JEAN GABIN

Jean Gabin  morreu numa segunda-feira, dia 15 de novembro de 1976, vitimado por um ataque cardíaco causado por problemas de hipertensão, seis meses após ter completado 73 anos. Grande astro desde 1935, ele fez 95 filmes, dos quais pelo menos uma dezena honra a História do Cinema. Dos 95 filmes, eu vi 58, entre eles todos os citados neste artigo salvo La Belle Merinière, Sombras do Passado e L ‘Année Sainte.


Deixando de lado seus anos de aprendizagem no music-hall e em estúdio (1922 – 1934) e o breve parêntese americano durante a Segunda Guerra Mundial para as companhias Fox e Universal (1941 – 1943), podemos dividir seu itinerário artístico em quatro períodos (1935 – 1940), (1946 – 1953), (1954 – 1958) e (1959-1975), durante os quais seus personagens de ficção foram mudando e evoluindo de acordo com a idade do intérprete, os operários suburbanos com seus destinos trágicos cedendo gradualmente o lugar para os burgueses não conformistas e coléricos e depois aos patriarcas revoltados e autoritários.

Magnifico ator de composição, alternando uma variedade impressionante de papéis (caçador, trapezista, capitão de navio, Poncio Pilatos, legionário, operário, ladrão, chefe de quadrilha, soldado, desertor, condutor de locomotiva, gangster, treinador de boxe, camioneiro, diretor do Moulin Rouge, juiz, dono de restaurante, pintor, advogado, garagista, comissário Maigret, Jean Valjean, policial, presidente, patriarca rural, empresário, marceneiro, médico, banqueiro, mendigo, hoteleiro, falsário, inventor, antigo tipógrafo, etc., etc.), Gabin nunca deixou de ser ele mesmo o tempo todo, alimentando assim seu mito, o único que o cinema francês conheceu.

Como observou André Brunelin em Gabin (Robert Laffont, 1987), uma das melhores biografias jamais escrita sobre um artista de cinema, Jean Gabin conseguia “transportar” sua própria personalidade para o personagem e foi talvez por causa disto que ele parecia sempre muito verdadeiro na tela.

Jean-Alexis Gabin Moncorgé nasceu no dia 17 de maio de 1904 em Paris, filho de um cantor de café concerto,  Ferdinand Moncorgé, conhecido sob o nome de Gabin, e de uma cantora fantasista, Hélène Petit. Jean passou sua primeira infância em Mériel, pequena cidade campestre de Seine-et-Oise, ao lado de seu irmão, Bébé e de suas irmãs, Madeleine e Reine, mais velhos do que ele.

Em 1917, Bébé conseguiu empregar Jean como servente de escritório na Compagnie Parisienne d’Életricité; porém a descoberta do mundo do trabalho foi interrompida quando sua mãe faleceu em 1918 e seu pai resolveu matriculá-lo no liceu Janson-de-Sailly. Passado algum tempo, Jean fugiu do colégio e se refugiou na casa de sua irmã Madeleine e seu marido, o ex-campeão de boxe peso pluma Jean Poësy, decidido a ganhar a vida sozinho.

Entre 1921 e 1922, Jean exerceu vários pequenos ofícios numa estação ferroviária, numa fundição e em lojas de automóveis. Mas Ferdinand queria que seu filho entrasse para o teatro e, com a cumplicidade de Frejol, o administrador do Folies-Bergère, “empurrou com um ponta-pé no trazeiro” o jovem para cima do palco. Como não queria contrariar o pai, com quem havia se reconciliado recentemente, Jean foi em frente e acabou superando sua aversão pela profissão de ator e gostando daquele ambiente tão sedutor. Ele fez algumas participações secundárias numa revista de Rip no Vaudeville e nas operetas “Là-Haut” e “La Dame en Décolleté” no Bouffes–Parisiens, onde conheceu Gaby Basset, que se tornou sua primeira esposa no início de 1925 durante uma das licenças de Jean do seu serviço militar na Marinha.

Retornando à vida civil, Gabin subiu de novo ao tablado em “Trois Femmes Nues” ao lado de Gaby e foi com uma trupe ao Brasil; mais tarde, contratado por Mistinguett no Moulin Rouge, estreou na revista “Paris qui Tourne” em 18 de abril de 1928. Jean continuou no Moulin Rouge dançando e cantando em dueto com Mistinguett e, quando esta deixou esta casa de espetáculos, ele continuou trabalhando ali notadamente em “Allô, ici Paris”, contracenando com a americana Elsie Janis. Esta foi a última revista do  célebre Moulin Rouge que, vendido para  a Pathé-Natan, passou a ser uma sala de cinema. Contratado novamente para o Buffes-Parisien, Jean se apaixonou por sua parceira na opereta “Flossie”, Jacqueline Francell, e Gaby pediu o divórcio.

