TRAJETÓRIA DE WALT DISNEY NO DESENHO ANIMADO

Walt Disney é, sem dúvida alguma, a personalidade do Cinema mais conhecida no mundo inteiro. Ele não inventou o desenho animado mas melhorou consideravelmente a sua técnica, criou um estilo inconfundível e deu ao gênero significação estética. Com seu formidável senso empresarial, formou uma fabulosa organização que, até hoje, após sua morte, em 1966, continua irradiando alegria e emoção para os fãs de todas as idades nos mais longínquos recantos do planeta. Perfeccionista e poeta, construiu um universo fantástico, onde a ternura e a graciosidade convivem harmoniosamente com a beleza. Grande orquestrador de talentos, induziu sua equipe de virtuosos a forjar, com entusiasmo e alto grau de profissionalismo obras-primas, nas quais o apuro técnico, vivacidade da mise-en-scène e a riqueza de imaginação produziram efeitos mágicos inesquecíveis. Em sucinta cronologia, eis alguns instantes marcantes da trajetória de Walt Disney no desenho animado.

Como a bibliografia de WD é muito extensa, não tenho a pretensão de trazer nenhuma novidade. Minha contribuição para o assunto reside somente na pesquisa dos títulos em português dos desenhos curtos e na identificação dos primeiros dubladores dos longas-metragens. Entre os livros, utilizei principalmente: The Animated Man – A Life of Walt Disney de Michael Barrier (University of California, 2007), The Disney Films de Leonard Maltin (Disney Editions, 2000), The Encyclopedia of Animated Cartoons de Jeff Lenburg (Checkmark Books, 2009) e Walt Disney, O Triunfo da Imaginação Americana de Neal Gabler (Novo Século, 2009). Para os nomes dos primeiros dubladores: jornais,  programas e revistas da época, principalmente, A Scena Muda.

1901:

Nascimento de Walter Elias Disney, a 5 de dezembro, em Chicago, Illinois, filho dos canadenses Elias e Flora Call Disney. Infância numa fazenda em Marceline, Missouri.

1910:

Mudança da família para Kansas City. O pai obteve concessão para distribuir o jornal “Star”. Walt e seu irmão mais velho, Roy, entregam o matutino nas portas dos assinantes. Primeira manifestação de seu pendor para o desenho. Matrícula no Kansas City Fine Art Institute.

1917:

Walter junta-se à sua família, que voltara para Chicago e estuda na Academy of Fine Arts.

1918:

Walt alista-se no Corpo de Ambulâncias da Cruz Vermelha e, já no final da Primeira Guerra Mundial, embarca para a França. Nas horas de folga faz desenhos e caricaturas.

1919:

Retorno à América. Walt emprega-se na a agência de publicidade Pesmen Rubin Commercial Art Studio, onde conhece Ubbe Iwwerks (que depois encurtou o nome para Ub Iwerks). Depois de fundarem a Iwerks-Disney Commercial Artists,  que durou apenas alguns meses, os dois ingressam na Kansas City Slides Co. (depois Kansas City Film Ad Company), produtora de anúncios exibidos nos cinemas locais.

1921:

Sem que seus patrões soubessem, Disney e Fred Harman, seu colega na Film Ad,  alugam um estúdio (que eles batizam de Kaycee Studios), compram um tripé e uma câmera usados, e tentam filmar a terceira convenção da American Legion realizada em Kansas City para o cine-jornal da Pathé. Eles começam também a idealizar um desenho animado, The Little Artist, que ficou inacabado.

1922-23:

Disney começa a fazer, à noite, seus próprios filmes, que ele vende para a Newman Theater Company exíbí-los na sua cadeia de cinemas. Assim nasceram os Newman Laugh-O-grams. No começo, os Laugh-O-grams duravam apenas um minuto e versavam sobre problemas do governo local como Cleaning Up!!?, Kansas City Girls are Rolling Their Own Now, Take a Ride Over Kansas City Streets e Kansas City’s Spring Cleanup.

Devido ao sucesso desses filmezinhos, ele passou a fazer filmes mais longos, usando como temas contos de fadas conhecidos e histórias para crianças. Foram sete ao todo: Little Red Riding Hood, The Four Musicians of Bremen, Jack and the Beanstalk, Jack the Giant Killer, Goldie Locks and the Three Bears, Puss in Boots e Cinderella.

Disney fez também filmes curtos chamados Lafflets, que combinavam ação ao vivo e animação. Entre eles: Golf in Slow Motion, Descha’s Tryst with the Moon, Asthgetic Camping, Reuben’s Big Day, Rescued, A Star Pitcher, The Woodland Potter, A Pirate for a Day. Ele realizou ainda um Sing-a-Long, exibido em 1923, para a canção “Martha: Just a Plain Old Fashioned Name”. A série de Laugh-O-grams obteve êxito muito popular mas financeiramente mal sucedida. A companhia teve que recorrer a outros projetos para pagar suas dívidas. Um deles foi um filme de higiene dental, Tommy Tucker’s Tooth. Com Disney, além de Ub Iwerks, estavam Hugh Harman, Walker Harman, Rudolf Ising, Carmen Maxwell,  William “Red” Lyon, etc.

1923:

Inspirado na série Out of the Inkwell dos irmãos Fleischer, na qual um personagem salta de um tinteiro e interage com o mundo real, Disney imaginou uma série na qual um ator ao vivo é colocado no mundo do desenho animado. Ele contratou uma jovem atriz de quatro anos de idade, Virginia Davis, e começou a filmar Alice’s Wonderland. Disney encontrou um distribuidor interessado na pessoa de Margaret J. Winkler, que já distribuía as séries Out of the Winkwell de Max Fleischer e Felix the Cat de Pat Sullivan e precisava de uma nova série, porque Fleischer resolvera distribuir seus filmes através de sua própria companhia, Red Seal, e Sullivan decidira procurar outro distribuidor, que lhe pagasse mais. Winkler e Disney assinaram um contrato para a realização de 12 filmes com a opção do contrato ser interrompido caso os primeiros seis filmes não fossem satisfatórios. Nesse ínterim, a Laugh-O-Gram Films Inc. faliu. Disney sabia que, se ele quisesse atrair a atenção nacional, teria que sair de Kansas City e ir para onde os filmes estavam realmente sendo feitos, ou seja, Hollywood.

1924:

Chegando em Hollywood, Disney começou a série Alice Comedies (ou Alice in Cartoonland), usando um pequeno espaço na Kingswell Avenue como estúdio, que chamou de Disney Bros. Para os primeiros filmes, ele mesmo cuidou de toda a animação enquanto seu irmão Roy se ocupava da câmera na cenas de ação ao vivo. Depois, outros desenhistas juntaram-se à equipe como Ub Iwerks, Lillian Bounds (que se tornaria Mrs. Disney), Rollin Hamilton, Hugh Harman, Rudolf Ising, Walker Harman, etc.

