a jovem nativa com quem o pintor Charles Strickland (George Sanders) se casava no Tahiti. Elena fez mais doze filmes nos anos quarenta, todos no padrão “B: A Favorita dos Deuses/ Rainbow Island / 1944; A Mansão do Frankenstein / House of Frankenstein / 1944; Aparição Sinistra / The Frozen Ghost / 1945; Anão Gigante / Little Giant /1946 com Abbott e Costello; Estranha Viagem / 1946; Sedução / Song of Scheherazade / 1947; Shed no Tears / 1948; O Desfiladeiro da Morte / El Dorado Pass / 1948 com Charles Starrett; Aconteceu na Fronteira / The Big Sombrero / 1949 com Gene Autry; Fúria do Mar / Tuna Clipper / 1949; A Tribu Perdida / The Lost Tribe / 1949 com Johnny Weissmuller na série  Jungle Jim; O Vôo da Morte / The Sky Dragon / 1949 com Roland Winters na série Charlie Chan da Monogram.

latinos IV Elena verdugo The lost tribe posterNos anos cinquenta, Elena continuou aparecendo em produções modestas (vg. O Tesouro do Vulcão / The Lost Volcano / 1950, aventura nas selvas da série Bomba; O Lobo Fantasma / Snow Dog / 1950 western de Kirby Grant; Gene Autry and the Mounties / 1951, A Princesa de Damasco / Thief of Damascus / 1952, Aliança de Sangue / The Pathfinder / 1952, Alvo Humano / The Marksman / 1953, Destinos Cruzados / Panama Sal / 1957) e, a partir dos anos sessenta, dedicou-se mais à televisão, onde seu maior triunfo foi na série Marcus Welby, M.D.(1969-1976), estrelada por Robert Young, destacando-se como a enfermeira Consuelo Lopez, papel que lhe deu duas indicações para o prêmio Emmy.

2 pensou em “LATINOS NO CINEMA AMERICANO CLÁSSICO IV

  1. jose maria g alvrs

    QUE MARAVILHA FICAR SABENDO DESTA PERSONAGENS QUE NÃO CONHECIA. OBRIGADO.
    G ALVES

  2. AC Autor do post

    Obrigado José Maria. Fico satisfeito em poder disseminar o cinema clássico mundial e saber que muitos leitores fãs de cinema se interessam por ele. Nos últimos meses minha “audiência” dobrou de 3000 leitores cativos para mais de 6000. Sinal de que existe uma curiosidade pelo cinema do passado sem o qual o de hoje não existiria.Abs.

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