Segundo informação de Brunelin, Jean teria feito em 1929 dois curtas-metragens mudos, L’heritage de Lilette e Les lions ou le dompteur num estúdio da Gaumont na companhia de seu parceiro do Moulin-Rouge, o cômico Dandy; mas não se sabe se esses dois filmes chegaram a ser exibidos para o público. Nessa mesma época, a U.F.A. ofereceu-lhe o papel principal na versão francesa de um dos primeiros filmes sonoros que iria ser filmado pelo estúdio berlinense: Le Chemin du Paradis. Gabin não aceitou – porque não gostara da experiência dos curtas – , sendo substituído por Henri Garat.

Entretanto, o cinema não iria esquecê-lo. Pouco depois, ele recebeu um telegrama da Pathé-Natan, convidando-o para uma visita aos estúdios de Joinville-le-Point e ele saiu dali com um contrato de três anos, para fazer comédias cantadas. O primeiro filme foi Chacun sa Chance / 1930 inaugurando a sua fase de aprendizado, que compreendeu 15 filmes ao todo – entre os quais se destacou La Belle Marinière / 1932 -, e se encerrou quando ele fez, com Madeleine Renaud, Marie Chapdeleine / 1934, seu primeiro filme de peso, dirigido por Julien Duvivier. No ano anterior, Gabin conheceu uma jovem que dançava nua no Casino de Paris sob o  nome artístico de Doriane, mas que na realidade se chamava Jeanne Mauchain,  e eles se casaram.

Após Marie Chapdelaine iniciou-se o primeiro período (1935-1939) da carreira de Gabin, repleto de clássicos realizados por quatro grandes cineastas: Julien Duviviver (A Bandeira / La Bandera/ 1935, Gólgota / Golgotha / 1935, Camaradas / La Belle Equipe / 1936, O Demônio da Argélia / Pépé le Moko / 1936), Jean Renoir (Basfonds / Les Bas-fonds / 1936, A Grande Ilusão / La Grande Illuson, / 1937, A Besta Humana / La Bête Humaine / 1938), Marcel Carné (Caís das Brumas / Le Quai des Brumes / 1938, Trágico Amanhecer / Le Jour se Lève / 1939) e Jean Grémillon (Gula de Amor / Gueule D’Amour / 1937, Águas Tempestuosas / Remorques / 1939).

Em duas dessas obras-primas estava a bela Mireille Ballin, com a qual Gabin teve uma ligação efêmera. Na filmagem de Caís das Sombras, Gabin encontrou Michèle Morgan. Ela tinha 18 anos e olhos lindos. O destino de Doriane estava selado. Mas Gabin e Michèle só começaram seu romance – que todo mundo pensou que eles viviam secretamente – um ano depois, durante a filmagem de Águas Tempestuosas.

Com O Demônio da Argélia, disseram Jacques Siclier e Jean-Claude Missiaen (Jean Gabin, Henry Veyrier, 1977), “o mito Gabin já está definitivamente formado … Gabin, o Gabin de antes da guerra, está ali, todo inteiro, com seu coração terno e suas cóleras bruscas, sua presença física e suas reações instintivas, seu universo de vida sem futuro e de evasões frustradas, onde a mulher – fatal – passa como um sonho inacessível …”.

O filme marca a instalação oficial no cinema francês do romantismo de seres marginais e da mitologia do fracasso. Balbuciante em A Bandeira, aquele personagem atinge a sua plenitude e o seu apogeu em O Demônio da Argélia, que encontra no meio da multidão, mergulhada na desilusão do Front Populaire, na angústia das consequências da Guerra Civil espanhola e no crescimento do fascismo na Europa, um sucesso considerável, impulsionando Gabin para o zênite de sua glória e, ao mesmo tempo, encerrando-o no famoso “mito” de herói anti-social.

No dia 2 de setembro de 1939, Gabin, ou melhor, Jean Moncorgé, foi convocado. Ele serviu como fuzileiro naval em Cherbourg. Em maio de 1940, Gabin e alguns  técnicos obtiveram uma permissão excepcional para terminar Águas Tempestuosas. Nesse interim, Michèle havia assinado um contrato com a RKO para trabalhar em Hollywood. Com o recrudescimento da guerra, Michèle pensou que ela e Gabin não tinham futuro. Jean aconselhou-a a partir, lhe deu alguns conselhos e disse, brincando: “Você vai ver a Greta!”.