1925:

A série Alice Comedies (cujo primeiro dos 56 filmes foi Alice’s Day at Sea) obteve sucesso e Margaret Winkler decidiu renovar o contrato com Disney. Desta vez pediu mais 18 filmes em vez de 12 e que ele desse um jeito de reduzir as despesas. Disney estava ficando muito mais interessado no aspecto da animação dos filmes do que nas sequências de ação ao vivo, de modo que não queria dispensar seus desenhistas. Virginia Davis recebia um salário mensal. Quando as sequências de animação animação puderam ser filmadas num espaço de tempo menor, Disney quís pagar Virginia pelos dias nos quais ela efetivamente trabalhou. Os pais de Virginia não aceitaram esta mudança e a menina deixou a série. Virginia foi substituída sucessivamente por: Dawn O’Day (que depois faria carreira no cinema como Anne Shirley), Margie Gray e Lois  Hardwick.

1926:

Os estúdios Disney trabalhavam arduamente na consecução das Alice Comedies,  porém Margaret Winkler casara-se com Charles Mintz, e este passou a comandar a distribuidora. Mintz achou que os filmes não eram engraçados. Diante disso, Disney teve que reforçar os gags que, naturalmente, eram proporcionados pela parte animada dos curtas. O Disney Bros. mudou-se para a Hyperion Avenue e passou a se chamar The Walt Disney Studio.

1927-28

Em janeiro de 1927, Mintz pediu a Disney que criasse o personagem de um coelho. Em maio do mesmo ano, Mintz assinou contrato com a Universal Pictures para a distribuição uma série de 26 desenhos estrelados por um novo personagem: Oswald, The Lucky Rabbit. Disney e sua equipe trabalharam dobrado e mandaram o primeiro filme, Poor Papa para a Universal. Mintz e a Universal não gostaram deste primeiro filme. Desapontado, Disney concordou em reelaborar o personagem e começou a fazer um segundo filme, Trolley Troubles, que foi bem recebido pelos resenhistas e pelo público.

Disney tentou negociar com Mintz um novo contrato para uma segunda série de desenhos de Oswald, mas Mintz contratou secretamente alguns dos melhores animadores de Disney, para prosseguir a série sem ele. Disney ficou sem distribuidor e sem o personagem, pois não possuía os direitos sobre ele. Os desenhos de Oswald acabaram caindo nas mãos de Walter Lantz, que seria o criador do Picapau / Woody Wodpecker.

1928-29:

Criação do Camundongo Mickey, a princípio chamado Mortimer, com traços menos redondinhos e um tanto rude. A esposa de Disney mudou o seu nome para Mickey Mouse e entre nós, às vezes, acrescentaram-lhe o epíteto Camundongo da Fuzarca. No primeiro desenho, Plane Crazy / 1928, já surgem Minnie, a namorada de Mickey e Clarabela / Clarabelle Cow e no segundo, Galloping Gaucho, / 1928, o vilão Peg Leg Pete (João Bafo de Onça). No sétimo desenho, The Plow Boy / 1929 surge Horácio / Horace Horsecollar. Com o advento do cinema sonoro, Disney percebeu que a série muda não tinha possibilidades comerciais e realizou então o terceiro desenho de Mickey, Steamboat Willie, com som sincronizado (pelo clandestino Cinephone Process  da Pat Powers). Disney fez a voz de Mickey e Carl Stalling encarregou-se da música. Entre 1928 e 1929, foram feitos 15 desenhos. Na equipe: Ub Iwerks, Les Clark, Johnny Cannon, Wilfred Jackson.

Criação das cinco primeiras Sinfonias Singulares ou Sinfonias Malucas / Silly Simphonies. O desenho pioneiro, A Dança Macabra ou Os Esqueletos Dançam / The Skeleton Dance, descrevia um passeio noturno dos esqueletos num cemitério, onde se punham a dançar e a brincar ao som da música. A série, conjugando o som e a imagem, foi intensamente criativa, com pequenas jóias agraciadas com o Oscar: Flores e Árvores / Flowers and Trees / 1932, Os Três Leitãozinhos / Three Little Pigs / 1933, A Lebre e a Tartaruga / The Tortoise and the Hare / 1935, Três Bichaninhos Órfãos / Theree Orphan Kittens / 1935, O Primo da Roça / The Country Cousin / 1936, O Velho Moinho / The Old Mill / 1937, O Patinho Feio / The Ugly Ducking / 1939. Em 1969, a MGM distribuiu No Fantástico Reino da Fantasia / Academy Award Shorts Program reunindo 11 desenhos premiados com o Oscar e, na ocasião do lançamento no Brasil, foram alterados alguns títulos em português: O Lobo Mau / Three Little Pigs, A Tartaruga e o Coelho / The Tortoise and the Hare, Os Três Gatinhos Órfãos / Three Orphan Kittens, O Primo do Interior / The Country Cousin. As Sinfonias Malucas e os desenhos de Mickey distribuídos pela Columbia.

1930-31:

21 desenhos do Mickey. 20 Sinfonias Malucas. No desenho de Mickey, The Chain Gang / 1930, surge Pluto, que tomará mais vulto em Caçador Corajoso / The Moose Hunt / 1931 e terá desenho próprio a partir de Os Cinco Totós / Pluto’s Quintuplets / 1937.

Os colaboradores de Disney frequentam aulas noturnas no Chouinard Art Institute e já começam a se especializar. “O propósito não era apenas treinar jovens animadores, mas fazer com que cada artista aperfeiçoasse sua técnica e ficasse compreendendo melhor a natureza da animação”. Fred Moore passa a ser o responsável pelos desenhos do Mickey. Mickey, Pai de Órfãos / Mickey’s Orphans / 1931 é o primeiro desenho do Disney indicado para o Oscar.

Criação dos Clubes do Mickey Mouse, aparecimento da primeira tira de quadrinhos do Mickey e o merchandising dão um imenso impulso para a popularidade do personagem.

1932:

14 desenhos do Mickey. 8 Sinfonias Malucas. No desenho A Revista de Mickey / Mickey Revue estréia o Pateta / Goofy com a risada abobalhada de Vance “Pinto” Colvig, um dos colaboradores mais versáteis de Disney, falecido em 1975. Colvig, além de emprestar a voz para vários personagens dos desenhos, escreveu letras para algumas canções.

Em Flores e Árvores, Disney introduz o technicolor em três cores no desenho animado. O tema é o romance de duas pequeninas árvores, interrompido pelos avanços sinistros de um velho tronco, que tenta raptar a árvore feminina. Malogrado o intento, ele se vinga, botando fogo na floresta. Um bando de pássaros cutuca as nuvens. A chuva cai e apaga as chamas. O tronco malvado perece nas labaredas, as árvores enamoradas se casam e a floresta exulta, calma e feliz novamente. O antropomorfismo típico das Sinfonias Malucas é explorado ao máximo.

Além do Oscar por Flores e Árvores, Disney recebe um prêmio especial da Academia pela criação de Mickey Mouse. A distribuição dos desenhos passa a ser feita pela United Artists.

Disney contrata Herman Kamen, um talentoso vendedor, oriundo de uma família judia de Baltimore, e ele renova a Walt Disney Enterprises, o braço comercial do estúdio, aumentando consideravelmente os lucros da mercadização.

1933:

12 desenhos do Mickey . Sete Sinfonias Malucas.

Talvez a mais popular das Sinfonias Malucas, Os Três Leitãozinhos, tal como os outros desenhos da série, traz inovações. No caso, três personagens similares com personalidades diferentes. Até então, todos os personagens agiam da mesma maneira e se distinguiam apenas pelo tamanho ou pelas roupas, e não pelo caráter. “Sem que um personagem adquira personalidade, o público não acredita nele. Sem personalidade, ele pode fazer coisas engraçadas ou interessantes mas, a não ser que as pessoas sejam capazes de se identificar com ele, suas ações parecerão irreais”(Walt Disney).

O desenho lançou Os Três Porquinhos e levou o Oscar de 1931. Na saída dos cinemas os espectadores cantarolavam a canção “Who’s Afraid of the Big Bad Wolf” de autoria de Frank Churchill com letra de Ted Sears.

Na equipe de Disney, nessa época, também: Burt Gillett, Albert Hurter, Norm Ferguson, Dick Lundy, Art Babbitt, David Hand, Ben Sharpsteen, Dick Huemer, Clyde Geronimi.

Em A Grande Estréia / Mickey’s Gala Premiere, o camundongo encontra astros e estrelas de Hollywood: John. Ethel e Lionel Barrymore, Buster Keaton, Douglas Fairbanks, Joan Crawford, Mae West, George Arliss, Wallace Beery, Marie Dressler, Wheeler e Woolsey, Joe E. Brown, Charles Chaplin, Laurel e Hardy, Harold Lloyd, Boris Karloff, Bela Lugosi, etc., apresentados como caricaturas. Numa cena, Greta Garbo dá um beijo no Mickey.

Preparação de Alice in Wonderland com Mary Pickford, projeto arquivado quando a Paramount mostrou sua versão dirigida por Norman Z. MacLeod, com Charlotte Henry e um punhado de artistas de renome interpretando os personagens de Lewis Carroll.

1934:9 desenhos do Mickey. 8 Sinfonias Malucas.

Em Galinha Sabida / The Wise Little Hen, aparece pela primeira vez nas telas o Pato Donald / Donald Duck. Disney ouviu Clarence Nash imitando a voz do pato, contratou-o, e criou Donald com os traços e temperamento iguais aos que conhecemos hoje: a mesma roupa de marinheiro, o gênio irritadiço e agressivo – só tinha o bico mais alongado.

No mesmo ano, Donald chama a atenção num desenho do Mickey, Espetáculo de Benefício / Orphan’s Benefit e iria assumir uma personalidade em Don Donald / Don Donald / 1937, vestido de mexicano e cortejando Donna Duck (depois Margarida / Daisy Duck; o encontro entre o Pato Donald e Margarida é assinalado oficialmente em O Sr. Pato se Diverte / Mr. Duck Steps Out / 1940.

Nash foi a voz do Pato Donald durante 50 anos, de 1934 a 1984, falecendo em 1985. Ele emprestou também a voz para Margarida (até 1947) e os sobrinhos de Donald. A Academia homenageou-o numa de suas cerimônias.

No grupo de novos artistas contratados por Disney estão aqueles que, ao lado do veterano Les Clark, seriam chamados no futuro de “Os Novos Velhinhos” e constituiriam o núcleo dos responsáveis pelos desenhos de longa-metragem: Frank Thomas, Ollie Johnson, Milt Kahl, Marc Davis, Wolfgang Reitherman, Eric Larson, John Lounsbery, Ward Kimball. Além deles,  ingressam no estúdio: Walt Kelly, Virgil Partch, Fred Spencer, Hank Ketcham, Claude Smith, Sam Cobean, Shamus Culhane, Al Eugster, Bill Tytla, Zack Schwartz e muitos outros. Quanto a outros animadores no decorrer dos tempos, remeto o leitor para o livro de Leonard Maltin, que dá a equipe completa de todos os desenhos de longa-metragem de Disney.

1935:

8 desenhos do Mickey. 8 Sinfonias Malucas.

Disney apresenta o primeiro desenho do Mickey em cores, A Banda do Barulho / The Band Concert, fazendo o camundongo reger um grupo de animais num concerto. Enquanto rege, um ciclone se aproxima, colhe todo o grupo e joga os componentes da orquestra para vários lados, como se fossem confetes. Mas eles continuam tocando, arrastados pela ventania, rodopiando nos ares. Donald interrompe a audição a todo instante e tenta vender sorvetes aos espectadores.

Ainda em 1935, foi feito o último desenho do Mickey em preto e branco, Canguru de Mickey / Mickey’s Kangaroo, e três Sinfonias Malucas importantes: A Lebre e a Tartaruga, Três Bichaninhos Órfãos e Quem Matou o Pintarroxo? / Who Killed Cock Robin (paródia de Mae West no auge de sua popularidade com a voz de Martha Wentworth – não creditada – como Jenny Wren). Todos os três foram indicados para o Oscar, tendo os dois primeiros obtido a premiação.

1936:

11 desenhos do Mickey. 6 Sinfonias Malucas.

Em O Campeão de Polo / Mickey’s Polo Team, Disney usa novamente caricaturas de artistas, inclusive de Laurel e Hardy como jogadores de polo. A Sinfonia Maluca O Primo da Roça ganha o Oscar.

1937:

9 desenhos do Mickey. 1 Sinfonia Maluca. 1 do Donald.

Em O Velho Moinho, excelente desenho da série Sinfonias Malucas, usa-se pela primeira vez a câmera multiplana (Oscar técnico-científico de 1937), mecanismo que permite à câmera se deslocar, passando por diversos “Planos“(folhas de celofane ou camadas de vidro com os desenhos), colocados a várias distâncias da câmera. Fotografando-os à medida em que avança, a câmera multiplana propicia a ilusão de profundidade e perspectiva.

A história de O Velho Moinho versa sobre o que acontece a um velho moinho durante a noite, nada mais. A primeira cena mostra-o ao pôr do sol. As vacas seguem para o estábulo. Uma aranha tece a teia. Os pássaros vão para os ninhos. Cai uma tempestade e o moinho fica em polvorosa. De manhã cedo, quando as vacas retornam ao pasto, a teia de aranha está em pedaços e as penas dos passarinhos amarrotadas. “Os críticos exclamaram: ‘Poético!’, mas o importante para mim era a impressão de terceira dimensão que poderia usar nos meus desenhos”(Walt Disney). O Velho Moinho conquista o Oscar.

Em Valentes Caçadores / Moose Hunters, Pluto fala com a voz de “Pinto” Colvig e em Donald e seu Avestruz / Donald’s Ostrich, o pato torna-se astro, com desenho próprio. A distribuição dos desenhos passa à RKO.

1938:

3 desenhos do Mickey. 5 Sinfonias Malucas. 7 do Donald. 1 Especial, O Touro Ferdinando / Ferdinand the Bull, baseado na criação de Munro Leaf, obtém o Oscar.