Após o armistício, ele decidiu ir também para os Estados Unidos, recusando a oferta para fazer filmes na Continental, a companhia produtora criada pelos alemães. Com a ajuda de seu amigo, José Samitié, um jogador de futebol espanhol da equipe de Nice, Gabin conseguiu atravessar a fronteira e, em Barcelona, obteve um visto americano em fevereiro de 1941.

A carreira americana do ator francês se limitou a dois filmes, Brumas / Moontide / 1942 de Archie Mayo com Ida Lupino e O Impostor / The Impostor / 1944 de Julien Duvivier com Ellen Drew. No plano sentimental, Gabin namorou Ginger Rogers (apresentado a ela por Michèle Morgan, agora apenas sua amiga), antes de encontrar Marlene Dietrich. Eles viveriam uma grande paixão até 1947.

Marlene estava casada com Rudi Sieberg com qual tivera uma filha, Maria. Rudi foi seu único marido, embora eles vivessem a maior parte do tempo separados. Rudi manteve um relacionamento longo com outra mulher, Tamara e Marlene com muitos homens. Apesar de ser protestante, o “Anjo Azul” chocava o puritanismo americano.

Marlene disse estas palavras a respeito de Gabin: “ … O mundo conhece o talento de Gabin como ator. Não preciso falar sobre isso.  Porém sua sensibilidade é muito desconhecida. Sua face dura como couro e sua atitude viril eram completamente artificiais. Ele era o homem mais sensível que eu conhecí: um pequeno bébé morrendo de vontade de se aninhar no colo de sua mãe, de ser amado, embalado, acariciado, esta é a imagem que eu conservo dele … Gabin era o homem – o super-homem – o “homem de uma vida”. Ele era o ideal que todas as mulheres procuram. Não havia nada de falso nele. Tudo era claro e transparente”.

Preocupada com a guerra, na qual os americanos estavam totalmente engajados,  Marlene deu a sua contribuição, principalmente nos espetáculos organizados para divertir os soldados na frente de batalha. Gabin, por sua vez,  se alistou nas Forças Francesas Livres, embarcando, nos meados de 1943, no navio Elorn, encarregado, com outras embarcações do mesmo tipo, de comboiar os petroleiros através do Atlântico até a Algéria. A bordo do Elorn, Gabin passou por maus momentos quando uma esquadrilha da Luftwaffe bombardeou o comboio. No outono de 1944, Gabin fez um treinamento especial e se tornou chefe do tanque Souffleur II da Divisão Leclerc. Gabin foi condecorado com a Cruz de Guerra e a Medalha Militar.

Findo o conflito mundial, Gabin e Marlene, de volta à França, fizeram um filme juntos, Mulher Perversa / Martin Roumagnac / 1946, iniciando-se o segundo período (1946 – 1953) da carreira do ator. O filme, dirigido por Georges Lacombe,  foi um fracasso. Marlene queria retornar à América. Gabin lhe deu um ultimato: ou ela ficava ou estava tudo acabado entre eles. Marlene partiu. Gabin não a perdoou e, desde então, para ele, a ruptura foi total.

Neste segundo período, com seus cabelos prematuramente grisalhos, Gabin fez três filmes importantes (Três Dias de Vida / Au-delà des Grilles / 1949 de René Clement, O Prazer / Le Plaisir / 1952 de Max Ophuls, Amor Traído / La Vérité sur Bébé Donge / 1953 de Henri Decoin) e uma obra-prima: Grisbi, Ouro Maldito / Touchez pas au Grisbi / 1953 de Jacques Becker.

Dominique surgiu diante de Gabin, quando ele estava ensaiando para a peça La Soif pouco antes da estréia, no final de janeiro de 1949. Ela era uma manequim da Lanvin e eles se casaram no dia 28 de março de 1949. Desde que Dominique entrou na sua vida, mais nenhuma outra mulher existiu para ele. Ela lhe deu duas filhas, Florence e Valérie e um filho, Mathias. De um primeiro amor, “um erro da juventude”, Dominique teve um filho, Jacky, nascido em 1940.

Depois da morte de Gabin, Dominique lembrou para Brunelin: “Jean era então muito bonito. Muito mais belo do que havia sido anteriormente nos seus filmes que o haviam tornado célebre. Porque era uma beleza mais madura, mais viril,  com os traços que a vida, a guerra, o medo haviam endurecido. Uma dureza suavizada por um sorriso generoso e um olhar azul, que tinha um brilho alegre, quase infantil, quando ele estava feliz”.