Lançamento do primeiro desenho de longa-metragem, Branca de Neve e os Sete Anões / Snow White and the Seven Dwarfs, adaptação do conto dos irmãos Grimm. Clássico da animação cinematográfica, instante decisivo na carreira de Disney, o filme recebeu o Prêmio Especial dos Críticos de Cinema de Nova York, o Grande Troféu de Arte do Festival de Veneza e um Oscar especial da Academia, colocando-se  em 1º lugar na lista dos 10 melhores filmes do ano do New York Times. Disney pretendia gastar apenas 250 mil dólares mas cada cena se tornou um projeto intrincado, que exigiu muita criatividade e dinheiro, e as despesas subiram para 1 milhão e 15 mil dólares. “Você não pode imaginar o montão de coisas que tivemos de aprender, e de desaprender, fazendo Branca de Neve”. (Walt Disney). Na versão original, Adriana Caselotti (depois de cogitarem  Deanna Durbin) emprestou a voz para Branca de Neve; Marjorie Belcher, mais tarde conhecida como Marge Champion nos musicais da Metro, posou como modelo. Outras vozes principais: Harry Stockwell / The Prince; Lucille La Verne / The Queen; Moroni Olsen /The Magic Mirror; Scotty Mattraw / Bashful; Roy Atwell / Doc;  Pinto Colvig / Grumpy e Sleepy; Otis Harlan / Happy; Billy Gilbet / Sneezy; Stuart Buchanan / Humbert, The Queen’s Huntsman;  Na 1ª dublagem brasileira: Dalva de Oliveira (diálogos); Maria Clara Tati Jacome (canções) / Branca de Neve, Carlos Galhardo / Príncipe; Cordélia Ferreira / Rainha; Almirante / Espelho Mágico e o anão Mestre; Delorges Caminha / Feliz; Aristoteles Pena / Zangado / Edmundo Maia / Atchim / Baptista Junior / Soneca e Dengoso, Tulio Lemos / Caçador;  Os Trovadores. Canções: Frank Churchill, Leigh Harline, Paul J. Smith. Adaptação brasileira: Radamés Gnatalli. Tradução: João de Barro, Alberto Ribeiro. Parte técnica: Moacyr Fenelon.Obs.No Brasil foi também exibida a versão original inglêsa.

Em Donald e Seus Sobrinhos / Donald’s Nephews surgem Huguinho / Huey, Zezinho / Dewey e Luizinho / Louis. Em Fitas e Fiteiros / Mother Goose Goes Hollywood aparecem mais caricaturas de astros e estrelas como Katharine Hepburn, W.C. Fields, Charles Chaplin, Laurel e Hardy.

1939:

2 desenhos do Mickey.1 Sinfonia Maluca. 8 do Donald. 1 Especial, O Patinho Feio / The Ugly Ducking, ganha o Oscar.

Em O Caçador de Autógrafos / The Autograph Hound, mais caricaturas de ídolos da tela como Greta Garbo, Mickey Rooney, Shirley Temple, os Ritz Brothers.

1940:

2 desenhos do Mickey. 8 do Donald. 1 d oPateta. 3 do Pluto.

Pinóquio / Pinocchio, baseado na história de Collodi, é um dos mais inventivos desenhos em longa-metragem de Disney do ponto de vista visual, revelando notáveis avanços técnicos em relação à Branca de Neve e os Sete Anões. Levou três anos em produção e custou aproximadamente 2 e meio milhões de dólares. No elenco de vozes principais: Dickie Jones / Pinocchio; Cliff Edwards / Jimmy Crickett; Walter Catlett / J. Worthington Foulfellow; Frankie Darro / Lampwick; Evelyn Venable / The Blue Fairy; Charles Juddles / Stromboli and The Coachman; Don Brodie / Barker. Na 1a dublagem brasileira: Donald Thompson, o “Pinguinho” da Radio Clube / Pinocchio;  Mesquitinha (e, cantando, Paulo Tapajós) / Grilo Falante, Almirante / João Honesto, Grande Otelo / Pavio de Vela, Edmundo Maia / Gepeto / Lysandro Martins / Cocheiro, Zezé Fonseca / Fada, Heloisa Helena / as Bonecas de todas as raças / Linandro Sergenti / Stromboli. A canção “When You Wish Upon a Star”, de Leigh Harline e Ned Washington, arrebatou o Oscar, sendo também atribuída aos autores e a Paul J. Smith outra estatueta da Academia pelo melhor score original. Versão brasileira: João de Barro, Joracy Camargo.

Fantasia / Fantasia (ex-Concert Feature) é o projeto em longa-metragem mais ambicioso e controvertido de Disney. Primeiramente, a intenção era fazer um desenho curto de Mickey, inspirado em “O Aprendiz de Feiticeiro” de Paul Dukas. O maestro Leopold Stokowski aceitou reger o score e sugeriu a Disney  que expandisse a idéia e realizasse uma série de visualizações de temas musicais. O musicólogo Deems Taylor apresenta os segmentos do concerto sob a direção de Stokowski: “Tocata e Fuga em Ré Menor” de Bach; “Suite Quebra-Nozes”de Tchaikowsky; “O Aprendiz de Feiticeiro” de Paul Dukas; “Sagração da Primavera” de Stravinsky: “Sinfonia Pastoral” de Beethoven: “Danças das Horas” de Ponchielli; “Uma Noite no Monte Calvo” de Moussorgsky; “Ave Maria” de Schubert. O filme, por seu desafio técnico, pode ser considerado um tributo ao brilhantismo da equipe de artistas dos Estúdios Disney e, embora muitos críticos musicais apontassem os sacrilégios cometidos na ilustração dessas composições eruditas (“grotesca caricatura da cultura”), impressiona por sua ousadia e qualidade artística. Aspas para Vinicius de Morais: “Fantasia é a festa nupcial da música com a cor, do som com o desenho, da melodia com a forma. É a orgia do bizarro, numa equilibrada sucessão de imagens visuais e sonoras que vão desde o supra-realista ao anedótico, do didático ao satírico, do lírico ao cômico. É uma polifonia policrômica de nuances jamais vistas. Festa para os olhos e para o ouvido”. Disney manda construir um sistema especial de som – o Fantasound – que antecipa muitas inovações estereofônicas dos anos 50 e 60; mas tem problemas para implantá-lo em circuito e acaba lançando o filme no sistema comum. Disney, sua equipe de som e Stokowski receberam Oscars especiais. Ao filme coube um Prêmio Especial dos Críticos de Cinema de Nova York.

1941:

3 desenhos do Mickey. 8 do Donald. 3 do Pateta. 4 do Pluto, Deve-se fazer o  Bem / Lend a Paw ganha o Oscar.

O Dragão Dengoso / The Reluctant Dragon, documentário misturando desenho e “ação ao vivo” (dirigida por Alfred L. Werker e fotografada por Bert Glenon, Winton Hoch), tendo por finalidade promover os novos estúdios de Disney em Burbank. Ali acompanhamos os passos de um visitante curioso, Robert Benchley. Depois de percorrer todos os departamentos, Benchley assiste, na companhia de Disney e colaboradores, ao desenho O Dragão Dengoso. Durante a visita ele vê também um dueto entre o Pato Donald / Clarence Nash e Clara Cluck (Galinha Cantadeira) / Florence Gill e os desenhos Baby Weems e How to Ride a Horse, este último protagonizado pelo  Pateta.

Dumbo / Dumbo é o desenho de longa-metragem mais curto e menos pretencioso de Disney. Os animadores utilizaram uma história bem simples (de Helen Aberson e Harold Pearl) e a rechearam de idéias engenhosas e personagens memoráveis, produzindo cenas brilhantemente concebidas, por exemplo, a do pileque do elefantezinho. Como Dumbo não fala, o enredo é quase todo narrado visualmente e, na observação de um crítico, o filme tem mais ângulos de câmera do que Cidadão Kane. Entre as vozes: Edward Brophy / Timothy; Herman Bing / Ringmaster; Verna Felton / Elephant; Sterling Holloway / Stork; Cliff Edwards / Jim Crow. Na 1a dublagem brasileira: João de Barro / Ratinho Timóteo; Sarah Nobre / Elefoa Matrona; Sr. Cegonha / Almirante; Grande Otelo / Jim Crow; Iara Jordão, Olga Nobre, Mary May / Eleofas Bisbilhoteiras; Xavier de Souza / Mestre de Cerimônias do circo; Miguel Orrico / Empresário.

Estoura a greve nos estúdios Disney.

Entre 1941-42, Disney realiza para a National Film Board of Canada: Stop that Tank (essencialmente um filme de instrução com poucas cenas de animação),Thrifty Pig (com os Três Porquinhos), The Seven Wise Dwarfs (trazendo os amigos da Branca de Neve de volta às telas) e Donald’s Decision (com o Pato Donald)  e All Together (com vários personagens Disney).

1942:

2 desenhos do Mickey. 8 do Donald. 4 do Pateta. 5 do Pluto.

Bâmbi / Bambi, delicada transposição do clássico infantil de Felix Salten, distingue-se por seu estilo e atmosfera, maravilhosa estilização, principalmente no uso da cor, e retorno da veia idílico-elegíaca de Disney. O diretor Sidney Franklin cedeu os direitos de adaptação e serviu como consultor artístico. Na versão original não foram creditadas as vozes. Na 1ª dublagem brasileira: Peri Ribeiro,

Durante a Segunda Guerra Mundial, noventa por cento dos empregados de Disney se dedicaram a produzir filmes de treinamento ou de propaganda para o governo. Em 1942 eles fizeram  The New Spirit e, no ano seguinte: The Spirit of 43Educação para a Morte / Education for Death – The Making of a Nazi, Razão e Emoção / Reason and Emotion, O Automo-Bastão / Victory Vehicles, etc.

1943:

6 desenhos do Donald. 1 do pateta. 2 do Pluto. 1 do Figaro. 4 Especiais, Oscar para Vida de Nazista / Der Fuehrer’s Face. Obs. Figaro  é aquele gato que vive tentando apanhar Cleo, o peixinho em Pinocchio. O personagem apareceu também como coadjuvante em desenhos do Pluto.

Alô, Amigos! / Saludos Amigos cumpre o programa de aproximação com a América Latina, incentivado pela Política da Boa Vizinhança, proclamada por Roosevelt. Combina desenho e cenas de Disney e sua equipe “ao vivo”, para ligar os quatro episódios: o do turista Donald às voltas com um lhama no lago Titicaca; o do aviãozinho Pedro tentando atravessar os Andes; o do gaúcho Pateta nos pampas da Argentina e o episódio brasileiro, no qual se ouve “Aquarela do Brasil “de Ary Barroso e “Tico-Tico no Fubá” de Zequinha de Abreu, e surge o papagaio Zé Carioca / Joe Carioca, inspirado num desenho de J. Carlos e na figura do violonista Zezinho de Oliveira. (José do Patrocínio  de Oliveira). Supervisão: Gilberto Souto. Narração: Aloysio de Oliveira.

Vitória Pela Força Aérea / Victory Through Air Power, documentário de propaganda de guerra e encaixando desenho na ação  “ao vivo”, baseado no livro do Major Alexander de Seversky sobre o bombardeio estratégico de longo alcance. As cenas com o major são dirigidas por H.C. Potter e fotografadas por Ray Rennahan.

1944-45:

11 desenhos do Donald. 8 do Pateta. 6 do Pluto. 1 Especial.

Você Já foi à Bahia?  / The Three Caballeros expande e aperfeiçoa as idéias e os temas de Alô, Amigos!. Por seu desvairado surrealismo e espantosos efeitos  visuais, ritmo rapidíssimo e surpreendente modernidade, tornou-se de uns tempos para cá,  um dos longas-metragens mais admirados de Disney. Donald recebe três presentes: o primeiro, um projetor de cinema com os filmes Strange Birds e Little Gaucho, respectivamente  as histórias  do Paulinho Pinguim e do pássaro Aracuã (narrada por Ary Barroso) e a de Gauchito e seu burrinho voador; o segundo, um livro sobre o Brasil, de cujas páginas salta Zé Carioca, que Donald para conhecer nosso país; o terceiro, refere-se ao México, onde Donald e Zé encontram o Galo Panchito, vestido de rancheiro e fazendo acrobacias com seus revólveres. Na trilha sonora: “Na Baixa do Sapateiro”, e “Os Quindins de Iaiá” de Ary Barroso (cantada a segunda por Aurora Miranda), “Solamente Una Vez” de Agustin Lara, na voz de Dora Luz; “Mexico” por Carlos Ramirez, etc. Carmen Molina dança “Jerusita”. Consultores: Gilberto Souto, Aloysio de Oliveira (este, também narrador). Harold Young dirige as cenas “ao vivo”, fotografadas por Ray Rennahan. Almirante também participa da dublagem brasileira.

1946:

5 desenhos do Donald. 2 do Pateta. 4 do Pluto. 1 do Fígaro.

Música, Maestro / Make Mine Music, calcado no modelo de Fantasia mas sem a mesma inspiração, contém dez segmentos: A Baleia que Canta Ópera / The Whale Who Wanted to Sing At The Met,  cantado por Nelson Eddy; After You’ve Gone e All The Cats Join In, dois boogies executados por Benny Goodman e seu quarteto; Chapéus  de Vitrine / Johnny Fedora and Alice Blue Bonnnet cantado pelas Andrews Sisters; Castro, o Astro / Casey and the Bat, narrado por Jerry Colonna; Pedro e o Lobo / Peter and the Wolf, narrado por Sterling Holloway; Os Pereira e os Padilha / The Martins and the Coys, cantado pelo conjunto The King’s Men; Os Dois Corações / Two Silhouettes, com os bailarinos Tatiana Riabouchinska e David Lichine do Balé Russo e a voz de Dinah Shore: O Silêncio da Noite / Blue Bayou, cantado por Ken Darby; e Sem Você / Without You, cantado por Andy Russell. Na dublagem brasileira: Dircinha Batista, Nuno Roland, Sílvio Caldas, Quitandinha Serenaders, Cesar de Alencar, Aloysio de Oliveira, Carlos Galhardo. Supervisão: João de Barro.

Canção do Sul / Song of the South, comédia-dramática, baseada no livro de Joel Chandler Harris, sobre um menino, Johnny, que foge de casa por causa da separação dos pais. No caminho, encontra um negro velho, Tio Remus, cujas fábulas a respeito do Compadre Coelho, da Comadre Raposa e do Compadre Urso o fazem mudar de idéia. Combina animação com personagens de carne e osso, interpretados por: Bobby Driscoll / Johnny, James Baskett / Tio Remus, Ruth Warrick, Luana Patten, Erik Roff, Hattie McDaniel e Lucille Watson. Direção: Harve Forste. Foto: Gregg Toland. A canção “Zip-a-dee Doo-Dah”, de Allie Wrubel e Ray Gilbert, ganha o Oscar; James Baskett recebe uma estatueta especial da Academia.