O terceiro período da carreira de Gabin (1954 – 1958) foi muito rico artisticamente, destacando- se: French Can Can / French Can Can / 1955 de Jean Renoir, Antro do Vício / Razzia sur la Chnouf / 1955 de Henri Decoin, Vidas sem Destino / Des Gens sans Importance / 1956 de Henri Verneuil, Sedução Fatal / Voici le temps des Assassins / 1956 de Julien Duvivier, Mães Modernas / Le Cas du Dr. Laurent / 1957 e Os Miseráveis / Les Misérables / 1958 de Jean-Paul le Chanois, Assassino de Mulheres / Maigret tend un Piège / 1958 de Jean Delannoy, Amar é minha Profissão / En Cas de Malheur / 1958 de Claude Autant-Lara, Vício Maldito / Le Desordre et la Nuit / 1958 de Gilles Grangier e Volúpia de Poder / Les Grandes Familles / 1958 de Denys de La Patellière.

Pôster de Màes Modernas

Em julho de 1952, Gabin comprou os 42 hectares de terra iniciais de sua fazenda, que ele batizou de La Pichonnière, dedicada primeiramente à criação de bovinos e depois também à criação de cavalos de trote. A casa que Gabin construiu nesta propriedade foi denominada de La Moncorgerie e ficou pronta no Natal de 1957. Foi a realização de um sonho de sua infância. Dez anos depois, durante o verão de 1962, na noite de sexta-feira 27 para sábado 28 de julho às cinco horas da manhã, 700 agricultores da região cercaram a Moncorgerie e, treze dentre eles, seus líderes e dirigentes sindicais, exigiram ser recebidos por  Jean Gabin, para lhe apresentar reivindicações que eram, na verdade, exigências.

Eles disseram que 150 hectares de terra eram o bastante para Gabin e exigiram que ele emprestasse para os jovens agricultores em dificuldade, as suas outras fazendas de Digny e de Merleraut. Gabin explicou que essas fazendas eram indispensáveis ao funcionamento da Pichonnière, porque elas lhe forneciam a aveia para seus cavalos. Gabin os enfrentou sozinho, calmo, lúcido. Em nenhum momento perdeu seu sangue-frio. Os líderes começaram a ficar com medo, quando as coisas não se desenrolaram como haviam previsto, e foram embora, dizendo para a multidão, que haviam conseguido o que queriam.

Mas Gabin sofreu uma grande decepção. Ele pensou que ia encontrar no meio rural e campesino o enraizamento profundo que ele não tinha no meio do espetáculo, deu tudo de si para isso, investiu quase todo o seu dinheiro porém, na madrugada do dia 28 de julho, ele se viu face à face com a mais cruel das realidades: a comunidade campesina de sua região o rejeitava. O caso terminou na Justiça quando, na abertura do processo, Gabin decidiu retirar sua queixa contra os invasores.

Trinta produções em dezesseis anos (1959 – 1976), ou seja, uma média anual de duas produções por ano, marcaram o quarto e último período (1959 – 1976) do percurso cinematográfico de Gabin, salientando-se: O Castelo do Medo / Maigret et l’affaire Saint-Fiacre / 1959 e O Vigarista / Le Baron de l’écluse / 1959 de Jean Delannoy, O Presidente / Le President / 1960 de Henri Verneuil, O Major das Barbadas / Le Gentleman d’Epsom / 1962 de Gilles Grangier, Gângsteres de Casaca / Melodie en sous-sol / 1963 de Henri Verneuil,  O Cavalheiro / Monsieur / 1964 de Jean-Paul le Chanois, Sombras do meu Passado / Le Tonerre de Dieu / 1965 de Denys de La Patellière, Le Pacha / 1968 de Georges Lautner, La Horse / 1969 e O Gato / Le Chat / 1970 de Pierre Granier-Deferre, O Caso Dominici / L’Affaire Dominici / 1973 de Claude Bernard-Aubert e, o melhor de todos e sucesso internacional, Os Sicilianos / Le Clan des Sicilians / 1969 de Henri Verneuil. Infelizmente, o filme que Gabin fez com seu grande amigo Fernandel, na companhia produtora que eles fundaram, a Gafer, intitulado L’Age Ingrat e dirigido por Gilles Grangier, não agradou o público, deixando-o um tanto amargurado.

Grangier (com quem Gabin fez doze filmes), no seu livro de recordações, Flash-back (Presses de la Cité, 1977), contou que um dia, depois de uma filmagem em exteriores, a equipe foi para um hotel. De repente, Gabin, apareceu vestido num roupão de banho como se fosse uma toga e, majestoso, começou a declamar, para surpresa de todos, uma série de versos alexandrinos de Corneille. Todos evidentemente se perguntaram onde ele havia aprendido os versos. Certamente não teria sido interpretando uma tragédia de Corneille na Comédie Française, porque senão eles teriam sabido. Lembrança de uma lição do tempo do colégio? Gabin costumava se gabar de sua cultura esportiva mas quanto à outra, a grande, ele gostava de passar por anti cultural.