1947:

1 desenho do Mickey. 7 do Donald. 2 do Pateta. 4 do Pluto. 1 do Fígaro.

Bongo / Fun and Fancy Free conjuga os atores Edgar Bergen e Luana Patten, os personagens de cartoon Mickey Mouse, Donald e Pateta, e os bonecos Charlie McCarthy e Mortimer Snerd, numa mistura musical que tem o Grilo Falante como coordenador e introduzindo o segmento de Bongo, um urso de circo fugitivo. As aventuras de Bongo originam-se de uma história de Sinclair Lewis e são narradas por Dinah Shore, também intérprete de três canções. Noutro segmento, Mickey and the Beanstalk, o camundongo enfrenta Willie, o Gigante. Na dublagem brasileira: Dircinha Batista, Dalva de Oliveira, Almirante, Cesar de Alencar, os Cariocas, Radamés Celestino, José Vasconcelos, etc. Direção da parte “ao vivo”: William Morgan. Foto: Charles P. Boyle.

Disney depõe na Comissão do Senado que apura as atividades comunistas em Hollywood e aponta os desenhistas Herbert Sorrell e Dave Hillberman como os fomentadores comunistas da greve nos seus estúdios em 1941.

1948:

2 desenhos do Mickey. 8 do Donald. 2 do Pateta. 4 do Pluto.

Melodia / Melody Time, última das antologias musicais de Disney, sobressaindo entre os segmentos a história de João das Maçãs / Johnny Appleseed com Dennis Day e a de Pecos Bill, cuja lenda  Roy Rogers e os Sons of the Pioneers contam para Bobby Driscoll e Luana Patten. Um outro episódio reúne de novo Donald, Zé Carioca e Panchito sob o som de “Apanhei-te Cavaquinho” de Ernesto Nazareth, executado pela organista Ethel Smith e o coro das Dinning Sisters. Os outros instantes “Toot”, o Rebocador / Little Toot com as Andrews Sisters; Três Árvores / Trees, com Fred Waring e seus Pennsylvanians; Romance no Inverno / Once Upon a Wintertime e o mais original: “O Vôo do Besouro” de Rimsky Korzakov, em ritmo de jazz pela orquestra de Fred Martin com Jack Fina ao piano. Na dublagem brasileira: Dircinha Batista, Heleninha Costa, Almirante, Dick Farney, Brandão Filho, Aloysio de Oliveira, As Três Marias, Quarteto Continental. Foto da parte “ao vivo”: Winton Hoch.

Tão Perto do Coração / So Dear to My Heart é um filme normal com breves sequências de animação – para muitos, desnecessárias. História sentimental e nostálgica sobre um menino e sua ovelhinha negra, baseada no livro Midnight and Jeremiah de Sterling North. “Tão Perto do Coração” está muito ligado a mim. É a vida que meu irmão e eu levamos como garotos no Missouri”. (Walt Disney).

1949:

8 desenhos do Donald. 2 do Pateta. 4 do Pluto. 1 EspeciaL

Dois Sujeitos Fabulosos / The Adventures of Ichabod and Mr. Toad reúne duas histórias. Basil Rathbone narra a de Mr. Toad, personagem do livro The Wind in the Willows de Kenneth Grahame; Bing Crosby narra o conto Ichabod Crane, extraído de The Legend of the Sleepy Hollow de Washington Irving.

1950:

6 desenhos do Donald. 3 do Pateta, 7 do Pluto. 2 Especiais.

A Gata Borralheira / Cinderella tenta repetir o êxito de Branca de Neve e os Sete Anões. Disney escolheu o conto de Perrault para retornar ao longa-metragem só de animação e, com charme e humor, deu força aos animais amigos da heroína, os ratinhos Jacques e Gus, o cão Bruno, os pássaros, e o inimigo de todos, Lúcifer, o gato vilão. Bosley Crowther sentenciou “Embora a Gata Borralheira não seja uma obra-prima, vale todo o amor e trabalho dispendidos para realizá-lo”. Na versão original: Ilene Woods / Cinderella; William Phipps / Prince Charming; Eleanor Audley / Stepmother; Rhoda Williams, Lucille Bliss / Step Sisters; Verna Felton / Fairy Godmother; Luis Van Rooten / King/Grand Duke; James Macdonald / Jaq/Gus/Bruno. Na dublagem brasileira: Simone Moraes, Jorge Goulart, Tina Vita, José Vasconcelos, Olga Nobre, Suzy Kirby, Ema D’Avila, Carlos Maia, Nuno Roland, Paulo Tapajós, Albertinho Fortuna, Heleninha Costa. Versões: Gilberto Souto, João de Barro.

1951:

1 desenho do Mickey. 6 do Donald. 7 do Pateta. 3 do Pluto.

Alice no País das Maravilhas / Alice in Wonderland, adaptação de duas histórias de Lewis Carroll (Alice in Wonderland e Through the Looking Glass) com mais música do que sátira. Disney de certa forma já fizera Alice, pois o tema geral de Carroll serviu de base para a série Alice Comedies / 1923-27. A idéia de uma adaptação mais fidedigna lhe ocorreu várias vezes nos anos seguintes. Em 1933, houve rumores de uma versão combinando live-action e animação com Mary Pickford. Em 1945, o estúdio anunciou que Ginger Rogers estrelaria o filme. Mais tarde, Disney pensou em aproveitar Luana Patten. Finalmente, decidiu realizar o projeto em desenho animado, inspirando-se no estilo das famosas ilustrações de Sir John Tenniel. A filha de Disney comentou: “Alice é um clássico literário mas exige muito esforço intelectual e é fraco sob o ponto de vista emocional. Tais histórias são tão traiçoeiras como TNT: elas podem ser um sucesso ou fazer um filme voar pelos ares”. Na versão original: Kathryn Beaumont / Alice; Ed Wynn / Mad Hatter;  Richard Haydn / Caterpillar; Sterling Holloway / Cheshire Cat; Jerry Colonna / March Hare; Verna Felton / Queen of Hearts; etc. Na dublagem brasileira: Terezinha (filha de Mara Rúbia), Estevão Matos, Jorge Goulart, Apolo Correia, Almirante, Sarah Nobre, Nuno Roland, Otávio França, Túlio Berti, Wellington Botelho, Orlando Drumond, Suzi Kirbi, Trio Madrigal, Trio Melodia, Sonia Barreto, etc.  e a participação de Gilberto Souto, Vinicius de Morais e João de Barro nas versões.

1952-53:

2 desenhos do Mickey. 9 do Donald. 11 do Pateta. 7 Especiais, O Tatá, o Fifi, o Plin e o Chibum / Toot, Whistle, Plunk and Boom, primeiro desenho curto de Disney em CinemaScope, imitando o estilo moderno da U.P.A. , premiado com o Oscar.