Do mesmo modo, falando de cinema ou de sua profissão de ator ele dizia, “Minha Arte”, acentuando cada palavra e com uma entonação de escárnio, recusando ser reconhecido como um “artista”. Ele zombava gentilmente de Fernandel que, ao contrário, não pronunciava uma frase sem dizer “nós, artistas”. Gabin dizia para Fernandel: “Saltimbancos, Fernandel, é isso que somos”.

Em 1964, Gabin recebeu a Legion D’honneur. Em 1976, depois  de  seu último filme, L ‘Année Sainte, dirigido por Jean Girault, ele aceitou ser mestre de cerimônia na entrega dos César.

No dia 15 de novembro deste mesmo ano, Jean Gabin faleceu no hospital americano de Neully. Seu corpo foi cremado no cemitério Père Lachaise. No dia 19, a família e alguns íntimos como Gilles Grangier, Alain Delon e o almirante Gélinet  (que comandou o esquadrão de tanque de Gabin durante a guerra) e sua esposa, embarcaram num pequeno navio e, a vinte milhas da costa de Brest, diante da tripulação rendendo suas homenagens, o comandante Pichon jogou a urna cinerária nas águas do mar e Mathias e Florence um buquê de violetas, a flor predileta de seu pai.

14 pensou em “JEAN GABIN

  1. Daniel Camargo

    É sempre um deleite conhecer a história de uma cinematografia tão rica como a francesa por um dos seus maiores intérpretes. Pela vida de Gabin não só vemos o melhor do cinema continental, como também fatos históricos de extrema importância. É raro ver um saltimbanco tão genial.

  2. AC Autor do post

    Olá, Daniel.Concordo com o seu comentário.Um grande saltimbanco. É impressionante o número de bons filmes que ele fez.Volte sempre.

  3. AC Autor do post

    Olá, Antonio. Seu blog é ótimo. Boa idéia a do teste cinematográfico. Os fãs de cinema gostam de jogos deste tipo assim como de listas de melhores filmes ou cineastas.Não vou participar porque acho que não passaria em nenhum. Um forte abraço.

  4. Darci Fonseca

    Olá, Antonio Carlos. Simplesmente espetacular (e poderia ser de outra forma?) sua matéria sobre Gabin. Citei seu nome quando da análise de Duelo na Cidade Fantasma, no blog Cinewesternmania. Parece que apenas você percebeu a intenção do roteiro e acentuei isso. Se sobrar um tempinho, por favor, deixe um recado lá. Ou aqui… Grande abraço do Darci Fonseca – Cinewesternmania

  5. AC Autor do post

    Olá Darci. Seu blog está cada vez melhor. Gostei do artigo sobre Nicholas Ray. Obrigado por ter citado meu nome na apreciação sobre Duelo na Cidade Fantasma. Mas não concordo com o título de mestre. Sou apenas um fã de cinema como qualquer outro apenas mais velho.

  6. Darci Fonseca

    A.C., a modéstia é uma característica das pessoas sábias. Você vem escrevendo e ensinando sobre cinema há décadas. Muito do que aprendi foi lendo textos seus, do Lepiani, do Gil Araújo, do Sérgio Leemann e outros. A coleção de Cinemin dos anos 80 e 90 é um tesouro. Sua trilogia da Rocco é consulta obrigatória. O Cinewesternmania receber elogio seu faz com que eu tenha maior entusiasmo para continuar falando de Faroeste. Um abraço do aluno.

  7. José Mauricio Ferraz

    Olá meu caro amigo,
    Sempre aprendo com você. Nós, os saudosos do
    cinema dos anos 50, tivemos Jean Gabin como grande artista. Gostei imensamente de ler o artigo.
    Espero um novo ,focalizando a parceira Vivianne
    Romance, outro ícone daquela época.
    Até breve !
    Mauricio & Nelida.

  8. AC Autor do post

    Olá meus grandes amigos e apreciadores da Arte.Vivianne é uma boa lembrança. Vou providenciar.

  9. AC Autor do post

    Obrigado pela sua visita Maria Claudia. Você caracterizou o Gabin muito bem. Enriqueceu o meu post. Acho também que ninguém interpretou papéis de profissões tão variadas como ele e com tanta naturalidade.Também sou fã do grande Gabin. Volte sempre.

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