As Aventuras de Peter Pan / Peter Pan, deliciosa excursão no mundo do faz-de-conta, apesar de realizado com enfoque realista, dando primazia aos personagens humanos, mantém o espírito etéreo da obra de Sir James Barrie. Como ocorreu em Alice no País das Maravilhas, a fim de obter a maior aproximação possível com os movimentos reais, Disney rodou um filme normal com modelos, para serem estudados pelos animadores. “Os animadores, tal como os pintores ou escultores, precisam de modelos … Poderíamos, é claro, ter modelos interpretando as cenas num palco. Mas assim os animadores teriam que confiar na sua memória, quando voltassem às suas mesas de trabalho. Com um filme fica mais fácil, pois ele pode ser projetado tantas vezes quantas forem necessárias para os artistas. E estes poderão corrigir quaisquer erros antes do desenho ser feito” (Walt Disney). No original, as vozes de Bobby Driscoll / Peter Pan, Kathryn Beaumont / Wendy; e Hans Conried  / Capitão Hook. Na dublagem brasileira: Lauro Fabiano / Peter Pan; Terezinha / Wendy; Aloysio de Oliveira / Capitão Hook; e Orlando Rangel, Sonia Barreto, Castro Gonzaga, Newton Paiva, Paulo Roberto, Maria Alice Reis, Abelardo dos Santos. Versões: Gilberto Souto e João de Barro.

Disney adere à 3ª Dimensão com os desenhos Melody (Adventures in Music) e Working for Peanuts.

1954-55

11 desenhos do Donald. 3 Especiais.

A Dama e o Vagabundo / Lady and the Tramp baseia-se na história de Ward Greene em torno de Lady, uma cadelinha de nobre linhagem, e suas peripécias ao lado de Malandro, o vagabundo vira-latas, seu valente admirador. Primeiro desenho de longa-metragem em CinemaScope. O filme se apóia apenas no realismo dos cenários e da ambientação, na riqueza de detalhes e na forte e simpática caracterização dos heróis caninos, sendo pouco dotado de humor. Na versão original Barbara Luddy faz a voz de Lady e Larry Roberts a de Tramp. Na dublagem brasileira: Rosina Pagã substitui a voz de Peggy Lee  (Darling/Si/Am/ Peg). Versão: Aloysio de Oliveira, Orlando Lins. Os filmes da Disney passam a ser distribuídos pela Buena Vista, de propriedade de Disney.

1956-59:

3 desenhos do Donald. 7 Especiais.

O trabalho preliminar de A Bela Adormecida / Sleeping Beauty começa em 1950, interrompe-se em 1954 e é retomado em 1956. Após três anos de produção, atinge o custo final de 6 milhões de dólares. Repetindo o processo usado em Alice o País das Maravilhas e em As Aventuras de Peter Pan, Disney roda um filme normal com modelos para ajudar os animadores. Além do Technirama 70 e do som estereofônico, utiliza um design estilizado e angular e cenas de fundo em lugar dos antigos traços suaves  e arredondados que aos poucos já vinham sendo abandonados pelos artistas do estúdio.  Na opinião de muitos, o filme, apesar de ser muito elaborado tecnicamente e atraente sob o aspecto visual, é mais próprio para adultos do que para crianças. Na versão original: Mary Costa / Princess Aurora/Briar Rose; Eleanor Audley / Maleficent; Barbara Luddy / Merryweather; Taylor Holmes / King Stefan; Bill Shirley / Prince Phillip, etc. Na dublagem brasileira: Maria Alice, Maria Norma, Heloisa Helena, Roberto de Cleto, Hamilton Ferreira, Nancy Wanderley, Nádia Maria, Mauricio Sherman, Osny Silva, Joyce de Oliveira sob a  direção de Luis Delfino.

Primeiro Oscar técnico-científico em 1959 (o outro, em 1964) para Ub Iwerks. Iwerks criou Mickey junto com Disney, fez a animação dos primeiros desenhos da WD, e ficou a seu lado até 1930, quando montou seu próprio estúdio. Em 1940, voltou a trabalhar para Disney, até falecer em 1971. Considerado por seus colegas “um gênio da mecânica”, recebeu os prêmios da Academia por suas invenções no campo da trucagem ótica e efeitos fotográficos especiais, sobretudo aqueles misturando atores com desenhos. Foi consultor fotográfico especial de Os Pássaros / The Birds de Alfred Hicthcock e de outros filmes normais e documentários de Disney.

1960-61:

2 desenhos do Donald. 1 do Pateta. 2 Especiais.

A Guerra dos Dálmatas / 101 Dalmatians, baseado no livro The Hundred and One Dalmatians de Dodie Smith, narra as aventuras  de uma família de cães. Os pais (Pongo e Perdita) procuram os filhotes, raptados pela perversa Cruela Cruel, que quer transformá-los em casacos de peles, e acabam trazendo para a casa de seus donos 101 cachorros dálmatas. Menos pretencioso e ainda mais estilizado do que os desenhos anteriores, o filme conjuga imagens encantadoras com um enredo bastante espirituoso. Introdução do uso do lápis de cera e da técnica pela qual os desenhos originais são xerocopiados diretamente na folha transparente de celulóide, poupando muito trabalho. Na versão original:  Rod Taylor / Pongo; Lisa Daniels / Cate Bauer / Perdita; Betty Lou Gerson / Cruella De Vil/Miss Birdwell , etc. Na dublagem brasileira: Domingos Martins, Maria Alice, Hélio Colona, Simone Moraes, Margarida Rey, Mauricio Sherman, Hamilton Ferreira, Olga Nobre. Versão: Aloysio de Oliveira, Orlando de Figueiredo.

1962-63:

1 Especial.

A Espada Era a Lei / The Sword in the Stone apóia-se no livro de T. H. White, contando os lances da infância do Rei Arthur. Sem a atmosfera de conto de fadas ou de lenda e o mesmo brilho de outros exemplares da obra de Disney, o filme tem entretanto certos diálogos interessantes – os de Merlin e os da coruja Arquimedes – e a sequência memorável do duelo entre o mágico e Madame Mim. Na versão original: Ricky Sorenson / Wart; Karl Swenson / Merlin; Junius Matthews / Archimedes; Martha Wentworth / Madame Mim/Granny Squirrel; Sebastian Cabot / Sir Ector/narrator; Alan Napier / Sir Pelinore, etc. Na dublagem brasileira: João Carlos Barroso / Wart; Magalhães Graça / Merlim; Orlando Drumond (Coruja Arquimedes).

1964-66:

1 desenho do Pateta. 2 especiais.

Estrondoso sucesso dos estúdios Disney, Mary Poppins / Mary Poppins, inspirado nos livros de P. L. Travers, versa sobre uma governanta que causa profundas modificações na família Banks, em Londres, por volta de 1910. O filme insere trechos de animação nas cenas com atores. No elenco: Julie Andrews (estreando na tela), Dick Van Dyke, David Tomlinson, Glynis Johns, Karen Dotrice, Matthew Garber, Ed Wynn, Hermione Baddley, Elsa Lanchester, Jane Darwell, Reginald Owen. Direção: Robert Stevenson. Efeitos especiais: Peter Ellenshaw, Eustace Lycett, Robert A. Mattey. Diretor de Animação: Hamilton Luske. Mary Poppins teve 13 indicações para o Oscar, vencendo em cinco categorias: melhor atriz, montagem, score original, canção e efeitos especiais visuais.

A partir de 1964, as dublagens em português passam à supervisão de Telmo Avelar (Telmo Perle Munch). Morte de Walt Disney a 15 de dezembro de 1966.

1967-70:

2 Especiais, O Ursinho Puff em Ritmo de Aventura / Winnie the Pooh And The Blustery Day ganha o Oscar.


Ainda com participação de Disney, Mogli, o Menino Lobo / The Jungle Book inspira-se nas histórias de Rudyard Kipling. O filme, excelente sob o prisma pictórico e do estudo de caracteres, tem pouca excitação; mas, mesmo assim, muitos o elogiam entusiasticamente. “É a melhor coisa no gênero desde Dumbo” (Richard Shickel). Na versão original: Phil Harris / Baloo the Bear; Sebastian Cabot / Bagheera the Panther; Louis Prima / King Louise of the Apes; George Sanders / Shere Kahn, the tiger; Sterling Holloway / Kaa, the snake; J. Pat O’Malley / Clonel Hathi, the elephant; Bruce Reitherman / Mowgli, the man-cub, etc. Na dublagem brasileira: Alberto Perez, Joaquim Mota, José Manoel, Roberto maia, Magalhães Graça, Castro Gonzaga, MPB-4.

Aristogatas / The Aristocats também conta com sugestões de Disney na fase preparatória e se baseia na história The Aristocats de Robert M.   Sherman. No enredo, Edgar, o mordomo de madame  Adelaide Bonafamille,  uma rica cantora de ópera aposentada, decide livrar-se dos gatos da casa, Duquesa e seus três filhos, a fim de herdar a fortuna da família; pois a madame havia feito um testamento em favor deles. Um gato vagabundo, J. Thomas Malley e um camundongo, Roquefort, os ajudam, põem Edgar a correr e passam a viver entre os aristocráticos hóspedes da rica mansão. Na versão original: Phil Harris / Thomas O’Malley; Eva Gabor / Duchess; Sterling Holloway / Roquefort; Hermione Badelley / Madame Bonafamille, etc. Na dublagem brasileira: Ruth Schelske, Enio Santos, Monsueto, Lourdes Mayer, Magalhães Graça, Terezinha Moreira, Selma Lopes, Waldir Fiori, Orlando Dumond. Canções vertidas por Aloysio de Oliveira e interpretadas por Ivon Curi, Dóris Monteiro e o MPB-4.

23 pensou em “TRAJETÓRIA DE WALT DISNEY NO DESENHO ANIMADO

  1. Marcio

    Aprecio os textos do autor desde os tempos da revista CINEMIN, e com igual prazer com que folheava aquela saudosa revista, eu li esse texto maravilhoso sobre esse artista visionário e grande empreendedor que foi Disney. Algumas das lembranças mais agradáveis da minha infância são as matinês dentro dos cinemas que exibiam as reprises desses clássicos inesquecíveis bem como o seriado Disneylândia que assistia na TV…

  2. AC Autor do post

    Caro Marcio. Como vê, continuo insistindo em escrever sobre Cinema.Tenho repetido (revisados e aumentados) alguns textos que escreví para a Cinemin. Faço o que posso. Obrigado.

  3. Cláudio

    Boa tarde Prf. Mattos.
    Li dois livros do senhor sobre cinema e adorei e depois de muito procurar encontrei sua página/blog. Adorei o texto sobre Walt Disney com muitas informações importantíssimas e que serão úteis para o trabalho que realizo com meus alunos sobre Cinema de Animação: uma análise acerca do mundo do trabalho no capitalismo global. No momento estou encerrando um texto – a ser usado com os alunos – e aguardo e revisão a ser feita por professor especialista em cinema.

  4. AC Autor do post

    Olá, Claudio. Fiquei contente de você ter gostado dos meus livros e do post sobre Disney (deixando bem claro que não sou nenhum especialista neste assunto). O tema de seu trabalho é muito interessante e lhe desejo muito sucesso.

  5. Pingback: Anônimo

  6. AC Autor do post

    Dei uma olhada no seu site Ludy. Parabéns. Vai em frente. Sua predileção pelos desenhos de Disney reflete o seu amor pela Beleza, algo que está faltando no mundo atual. Obrigado pelo elogio (e promoção) do meu blog.

  7. Pingback: Branca de Neve em novas versões |

  8. AC Autor do post

    Obrigado pela promoção, Ana Cecilia e Marcella. Seu site Maria Geek é sensacional! Moderníssimo! O site ideal para a mulher moderna.

  9. Ayrton Torres

    Amigo, faltou o desenho LITTLE HOUSE, de 1952. Saberia o título deste desenho no Brasil?

    Um abraço

  10. AC Autor do post

    Prezado Ayrton. Como você pode verificar, não coloquei os títulos de cada desenho de Disney nem dos desenhos especiais mas somente os que ganharam o Oscar. The Little House foi um dos desenhos especiais dos anos 1952-1953 mas não ganhou Oscar. Este desenho, distribuido pela RKO Radio Pictures, tinha 8 minutos e foi baseado na história do mesmo nome de autoria de Virginia Lee Burton. São os dados que tenho. Infelizmente, não tenho o título em português. A pesquisa de títulos em português de desenhos é muito árdua, pois os jornais e revistas da época não os mencionavam, salvo raras exceções. Mesmo assim conseguí muitos em outras fontes que hoje não mais existem como, por exemplo, arquivos das distribudoras, relação de filmes censurados pelo DIP, etc. Talvez o departamento de Censura Federal ainda tenha o titulo nos seus arquivos.

  11. Guilherme Encinas

    Texto maravilhoso, obra detalhada do nosso Walt Disney, muito obrigado mesmo 🙂
    Estou querendo entrar na área de animação e seu texto foi um grande estudo para mim. Estou procurando coisas sobre os desenhos da Disney, livros, referências e você realmente me ajudou. Peguei várias informações em seu texto.
    Mais uma vez muitíssimo obrigado!
    Sucesso pra você meu amigo.

  12. AC Autor do post

    Prezado Guilherme. Agradeço os elogios e tenho certeza de que você será bem sucedido em tudo que fizer, pois demonstrou interesse pelo saber.

  13. Lhays

    Texto incrível, pesquisa louvável!
    Fiquei emocionada em ver um registro tão cuidadoso, entre outros aspectos, sobre a dublagem brasileira.

  14. AC Autor do post

    E eu fiquei contente com a sua visita. Embora seu interesse primordial seja por assuntos relacionados com dublagem, recomendo uma leitura dos meus posts: A Época Clássica do Desenho Animado e Desenhos de Propaganda Americanos durante a 2a Guerra Mundial.Um forte abraço.

  15. Rafael

    Corrigindo, agora “o Primo da Roça”, que foi “o Primo do Interior” pela MGM, se chama agora “O Primo Caipira”, distribuída pela Disney no DVD Walt Disney Treasures: Sinfonias Ingênuas

  16. AC Autor do post

    Agradeço por ter lido meu artigo. Esclareço que só abordei desenhos de Walt Disney lançados até a sua morte em 1966 ou ainda com uma participação dele, mencionando portanto somente os titulos em português até essas datas. Nos meus artigos não levo em consideração títulos de dvds mas somente os dados pelas distribuidoras por ocasião do lançamento comercial do filme baseando-me nos anúncios publicados nos jornais da época da exibição.De qualquer modo, agradeço sua informação.

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